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All content following this page was uploaded by Wanderson Roger Azevedo Dias on 20 October 2015.
1. Introdução
A Raspberry Pi (RPi) (ver Figura 1), atualmente é uma plataforma em ascensão no mercado mundial,
conforme [Upton & Halfacree, 2013], deste modo, a plataforma já ultrapassou a impressionante
quantidade de 5 milhões de unidades vendidas (circa fevereiro de 2015) no mundo inteiro, conforme
[Agrela, 2015]. É possível ressaltar que de acordo com os seus idealizadores (Pete Lomas, Eben
Upton e outros) a proposta inicial do projeto era produzir e comercializar apenas algumas centenas de
placas da plataforma RPi para auxiliar estudantes de computação do Reino Unido que não possuíam
condições financeiras o suficiente para adquirir um computador. No entanto, além do seu baixo custo,
ou seja, ultimamente em torno de US$ 35 [FRpi, 2015], outras características que também se
destacam nesta plataforma é o seu poder de processamento, podendo assim executar diversas
aplicações que são destinadas especificamente para desktops, servidores e outras plataformas
computacionais, além do seu reduzido consumo de energia elétrica.
Os vários modelos existentes da plataforma RPi, tem dimensões próximas a de um cartão de
crédito (8,5 x 5,6 x 1,7 cm, sendo: comprimento, largura e altura respectivamente), segundo [Merces,
2013]. Entretanto, para o seu funcionamento é necessário o uso de um sistema operacional embarcado
no qual é responsável por todo o gerenciamento da plataforma e de seus recursos, sendo o Linux, o
sistema operacional adotado pelos criadores da Fundação Raspberry Pi para ser usado nas RPi.
2. Contextualização
Foi notório observar o quanto a distribuição Pidora se tornou lenta durante a execução desse
processamento, impossibilitando assim a interação com outras aplicações, algo que já não foi tão
sentido com o uso do sistema operacional Raspbian. Para as execuções do benchmark GTKPerf foi
realizado 10 iterações de execuções, e depois calculada a média do tempo gasto nessas execuções.
Também é importante destacar que a distribuição Raspbian, todas as dez execuções, se mantiveram
com o tempo de execução praticamente constante, algo que já não ocorreu com a distribuição Pidora,
tendo oscilações bem perceptíveis nos tempos de execuções em iterações diferentes, exemplos: o
programa GtkComboBoxEntry o tempo de execução desse programa variou entre ≈18 a ≈32 segundos,
já para o programa GtkDrawingArea - Circles essa variação foi de ≈40 até ≈61 segundos.
Já analisando o benchmark HardInfo, também tem-se o tempo (em segundos) no qual cada
sistema operacional gastou para finalizar a execução de cada um dos programas pertencentes ao
HardInfo. Semelhantemente ao benchmark GTKPerf, também foi realizado uma iteração de 10 (dez)
execuções do HardInfo para assim obter uma média do tempo de execução. A Figura 4 apresenta a
média dos tempos de execução dos benchmarks obtida pelas distribuições Raspbian e Pidora. É
possível notar que a distribuição Raspbian consumiu menos tempo de execução quando comparado
com a distribuição Pidora, exceto para os programas CPU CryptoMath e CPU Fibonacci.
Observando a Figura 4 é possível constatar que o tempo total de execução dos programas do
benchmark HardInfo na distribuição Raspbian executam 25% mais rápido, quando comparado com a
mesma execução na distribuição Pidora.
o mesmo para as duas distribuições de sistemas operacionais, além de outros motivos para tal fato.
Portanto, é possível destacar que a RPi modelo B+, conseguiu executar os benchmarks
GTKPerf e HardInfo, sendo eles de desempenho gráfico e de cálculos científicos, respectivamente,
sem apresentar travamento total da plataforma RPi e interrupção na execução da aplicação, embora o
fato da distribuição Pidora gastar mais tempo para conclusão na execução dos benchmarks. Ainda é
importante ressaltar que a RPi modelo B+ possui uma CPU de apenas 700 MHz e 512 MB de
memória RAM, sendo esta uma configuração na maioria das vezes, inferior há dos smartphones e
tablets encontrados no mercado atualmente.
Como ideias para trabalhos futuros sugere-se: (i) análises de desempenho incluindo outros
sistemas operacionais, como: Windows 10 IoT, a distribuição do Linux Ubuntu, RISC OS e outros;
(ii) análises de desempenho entre modelos diferentes da RPi; (iii) análises de desempenho utilizando
outras suítes de benchmarks.
Referências
Agrela, L. (2015) “Info - Raspberry Pi atinge 5 Milhões de unidades vendidas”. Disponível em
http://info.abril.com.br/noticias/mercado/2015/02/raspberry-pi-atinge-5-milhoes-de-unidades-
vendidas.shtml. Acessado em 22 de março de 2015.
Braga, M. L., Santos, A. J., Pedroza, A. C. P., Costa, L. H. M. K. (2014) “Planejamento de Rotas com
Algoritmos Anytime em Redes Veiculares na Plataforma Raspberry Pi”. In IV Simpósio Brasileiro
de Engenharia de Sistemas Computacionais (SBESC 2014), Manaus, Amazonas, Brasil, pg 1-6.
Frpi. (2015) “Foundation Raspberry Pi”. Disponível em https://www.raspberrypi.org/. Acessado em
25 de fevereiro de 2015.
Kennedy, P. (2015) “Raspberry Pi model B 512MB Linux Test Suite Benchmarks”. Disponível em
http://www.servethehome.com/raspberry-pi-model-512mb-linux-test-suite-benchmarks/. Acessado
em 30 de março de 2015.
Lemes, J. É. A. (2013) “Monitoramento em redes IPv6 com Zabbix e Raspberry Pi”. Monografia de
Especialização, Departamento de Eletrônica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Merces, R. (2013) “Raspberry Pi - Conceito & Prática”. Rio de Janeiro, Brasil: Editora Ciência
Moderna, 81p.
Microsoft. (2015) “Windows 10 IoT Core Insider Preview - Overview and Getting Started”.
Disponível em https://dev.windows.com/en-US/iot. Acessado em 10 de abril de 2015.
Raulino, M. F. (2013) “Raspberry Pi e RFID no Monitoramento de Atividades de Natação”. Trabalho
de Conclusão de Curso, Instituto Federal de Santa Catarina.
Richardson, M., Wallace, S. (2013) “Primeiros Passos com o Raspberry Pi”. São Paulo, Brasil:
Novatec, 192p.
Upton, E., Halfacree, G. (2013) “Raspberry Pi Manual do Usuário”. São Paulo, Brasil: Novatec, 269p.