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Aula 12 - Prof.

Rodrigo Rennó

Administração Pública p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professores: Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento

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Administração Pública p/ AFRFB - 2016
Teoria e exercícios comentados
Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 12

Aula 12: Empreendedorismo e Controle

Olá pessoal, tudo bem?


Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens:
 Gestão Pública empreendedora; Controle da Administração
Pública.

Espero que gostem da aula!

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Sumário
Controle do Patrimônio Público e Prestação de Contas ......................................... 3
Controle quanto ao objeto ...................................................................... 4
Controle quanto ao momento ................................................................... 5
Controle quanto ao posicionamento do órgão controlador ................................... 5
Controle Interno .............................................................................. 5
Técnicas de Trabalho do Controle Interno ................................................ 10
Controle Externo ........................................................................... 13
Prestação de Contas ........................................................................ 24
Controle Administrativo ...................................................................... 26
Controle Legislativo .......................................................................... 27
Outras Esferas de Controle ................................................................... 30
Controle Judicial ........................................................................... 30
Ministério Público.......................................................................... 32
Controle Social – participação social ..................................................... 36
Ouvidorias .................................................................................. 37
Transparência .................................................................................... 41
Transparência no Contexto da LRF .......................................................... 42
Empreendedorismo. ............................................................................. 75
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 84
Gabarito ........................................................................................ 106
Bibliografia .................................................................................... 106

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Controle do Patrimônio Público e Prestação de Contas

O controle é um dos principais processos administrativos e serve para


que um gestor possa avaliar se a organização está ou não atingindo seus
objetivos. Entretanto, na Administração Pública, temos uma preocupação
ainda maior com o controle.
Isto ocorre porque, quando analisamos a gestão pública, estamos nos
referindo à administração dos recursos da sociedade como um todo.
Desta forma, o controle no setor público, segundo Mileski1, é:
“o controle é corolário do Estado Democrático
de Direito, obstando o abuso de poder por parte
da autoridade administrativa, fazendo com que esta
paute a sua atuação em defesa do interesse
coletivo, mediante uma fiscalização
orientadora, corretiva e até punitiva.”
Este controle é exercido sobre o Poder Executivo. No entanto, os
Poderes Legislativo e Judiciário serão submetidos ao controle sempre que
executarem tarefas e atividades administrativas. Desta forma, o controle
atinge a toda a máquina pública.
Vocês estão lembrados dos princípios constitucionais da
Administração Pública listados no artigo 37 da CF/88? O controle tem o
objetivo de assegurar que a Administração Pública observe estes princípios:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Dessa forma, o controle da gestão pública é condição necessária para
que o Estado não deixe de cumprir suas funções da forma como a
Constituição determinou.
“Quanto à tipologia dos controles incidentes sobre a Administração
Pública, pode-se classificá-la quanto ao objeto (controle de legalidade,
controle de mérito e controle de gestão), quanto ao momento em que se
realiza (prévio, concomitante e subsequente ou a posteriori), quanto ao
modo de desencadear-se (controle de ofício e controle por provocação),
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quanto ao posicionamento do órgão controlador (controle interno e controle


externo)”.2

1
(Mileski) apud (Lima L. H., 2009)
2
(Zymler, 2009)

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Controle quanto ao objeto

Controle de Legalidade

O controle de legalidade, também chamado por alguns autores de


controle de legitimidade, pode ser realizado pelo Poder Judiciário, pelo
Poder Legislativo ou pela própria administração que praticou o ato
administrativo.
A partir desse controle, analisa se o ato administrativo está ou não
em desacordo com o ordenamento jurídico. Dessa forma, mediante o
controle de legalidade há a confirmação da validade de atos administrativos
praticados, podendo anular aqueles que estiverem em desconformidade
com o ordenamento jurídico ou convalidar aqueles cujos defeitos sejam
sanáveis.

Controle de Mérito

O controle de mérito visa a verificar a oportunidade e conveniência


administrativas do ato controlado. Trata-se, portanto, de atuação
discricionária3.
A revogação do ato discricionário, que se tornou inconveniente, é o
resultado do controle de mérito realizado.
Dessa forma, o controle de mérito é realizado sobre um ato
plenamente válido e em “atividade”, mas que tenha se tornado inoportuno
e inconveniente.

Controle de Gestão
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O controle de gestão é aquele utilizado por uma organização com a


finalidade de garantir que o comportamento dos trabalhadores esteja
alinhado com os seus objetivos e as suas estratégias.
Dessa forma, o comportamento dos funcionários é perfilado com o
objetivo da organização, buscando elevar a probabilidade de chegar aos
propósitos organizacionais.

3
(Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014)

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Controle quanto ao momento

Como já vimos antes, o controle pode ser classificado de acordo com


o momento em que ocorre: preventivo (ou a priori), concomitante e
posterior (a posteriori).

Controle Preventivo

O controle preventivo ocorre antes que o ato tenha acontecido.


Desta forma, o controle busca assegurar que o ato seja válido, antes que
ele ganhe eficácia. Quando um órgão exige uma avaliação antes de liberar
a venda de um imóvel, por exemplo, está exercendo este tipo de controle.

Controle Concomitante

Já o controle concomitante é efetuado ao mesmo tempo em que a


atividade está sendo executada. Desta forma, quando o Tribunal de Contas
da União embarga uma obra pública por indícios de desvio de verbas em
sua administração está exercendo o controle concomitante.

Controle Posterior

Finalmente, o controle posterior busca analisar o ato ou atividade


após ele ter ocorrido. Este é o meio de controle mais utilizado no setor
público quando serão apontados problemas, desvios ou atestar a legalidade
de uma atividade. Os objetivos, neste caso, seriam: corrigir, anular ou
simplesmente confirmar as atividades e os atos já executados.
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Controle quanto ao posicionamento do órgão controlador

Controle Interno

O controle interno ocorre quando é feito pela própria instituição.


A Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal determina que “a
Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-

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los, por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos


adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Pessoal, a Súmula transcrita no parágrafo anterior nada mais é do
que um poder-dever da Administração que a usa para realizar o controle
interno, pois se admite, a partir desse controle, que revogue atos
considerados inconvenientes ou anule aqueles que estejam em situação de
ilegalidade. Para isto, admitem-se a fiscalização hierárquica, as auditorias,
as supervisões, os pareceres, dentre outros meios.
A própria instituição exerce o controle sobre seus atos. Este controle
é fundamental para que possa ocorrer uma boa gestão. No setor público, a
instalação de um sistema de controle interno é determinada pelo artigo n°
74 da Constituição Federal:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no
plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito,
avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua
missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
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ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de


Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas da União.”
No caso da União, por exemplo, o controle interno é efetuado
pela Controladoria - Geral da União e por órgãos de controle interno
instalados nos diversos órgãos públicos.

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O controle interno é mais amplo, pois vai além do controle da


legalidade, controlando também o mérito. Além disso, tem o caráter de
ser mais preventivo4. Não esqueçam de que o controle interno resulta do
poder de autotutela do Poder Público.
Segundo Lima5, “os controles internos administrativos consistem em
um conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos
interligados, estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos das
unidades e entidades da administração pública sejam alcançados, de forma
confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão,
até a consecução dos serviços fixados pelo Poder Público”.
Vejamos abaixo um quadro com os principais princípios norteadores
do controle interno, segundo Lima6:

Segregação das Funções;

Autorização Hierárquica;

Princípio da Supervisão;

Princípio do acesso limitado e autorizado ao ativo;

Análise do custo-benefício;

Controle sobre as transações;


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Correção dos desvios identificados.

Figura 1. Princípios do controle interno

A Lei 10.180, de 06 de fevereiro de 2001, entre outras atribuições,


organiza e disciplina o sistema de Controle Interno do Poder Executivo

4
(Paludo, 2010)
5
(Lima L. H., 2009)
6
(Lima L. H., 2009)

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Federal. Pode-se tirar do artigo 21 desta Lei que o Sistema de Controle


Interno compreende atividades de avaliação:

 Do cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual;


 Da execução dos programas de governo e dos orçamentos da
União;
 Da gestão dos administradores públicos federais.

Controladoria
Geral da União -
Órgão Central

Órgãos Setorias Órgãos Setoriais


Órgãos Setoriais Órgãos Setoriais
(Min. Relações (Advocacia-geral
(Min. da Defesa) (Casa Civil)
Exteriores) da União)

Figura 2. Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal

O Decreto 5.683, de 2006, que trata sobre a estrutura regimental da


Controladoria Geral da União, órgão central do Sistema de Controle
Interno, traz diversas competências da Secretaria Federal de Controle
Interno. Citarei, agora, algumas dessas competências:

 Coordenar as atividades integradas dos órgãos e das


unidades do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal;
 Controlar operações de crédito, avais, garantias, direitos
e haveres da União;
 Avaliar o desempenho e supervisionar a consolidação
dos planos de trabalho das unidades de auditoria interna
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das entidades da administração pública federal indireta;


 Avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano
plurianual e na lei de diretrizes orçamentárias;
 Avaliar a execução dos orçamentos da União;
 Fiscalizar e avaliar a execução dos programas de
governo, inclusive ações descentralizadas realizadas à conta
de recursos oriundos dos orçamentos da União, quanto ao nível
de execução das metas e dos objetivos estabelecidos e à
qualidade do gerenciamento;

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Dessa forma, vocês conseguem ter uma idéia de que o Sistema de


Controle Interno possui muito mais competência do que as enumeradas no
texto constitucional.
Por fim, o Decreto 3.591, de 2000, que também trata sobre o Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal, dispõe, no seu artigo
terceiro, as atividades compreendidas no âmbito desse Sistema.
Quando os órgãos do Sistema de Controle Interno avaliam o
cumprimento das metas do Plano Plurianual, eles estarão tentando
comprovar a conformidade da sua execução.
Agora, se o Sistema de Controle Interno estiver avaliando a execução
dos programas de governo, ele buscará comprovar o nível de execução das
metas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento.
Já a avaliação da execução dos orçamentos da União é uma atividade
do Controle Interno que busca comprovar a conformidade da execução com
os limites e as destinações estabelecidos na legislação pertinente.
Seguindo o raciocínio, o Decreto ainda dispõe que a avaliação da
gestão dos administradores públicos federais tem a finalidade de
comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e de examinar os
resultados quanto à economicidade, à eficiência e à eficácia da gestão
orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal e demais sistemas
administrativos e operacionais.
Finalmente, a ação de controlar as operações de crédito, avais,
garantias, direitos e haveres da União busca aferir a sua consistência e a
adequação dos controles internos.
Prestem atenção em uma coisa: quando a legislação impõe o apoio
ao Controle Externo por parte do Controle Interno, ela quer garantir que
este forneça informações e resultados de suas ações a aquele.
Vejamos uma questão sobre controle interno.

1 – (FCC - SEFAZ-RJ - AFRE – 2014) Na Administração pública, a


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Constituição Federal adotou dois sistemas de controle, o interno e


o externo. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão,
de forma integrada, sistema de controle interno que tem, dentre
outras, a finalidade de:
a) prestar as informações solicitadas pelo Poder Legislativo, sobre
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas.
b) representar ao poder competente sobre irregularidades ou
abusos apurados, a partir da realização de auditoria nos órgãos
públicos.

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c) denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Ministério


Público, quando constatadas nas transações realizadas por
entidades da Administração pública.
d) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia
e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da Administração, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado.
e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão
de pessoal, a qualquer título, na Administração direta e indireta,
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Questão cópia do artigo 74 da CF/88, senão vejamos:


“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no
plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os
resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial
nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito,
avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua
missão institucional”.
Dessa forma, o gabarito é letra D.
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Técnicas de Trabalho do Controle Interno

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O artigo 4o do Decreto 3591, de 2000, trata sobre as técnicas


utilizadas no sistema de controle interno do Poder Executivo Federal,
conforme podemos observar abaixo:
“Art. 4o O Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal utiliza como técnicas de trabalho,
para a consecução de suas finalidades, a auditoria
e a fiscalização.
§1o A auditoria visa a avaliar a gestão pública,
pelos processos e resultados gerenciais, e a
aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado.
§2o A fiscalização visa a comprovar se o objeto
dos programas de governo corresponde às
especificações estabelecidas, atende às
necessidades para as quais foi definido, guarda
coerência com as condições e características
pretendidas e se os mecanismos de controle são
eficientes.”

Instrumental de Trabalho do Controle Interno

O Controle Interno possui os seguintes instrumentais de trabalho:

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Papéis de documentos que embasam a atuação do profissional


de auditoria e fiscalização, proporcionada por
Trabalho terneiros ou preparada por ele.

documentos que informam os apontamentos com


Notas alta relevância encontrados durante o trabalho de
auditoria.

Solicitações tipo de documento que serve para solicitar algum


outro documento no decorrer do trabalho de coleta
de auditoria de informações.

documentos que apresentam o resultado daquilo


Relatórios que fora examinado, sendo direcionadoao superior
competente.

Registro das documento que registra os fatos mais relevantes


com o intuito de originar um banco de dados.
Constatações
documento com o registro do auditor do Sistema de
Certificado Controle Interno sobre a regularidade e a exatidão
do que foi examinado em processo de contas.

documento indispensável, nos casos de tomada e


Parecer prestação de contas, com a conclusão dos trabalhos,
que será remetido ao TCU.

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Figura 3. Instrumental de trabalho

Pessoal, o controle interno tem um papel relevante em processos de


contas e nas tomadas de contas especiais, pois subsidia o TCU com
relatórios, certificados e pareceres dos órgãos de controle interno.
Vale lembrar apenas que se o controle interno aprovar
determinadas contas, não necessariamente o TCU deverá concordar
também. Normalmente, os julgamentos coincidem, mas os dois possuem
absoluta independência, ok?

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Segundo Lima7, “os pareceres do Controle Interno não têm o condão


de vincular ou afastar a competência exclusiva deste Tribunal (TCU),
outorgada pela Constituição Federal (art. 70 e 71) e pela Lei Orgânica n o
8.443/1992, para julgar a regular aplicação dos recursos federais”.
Por último, o que devemos saber é a forma de como será apresentada
a avaliação do controle interno. A opinião se dará por meio dos seguintes
instrumentos de trabalho:

 Relatório;
 Nota;
 Certificado;
 Parecer.

Controle Externo

Já o controle externo é efetuado por outra entidade, ou seja, existe


o controle de um poder sobre o outro. No caso do governo federal, o
controle externo é realizado pelo Congresso Nacional, com o devido auxílio
do Tribunal de Contas da União.
Mas professor, o TCU é então subordinado ao Legislativo?
Não podemos entender assim, pois o TCU tem suas prerrogativas
estipuladas na CF/88 e, portanto, tem autonomia para exercer suas
funções. O que podemos dizer, e o que vem sendo considerado como
correto nas provas de concurso, é que o TCU é um órgão auxiliar, mas
que não é subordinado ao Legislativo. Desta forma, é um órgão
independente.
Veja uma questão recente:
2 – (FEPESE - MPE-SC - PROMOTOR – 2014) O Tribunal de Contas é
órgão provido de autonomia constitucional, exerce função auxiliar
do Poder Legislativo e sua atuação fiscalizatória integra o chamado
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controle externo da Administração Pública.

Questão bem tranquila. A CF/88 dá autonomia ao TCU para auxiliar


o Poder Legislativo no controle externo. Gabarito, portanto, questão
correta.

3 - (CESPE – TRT/RN – ANALISTA – 2010) O Tribunal de Contas da


União, órgão ao qual incumbe a prática de atos de natureza

7
(Lima L. H., 2009)

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administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial da União, é subordinado
ao Poder Legislativo, do qual é órgão auxiliar e de orientação.

Vejam como as bancas adoram pedir este tema da relação entre os


tribunais de contas e do Poder Legislativo. A questão está incorreta, pois o
TCU não está subordinado ao Poder Legislativo! Desta forma, o
gabarito é questão errada.
Continuando, o controle externo é uma ferramenta importante no
“balanço de poder” entre os três poderes da União, ou seja, da busca de
um equilíbrio harmônico entre estes poderes.
Desta maneira, busca-se evitar que um poder da República fique
“forte” demais perante os outros. Assim, uma das maneiras de se fazer isso
seria através do controle externo, em que um poder “fiscalizaria” as ações
dos outros.
Vamos ver mais uma questão?
4 - (FCC – TRT/AL – ANALISTA – 2008) Quando o Tribunal de Contas
do Estado realiza auditoria sobre determinada despesa realizada
pelo Poder Executivo, ele exerce controle de caráter
a) interno.
b) externo.
c) hierárquico.
d) judicial.
e) prévio ou preventivo.

A fiscalização do TCU sobre uma despesa do Poder Executivo é


exemplo de controle externo. Assim, a letra B está correta. A letra C está
incorreta, pois o controle hierárquico só pode ocorrer dentro do próprio
órgão. 00007184832

Da mesma forma, a letra E está errada, pois o controle de despesas


já efetuadas é um exemplo de controle posterior, ou reativo. Assim, o
gabarito é letra B.
Continuando, da mesma maneira do controle interno, o controle
externo é detalhado na Constituição Federal, em seu artigo n° 71:
“Art. 71. O controle externo, a cargo do
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente
pelo Presidente da República, mediante parecer

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prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias


a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e
demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e
as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte
prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão,
bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do
ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias
de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas
no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas
supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos
do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer
recursos repassados pela União mediante
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convênio, acordo, ajuste ou outros


instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo
Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas,
ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de
auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de
ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, que estabelecerá,

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entre outras cominações, multa proporcional ao


dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade
adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato
impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre
irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação
será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder
Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder
Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar
as medidas previstas no parágrafo anterior, o
Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte
imputação de débito ou multa terão eficácia
de título executivo.
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso
Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.”

Primeiramente, observem que os incisos II, VI e VIII demonstram


que o TCU é responsável pela fiscalização e controle da atuação de agentes
que devem gerir os recursos públicos de forma que torne viável as
atividades públicas.
Para isso, isto é, para aplicar a responsabilização desses agentes
públicos na administração do erário público, o Tribunal de Contas deve
fiscalizar e julgar as contas dos responsáveis pelos gastos. E, ainda, caso
haja ilegalidade ou irregularidade de contas, deve-se aplicar as sanções
previstas em lei.
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Em frente à omissão no dever de prestar contas, da não comprovação


da aplicação dos recursos repassados pela União, da existência de desvio
de erário público, a autoridade administrativa competente deverá instaurar
a Tomada de Contas Especial.
A Tomada de Contas Especial (TCE) nada mais é do que a
apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano
pela autoridade competente, sob pena de responsabilidade solidária,
conforme artigo oitavo da Lei 8.443, de 1992.
Ao julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros e valores públicos, o Tribunal informará que elas terão os

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seguintes status: regulares, regulares com ressalva ou irregulares,


conforme quadro abaixo:

Regulares com
Regulares Irregulares
Ressalva
Quando houver Em casos de Quando o
exatidão das apresentarem responsável se
demonstrações qualquer falta ou omitir no dever
contábeis; impropriedade, de prestar
Quando os atos mas sem resultar contas;
de gestão dos em dano ao Quando
responsáveis erário. detectados atos
forem ilegais, ilegítimos,
considerados antieconômico;
legais, legítimos e Quando o ato
econômicos. ilegítimo ou
antieconômico
resultar em dano
ao erário;
Quado houver
desfalque ou
desvio de bens,
valores ou
dinheiro público.

Figura 4. Resultado do julgamento das contas dos gestores

Ao responsabilizar o gestor público em casos de irregularidades, o


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TCU irá impor sanções aos responsáveis, como aplicações de multas e


dever de ressarcimento em casos de desfalques, desvios ou qualquer outro
débito apurado nas contas.
O TCU apurará a responsabilização do gestor público tanto civil,
quanto administrativamente. Já vimos, em nossa aula, essas duas formas.
Quando falamos da responsabilização prevista constitucionalmente, isto é,
aquelas relacionadas nos incisos II, VI e VIII do artigo 71 da CF/88,
estamos considerando as responsabilidade civil do gestor público.
Agora, quando nos referimos, há pouco, sobre os resultados dos
julgamentos das contas dos gestores em regulares, regulares com ressalva

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ou irregulares, estávamos falando da competência do TCU em


responsabilizar administrativamente o gestor público.
Pessoal, vale lembrar de que, ao responsabilizar o gestor civilmente
ou administrativamente, o gestor não escapará de ser responsabilizado na
esfera penal ou de, simplesmente, receber sanções disciplinares, ok?
Outro tipo de responsabilização que recai sobre aqueles que
administram o erário público é a que decorre da natureza objetiva ou
subjetiva.
Na responsabilidade objetiva, haverá o dever de corrigir o dano
ocorrido se e somente se os seguintes elementos estiverem presentes:

 Ação do agente: que poderá ser tanto omissiva, quanto


comissiva;
 Ocorrência de dano;
 Nexo de causalidade entre a ação do agente e a ocorrência
do dano.
Já na responsabilidade subjetiva, além dos requisitos
apresentados acima, deve-se provar que o agente agiu com culpa ou
dolo.
O TCU também poderá imputar Responsabilidade a Terceiros,
desde que comprove que houve conluio entre o terceiro e o gestor público
nos casos de dano ao erário decorrente de atos ilegítimos ou nos casos de
desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.
Para que a responsabilidade seja imputada a terceiros, estes devem
ser contratantes ou parte interessada do ato, e devem concorrer para o
cometimento do dano apurado, conforme dispõe dispositivo da Lei n0
8.443, de 1992.
Bom, pessoal, depois de analisarmos a responsabilidade no âmbito
do controle das contas públicas, veremos agora outras formas de controle
externo. De acordo com Paulo e Alexandrino8, podemos citar como
exemplos de: 00007184832

A) A sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder


Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
B) A anulação de um ato do Poder Executivo por decisão judicial;
C) O julgamento anual, pelo Congresso Nacional, das contas
prestadas pelo Presidente da República e a apreciação dos
relatórios, por ele apresentados, sobre a execução dos planos de
governo;

8
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

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D) A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União sobre


despesas realizadas pelo Poder Executivo federal.
O controle externo tem várias facetas. O Congresso Nacional exerce
o controle externo nas dimensões de fiscalização: contábil, orçamentária,
financeira, operacional e patrimonial. Para facilitar a memorização –
COFOP.
Em cima disto, a nossa CF/1988 tratou de impor o seguinte: “Art. 70.
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder”.
O controle contábil busca assegurar que a movimentação e a
aplicação dos recursos públicos estão sendo feitas de acordo com os
princípios contábeis e que todas as mutações econômicas e financeiras
foram contabilizadas de modo correto.
O controle financeiro se preocupa com os fluxos financeiros, ou seja,
com a entrada e saída de recursos dos caixas do Estado. Já o controle
orçamentário busca assegurar que o orçamento esteja sendo seguido de
acordo com as leis aprovadas no Legislativo, controlando as receitas e
despesas previstas e realizadas.
A fiscalização operacional está relacionada à gestão da máquina
pública, ou seja, entra no aspecto do mérito das decisões do gestor, e não
somente da legalidade. Assim sendo, busca assegurar a eficiência, eficácia
e efetividade da gestão pública.
Desta forma, os projetos e programas governamentais são analisados
para se assegurar que as decisões tomadas foram não só legais, mas
eficientes e eficazes. Como exemplo deste tipo de controle, temos as
análises de custo benefício dos programas governamentais onde os
programas são avaliados de acordo com o investimento efetuado e o
impacto gerado na sociedade.
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Por fim, temos o controle patrimonial, que se refere à gestão dos


bens públicos. Aqui temos os bens como conceito amplo, incluindo os bens
de uso da população. Como exemplos de controle patrimonial, temos as
alienações: como privatizações de empresas e de imóveis públicos.
De acordo com Meirelles9, o controle externo:
“É o que se realiza por órgão estranho à
Administração responsável pelo ato controlado e
visa a comprovar a probidade da Administração e a

9
(Meirelles, 1997) apud (Lima L. H., 2009)

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regularidade da guarda e do emprego de bens,


valores e dinheiros públicos, bem como a fiel
execução do orçamento.

Para finalizar, vamos apenas citar mais algumas competências do


TCU no exercício como órgão de controle externo, de acordo com a Lei nº
8.443, de 16 de julho de 1992, que trata sobre a Lei Orgânica do Tribunal
de Contas da União.
Sabemos que cabe ao TCU apreciar as contas prestadas anualmente
pelo Presidente da República, mediante parecer prévio. Ao TCU também
é dever emitir parecer prévio sobre as contas do Governo de
Território Federal, no prazo de sessenta dias, a contar de seu
recebimento, na forma estabelecida no seu Regimento Interno.
Quanto ao seu regulamento, o próprio TCU deve elaborar e alterar
seu Regimento Interno, e seguindo este ordenamento, deverá eleger seu
Presidente e seu Vice-Presidente, além de dar-lhes posse, posteriormente.
Os ministros, auditores e membros do Ministério Público junto ao
Tribunal gozarão de licença, férias e outros afastamentos após serem
concedidas pelo TCU. No caso de licença para tratamento de saúde por um
período superior a seis meses, deverá haver inspeção por junta médica,
ok?
O próprio TCU pode propor fixação de vencimentos ao Congresso
Nacional de seus ministros, auditores e membros do Ministério Público
junto ao Tribunal, assim como a criação, transformação e extinção de
cargos, empregos e funções de quadro de pessoal de sua secretaria, bem
como a fixação da respectiva remuneração.
Por fim, quando uma autoridade competente formular consulta ao
TCU sobre dúvidas quanto aos dispositivos legais e regulamentares
concernentes a matéria de sua competência, o Tribunal deverá decidir
sobre tal.
O TCU tem jurisdição própria e privativa sobre as pessoas e matérias
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sujeitas à sua competência dentro do território brasileiro.


Vamos ver algumas questões agora?
5 - (ESAF – RFB / AFRF - 2005) Não inclui na finalidade do sistema
de controle interno federal, constitucionalmente previsto, a
atividade de:
a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e efetividade,
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e
entidades da Administração.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias da
União.

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c) comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos por


entidades de direito privado.
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

Questão bem “decoreba” da ESAF. É só conferir o artigo 74 da CF/88:


“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas
previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da
União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os
resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de
crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de
sua missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária. 00007184832

§ 2º - Qualquer cidadão, partido político,


associação ou sindicato é parte legítima para, na
forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União.”

A letra A está errada, pois o controle interno não tem a competência,


de acordo com a CF/88, de fazer a avaliação de efetividade, somente de
eficiência e eficácia. Assim, o gabarito é mesmo a letra A.

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6 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) São competências dos TC,


EXCETO:
a) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei.
b) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providencias necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade.
c) apreciar, pra fins de registro, a legalidade dos atos de admissão
de pessoal, a qualquer titulo, na administração direta e indireta,
incluídas as nomeações para cargo de provimento em comissão,
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e
pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório.
d) realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial.
e) representar ao poder competente sobre irregularidades ou
abusos apurados.

Mais uma vez a FMP cobra a “letra da lei” nesta questão. Todas as
alternativas são retiradas do texto da CF/88. Entretanto, a letra C tem um
erro.
Os tribunais de contas não apreciam, para fim de registro, a
legalidade das nomeações para cargos de provimento em comissão. De
acordo com o inciso n° III:
“III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta,
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão,
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal
do ato concessório;”
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Desta maneira, o gabarito é mesmo a letra C.

7 - (ESAF - TCE-RN/ AUDITOR - 2000) Os sistemas de controle


externo, próprios para o exercício das funções de fiscalização
contábil, financeira e orçamentária, nas áreas federais e estaduais,
estão compreendidos na organização estrutural.
a) do Poder Legislativo
b) do Poder Executivo
c) do Poder Judiciário

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d) de cada um dos Poderes Públicos


e) dos Poderes Legislativo e Executivo

O sistema de controle externo é, de acordo com a CF/88, prerrogativa


do Poder Legislativo e é executado com o auxílio do Tribunal de Contas da
União. Desta forma, nosso gabarito é a letra A.

8 - (ESAF – MPOG /EPPGG - 2008) Marque a opção incorreta quanto


às atribuições dos órgãos de controle externo.
a) Compreende a realização de inspeções e auditorias de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.
b) Fiscaliza a aplicação de quaisquer recursos repassados pela
União mediante convênio a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município.
c) Acompanha o movimento dos Cartões de Pagamento do Governo
Federal mediante realização periódica do diagnóstico do sistema de
pagamentos de varejo no Brasil.
d) Analisa as contas das autarquias e fundações instituídas e
mantidas pela União.
e) Apura denúncias apresentadas por qualquer cidadão, sobre
irregularidades ou ilegalidades.

Esta questão tem uma “pegadinha”, pois a letra C aponta uma


fiscalização do sistema de pagamentos de varejo no Brasil. O controle
externo fiscaliza os cartões de pagamento do Governo Federal, mas através
dos dados do próprio governo, e não das lojas de varejo em todo o Brasil.
Assim, o gabarito é a letra C.

9 - (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009) O controle social é entendido


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como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização,


no monitoramento e no controle das ações da Administração
Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da
corrupção e de fortalecimento da cidadania. Dentre os principais
mecanismos de controle social instituído nos três níveis da
federação, a partir da Constituição Federal de 1988, estão
(A) as Centrais de Atendimento do Cidadão.
(B) os Conselhos Gestores.
(C) as Controladorias Gerais.
(D) as Assembleias Populares.

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(E) as Comissões Paritárias.

Dentre as opções descritas na questão, a alternativa que se refere ao


controle social é a dos conselhos gestores das políticas públicas. O gabarito
é a letra B.

Prestação de Contas

Todas as pessoas que venham a utilizar, arrecadar, guardar,


gerenciar ou administrar recursos públicos devem prestar contas, isto é,
devem apresentar que os recursos, que estão sob sua tutela, estão sendo
aplicados corretamente.
A finalidade dos processos de contas é a de possibilitar a verificação
da regular aplicação dos recursos, à luz dos princípios da legalidade,
legitimidade e economicidade10.
Portanto, tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas devem prestar
contas, independente de serem públicas ou privadas. Ou seja, se uma
empresa privada tiver algum contato com os recursos públicos, deve
prestar contas dos mesmos.
Veja como a Constituição Federal de 1988 definiu este tema:
“Prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica,pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais
a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de naturezapecuniária”
Desta forma, o que podemos entender do texto constitucional acima
é que não importa quem esteja do “outro lado”. Se tiver recurso público
envolvido em uma situação, as pessoas relacionadas deverão
prestar contas.
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No caso do Presidente da República, as contas de sua administração


também devem ser encaminhadas ao Congresso Nacional. De acordo com
o Decreto n°3.591/2000, esta prestação de contas será feita pela
Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda, com a
seguinte composição:

I. Relatório de Atividades do Poder Executivo;


II. Execução do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social;

10
(Lima L. H., 2009)

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III. Balanços da Administração Indireta e Fundos;


IV. Execução do Orçamento de Investimento das Empresas
Estatais.
Outro ponto importante no tocante aos Tribunais de Contas é a
decisão do STF de que eles podem realizar o controle de
constitucionalidade11. De acordo com a súmula 347 do STF:
“O Tribunal de Contas, no exercício de suas
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das
leis e dos atos do Poder Público.”
Veja como estes temas já foram cobrados:
10 - (CESPE – TRE/PR – ANALISTA – 2009) O Tribunal de Contas da
União, mesmo como órgão integrante da estrutura da
administração pública direta, tem competência para deixar de
aplicar uma lei que entenda ser inconstitucional.

Vejam como o Cespe cobrou exatamente o teor da decisão do STF.


Assim, o TCU pode sim, em um caso concreto, apreciar a
constitucionalidade de uma lei ou ato do Poder Público.
Portanto, o gabarito da questão é correto.

11 - (CESPE – DPU – DEFENSOR – 2007) Quanto a controle da


administração pública e bens públicos, julgue o item seguinte.

De acordo com o STF, o TCU não tem competência para julgar


contas das sociedades de economia mista exploradoras de
atividade econômica, ou de seus administradores, já que os bens
dessas entidades não são públicos, mas, sim privados.

De acordo com o STF, as empresas públicas ou as sociedades de


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economia mista estão sujeitas ao controle e fiscalização perante o Tribunal


de Contas.
Isto ocorre porque, apesar do seu regime de direito privado e da
exploração econômica, seu capital é composto por recursos públicos (100
por cento no caso das empresas públicas e a maioria das ações ordinárias
com direito a voto no caso das SEMs). Desta maneira, o gabarito é questão
errada.
Pois bem, guardem a seguinte informação: nem todos são obrigados
a prestar contas ao TCU, ou por este pode simplesmente dispensar esta

11
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

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responsabilidade; ou pelo fato de que o dever de prestar contas se dê a


outro órgão, como no caso de repasses federais a órgãos e entidades, cuja
prestação se dará aquele que repassou o recurso.
Pessoal, nós já discorremos durante a aula sobre alguns assuntos,
mas gostaria aqui de fazer um quadro-resumo entre três conceitos que
podem estar confusos na cabeça de alguns.
Veremos de forma simplificada a diferença entre Prestação de Contas,
Tomada de Contas e Tomada de Contas Especial.

Tomada de Contas
Prestação de contas a órgãos de controle pelo gestor do erário
público da Administração DIRETA, no findo do exercício financeiro.
Prestação de Contas
Prestação de contas a órgãos de Controle pelo gestor do erário
público da Administração INDIRETA, no findo do exercício financeiro.
Abrange também as pessoas físicas que recebem valores públicos
para finalidades sociais.

Tomada de Contas Especial


Quando houver omissão no dever de prestar contas, ou prática de ato
ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao erário, os
responsáveis devem ser identificados e o dano, quantificado.

Figura 5. Diferença entre Tomada de Contas, Prestação de Contas e TCE.

Controle Administrativo
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O controle Administrativo é, de certa forma, um tipo de controle


interno. Ele é efetuado através da capacidade que a Administração Pública
tem de autotutela12. Assim, sempre que a Administração buscar corrigir
ou alterar seus próprios atos administrativos estará exercendo este tipo de
controle.

12
(Mazza, 2011)

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Os meios de controle administrativo podem ser classificados em:


supervisão ministerial e o controle hierárquico.
A supervisão ministerial, também conhecida como controle
finalístico, é efetuada pela administração direta em relação à
administração indireta. Ou seja, o controle é efetuado sobre os órgãos
descentralizados, de modo que buscam seus objetivos finalísticos13.
Portanto, não se trata de subordinação de um órgão ao outro, mas
de controle do enquadramento, ou não, da instituição ao programa de
governo e às finalidades do seu próprio estatuto.
Já o controle hierárquico é próprio de qualquer organização que
tenha uma divisão de trabalho em níveis hierárquicos diferentes. Assim, o
presidente de uma estatal tem o controle hierárquico sobre seus diretores,
por exemplo.
Este controle é sempre um tipo de controle interno, pois somente
ocorre dentro da mesma estrutura organizacional. Ele é mais comum no
Poder Executivo, mas ocorre em todos os poderes sempre que existir um
superior que comande um subordinado.
De acordo com Hely Lopes Meirelles14:
“Controle administrativo é todo aquele que o
Executivo e os órgãos da administração dos demais
poderes exercem sobre suas próprias atividades,
visando mantê-las dentro da lei, segundo as
necessidades do serviço e as exigências técnicas de
sua realização, pelo que é um controle de
legalidade, de conveniência e de eficiência.”
Além disso, este controle pode ocorrer também por provocação de
terceiros, como ocorre nos casos de: reclamação administrativa, pedidos
de reconsideração, recursos administrativos e direito de petição.
Nestes casos, alguma pessoa ou entidade se dirige à administração
pública e busca a correção de algum ato ou postura do Estado.
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Controle Legislativo

Este controle é efetuado pelo próprio parlamento e por seus órgãos


auxiliares (como o TCU, no caso da União). De acordo com Carvalho Filho15,

13
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)
14
(Meirelles) apud (Lima C. A., 2005)
15
(Carvalho Filho) apud (Mazza, 2011)

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este controle pode ser dividido em dois tipos: o controle político e o


controle financeiro.
O controle político ocorre quando o Congresso decide sobre tratados
internacionais, abre comissões parlamentares de inquérito ou convoca
autoridades para que prestem informações. De acordo do Di Prieto 16:
“abrange aspectos ora de legalidade, ora de mérito,
apresentando-se, por isso mesmo, como de
natureza política, já que vai apreciar as decisões
administrativas sob o aspecto inclusive da
discricionariedade, ou seja, da oportunidade e
conveniência diante do interesse público.”
O controle financeiro é de competência exclusiva do Poder Legislativo
e é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas.
Dentre os instrumentos que o Poder Legislativo tem para efetuar
estes tipos de controle, podemos citar17:

 A competência de sustar atos normativos do Poder Executivo


que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
delegação legislativa;
 A instituição de Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs;
 A sustação de contratos administrativos que forem objeto de
impugnação pelo tribunal de contas;
 Convocação de Ministros de Estado para prestar informações
dobre assuntos determinados;
 Julgar o chefe do Poder Executivo por crime de
responsabilidade;
 Autorizar operações externas de crédito financeiro de interesse
da União, de estados, do DF e municípios;
 Legislar sobre a criação e extinção de ministérios.
Além destes instrumentos, o Poder Legislativo conta, é claro, com o
auxílio dos tribunais de contas no controle externo da Administração
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Pública.
No momento, temos no Brasil: o Tribunal de Contas da União –
TCU, que fiscaliza a utilização de recursos públicos federais, os Tribunais
de Contas dos Estados – TCEs (que auxiliam as respectivas Assembleias
Legislativas), o Tribunal de Contas do Distrito Federal – TCDF (que
auxilia a Câmara Distrital do DF) e os Tribunais de Contas dos
Municípios – TCMs (que auxiliam as Câmaras Municipais).

16
(Di Prieto) apud (Paludo, 2010)
17
(Mazza, 2011)

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Ainda sobre o controle político, a nossa Carta Magna dispõe que


Ministro de Estado ou qualquer titular de órgão subordinado diretamente
à Presidência da República pode ser convocado a prestar, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente determinado.
E quem tem o poder de convocar? Tanto a Câmara dos Deputados,
quanto o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões possuem esse
poder. Caso a pessoa convocada não compareça, sem se justificar
adequadamente, decairá em crime de responsabilidade.
Além da convocação, as Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a
Ministros de Estado ou a qualquer daquelas pessoas. A recusa ou o não
atendimento no prazo de trinta dias importa em crime de responsabilidade.
Da mesma forma, caso prestem informações falsas será considerado crime
de responsabilidade.
Vamos ver algumas questões agora?
12 - (CESPE – ABIN – OFICIAL – 2008) Devido a sua natureza
singular, a ABIN não se submete ao controle externo por parte do
Tribunal de Contas da União, mas apenas ao controle interno da
própria Presidência da República.

Como vimos acima, todas as pessoas físicas e jurídicas que utilizem,


guardem, arrecadem, gerenciem ou administrem recursos públicos federais
terão de prestar contas ao Tribunal de Contas da União.
Desta maneira, a ABIN, apesar de sua natureza singular, não está
fora do alcance do controle externo efetuado pelo TCU. O nosso gabarito é
questão errada.

13 - (FCC – TRT/RS – ANALISTA – 2011) O controle legislativo da


Administração é
a) um controle externo e político, motivo pelo qual pode-se
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controlar os aspectos relativos à legalidade e à conveniência


pública dos atos do Poder Executivo que estejam sendo
controlados.
b) sempre um controle subsequente ou corretivo, mas restrito à
conveniência e oportunidade dos atos do Poder Executivo objetos
desse controle e de efeitos futuros.
c) exercido pelos órgãos legislativos superiores sobre quaisquer
atos praticados pelo Poder Executivo, mas vedado o referido
controle por parte das comissões parlamentares.

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d) exercido sempre mediante provocação do cidadão ou legitimado


devendo ser submetido previamente ao Judiciário para fins de
questões referentes à legalidade.
e) próprio do Poder Público, visto seu caráter técnico e,
subsidiariamente, político, com abrangência em todas as situações
e sem limites de qualquer natureza legal.

Esta questão é bem interessante. Vejam que, como vimos acima, o


controle legislativo pode ser dividido em: controle financeiro e político.
Desta maneira, a letra A toca no controle político, que entra no mérito das
decisões tomadas pelo Poder Executivo, quando, por exemplo, decide se
ratifica ou não um tratado internacional assinado pelo chefe de Estado.
Assim sendo, a letra A está correta. Já a letra B está incorreta, pois
este controle não se limita aos aspectos de conveniência e de oportunidade.
O mesmo ocorre com a letra C, pois as Comissões Parlamentares de
Inquérito, por exemplo, são modalidades de controle legislativo sobre as
atividades do Poder Executivo.
A letra D é absurda, pois não existe esta limitação (provocação pelos
cidadãos como requisito prévio) ao Poder Legislativo. A letra E também está
equivocada, pois o controle legislativo deve ser aplicado de acordo com os
limites constitucionais previamente estabelecidos. O gabarito é, portanto,
a letra A.

Outras Esferas de Controle

Controle Judicial

O controle judicial das atividades da Administração Pública pode ser


do tipo prévio ou posterior, mas só será feito através de alguma provocação
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ao Poder Judiciário18.
Desta forma, o controle judiciário é o controle efetuado pelo Poder
Judiciário no exercício de sua função principal – a jurisdicional19. Entretanto,
uma “pegadinha” comum em provas é perguntar sobre a veracidade da
seguinte afirmativa: o Poder Judiciário não efetua o controle administrativo.
Pessoal, quando o Poder Judiciário está exercendo a função
administrativa (quando contrata um serviço, por exemplo) pode sim efetuar

18
(Mazza, 2011)
19
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

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um controle administrativo, ou seja, exerce o controle interno de suas


próprias atividades e atos.
O Brasil não adota o modelo francês, de contencioso administrativo.
Desta maneira, o Judiciário é o “ponto final” das causas, ou seja, não cabe
ao Executivo julgar de forma definitiva.
Entretanto, o Poder Judiciário tem certos limites de atuação, pois não
cabe atuar nos atos políticos ou nos atos interna corporis, de acordo com
Carvalho Filho20.
Além disso, deve sempre analisar a legalidade e a legitimidade dos
atos, nunca o seu mérito. Pode, entretanto, investigar a legalidade e
legitimidade dos atos discricionários21.
Os principais instrumentos de controle judicial da Administração
Pública são:

 Mandado de segurança – tem a função de proteger direito


líquido e certo, que não seja amparado por Habeas Corpus ou
Habeas Data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder seja uma autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de uma atribuição de Poder Público22;
 Ação Popular – Pode ser proposta por qualquer cidadão que
busque anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade
administrativa e ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural;
 Habeas Data – Visa assegurar o conhecimento, retificação e
contestação de informações relativas à pessoa impetrante, que
sejam constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público.
 Ação Civil Pública– Serve para a proteção de direitos difusos
ou coletivos;
 Ação de Improbidade – busca coibir práticas de improbidade
e podem acarretar ao agente público: a devolução de bens, a
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suspensão de direitos políticos, a multa civil, a perda da função


pública, a indisponibilidade de bens, a proibição de contratar
com o Estado e o ressarcimento do dano causado.

20
(Carvalho Filho) apud (Mazza, 2011)
21
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)
22
(Mazza, 2011)

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O Poder Judiciário conta com o Conselho Nacional de Justiça que tem,


como função, o controle da atuação administrativa e financeira do Poder
Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes23.
O CNJ também visa, mediante ações de planejamento, à
coordenação, ao controle administrativo e ao aperfeiçoamento do serviço
público na prestação da Justiça24.
Assim, de certa forma, o CNJ efetua um controle interno25 do
Poder Judiciário.

Ministério Público

O Ministério Público é uma instituição dinâmica de garantia e


efetivação de direitos, pois não precisa ser provocado para atual em prol
de sua concretização26.
Esta atuação é ainda mais percebida pela sociedade no caso dos
direitos que necessitam da atuação do Estado, por meio de políticas
públicas, para sua efetivação.
No caso brasileiro, o Ministério Público ascendeu a uma posição de
destaque, pois a Constituição Federal posicionou o MP fora da estrutura de
qualquer dos poderes. Assim, não está subordinado a nenhum dos
Poderes.
Dessa forma, o Ministério Público tem autonomia funcional e
administrativa asseguradas pela CF/88, e não está subordinado ao
Executivo Legislativo ou Judiciário27.
Entretanto, a CF destinou ao MP diversas garantias semelhantes aos
do Poder Judiciário. Dentre os direitos e interesses que o MP defende, entre
outros, estão28:

 Os direitos humanos;
 A democracia, os direitos políticos, a nacionalidade e o devido
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processo eleitoral;
 O respeito às diferenças de etnia, sexo, crença e de condição
psicofísica;

23
(Costin, 2010)
24
Fonte: www.cnj.jus.br
25
(Paludo, 2010)
26
(Costin, 2010)
27
Fonte: www.pgr.mpf.gov.br
28
Fonte: www.pgr.mpf.gov.br

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 A correta aplicação das verbas em educação saúde e


segurança;
 O respeito à ordem econômica e aos direitos do consumidor;
 O acesso a serviços públicos de qualidade;
Além disso, o Ministério Público exerce, de certa forma, um
controle externo da Administração Pública, pois ele atua em denúncias
de improbidade administrativa (conduta antiética que fere ou se distancia
dos padrões morais admitidos29) de seus agentes, nas denúncias de crimes
cometidos por autoridades e na defesa de direitos difusos e coletivos30.
Dentre seus instrumentos, podemos citar: o inquérito civil, a ação de
improbidade administrativa e a ação civil pública. O Ministério Público
brasileiro é formado pelos ministérios públicos estaduais, pelo Ministério
Público da União (MPU).
No Ministério Público da União, a chefia é exercida pelo Procurador-
Geral da República. Este é indicado pelo Presidente da República dentre os
integrantes da carreira de Procurador da República e deve ser aprovado
pelo Senado Federal para um mandato de dois anos, sendo a recondução
permitida31.
O Ministério Público abrange32:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
Pessoal, existe também o Ministério Público Eleitoral (MPE). O
Ministério Público pode e deve intervir no processo eleitoral em qualquer
momento, como: na inscrição dos eleitores, nas convenções partidárias, no
registro de candidaturas, nas campanhas, na propaganda eleitoral, na
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votação, na diplomação dos eleitos.


O MPE não possui estrutura própria, mas uma composição mista:
membros do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual.

29
(Matias-Pereira, Curso de Administração Pública: foco nas instituições e ações
governamentais, 2009)
30
(Paludo, 2010)
31
(Costin, 2010)
32
Fonte: Constituição Federal, art. n°128

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Continuando, a intervenção do MP também ocorre em todas as


instâncias do Judiciário, em qualquer época (havendo ou não eleição), e
pode ser como parte (propondo ações) ou fiscal da lei (oferecendo
parecer)33.
São funções institucionais do Ministério Público34:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,
promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para
fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta
Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações
indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na
forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito
policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações
processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial
e a consultoria jurídica de entidades públicas.
Vamos ver agora algumas questões?
14 - (ESAF – MTE – AUDITOR – 2010) O estudo do tema ‘controle
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da administração pública nos revela que:


a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por
responsáveis por bens ou valores públicos, aí incluído o Presidente
da República.
b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública
pode rever seus atos, mas não pode declará-los nulos.

33
Fonte: http://www.eleitoral.mpf.mp.br/eleitoral_new/institucional/sobre-o-mpe/
34
Fonte: Constituição Federal, art. n°129

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c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o


controle transversal de um Poder sobre os outros.
d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o
auxílio do Tribunal de Contas da União.
e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre
seus atos administrativos.

A primeira frase está correta e é o nosso gabarito. Já a segunda


alternativa está errada, pois a Administração Pública pode sim anular seus
atos. A letra C inverteu o conceito, pois o controle de um Poder pelo outro
é necessário para que um Poder não abuse ou predomine sobre os outros.
Na letra D, este controle citado não é o interno, e sim o externo. Já
a letra E vem com uma “pegadinha” comum. O Poder Judiciário não efetua
somente o controle jurisdicional, pois também executa seus próprios atos
administrativos. Desta maneira, também exerce um controle administrativo
ou interno.
Assim, nosso gabarito é mesmo a letra A.

15 - (FCC – TRT/MT – ANALISTA – 2011) Sobre o controle e


responsabilização da Administração Pública, é INCORRETO afirmar:
a) Ao Poder Judiciário é vedado apreciar o mérito administrativo e,
ao exercer o controle judicial, está restrito ao controle da
legitimidade e legalidade do ato impugnado.
b) Controle Administrativo é o poder de fiscalização e correção que
a Administração Pública exerce sobre sua própria atuação, sob os
aspectos de legalidade e mérito, por iniciativa própria ou mediante
provocação.
c) O Controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administração
Pública tem que se limitar às hipóteses previstas na Constituição
Federal, sob pena de afronta ao princípio de separação de poderes.
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d) No Controle Judicial, o Poder Judiciário exerce o poder


fiscalizador sobre a atividade administrativa do Estado, alcançando,
além dos atos administrativos do Executivo, atos do Legislativo e
do próprio Judiciário quando realiza atividade administrativa.
e) O Controle Legislativo alcança os órgãos do Poder Executivo, as
entidades da Administração Indireta, mas jamais o Poder
Judiciário, mesmo quando este último executa função
administrativa.

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A questão pede a alternativa incorreta. Desta maneira, a única


afirmativa que está incorreta é a letra E, pois o controle legislativo alcança
o Poder Judiciário quando este executa função administrativa.
Por exemplo, se um Tribunal Regional do Trabalho, por exemplo,
estiver construindo uma nova sede, esta obra será fiscalizada pelo Tribunal
de Contas. Assim, o nosso gabarito é a letra E.

Controle Social participação social

O controle social, ou popular, se refere à participação da sociedade


como um todo na elaboração, acompanhamento e monitoramento do poder
público. Desta forma, a própria sociedade exerceria, então, o controle sobre
o Estado.
Neste caso, não estamos nos referindo apenas ao direito de ter
informações sobre os atos do poder público, mas, além disso, da
participação da sociedade na gestão pública.
Claro que, em uma democracia, as próprias eleições seriam um tipo
de controle da sociedade, pois pelo voto podemos aprovar ou não um
representante do povo no Legislativo ou no Executivo.
Entretanto, devem existir outras formas de controle e participação da
sociedade na condução da gestão governamental.
De acordo com Lima35:
“Numa democracia, o controle social é exercido
desde o processo de elaboração das políticas
públicas, por exemplo, mediante consultas e
audiências públicas, até o acompanhamento e
monitoramento de sua execução. Transparência e
participação na gestão pública são fatores
determinantes para o controle efetivo da sociedade
sobre a gestão pública.”
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Desta forma, o controle externo busca aproximar o controle da gestão


pública para o nível em que esta ação pública efetivamente ocorra. Assim,
não só se fortalece o controle da gestão pública, mas também se amplia a
cidadania, com o envolvimento dos cidadãos e das instituições no controle
das atividades do Estado36.

35
(Lima L. H., 2009)
36
(Paludo, 2010)

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Portanto, a modernização da máquina estatal deve ampliar o espaço


em que a sociedade possa participar e controlar as ações governamentais,
ou seja, novas “arenas” e mecanismos devem ser criados para que esta
participação popular seja efetiva e que possamos ter o envolvimento da
sociedade na definição, execução e avaliação dos programas
governamentais e das políticas públicas.
Dentre as formas de controle social, temos:
 A possibilidade de qualquer cidadão denunciar irregularidades
ao TCU (ou outros tribunais de contas);
 A possibilidade de qualquer cidadão entrar com uma ação
popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público. Desta
forma, um cidadão qualquer pode entrar com uma denúncia
se considerar que algum agente público está gerindo mal os
recursos públicos, se avaliar que uma obra pública está
superfaturada, etc.;
 Obrigação dos entes governamentais de disponibilizar ao
contribuinte as contas públicas;
 O orçamento participativo;
 As audiências públicas;
 Conselhos gestores de políticas públicas;
 Os conselhos municipais.
De acordo com Paludo37, as novas tecnologias de informação e
comunicação estão facilitando o controle social pela sociedade, pois
permitem um acesso maior e mais rápido a toda uma gama de informações
relativas às ações do Poder Público.
A própria prática continuada da democracia no Brasil, de acordo com
Matias-Pereira38, está levando a uma cobrança cada vez maior por
transparência e participação por parte da sociedade.

Ouvidorias
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Com a evolução do relacionamento entre o Estado e os cidadãos, as


ouvidorias destacaram-se como mais um passo em direção ao aumento do
controle social.
Essas ouvidorias são “canais de comunicação” entre os simples
cidadãos e as instituições públicas. Um ouvidor deve estar sempre

37
(Paludo, 2010)
38
(Matias-Pereira, Curso de Administração Pública: foco nas instituições e ações
governamentais, 2009)

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disponível para tirar dúvidas, receber sugestões e propor melhorias e


correções dentro do órgão ou setor público.
As ouvidorias públicas, de acordo com Perez39,
“configuram-se como “instrumentos jurídicos” que
ensejam aos cidadãos a possibilidade de
participarem, “diretamente ou através de
representantes, dos processos decisórios, das
execuções ou controles das tarefas”
desempenhadas pela Administração Pública.”
Assim sendo, as ouvidorias funcionam como intermediários entre os
cidadãos e a máquina estatal. Possibilitam, também, uma maior
conscientização da população em relação aos seus direitos e deveres.
Quando somos ouvidos e notamos que nossas dúvidas e demandas
estão sendo levadas em consideração, nos sentimos mais atuantes e
valorizados, não é mesmo? Portanto, essas ouvidorias servem também
como um instrumento de valorização da democracia participativa, pois
incentivam a participação direta da população na resolução dos problemas
e na melhoria do atendimento público.
De acordo com Barreto40,
“A ouvidoria se caracteriza como um mecanismo de
controle social. É um instrumento de controle
social, porquanto visa precipuamente, através de
sua atuação, garantir a satisfação do interesse
público, dando abertura ao cidadão para que este
se manifeste sobre a atuação do Estado.”
Outro aspecto importante do funcionamento das ouvidorias é como
agente de mudanças dentro da máquina estatal. Quando uma ouvidoria
funciona bem, esta passa a cobrar respostas mais rápidas e com um nível
maior de qualidade aos cidadãos/usuários.
Um ouvidor deve, também, fazer um estudo estatístico das demandas
e problemas detectados pelos cidadãos. Este estudo pode proporcionar um
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“mapeamento” das áreas críticas do órgão e subsidiar propostas de


mudanças.
Isto nem sempre é bem visto por servidores acomodados e refratários
ao contato com a população. Muitas vezes, a criação de uma ouvidoria deve
vir acompanhada de uma mudança na cultura organizacional da instituição.

39
(Perez, 2004) apud (Barreto, 2009)
40
(Barreto, 2009)

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Desse modo, um fator crítico para o sucesso dessas ouvidorias é o


apoio político dos chefes e superiores hierárquicos. Sem este apoio, uma
ouvidoria não tem muita chance de obter sucesso.
Além disso, o profissional que venha a ocupar este posto deve ter
autonomia para defender o cidadão usuário dentro da instituição e cobrar
informações e melhores resultados das diversas áreas envolvidas.
Vamos ver mais questões agora?
16 – (FCC – TCM/CE – AUDITOR – 2010) Controle Social nos
serviços públicos envolve
(A) a participação da sociedade civil na elaboração,
acompanhamento e monitoramento das ações do poder público.
(B) o feedback periódico aos cidadãos dos principais resultados de
uma política pública.
(C) o controle efetivo dos tribunais de contas municipais, estaduais
e da União sobre as respectivas empresas públicas.
(D) a consulta frequente aos principais beneficiários de um serviço.
(E) a nomeação de representantes da sociedade civil para cargos
de direção do serviço público.

Como vimos acima, a participação da sociedade civil é ponto principal


no controle social. Desta forma, a letra A está correta e é nosso gabarito.
A letra B se relaciona ao princípio da publicidade. Já a letra C se refere ao
controle externo.
As letras D e E também estão equivocadas, pois a simples consulta
não reflete tão bem o controle social quanto à letra A, e o mesmo pode ser
dito da nomeação de representantes da sociedade civil para cargos de
direção. Assim, o nosso gabarito é mesmo a letra A.

17 - (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009) O controle social é


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entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na


fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da
Administração Pública. Trata-se de importante mecanismo de
prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania. Dentre
os principais mecanismos de controle social instituído nos três
níveis da federação, a partir da Constituição Federal de 1988, estão
(A) as Centrais de Atendimento do Cidadão.
(B) os Conselhos Gestores.
(C) as Controladorias Gerais.
(D) as Assembleias Populares.

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(E) as Comissões Paritárias.

Dentre as opções descritas na questão, a alternativa que se refere ao


controle social é a dos conselhos gestores das políticas públicas. O gabarito
é a letra B.

18 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) No que se refere ao controle


da administração publica, assinale a incorreta:
A – As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente,
à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o
qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
B – Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é
parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas.
C – O controle judicial é o poder de fiscalização que os órgãos do
Poder Judiciário exercem sobre os atos do Executivo, Legislativo e
próprio Judiciário.
D – Os Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário manterão, de
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de
apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
E – O controle legislativo da Administração Pública é exercido por
meio de instrumentos, dentre os quais se destacam: pedido de
informação; convocação de autoridades; fiscalização contábil,
financeira e orçamentária; e reclamação administrativa.

A alternativa incorreta é a letra E. A reclamação administrativa, citada


na alternativa como exemplo de controle legislativo, é na verdade um
exemplo de controle administrativo.
O controle administrativo pode ocorrer de forma autônoma (ou de
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ofício) e por provocação de terceiros. A reclamação administrativa se


enquadra no controle administrativo que ocorre por provocação de
terceiros. Portanto, o gabarito é a letra E.

19 - (FCC – TRE/RN – ANALISTA – 2011) Consoante a Constituição


Federal, é obrigatória a prestação de Contas por qualquer pessoa
física ou jurídica, pública ou privada que, dentre outras atividades,
arrecade e aplique recursos públicos. Nestas condições, a Prestação
de Contas Anual do Presidente da República, a ser encaminhada ao
Congresso Nacional, será elaborada
a) pela Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da
Fazenda.

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b) pelo Tribunal de Contas da União.


c) pela Secretaria do Tesouro Nacional.
d) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
e) pela Secretaria de Controle Interno da Casa Civil.

Como já vimos, a prestação de contas do Presidente da República


deve ser elaborada pela Secretaria Federal de Controle Interno,
subordinada ao Ministério da Fazenda.
Portanto, nosso gabarito é a letra A.

20 - (FCC – TRE/RN – ANALISTA – 2011) Dentre outros, constitui


objeto de exame realizado pelo Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal a
a) arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de
operações de crédito do governo federal.
b) arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos,
bem como, o cancelamento de empenhos de despesas do
orçamento da União.
c) despesa obrigatória de caráter continuado da administração
pública federal.
d) arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos
federais.
e) apuração do montante da dívida consolidada da União, ao final
de cada semestre, para efeito do cumprimento dos limites
constitucionais.

Dentre os aspectos que devem ser analisados pelo sistema de


controle interno, podemos citar: a arrecadação, a restituição e a renúncia
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de receitas tributárias. Assim, a letra D está correta e é o nosso gabarito.

Transparência

Cada vez mais, a transparência nas ações governamentais é vista


como elemento necessário para que o país possa reduzir as suas
desigualdades, aumentar sua eficiência e atingir o seu pleno
desenvolvimento.

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De acordo com Matias-Pereira41,


“a transparência do Estado se efetiva por meio do
acesso do cidadão à informação governamental, o
que torna mais democrática as relações entre o
Estado e sociedade civil.”
Ou seja, ser transparente é dar acesso para a sociedade de todos os
atos e decisões públicas. É informar à sociedade e deixar disponíveis dados
e informações que possibilitem uma análise e eventual crítica da atuação
do Estado.
Mais informado, o cidadão poderá avaliar melhor as políticas públicas,
os diversos governantes e fazer melhores escolhas quando for votar.

Transparência no Contexto da LRF

Com a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, a


transparência no Brasil ganhou um grande impulso. Esta lei veio exigir dos
governos diversos instrumentos de transparência atualmente consagrados,
como o Relatório de Gestão Fiscal - RGF e o Relatório Resumido de
Execução Orçamentária - RREO.
De acordo com Paludo42, a LRF foi um divisor de águas na história das
finanças em termos de transparência das contas públicas no Brasil.
Desde então, os diversos governos têm aprimorado seus
instrumentos de transparência, de forma a cumprir com a LRF. Estes
instrumentos têm possibilitado uma tomada de consciência que antes não
se via do estado das contas governamentais e das prioridades e qualidades
da diferentes gestões públicas.
Assim, a democracia participativa passa a se tornar realidade, pois
somente com instrumentos que facilitem a participação dos cidadãos o
controle da sociedade sobre o Estado pode ocorrer.
Abaixo, podemos ver os artigos 48, 48-A e 49 da LRF, que detalham
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os instrumentos de transparência da lei:

Da Transparência da Gestão Fiscal


“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será
dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público:
os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as

41
(Matias-Pereira, Os efeitos da crise política e ética sobre as instituições e a economia no
Brasil, 2006)
42
(Paludo, 2010)

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prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório


Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal;
e as versões simplificadas desses documentos”.
Pessoal, o RREO e o RGF são os instrumentos de transparência
consagrados pela LRF. O RREO terá sua publicação em até trinta dias do
fim de cada bimestre, sendo composto por: Balanço Orçamentário,
Demonstrativo de Execução das Receitas, das Despesas por categoria
econômica e grupo de natureza e das Despesas por função e subfunção.
Já o RGF será emitido ao final de cada quadrimestre e será composto
por: comparativo com os limites impostos pela LRF de despesa com
pessoal, dívidas consolidada e mobiliária, concessão de garantias,
operações de crédito.
Deverá, também, vir acompanhado de indicação de medidas
corretivas, caso se ultrapasse alguns desses limites; entre outros quesitos
dispostos no artigo 55 da LRF.
Reparem em uma coisa: além do RREO, do RGF, das prestações de
contas (e o respectivo parecer prévio), dos planos, orçamentos e LDO, a
transparência da gestão fiscal também terá vários elementos que
assegurem a sua existência, como:

 O incentivo à participação popular e realização de


audiências públicas, durante os processos de elaboração e
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos;
A transparência da gestão fiscal é imposta aos gestores públicos e,
desta forma, eles devem apresentar à sociedade tudo o que fora feito com
o dinheiro público, comprovando que cumpriram as regras legais impostas
no âmbito da Administração Pública.
Outro meio de garantir a transparência seria com a permissão de a
sociedade obter, em tempo real, as informações detalhadas sobre a
execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso ao
público.
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A Lei no 12.527, de 2011, a Lei de Acesso à Informação, trouxe regras


que permitem que a sociedade, pessoas naturais e jurídicas, tenha acesso
à informação, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma
transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão, observados os
princípios da administração pública e as diretrizes previstas na Lei.
Diante disso, o artigo 48-A da LRF, de 2000, dispõe que qualquer
pessoa física ou jurídica terá o acesso a informações referentes à
despesa e à receita da seguinte forma:
“I – quanto à despesa: todos os atos praticados
pelas unidades gestoras no decorrer da execução
da despesa, no momento de sua realização, com a

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disponibilização mínima dos dados referentes ao


número do correspondente processo, ao bem
fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou
jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o
caso, ao procedimento licitatório realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o
recebimento de toda a receita das unidades
gestoras, inclusive referente a recursos
extraordinários”.
Como mais um meio de garantir a transparência da gestão fiscal, a
sociedade terá conhecimento das contas do Chefe do Poder Executivo
durante todo o exercício. Essas contas poderão ser consultadas e
apreciadas pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Vamos ver mais uma questão sobre estes temas?
21 - (ESAF – MTUR – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2014) Referente
ao controle da administração pública, assinale a opção correta.
a) O Senado Federal não tem o poder de convocar Ministro de
Estado para prestar pessoalmente informações sobre assunto
previamente determinado.
b) Não é possível supervisão ministerial de empresas estatais.
c) O Congresso Nacional não possui a função de julgar anualmente
as contas prestadas pelo Presidente da República.
d) O Poder Judiciário não tem sistema de controle interno.
e) Ação popular não pode ser proposta por pessoa jurídica.

O artigo 50 da CF/88 dispõe que “a Câmara dos Deputados e o


Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar
Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente determinado, importando
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crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.


Dessa forma, o Senado Federal tem o poder de convocar Ministro de
Estado para prestar pessoalmente informações sobre assunto previamente
determinado, o que torna a letra A incorreta.
A supervisão é efetuada pela administração direta em relação à
administração indireta, isto é, pelos órgãos descentralizados, o que incluem
as empresas estatais. Logo, a letra B também está errada.
Na letra C, tem-se um caso de competência exclusiva do Congresso
Nacional, senão vejamos:
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso
Nacional:

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(...)
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo (...)”.
A letra B está errada, pois a nossa CF/88 dispõe que os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno. Logo, todos os Poderes possuem sistema de controle
interno.
Por fim, de acordo com a CF/88, qualquer cidadão é parte legítima
para propor ação popular. Logo, pessoa jurídica não pode propor ação
popular. A letra E, portanto, está correta, sendo o gabarito da questão.

22 – (VUNESP - PC-CE - DELEGADO – 2015) A Administração Pública


deve atuar com legitimidade, segundo as normas pertinentes a
cada ato e de acordo com a finalidade e o interesse coletivo na sua
realização. Nesse sentido, é correto afirmar que:
a) o controle de mérito é todo aquele que antecede a conclusão do
ato.
b) a inexistência de lei específica impede o controle externo
popular.
c) se o ato pendente de decisão administrativa é inoperante, pode
causar lesão ou ameaça de lesão a alguém, que passa a ter
legitimação para se socorrer do Judiciário.
d) são características da fiscalização hierárquica a mutabilidade e
a provocação.
e) o controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela
que a Administração tem sobre seus próprios atos e agentes.

O controle de mérito é realizado após a conclusão do ato, logo a letra


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A está errada.
O controle externo popular pode ser realizado pelo controle social, ou
popular. Dessa forma, não há impedimento para que ele exista. Dessa
forma, a letra B está errada.
As letras C e D fogem um pouco do tema de nossa aula, logo não
cabe comentá-las para evitar confusão na cabeça de vocês.
A letra E está perfeita e é o gabarito da questão. A administração
pode, de acordo com a autotutela, rever seus atos. Se estiverem com vícios
de ilegalidade, caberá a anulação. Se tornarem inoportunos e
inconvenientes, caberá a revogação.

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23 – (VUNESP - PC-CE - ESCRIVÃO – 2015) Com relação ao controle


administrativo, é correto afirmar que:
a) por controle judicial entende-se o controle interno que o Poder
Judiciário realiza com seus próprios atos, não podendo incidir sobre
as atividades administrativas do Estado.
b) o controle, em razão da legalidade dos atos administrativos, é
exercido tanto pela Administração como pelo Poder Judiciário.
c) o Tribunal de Contas é o órgão do Poder Judiciário encarregado
do controle financeiro da Administração Pública
d) não poderá o Poder Legislativo fiscalizar as atividades da
Administração Pública.
e) somente o Ministério Público poderá fiscalizar os atos dos
administradores públicos.

No controle judicial, o Poder Judiciário exerce sua função principal


que é a jurisdicional. Quando este Poder exerce a função administrativa,
ele exerce o controle interno.
Dessa forma, o controle judicial não se entende como controle
interno. Neste, o Poder Judiciário exerce controle sobre seus próprios atos
administrativos. Logo, a letra A está errada.
O controle da Administração sobre seus atos pode se dá quanto à
legalidade e ao mérito. Dessa forma, a letra B está correta, pois os atos
administrativos podem ter sua legalidade controlada tanto pela
Administração, quanto pelo Poder Judiciário.
O controle financeiro é de competência exclusiva do Poder Legislativo,
sendo exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Logo, a letra
C está errada, pois além de ser órgão do Poder Legislativo, ele o auxilia no
controle financeiro.
O Poder Legislativo têm o controle das atividades administrativas
resguardado pela CF/88, senão vejamos:
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“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso


Nacional:
(...)
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por
qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta”.
Dessa maneira, a letra D também está errada, pois o Poder
Legislativo pode fiscalizar as atividades da Administração Pública.

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Vimos que o além do Ministério Público, os atos administrativo podem


ser fiscalizados, por exemplo, pelo Poder Legislativo, pelo Poder Judiciário.
Logo, a letra E está errada. O gabarito da questão é, portanto, a letra B.

24 – (FUNDEP - DPE-MG – DEFENSOR PÚBLICO – 2014) Sobre o


controle externo da Administração Pública a cargo dos Tribunais de
Contas, assinale a alternativa CORRETA.
a) Os Tribunais de Contas têm competência para fiscalizar as
despesas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do
Ministério Público.
b) Assim como o Poder Judiciário, os Tribunais de Contas somente
podem agir se provocados por terceiros para suspender o
procedimento licitatório ilegal.
c) No exercício de suas atribuições, os Tribunais de Contas não
podem apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder
Público.
d) Aos Tribunais de Contas dos Estados compete julgar as contas
prestadas anualmente pelo Governador e Prefeitos.

Em razão dos princípios da verdade material e da oficialidade, os


Tribunais de Contas pode agir de ofício. Logo, a letra B está errada, pois
não é verdade afirmar que os TC somente devem agir se provocados por
terceiros.
Conforme Súmula 347 do STF: “O Tribunal de Contas, no exercício
de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos
atos do Poder Público”. Dessa forma, a letra C também está errada.
Não cabe julgar as contas dos chefes do Poder Executivo, e sim,
apreciá-las. A letra E também está errada.
A única alternativa correta é a letra A, sendo o gabarito da questão.
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25 – (FCC - SEFAZ-PE - AFTE – 2014) O controle dos atos


administrativos exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do
Tribunal de Contas, considerando o disposto na Constituição
Federal:
a) tem por finalidade a análise de legalidade dos atos
administrativos, não incluindo análise de mérito ou controle
político, vez que estes são restritos aos órgãos de controle da
Administração pública da esfera do Executivo.
b) é executado sem prejuízo dos controles exercidos pelo Executivo
e pelo Judiciário, possuindo alcance próprio, inclusive atingindo

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alguns aspectos do mérito do ato administrativo, e admitindo a


participação dos administrados.
c) pretere aquele realizado internamente pelos órgãos da
Administração pública, porque lhe é hierarquicamente superior.
d) admite o recebimento e a análise de recurso interposto no
âmbito do Executivo, após manutenção de decisão pela autoridade
máxima do órgão.
e) deve ser desempenhado em todas as fases da edição dos atos
administrativos pela Administração pública, caracterizando-se
como expressão do poder de autotutela que acompanha sua
atuação.

Quando a CF/88, no inciso X do art. 49 dispõe que é competência


exclusiva do CN a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, ela
está impondo o controle de mérito e de legalidade do ato administrativo.
A única letra correta nessa questão, discorrendo sobre o controle dos
atos administrativos exercidos pelo Poder Legislativo, disposto na CF/88, é
a B, sendo o gabarito da questão.

26 – (CESPE - ANTAQ - TÉCNICO – 2014) O controle administrativo


exercido com base na hierarquia denomina-se supervisão
ministerial.

A supervisão ministerial não é exercida com base na hierarquia, pois


as entidades da administração indireta não são subordinadas à
administração direta. O que há é uma vinculação, ok? Gabarito, portanto,
questão errada.

27 – (CESPE - ANTAQ – TÉCNICO) A análise da prestação de contas


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de uma autarquia federal pelo Tribunal de Contas da União é


exemplo de controle posterior e externo.

O controle posterior busca analisar o ato ou atividade após ele ter


ocorrido. Já o controle externo é aquele efetuado por outra entidade, ou
seja, existe o controle de um poder sobre o outro.
No caso do governo federal, o controle externo é realizado pelo
Congresso Nacional, com o devido auxílio do Tribunal de Contas da União.
Dessa forma, o gabarito é questão correta.

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28 – (FGV - MPE-RJ – ESTAGIO FORENSE – 2014 - ADAPTADA) A


Constituição da República de 1988 estabelece que qualquer cidadão
é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural.

De acordo com o inciso LXXIII do art. 5º da CF/88, “qualquer cidadão


é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
A questão é cópia desse inciso, sendo, portanto, verdadeira. Dessa
forma, o gabarito é questão correta.

29 – (VUNESP - TJ-SP - JUIZ – 2014) O Tribunal de Contas do Estado


de São Paulo funciona como órgão auxiliar:
a) da Câmara Municipal da Capital do Estado de São Paulo, ou seja,
do Poder Legislativo do Município da Capital.
b) do Governo do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Executivo.
c) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ou seja, do
Poder Legislativo estadual.
d) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder
Judiciário.

Os Tribunais de Contas são órgãos auxiliares do Poder Legislativo. No


âmbito federal, o TCU é órgão auxiliar do Congresso Nacional.
Já no âmbito estadual, o TCE é órgão auxiliar da Assembleia
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Legislativa. Dessa forma, o gabarito da questão é letra C.

30 – (FEPESE - MPE-SC - ANALISTA – 2014) Assinale a alternativa


que indica corretamente a periodicidade em que o relatório de
gestão fiscal deve ser emitido pelos titulares dos poderes e órgãos,
de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
a) Ao final de cada quadrimestre.
b) No primeiro trimestre do ano.
c) No prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre.
d) No último bimestre do exercício fiscal.

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e) Em até 30 dias após o encerramento do semestre.

O RGF deve ser emitido, de acordo com a LRF, ao final de cada


quadrimestre. Gabarito, portanto, letra C.

31- (FCC - TRF - ANALISTA – 2014) A Administração pública, é


sabido, está sujeita a princípios expressos e implícitos no exercício
de suas funções. A observância desses princípios está sujeita a
controle, do que é exemplo o controle:
a) exercido pela própria Administração, que se presta a verificar a
observância dos princípios expressos e implícitos, vedada, no
entanto, a revisão dos atos, que deve ser feita judicialmente.
b) administrativo externo, que se presta à verificação da
observância dos princípios, desde que expressos, que regem a
Administração.
c) exercido pelo Legislativo, pelo Judiciário e pela própria
Administração, sem prejuízo da participação do usuário no bom
desempenho das funções administrativas, o que lhes confere,
inclusive, direito a informações sobre a atuação do governo.
d) exercido pelo Judiciário, que se consubstancia em verificação
interna dos princípios expressos, tais como, legalidade,
impessoalidade e supremacia do interesse público.
e) legislativo externo, que se presta somente à verificação da
observância dos princípios expressos e da discricionariedade da
Administração.

A letra A está errada, pois, de acordo com a Súmula 473 do STF, a


revisão dos atos administrativos pela administração é autorizada. Da
mesma forma que a apreciação judicial.
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A letra B está errada, pois não se trata de controle externo. A letra C


está correta, sendo o gabarito da questão.
A letra D está errada, pois o controle do Poder Judiciário alcança a
legalidade e a legitimidade dos atos, nunca o seu mérito. Ele verifica
princípios expressos e implícitos, tais como, o princípio da razoabilidade.
A letra E está errada, pois apenas a administração pode realizar
controle com base na discricionariedade. Gabarito, portanto, letra C.

32 – (FCC - TRF - TÉCNICO – 2014) Considere:

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I. Convocação de Ministro de Estado por Comissão do Senado


Federal para prestar, pessoalmente, informações sobre o tema da
demarcação de terras indígenas.
II. Controle administrativo sobre órgãos da Administração Direta.
Acerca do Controle da Administração pública, os itens I e II
correspondem, respectivamente, a controle:
a) legislativo de natureza política e controle administrativo interno
decorrente do poder de tutela da Administração pública.
b) legislativo de natureza política e controle administrativo interno
decorrente do poder de autotutela da Administração pública.
c) administrativo de natureza política e controle administrativo
interno decorrente do poder de tutela da Administração pública.
d) legislativo de natureza financeira e controle administrativo
externo decorrente do poder de autotutela da Administração
pública.
e) administrativo de natureza política e controle administrativo
externo decorrente do poder de tutela da Administração pública.

Vejam o que dispõe o inciso III do §2º do artigo 58 da CF/88:


“Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão
comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no
respectivo regimento ou no ato de que resultar sua
criação.
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua
competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na
forma do regimento, a competência do Plenário,
salvo se houver recurso de um décimo dos
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membros da Casa;

II - realizar audiências públicas com entidades da


sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar
informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;
(...)”.
Dessa forma, a convocação de Ministro de Estado por Comissão do
Senado Federal para prestar, pessoalmente, informações sobre o tema da

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demarcação de terras indígenas é um tipo de controle legislativo de


natureza política.
Já o controle administrativo sobre órgãos da administração direta
deriva do poder de autotutela. Se fosse sobre entidades da administração
indireta, seria poder de tutela. Desse modo, o gabarito é letra B.

33 – (UESPI - PC-PI - DELEGADO – 2014) Caio ingressou no serviço


público há 01 (um ano), contudo, Caio não tem cumprido metas,
não vem desempenhando suas atividades dentro da Administração
Pública a contento. Com base neste episódio que controle da
administração pública possui como função a de observar a
eficiência do agente administrativo dentro do princípio da
legalidade?
a) Controle administrativo e financeiro.
b) Controle administrativo.
c) Controle político.
d) Controle judicial.
e) Controle legal

O controle da administração pública possui como função a de


observar a eficiência do agente administrativo dentro do princípio da
legalidade é o controle administrativo, tendo, por base, o poder de
autotutela. Dessa forma, o gabarito é letra B.

34 – (VUNESP - SAAE-SP - PROCURADOR – 2014) O controle


externo da Administração Pública pode ser exercido, em alguns
casos, diretamente pelo Congresso Nacional, sendo uma hipótese
de controle exercido exclusivamente pelo Senado Federal:
a) a sustação de atos e contratos. 00007184832

b) a convocação de Ministro para prestar informações.


c) o julgamento das contas do Presidente da República.
d) a autorização para realização de operação externa de natureza
financeira pela União.
e) a emissão de parecer prévio sobre as contas do Presi-dente da
República.

Para responder essa questão, vejamos o que dispõe o inciso V do


artigo 52 da CF/88:

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“Art. 52. Compete privativamente ao Senado


Federal:
(...)
V - autorizar operações externas de natureza
financeira, de interesse da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
(...)”.
Dessa forma, o gabarito é letra D.

35 – (VUNESP - TJ-PA - JUIZ – 2014) Em relação ao controle


externo exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio dos Tribunais
de Contas, é correto afirmar que este último poderá:
a) solicitar para exame cópia de edital de licitação já publicado, até
o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das
propostas.
b) apreciar, para fins de registro, as nomeações para cargo de
provimento em comissão e as concessões de aposentadorias.
c) determinar a quebra de sigilo de agentes públicos e particulares
que contrataram com o Estado, para apuração de irregularidades.
d) sustar os contratos administrativos em execução, prescindindo
de manifestação do Poder Legislativo.
e) realizar auditorias, mas somente mediante expressa
determinação do Poder Legislativo.

A letra A está correta, pois conforme o §2º do artigo 113 da Lei nº


8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública, os Tribunais de Contas poderão solicitar para exame, até o dia útil
imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia de
edital de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da
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Administração interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que,


em função desse exame, lhes forem determinadas.
A letra B está errada, pois de acordo com o inciso III do artigo 71 da
CF/88, III cabe ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos
de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão,
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e
pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório.

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A letra C está errada, pois o TCU não tem competência para


determinar a quebra de sigilo de agentes públicos e particulares que
contrataram com o Estado, para apuração de irregularidades.
A letra D está errada, pois, no caso de contrato, o ato de sustação
será adotado diretamente pelo Congresso Nacional.
O TCU deve realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário.
Logo, não precisa determinação expressa do Poder Legislativo.
Gabarito, portanto, letra A.

36 - (CESPE – FUB – SECRETÁRIO EXECUTIVO – 2011) O controle


interno da administração pública é realizado pelo Poder Judiciário,
com o apoio do Poder Legislativo; o controle externo está a cargo
da Controladoria Geral da República.

Fácil esta questão, não é mesmo? O controle interno, como já foi visto
por nós, é efetuado pelo próprio ente. Assim, no caso da União, ele será
efetuado pela Controladoria-Geral da União – CGU.
Já o controle externo é exercido por outro ente. O gabarito é questão
errada.

37 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) A transparência da gestão


fiscal será garantida pela participação da sociedade e pela
divulgação que deve ser dada a todas as ações relacionadas à
arrecadação de receitas e à realização de despesas. Com esse
propósito, a LRF criou alguns mecanismos. Assinale a Incorreta.
A) A participação popular na discussão e na elaboração dos planos
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e dos orçamentos.
B) A disponibilidade das contas dos administradores, durante todo
o exercício, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições
da sociedade.
C) A emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal, de acesso
público e ampla divulgação.
D) A emissão de relatórios periódicos de execução orçamentária,
de acesso público e ampla divulgação.
E) O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da
política e da operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por
Conselho de Orçamento Participativo, constituído por

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representantes de todos os poderes e esferas de governo, do MP e


de entidades técnicas representativas da sociedade.

Esta questão da FMP cobrou o conhecimento dos instrumentos de


transparência trazidos pela LRF. A letra A está correta e está contida no
primeiro inciso do artigo n°48 da lei.
As demais alternativas também estão todas contidas no texto legal.
A única alternativa incorreta é a letra E. A banca se pautou em uma
“pegadinha” maldosa. Este Conselho de Gestão Fiscal está previsto no
Artigo n° 67 da LRF, mas ainda não foi criado. Veja abaixo o texto legal43:
“Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de
forma permanente, da política e da
operacionalidade da gestão fiscal serão realizados
por conselho de gestão fiscal, constituído por
representantes de todos os Poderes e esferas de
Governo, do Ministério Público e de entidades
técnicas representativas da sociedade, visando a:
I - harmonização e coordenação entre os entes da
Federação;
II - disseminação de práticas que resultem em
maior eficiência na alocação e execução do gasto
público, na arrecadação de receitas, no controle do
endividamento e natransparência da gestão fiscal;
III - adoção de normas de consolidação das contas
públicas, padronização das prestações de contas e
dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de
que trata esta LeiComplementar, normas e padrões
mais simples para os pequenos Municípios, bem
como outros, necessários ao controle social;
IV - divulgação de análises, estudos e
diagnósticos.”
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Como a banca solicitou os instrumentos já criados pela LRF, esta


alternativa se torna incorreta (apesar de estar prevista no texto legal).
Portanto, o nosso gabarito é mesmo a letra E.

38 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) Compete ao Tribunal de Contas


apreciar, para fins de registro:

43
Lei Complementar n° 101/2000

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a) a legalidade dos atos de admissão de pessoal.

b) as aberturas de créditos adicionais à Lei Orçamentária Anual

c) a utilização de recursos recebidos pelos servidores a título de


adiantamento de numerário.

d) as peças contábeis de empresas públicas.

e) as contas anuais prestadas por consórcios intermunicipais.

A primeira coisa a ter em mente é que o controle externo é exercido


pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União, ok?
As competências do controle externo estão dispostas no artigo 71 da
CF/88. A apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal é
competência do controle externo, logo, como o TCU o auxilia, cabe a
apreciação desses atos. Dessa forma, o item A está correto e já é o nosso
gabarito.

39 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) Terão eficácia de título executivo,


as decisões do Tribunal de Contas:

a) de que resultem imputação de débito ou multa.

b) pela regularidade da matéria julgada.

c) que determinaram o trancamento das contas.

d) sobre as prestações de contas anuais dos Prefeitos.

e) que se refiram a operações de crédito.


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Essa questão é literalidade do parágrafo terceiro do artigo 71 da


CF/88, senão vejamos:
“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:

(…)

§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte


imputação de débito ou multa terão eficácia de

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título executivo”.

Dessa forma, o gabarito é letra A.

40 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) Segundo a Constituição Federal,


é competente para sustar contratos, no exercício do controle
externo, o

a) Conselho Nacional de Justiça.

b) Congresso Nacional.

c) Presidente da República.

d) Poder Judiciário.

e) Ministério Público.

O artigo 71, e seus parágrafos, da CF/88 dispõe de todas as


competências do controle externo exercido pelo Congresso Nacional, com
auxílio do TCU.
Uma dessas competências é a de ter que sustar contratos.
Entretanto, após a sustação, caberá ao Poder Executivo tomar as
medidas necessárias pelo ato do Congresso Nacional.
Pessoal, só mais um detalhe que pode vir a ser pegadinha na prova.
O parágrafo 2º desse mesmo artigo dispõe que “Se o Congresso Nacional
ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito”.
Diante disso, observa-se muita polêmica na doutrina, pois há muitas
dúvidas se o TCU poderá sustar, ou não, um contrato administrativo caso
o Congresso Nacional ou o Poder Executivo não adotar as providências
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necessárias.
A doutrina majoritária responde que sim a essa indagação, logo, em
uma prova objetiva, eu também colocaria como positivo caso essa situação
ocorresse.
Mais uma pegadinha: as bancas normalmente colocam que o TCU
tem competência para sustar a execução de atos administrativos após
determinar que providências sejam adotadas pelo órgão ou entidade e
estes não providenciarem o que for necessário. Isso está correto. Percebam
que se trata de “atos administrativos” e não de “contratos
administrativos”.

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A única exigência que há é de o TCU informar ao Senado Federal e à


Câmara dos Deputados da sustação do ato administrativo. Já no caso dos
contratos administrativos, quem pode sustar diretamente um contrato
irregular é o Congresso Nacional.
Diante disso, o gabarito da questão é a letra B.

41 - (FCC - TCE-PR - ACA - 2011) Compete ao Tribunal de Contas:

a) julgar as contas apresentadas pelos órgãos fiscalizadores de


categorias profissionais.

b) apreciar, para fins de registro, as nomeações para provimento


de cargo em comissão.

c) sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado,


comunicando a decisão ao Chefe do Poder Executivo.

d) prestar informações solicitadas pelo Poder Legislativo sobre a


fiscalização contábil, operacional, financeira, patrimonial,
orçamentária e ambiental.

e) realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias.

A letra A está errada, pois não compete ao TCU julgar as contas


apresentadas pelos órgãos fiscalizadores de categorias profissionais.
Cabe, ao TCU, o julgamento das contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta
e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário.
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A letra B está errada, pois o TCU pode apreciar a legalidade dos atos
de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão.
A apreciação de atos de admissão de pessoal se dá para as
admissões de servidores públicos federais, e também ao pessoal da
Administração Indireta, inclusive as de caráter temporário, exceto as
nomeações para casos de provimento em comissão, ok?
Quanto às aposentadorias, a apreciação do registro pelo TCU se dá
apenas aos servidores estatutários. Aqueles acobertados pelo regime
celetista não são incluídos.

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O TCU, entretanto, não pode apreciar as melhorias posteriores


das aposentadorias, reformas e pensões, quando tiverem o mesmo
fundamento legal do ato que o concedeu (que não alterem o
fundamento legal do ato concessório, como a extensão de gratificação
concedida aos ativos para os inativos, por exemplo).
Por fim, um exemplo de alteração do fundamento legal do ato de
concessão (e que devem ser apreciado pelo TCU) seria contribuição que
gerem mudança no valor dos proventos ou as revisões de tempo de serviço.
Outro exemplo de alteração do fundamento legal do ato concessório
seria “a introdução de novos critérios ou bases de cálculo dos componentes
do benefício, quando tais melhorias se caracterizarem como vantagem
pessoal do servidor público civil ou militar e não tiverem sido previstas
no ato concessório originalmente submetido à apreciação do TCU.
Assim, não se encontra sujeito a registro, e, portanto, não deve ser
remetido ao Tribunal, ato de alteração no valor dos proventos decorrente
de acréscimo de novas parcelas, gratificações ou vantagens concedidas em
caráter geral ao funcionalismo ou introduzidas por novos planos de
carreira44”.
A letra C está errada, pois a comunicação da sustação da execução
de ato impugnado deverá ser à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal, e não ao chefe do Poder Executivo.
A letra D está uma “lambança” de informações. O que o controle
externo deverá fazer, conforme inciso VII do artigo 71 da CF/88 é “prestar
as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas
Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas”.
Por fim, a letra E está correta e é o gabarito da questão.

42 - (FCC - TCE-PR - ACA – 2011) A Constituição Federal estabelece


que as decisões do Tribunal de Contas de que resulte imputação de
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débito ou multa terão eficácia de:

a) decisão preliminar.

b) título executivo.

c) precatório.

d) sentença normativa.

44
(Lima L. H., 2009)

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e) título judicial.

Pessoal, percebam que a maioria das questões são “copia-cola” do


artigo 71 e de seus parágrafos da CF/88.
Desse modo, a CF/88 estabelece que as decisões do Tribunal de
Contas de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo. Portanto, o gabarito é letra B.

43 - (FCC - TCE-PR - ACA – 2011) A titularidade do controle externo


é do:

a) Poder Executivo, com auxílio do Tribunal de Contas.

b) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.

c) Poder Judiciário, com o auxílio do Tribunal de Contas.

d) Tribunal de Contas, com o auxílio do Poder Legislativo.

e) Ministério Público, com o auxílio do Poder Legislativo e do


Tribunal de Contas.

A titularidade do controle externo, conforme artigo 71 da CF/88, é do


Congresso Nacional. O Poder Legislativo, exercido pelo Congresso Nacional,
e titular do controle externo, será auxiliado pelo Tribunal de Contas da
União.
Diante disso, o gabarito da questão é letra B.

44 - (FCC - TCE-GO - ACE – 2009) Sobre as disposições


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constitucionais referentes ao controle externo das entidades


governamentais, considere:

I. A abrangência dos controles se restringe à legalidade e à


legitimidade dos atos praticados pelos gestores.

II. Qualquer cidadão é parte legítima para, na forma da lei,


denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de
Contas da União.

III. Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar as contas


prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
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parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias a contar


de seu recebimento.

IV. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão
ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) II e III.

c) II e IV.

d) III.

e) III e IV.

O item I tem mais de um erro. Conforme o artigo 70 da CF/88, e o


seu parágrafo único, a abrangência do controle alcançará a legalidade, a
legitimidade, a economicidade, a aplicação das subvenções e a
renúncia de receitas. Logo, não se restringe à legalidade e à legitimidade
dos atos praticados.
Outro erro que se observa no item I é a limitação dos atos praticados
ser apenas dos gestores. Conforme o parágrafo único desse artigo,
“qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária” prestará contas.
O item II está correto, pois de acordo com o parágrafo 2º do artigo
74 da CF/88, qualquer cidadão é parte legítima parte legítima para
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denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. O parágrafo ainda


aumenta o rol de legitimados para realização dessas denúncias. Assim
como o cidadão, o partido político, o sindicato ou associação possuem
legitimidade para denunciar.
O item III está errado, pois o prazo para elaboração do parecer prévio
com a finalidade de apreciação das contas prestadas anualmente pelo
Presidente da República é de sessenta dias a contar do recebimento, e não
noventa dias.
Por fim, o item IV está correto, uma vez que transcreve aquilo que
está descrito no parágrafo primeiro do artigo 74 da nossa Carta Magna.

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Diante da análise, nota-se que o gabarito é letra C, pois os itens II e


IV estão corretos.

45 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) A respeito da interface entre o


controle externo e interno a que se submete a Administração
Pública, é correto afirmar:

a) Atuam de forma autônoma e independente, devendo apenas


assegurar a ciência recíproca de eventuais ilegalidades
identificadas.

b) O controle interno subordina-se ao controle externo,


caracterizando-se hierarquicamente como auxiliar dos Tribunais de
Contas.

c) O controle externo, exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio


dos Tribunais de Contas e o controle interno, existente no âmbito
de cada Poder, atuam de forma coordenada, não cabendo a
fiscalização de um deles quando o outro já tenha atuado.

d) Os responsáveis pelo controle interno que tomem ciência de


irregularidade ou ilegalidade estão obrigados a dela dar ciência ao
Tribunal de Contas, sob pena de se tornarem solidariamente
responsáveis.

e) Alcançam matérias diversas, porém devem ser executados de


forma coordenada, podendo, para maior eficácia, procederem à
delegação recíproca de poderes e atribuições.

Pessoal, a letra A está errada, pois o controle interno não deverá


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apenas assegurar a ciência de ilegalidades identificadas. A ele caberá


apoiar o controle externo no exercício da missão institucional, dar
ciência ao controle externo de qualquer irregularidade ou ilegalidade
que tomarem conhecimento.
A letra B está errada, pois o controle interno não se subordina ao
controle externo, nem está hierarquicamente no papel de auxiliar dos
Tribunais de Contas. Cabe, ao controle interno, conforme já foi dito, apoiar
o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Atenção para o seguinte: a fiscalização de um não exclui a do outro,
ok? Logo é errado falar que não cabe a fiscalização de um deles quando o
outro já tenha atuado, o que torna essa letra um item errado.

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A letra D está correta e é o nosso gabarito. Essa afirmação pode ser


retirada do parágrafo primeiro do artigo 74 da CF/o88, senão vejamos:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:

(...)

§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao


tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária”.

A letra E fala que os poderes e as atribuições dos controles interno e


externo podem ser delegados um ao outro. Percebam que esta afirmação
é falsa, uma vez que esses poderes e atribuições lhes são conferidas por
meio de normas jurídicas e que, dessa forma, não podem ser delegadas ao
bel prazer, ok?
O gabarito, portanto, é mesmo a letra D.

46 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) O controle externo no Brasil é


exercido

a) a posteriori, mas não a priori nem de forma concomitante.

b) a priori e concomitante, mas não a posteriori.

c) de forma concomitante e a posteriori, mas não a priori.

d) a priori e a posteriori, mas não de forma concomitante.

e) a priori, de forma concomitante e a posteriori.


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No nosso país, o controle é exercido de três maneiras: a priori, a


posteriori e concomitante.
Só lembrando que A Priori significa previamente, anteriormente; A
Posteriori significa posteriormente. Não precisa nem completar o significado
de concomitante, não é mesmo?
O gabarito da questão, portanto é letra E.

47 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) O controle externo no Brasil:

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a) está a cargo do Tribunal de Contas, auxiliado pelo Poder


Legislativo.

b) é superior, hierarquicamente, ao controle interno.

c) é exercido pelo Tribunal de Contas, desde que provocado.

d) tem poder judicante.

e) caracteriza-se pela superioridade do Tribunal de Contas da União


diante dos Tribunais de Contas Estaduais.

A letra A está errada, pois o controle externo está a cargo do


Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União.
A letra B está errada, pois cabe ao controle interno apoiar o controle
externo no exercício de sua missão. Não há previsão de superioridade
hierárquica do controle externo sobre o controle interno.
A letra C está errada, pois a competência do controle externo está a
cargo do Congresso Nacional com auxílio do TCU. E ainda, o TCU, no
controle externo, possui competência dada diretamente pela CF/88. Logo,
ele não precisa ser provocado para agir.
Por fim, conforme o artigo 75 da CF/88, as normas estabelecidas ao
controle externo da União aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos
Municípios.
A letra D está correta e é o nosso gabarito. O controle externo tem
poder judicante, sim. Isto é, poder de julgar dado a outros órgãos, que não
seja o Poder Judiciário, sem conteúdo jurisdicional, mas com conteúdo
administrativo.
A letra E está errada, pois não há superioridade do TCU sobre os
Tribunais de Contas dos Estados e do DF, nem sobre os Tribunais e
Conselhos de Contas dos municípios. Desse modo, o gabarito é mesmo a
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letra D.

48 - (FCC - TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO - 2011) No âmbito do


controle externo previsto na Constituição Federal, se verificada
ilegalidade, a competência para assinar prazo para que o órgão ou
entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento
da lei é :

a) do Tribunal de Contas da União.

b) do Ministério Público Federal.

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c) do Senado Federal.

d) do Congresso Nacional.

e) da Controladoria Geral da União.

Pessoal, nos incisos do artigo 71 da nossa CF/88 podemos retirar as


competências do TCU no âmbito do controle externo.
De acordo com o inciso IX daquele artigo, compete ao TCU assinar
prazo para que o órgão ou a entidade adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, caso seja verificada ilegalidade. Dessa forma, o
gabarito é letra A.

49 - (FCC - TCE-AP – PROCURADOR - 2010) O controle externo dos


órgãos e entidades da Administração Pública do Estado do Amapá
está a cargo do:

a) Poder Executivo, com auxílio dos Poderes Legislativo e Judiciário


e do Tribunal de Contas.

b) Poder Legislativo, com auxílio do Poder Executivo e do Tribunal


de Contas.

c) Tribunal de Contas.

d) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.

e) Tribunal de Contas, com auxílio dos Poderes Legislativo e


Judiciário.

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Para respondermos essa questão, devemos ter em mente o artigo 75


da CF/88, que relata o seguinte:
“Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção
aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos
Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios”.

Dessa forma, percebam que, em observância ao Princípio da


Simetria, os estados, o DF e os municípios também terão o controle externo

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exercido pelo Poder Legislativo auxiliado pelos respectivos Tribunais de


Contas. O gabarito, portanto, é letra D.

50 - (FCC - TCM-CE - ACE – 2010) Identificada possível


irregularidade na celebração de contrato de prestação de serviços
por órgão da administração direta federal, prevê a Constituição da
República que:

a) o Tribunal de Contas da União sustará a execução do contrato,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Poder
Judiciário.

b) a Câmara dos Deputados aplicará aos responsáveis as sanções


previstas na Constituição e em lei.

c) o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso


Nacional, que solicitará ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

d) o Tribunal de Contas da União procederá à tomada de contas do


Presidente da República, devendo julgá-las num prazo de 60 dias a
contar de seu recebimento, independentemente de outras
manifestações.

e) a Comissão mista permanente de orçamento determinará à


autoridade responsável que sane a irregularidade e, se não
atendida em 5 dias, promoverá a sustação do contrato.

Pessoal, caso seja identificada possível irregularidade na celebração


de contrato de prestação de serviços por órgão da administração direta
federal, a CF/88, no parágrafo primeiro do artigo 71, que trata da
competência do controle externo a ser exercido pelo Congresso Nacional
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com auxílio do TCU, dispõe que:


“Art. 75.

(…)

§1º No caso de contrato, o ato de sustação será


adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder
Executivo as medidas cabíveis”.

Dessa forma, o gabarito é letra C.

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51 - (FCC - TCM-CE - ACE – 2010) Considere as seguintes afirmações


relativas às regras constitucionais sobre controle externo:

I. O Congresso Nacional, mediante controle externo, com o auxílio


do Tribunal de Contas da União, exercerá fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade e economicidade.

II. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda,
ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é


parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

Questão tranquila, não é mesmo? O item I foi considerado correto


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pela banca. Percebam que faltou informar que a fiscalização também


ocorrerá sobre a aplicação das subvenções e sobre a renúncia de receitas.
Entretanto, não está errado o que foi disposto no item, o que torna o item
certo, conforme a FCC.
O item II está correto, sendo um “Ctrl-C – Ctrl-V” do parágrafo único
do artigo 70 da CF/88.
Por fim, o item III também foi um “copia-cola” do parágrafo segundo
do artigo 74 da CF/88, tornando-o correto. Dessa maneira, o gabarito é
letra E.

52 - (FCC - TCE-GO - ACE – 2009) O Controle Externo, exercido com

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o auxílio do Tribunal de Contas da União, está a cargo:

a) do Senado Federal.

b) do Supremo Tribunal Federal.

c) da Controladoria Geral da União.

d) do Congresso Nacional.

e) do Poder Executivo.

Questões repetitivas pela banca não é verdade? Já vimos diversas


vezes que o controle externo está a cargo do Congresso Nacional e que
terá o auxílio do Tribunal de contas da União, senão vejamos:
“Art. 71. O controle externo, a cargo do
Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União ao qual
compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo


Presidente da República, mediante parecer prévio
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar
de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais


responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos
da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário
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público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos


atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório;

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IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos


Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de
natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso
II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas


supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos
do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos


repassados pela União mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo


Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas,
ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de
auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de


ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, que estabelecerá,
entre outras cominações, multa proporcional ao
dano causado ao erário;
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IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade


adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato


impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre


irregularidades ou abusos apurados”.

Dessa forma, o gabarito é letra D.

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53 - (FCC - TCE-AL – 2008) Os atos praticados pela Administração


Pública são passíveis de controle. Como exemplo de instrumentos
disponíveis nas modalidades de controle externo ou interno, tem-
se que:

a) a comissão particular de inquérito constitui instrumento de


controle interno apenas dos atos praticados na esfera do Poder
Legislativo.

b) o pedido de informação oriundo do Poder Judiciário e destinado


aos Ministros de Estado constitui modalidade de controle externo
dos atos da Administração Pública.

c) a anulação, pelo Senado Federal, de atos normativos editados


pelo Executivo constitui modalidade de controle externo dos atos
da Administração Pública.

d) a possibilidade do Congresso Nacional sustar atos normativos


editados pelo Poder Executivo constitui modalidade de controle
externo da Administração Pública.

e) a sustação, pelo Senado Federal, de atos normativos editados


pelo Executivo constitui modalidade de controle externo dos atos
da Administração Pública.

Dentre as opções dadas pela a banca, a única que condiz com


instrumentos disponíveis nas modalidades de controle dos atos praticados
pela Administração Pública é o constante na letra D.
Conforme o artigo 49 da CF/88, que dispõe sobre a competência
exclusiva do Congresso Nacional, cabe a este “sustar os atos normativos
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do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de


delegação legislativa”. Isso confirma a letra D e elimina também as letras
C e E.
A letra A está errada, pois a CPI constitui controle externo e não
interno como afirma o item.
Vejam o que dispõe o § 2º do artigo 50 da CF/88:
“Art. 50.
(...)
§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
poderão encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de

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Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo,


importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento,
no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas”.
A letra B está errada, pois, conforme o § 2º disposto acima, o pedido
de informações destinados aos Ministros de Estado, é oriundo do Poder
Legislativo, e não do Judiciário.
Desse modo, o gabarito da questão é letra D.

54 - (FCC - TCE-PR - ACA – 2011) Nos termos previstos na


Constituição Federal, os responsáveis pelo controle interno, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de:

a) demissão a bem do serviço público.

b) responsabilidade subsidiária.

c) responsabilidade solidária.

d) exoneração.

e) suspensão.

A previsão constitucional é a de que os responsáveis pelo controle


interno deverão dar ciência ao TCU (e aos Tribunais de Contas dos estados,
do DF e dos municípios, conforme o caso) sobre qualquer irregularidade ou
ilegalidade que tomarem conhecimento.
Caso não o façam, deverão responder de forma solidária. O gabarito,
portanto, é letra C.
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55 - (FCC - TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011) Uma das


finalidades do Sistema de Controle Interno prevista na Constituição
Federal é:

a) apoiar o Ministério Público no exercício de sua missão


institucional.

b) auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas


anualmente pelo Presidente da República.

c) avaliar o cumprimento das metas previstas no anexo de riscos


fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão


institucional.

e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento.

A letra A está errada, pois não cabe a CF/88 dispõe que cabe aos
órgãos de controle interno apoiar o controle externo no exercício de sua
missão institucional.
O controle externo está a cargo do Congresso Nacional, com auxílio
do TCU. Dessa forma, o controle interno não apoia o Ministério Público no
exercício de sua missão institucional, uma vez que ele não faz parte do
controle externo.
A letra B está errada, pois isso não é função do controle interno. A
banca tenta confundir o candidato com troca de informações. Cabe ao TCU
“apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio”. O TCU auxilia o Congresso Nacional no controle
externo.
A letra C está errada, pois cabe ao controle interno “avaliar o
cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União”.
A letra E está errada, pois, isso está a cargo do TCU, como já vimos
no comentário da letra B. Diante disso, a única letra que está de acordo
com uma das finalidades do sistema de controle interno é a D, sendo o
nosso gabarito.

56 - (FCC - TCM-PA - TCE – 2010) A permissão que a Administração


Pública possui para, por meio do Controle Interno, rever seus
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próprios atos quando ilegais, inoportunos ou inconvenientes,


decorre do Poder:

a) regulamentar.

b) discricionário.

c) de revisão.

d) de polícia.

e) de autotutela.

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Questão genérica da banca, pois fugiu um pouco da linha que ela


segue quando o assunto é controle externo e interno na Administração
Pública.
De qualquer forma, o Poder de autotutela é aquele que a
Administração consegue rever seus atos e, tomar providências pertinentes
casos os considere legais, inoportunos ou inconvenientes.
O STF já se pronunciou afirmando na Súmula 437 que a
Administração Pública “pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Desse modo, o gabarito da questão é letra E.

57 - (FCC - TCM-PA - TCE – 2010) Dentre as finalidades do Sistema


de Controle Interno definidas na Constituição Federal, figura a de:

a) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela


União mediante convênio ao Distrito Federal ou a Município.

b) receber petições, reclamações ou queixas de qualquer pessoa


contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas.

c) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,


bem como dos direitos e haveres da União.

e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão


de pessoal, a qualquer título, na administração direta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
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A letra A está errada, pois cabe ao controle interno fiscalizar a


aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Não tem
nada a ver com a aplicação de recurso repassados mediante convênio pela
União. Isto é função do TCU.
O erro na letra B está em afirmar que qualquer pessoa é parte
legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades. Na verdade, não é
qualquer pessoa; apenas os cidadãos, os partidos políticos, as associações
e os sindicatos que podem denunciar.
A letra C traz competência do TCU, e não do controle interno. Logo,
a letra também está errada.

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A letra D está correta e é o nosso gabarito. Item fácil, pois é cópia do


inciso III do artigo 74 da CF/88.
Na letra E, temos mais um item que traz atribuições do TCU ao invés
do controle interno, logo ela está errada. Dessa forma, o gabarito é mesmo
letra D.

58 - (FCC - MPE-AP – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012) A atividade


de controle da Administração Pública pelos Tribunais de Contas:

a) é limitada à legalidade dos atos administrativos praticados pelos


órgãos públicos, não podendo avaliar a constitucionalidade destes,
quando possuírem embasamento legal.

b) é realizada, dentre outros meios, pelo registro prévio dos


contratos firmados pelo Poder Público, sendo condição
indispensável de sua eficácia.

c) não se aplica aos órgãos do Poder Judiciário e do Ministério


Público, visto que estes estão sujeitos ao controle especial do
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério
Público, respectivamente.

d) abrange a sustação de ato ilegal de aposentação de servidor


público titular de cargo efetivo, se o órgão ou entidade responsável
pelo ato, previamente comunicado, deixou de adotar as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, no prazo
assinalado pela Corte de Contas.

e) compreende o julgamento anual das contas prestadas pelo


Presidente da República e apreciação dos relatórios sobre a
execução dos planos de governo. 00007184832

A letra A está errada, pois conforme Súmula 347 do STF, “o Tribunal


de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público”. Logo, a atividade
de controle não se limita à legalidade dos atos administrativos.
A letra B também está errada, pois não faz parte da atividade de
controle da Administração Pública o registro prévio dos contratos firmados
como condição de eficácia. A eficácia dos contratos firmados se dá com a
publicação em imprensa oficial.
A letra C está errada, pois conforme a Lei Orgânica do TCU, Lei nº
8.443/92, cabe a este Tribunal “realizar por iniciativa da Câmara dos
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Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito,


inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário e nas entidades da administração
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
poder público federal”.
A letra D está correta e é o nosso gabarito. Conforme o inciso X do
artigo 71 da CF/88, cabe ao controle externo “sustar, se não atendido, a
execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal”. O ato ilegal que aposentou servidor
público deverá ser sustado caso as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei não tenham sidas adotadas.
Ao TCU cabe a apreciação das contas anuais do Presidente da
República, mediante parecer prévio. O julgamento é competência do
Congresso Nacional, conforme inciso IX do artigo 49 da CF/88. O gabarito
da questão, portanto, é letra D.

Empreendedorismo.

O primeiro conceito que deve ser entendido é o que realmente


significa a palavra empreendedorismo. O empreendedor não pode ser
confundido com empresário!
Empreender é manejar os recursos disponíveis da melhor maneira,
de forma que sejam maximizados a eficiência e os resultados da
organização. Empreender é basicamente fazer acontecer.
Uma cultura empreendedora é aquela que favorece a formação de
um “espírito empreendedor”; que favorece a busca pela inovação, pelo
aperfeiçoamento, e pelo melhor modo de se fazer as coisas do dia a dia45.
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De acordo com Pessoa e Oliveira46, para criar essa cultura é


fundamental que os dirigentes aprovem o comportamento empreendedor e
reconheçam a importância da proatividade e da inovação em suas
organizações.
Desta forma, o empreendedorismo governamental não ocorre quando
o governo cria e opera empresas públicas, quando vende produtos e
serviços ao mercado. Ele ocorre sempre quando os gestores públicos

45
(Paludo, 2010)
46
(Pessoa & Oliveira, 2006)

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aproveitam os recursos disponíveis de novas e melhores formas,


buscando a satisfação e o benefício dos cidadãos47.
O conceito de empreendedorismo governamental surgiu inicialmente
com o livro de Osborne e Gaebler – “Reinventando o Governo – como o
espírito empreendedor está transformando o setor público” 48.
Estes autores se basearam em estudos de caso norte-americanos de
órgãos e setores governamentais, como escolas e hospitais, que estavam
buscando modificar o modelo burocrático então em voga.
O contexto da época (anos 80) era de grande descrença da população
nas capacidades da Administração Pública de suprir as necessidades da
sociedade relativas aos bens públicos e de vencer os desafios que
apareciam.
Na ânsia de combater os desvios do patrimonialismo, foram criadas
tantas “amarras” para o gestor público que se tornou cada vez mais difícil
fornecer serviços de qualidade para a população com eficiência.
A burocracia criava problemas na gestão dos serviços públicos, pois
tornava a máquina estatal lenta, ineficiente e pouco responsiva às
necessidades e opiniões de seus “clientes” – os cidadãos!
Este cenário trouxe muitos problemas de governabilidade e
governança, levando aos autores em questão a sugerir vários princípios
que deveriam fazer parte de um governo empreendedor. Estes princípios,
de acordo com Osborne e Gaebler49, são:
O Governo Catalisador – navegando e não remando
De acordo com os autores, o governo deve ter o papel de indutor da
sociedade, de regulador, não mais de executor dos serviços. Assim, ele
pode melhor modelar e regular a atividade econômica, de forma a ser mais
efetivo e chegar “mais longe” do que antes, quando executava tudo
sozinho!
Desta forma, ao navegar em vez de remar, os governos podem ser
mais flexíveis e atingir um grau de qualidade e eficiência maior. Ao comprar
os serviços e produtos no mercado, usando a competição, pode exigir maior
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qualidade e menor custo, pois seus fornecedores sabem da possibilidade


de substituição (enquanto os funcionários públicos não convivem com esta
ameaça).
O Governo é da Comunidade – dar poder ao cidadão, ao invés
de servi-lo.

47
(Paludo, 2010)
48
(Osborne & Gaebler, 1992)
49
(Osborne & Gaebler, 1992)

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De acordo com os autores, devem ser transferidas responsabilidades


para as comunidades locais, pois estas são mais flexíveis e vivenciam mais
de perto os seus diversos problemas.
Desta forma, a burocracia transfere para as comunidades o poder
decisório e o controle sobre os serviços públicos locais, mas mantém a
responsabilidade final de que estes serviços sejam prestados, ou seja, a
garantia de que estará vigilante para que a comunidade efetivamente
preste o serviço.
Governo Competitivo – Injetando competição na prestação de
serviços
A promoção da competição é outro fator considerado fundamental
pelos autores. Para estes, a competição leva ao aumento da eficiência,
força os agentes (públicos ou privados) a suprir melhor as necessidades
dos clientes, aumenta a inovação e a criatividade e melhora o clima
organizacional dentro dos órgãos públicos.
Os autores, porém, não vislumbravam apenas a competição do setor
público versus privado! Os próprios órgãos públicos deveriam ser postos
em situação de competir com outros órgãos públicos, de forma a quebrar
o monopólio da prestação dos serviços públicos e a forçá-los a se aprimorar.
O Governo Orientado para Missões – transformando os órgãos
orientados para normas
Outra noção trazida pelos autores é a de redefinir a orientação dos
servidores. Ao invés de se trabalhar para cumprir normas, eles
devem ser guiados por missões. A administração burocrática leva a uma
desmotivação do servidor, pois define de antemão tudo o que ele deve fazer
e como deve executar este trabalho.
O funcionário que atende ao público e lida diretamente com os
problemas específicos deve ter mais poder e liberdade para atuar 50. De
certo modo, os governos prejudicam a autonomia da grande maioria dos
gestores públicos buscando “pegar” a minoria dos gestores que são
desonestos. 00007184832

Se o funcionário tem mais liberdade e flexibilidade, pode utilizar sua


criatividade e poder de inovação para alcançar seus objetivos e cumprir a
missão do seu setor de forma mais efetiva.
Governo de Resultados – preocupação com resultados, e não
recursos.
A administração e o controle dos resultados são fundamentais para
que os governos possam atender melhor aos seus cidadãos. Normalmente,
os governos burocráticos não controlam resultados - somente os recursos

50
(Osborne & Gaebler, 1992)

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destinados. Desta forma, acabam incentivando não os órgãos eficientes,


mas os ineficientes.
Um hospital, por exemplo, deveria ser remunerado não pelo número
de atendimentos, mas pela redução do número de casos de doença em sua
localidade. Uma delegacia de polícia deveria ser avaliada por reduzir a
criminalidade, e não por número de prisões. Ou seja, os órgãos devem ser
avaliados pelos resultados concretos, e não pelos recursos que dispõem.
O mesmo deve acontecer com os servidores. Como os governos não
sabem medir resultados, remuneram por outros critérios, como tempo de
casa e volume de recursos ou empregados subordinados, de modo que os
servidores não buscam atingir resultados melhores, mas crescer sua esfera
de poder e manter seus cargos.
De acordo com Valente51:
“outra característica do serviço público é focalizar
e investir no insucesso ao invés de se investir
nos resultados: mais polícia quando a taxa de
criminalidade atinge níveis altíssimos, mais
médicos e vacinas quando as epidemias grassam,
etc.. Os investimentos são sempre em fracassos e
não em prevenção ou resultados.”
Assim, a preocupação deve deixar de ser nos recursos investidos (os
inputs) e se preocupar com os resultados (os outputs) do processo
governamental.
Governo e sua Clientela – atendendo às necessidades do
cliente e não da burocracia
Como os órgãos públicos não recebem seus recursos diretamente dos
seus clientes (cidadãos), e sim do Legislativo, normalmente não se
importam com eles e muitas vezes nem sabem direito quem são ou quais
são suas necessidades. Outro fator é que normalmente os clientes não têm
escolha, ou seja, existe um monopólio na prestação daquele serviço.
A administração deve criar mecanismos que façam os servidores
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voltarem suas atenções aos clientes de seus serviços e que estes tenham
condições de escolha na prestação destes serviços.
Governo Empreendedor – gerando receitas e não despesas
A busca de novas receitas deve ser incentivada para que o governo
recupere sua capacidade de investir e de gerar mais receitas no futuro.
Uma das ideias de Gaebler e Osborne é de que deve existir uma instituição
de taxas para os serviços públicos.

51
(Valente)

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Outra noção é a de que devemos considerar os gastos sob uma


perspectiva de investimento, ou seja, considerando o benefício futuro de
cada despesa.
Governo Preventivo – prevenção ao invés da cura
Os governos devem deixar de se preocupar apenas com a resolução
dos problemas para se concentrar nas causas dos problemas. Ao invés de
tratar os sintomas, deve-se buscar evitar que os problemas apareçam.
O estudo e o enfrentamento da origem dos principais problemas
levam o governo a gastar seus recursos de maneira mais eficiente.
Governo Descentralizado – da hierarquia à participação e ao
trabalho de equipe
Atualmente, as tecnologias de informação possibilitam que exista
uma descentralização de poderes para os níveis mais baixos na hierarquia
sem que a cúpula perca o controle. A descentralização também eleva a
flexibilidade, a eficiência e o comprometimento dos servidores envolvidos.
Governo Orientado para o Mercado – construindo mudanças
através do mercado
Os governos devem buscar atuar através de mecanismos de
mercado, em vez de tentar atuar diretamente. Ao criar incentivos e
direcionar a iniciativa privada, eles podem ser mais efetivos na solução dos
problemas da sociedade.
Desta forma, um governo empreendedor direciona a maior parte da
execução dos serviços públicos para a iniciativa privada52. Ou seja, um
governo “catalisador em vez de remador”.
Os mercados não são perfeitos, e existem serviços que não se
prestam à iniciativa privada, mas, sempre que possível, o governo deve
induzir e não executar, ou seja, estruturar e induzir o mercado, e não
administrar sozinho.
Vamos analisar agora algumas questões sobre este tema?
59 - (ESAF – RFB / AUDITOR – 2009) No âmbito da administração
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pública, o empreendedorismo pressupõe a incorporação dos


seguintes comportamentos, exceto:
a) participação dos cidadãos nos momentos de tomada de decisão.
b) substituição do foco no controle dos inputs pelo controle dos
outputs e seus impactos.
c) criação de mecanismos de competição dentro das organizações
públicas e entre organizações públicas e privadas.

52
(Paludo, 2010)

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d) adoção de uma postura reativa, em detrimento da proativa, e


elaboração de planejamento estratégico, de modo a antever
problemas potenciais.
e) aumento de ganhos por meio de aplicações financeiras e
ampliação da prestação de serviços remunerados.

Questão bem tranquila esta da ESAF. Todas as alternativas estão


corretamente alinhadas com a gestão empreendedora, menos a letra D. A
postura deve ser proativa e não reativa.
Quem espera o problema ocorrer para tomar uma providência terá
muito mais dificuldade de resolver o problema, não é mesmo? O gabarito
é, assim, a letra D.

60 - (ESAF – SMF-RJ / FISCAL – 2010) Em um contexto de gestão


empreendedora, é incorreto afirmar que a administração fiscal
deve:
a) coletar tributos visando atender, com maior eficácia, o bem
comum.
b) adotar princípios de gestão de negócios, como a proatividade e
o controle por objetivos e metas.
c) ser gerenciada como uma empresa que visa maximizar o lucro,
aqui medido sob a forma de arrecadação.
d) submeter seus resultados a avaliações feitas pela sociedade.
e) incorporar novas tecnologias, facilitando e estimulando a troca
de informações com o cidadão-cliente.

A alternativa que “foge a regra” do espírito do empreendedorismo


público é a letra C. A administração fiscal não deve ter uma visão do Estado
como uma empresa. Ou seja, a arrecadação não deve ser maximizada além
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das necessidades do Estado. O gabarito é, portanto, a letra C.

61 - (ESAF – MTE / AUDITOR – 2010) A aplicação do


empreendedorismo, no âmbito da Administração Pública, implica
saber que:
a) normas rígidas e exaustivas são o melhor suporte para a tomada
de decisão em ambientes complexos sob constante mudança.
b) não se deve estimular a competição entre entidades prestadoras
de serviços públicos semelhantes.

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c) a administração por resultados perde espaço para a supervisão


hierárquica e para a realização de auditorias de gestão.
d) quanto maior a autonomia conferida a servidores públicos, novas
formas de controle ou responsabilização devem ser adotadas.
e) tal como ocorre na iniciativa privada, incentivos econômicos são
o principal fator motivacional de gerentes e chefes.

Normas rígidas e exaustivas (como na Burocracia) não são adequadas


a um ambiente dinâmico. Assim, a letra A está errada. A letra B descreve
exatamente o contrário do que o empreendedorismo deve buscar, tornando
a assertiva incorreta.
Na letra C, a administração por resultados não perde espaço para a
supervisão hierárquica. Entretanto, a letra D está perfeita. Em um modelo
de gestão que confere maior flexibilidade e autonomia ao gestor, novos
tipos de controle devem ser criados.
A letra E está equivocada, pois o governo empreendedor não deve
criar, necessariamente, incentivos econômicos como existem na iniciativa
privada. O gabarito é, portanto, a letra D.

62 - (ESAF – CGU / ANALISTA – 2008) O movimento que incorporou


à gestão pública características como a competição na prestação de
serviços, a perspectiva empreendedora, a descentralização, o foco
em resultados e a orientação para o mercado é denominado:
a) Patrimonialista.
b) Governança Corporativa.
c) Reinventando o Governo.
d) Administração Pública Societal.
e) Pós-Burocrático.
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Questão meio “decoreba” para a maioria dos candidatos. O livro de


Osborne e Gaebler (Reinventando o Governo – como o espírito
empreendedor está transformando o setor público) foi a base deste
movimento que buscou uma perspectiva empreendedora dos gestores
públicos.
Assim, este título/slogan acabou por sintetizar este conjunto de
medidas e ferramentas para a melhoria da gestão pública. O gabarito é a
letra C.

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63 - (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007) Como forma de equacionar a


crise do Estado, consistente na escassez de recursos frente ao
aumento das demandas sociais, surge o conceito de Estado
empreendedor, o qual caracteriza-se por
(A) criar condições institucionais que mobilizem e organizem o
processo governamental, tendo em vista a inovação permanente, a
superação de obstáculos e o alcance de resultados efetivos.
(B) fomentar a criatividade e a ousadia, mas, principalmente, a
disposição de correr riscos para encontrar as soluções mais
inovadoras.
(C) implementar uma nova forma de utilização de recursos
públicos, cujo principal critério é a elaboração de planos detalhados
por uma equipe de especialistas com experiência e visão de
mercado.
(D) incentivar a formação de líderes que, por sua capacidade de
mobilização e persuasão, sejam capazes de instaurar uma nova
dinâmica na ação governamental.
(E) propiciar a adesão a procedimentos mercadológicos e a
orientação para busca de lucro como critérios para dinamizar as
organizações e romper com as rotinas burocráticas.

A letra A está correta, pois um governo empreendedor deve buscar a


inovação, a superação de obstáculos e o alcance de resultados efetivos.
Já a letra B está incorreta, pois a disposição de correr riscos para
atingir soluções inovadoras, por si só, não é um objetivo de um governo
empreendedor. Os riscos podem ser corridos, de modo calculado, mas com
o objetivo de atingir resultados concretos, que podem ou não sair de
soluções inovadoras.
A alternativa C está incorreta, pois as organizações empreendedoras
devem se mover por missões, e não planejamentos detalhados feitos por
especialistas. A letra D está incompleta, pois somente a formação de líderes
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empreendedores não é suficiente para que um governo empreendedor


exista.
Por fim, a obtenção de lucro não deve ser uma orientação de um
governo empreendedor, e sim atender da melhor forma seus “clientes”.
Assim, o gabarito é mesmo a letra A.

64 - (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005) A comunicação pode


fluir verticalmente ou lateralmente. Sob a ótica de um governo
empreendedor, a comunicação só deverá fluir via rede de
comunicação formal; sob a ótica da iniciativa privada, a
comunicação pode ser formal ou informal.

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Administração Pública p/ AFRFB - 2016
Teoria e exercícios comentados
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Esta questão é interessante, pois (ao estilo do Cespe) mistura o tema


do empreendedorismo governamental com o da comunicação
organizacional. A comunicação formal é aquela que ocorre através dos
canais formais da empresa, como memorandos, comunicados, cartas, etc.
Já os canais informais de comunicação ocorrem através dos
relacionamentos pessoais informais que os indivíduos mantêm no trabalho.
Como já vimos em nossa aula, uma organização empreendedora deve
manter uma cultura que possibilite a mudança, a inovação e a flexibilidade.
Desta forma, somente a utilização da comunicação formal não seria
indicada para um governo empreendedor. Assim, a questão está errada.

65 - (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005) Considere que


determinada cidade teve aumento considerável da criminalidade
nos últimos 6 meses. Em decorrência dessa nova realidade, o
governo decidiu aumentar a contribuição financeira para a polícia
da localidade. Nessa situação, é correto afirmar que tal atitude é
característica de uma gestão tradicional de governo.

Este caso mostra o comportamento de um governo burocrático


normal, que investe em “fracassos”, e não em resultados. Se a
criminalidade aumenta, se contratam mais policiais. Desta forma, a
preocupação é com os recursos e não com os resultados.
A prevenção e a melhoria dos resultados não são “premiadas”. Desta
maneira, os incompetentes recebem cada vez mais recursos do Estado. O
gabarito é questão correta.

66 - (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005) Um princípio inerente


ao governo empreendedor é a sua orientação para missões. Isto
significa que as organizações públicas devem ser rigidamente
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dirigidas por objetivos, regulamentos e normas para que suas


missões possam ser eficazmente atingidas.

A questão começa “bonitinha”, mas o final estraga tudo! Realmente,


um governo empreendedor deve ser orientado por missões. Portanto, este
não deve se pautar por normas e regulamentos. Assim, a frase fica
incorreta em seu final. O gabarito é questão incorreta.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 – (FCC - SEFAZ-RJ - AFRE – 2014) Na Administração pública, a


Constituição Federal adotou dois sistemas de controle, o interno e o
externo. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno que tem, dentre outras, a finalidade
de:
a) prestar as informações solicitadas pelo Poder Legislativo, sobre a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas.
b) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos
apurados, a partir da realização de auditoria nos órgãos públicos.
c) denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Ministério Público,
quando constatadas nas transações realizadas por entidades da
Administração pública.
d) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da Administração, bem como da aplicação de recursos públicos
por entidades de direito privado.
e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na Administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

2 – (FEPESE - MPE-SC - PROMOTOR – 2014) O Tribunal de Contas é órgão


provido de autonomia constitucional, exerce função auxiliar do Poder
Legislativo e sua atuação fiscalizatória integra o chamado controle externo
da Administração Pública.

3 - (CESPE – TRT/RN – ANALISTA – 2010) O Tribunal de Contas da União,


órgão ao qual incumbe a prática de atos de natureza administrativa
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concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional


e patrimonial da União, é subordinado ao Poder Legislativo, do qual é órgão
auxiliar e de orientação.

4 - (FCC – TRT/AL – ANALISTA – 2008) Quando o Tribunal de Contas do


Estado realiza auditoria sobre determinada despesa realizada pelo Poder
Executivo, ele exerce controle de caráter
a) interno.
b) externo.
c) hierárquico.

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d) judicial.
e) prévio ou preventivo.

5 - (ESAF – RFB / AFRF - 2005) Não inclui na finalidade do sistema de


controle interno federal, constitucionalmente previsto, a atividade de:
a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e efetividade, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da
Administração.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias da União.
c) comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades
de direito privado.
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

6 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) São competências dos TC, EXCETO:


a) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei.
b) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providencias
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
c) apreciar, pra fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer titulo, na administração direta e indireta, incluídas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório.
d) realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial.
e) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos
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apurados.

7 - (ESAF - TCE-RN/ AUDITOR - 2000) Os sistemas de controle externo,


próprios para o exercício das funções de fiscalização contábil, financeira e
orçamentária, nas áreas federais e estaduais, estão compreendidos na
organização estrutural.
a) do Poder Legislativo
b) do Poder Executivo
c) do Poder Judiciário
d) de cada um dos Poderes Públicos

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e) dos Poderes Legislativo e Executivo

8 - (ESAF – MPOG /EPPGG - 2008) Marque a opção incorreta quanto às


atribuições dos órgãos de controle externo.
a) Compreende a realização de inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.
b) Fiscaliza a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.
c) Acompanha o movimento dos Cartões de Pagamento do Governo Federal
mediante realização periódica do diagnóstico do sistema de pagamentos de
varejo no Brasil.
d) Analisa as contas das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela
União.
e) Apura denúncias apresentadas por qualquer cidadão, sobre
irregularidades ou ilegalidades.

9 - (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009) O controle social é entendido como


a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no
monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se
de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento
da cidadania. Dentre os principais mecanismos de controle social instituído
nos três níveis da federação, a partir da Constituição Federal de 1988, estão
(A) as Centrais de Atendimento do Cidadão.
(B) os Conselhos Gestores.
(C) as Controladorias Gerais.
(D) as Assembleias Populares.
(E) as Comissões Paritárias.
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10 - (CESPE – TRE/PR – ANALISTA – 2009) O Tribunal de Contas da União,


mesmo como órgão integrante da estrutura da administração pública
direta, tem competência para deixar de aplicar uma lei que entenda ser
inconstitucional.

11 - (CESPE – DPU – DEFENSOR – 2007) Quanto a controle da


administração pública e bens públicos, julgue o item seguinte.

De acordo com o STF, o TCU não tem competência para julgar contas das
sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, ou de

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seus administradores, já que os bens dessas entidades não são públicos,


mas, sim privados.

12 - (CESPE – ABIN – OFICIAL – 2008) Devido a sua natureza singular, a


ABIN não se submete ao controle externo por parte do Tribunal de Contas
da União, mas apenas ao controle interno da própria Presidência da
República.

13 - (FCC – TRT/RS – ANALISTA – 2011) O controle legislativo da


Administração é
a) um controle externo e político, motivo pelo qual pode-se controlar os
aspectos relativos à legalidade e à conveniência pública dos atos do Poder
Executivo que estejam sendo controlados.
b) sempre um controle subsequente ou corretivo, mas restrito à
conveniência e oportunidade dos atos do Poder Executivo objetos desse
controle e de efeitos futuros.
c) exercido pelos órgãos legislativos superiores sobre quaisquer atos
praticados pelo Poder Executivo, mas vedado o referido controle por parte
das comissões parlamentares.
d) exercido sempre mediante provocação do cidadão ou legitimado
devendo ser submetido previamente ao Judiciário para fins de questões
referentes à legalidade.
e) próprio do Poder Público, visto seu caráter técnico e, subsidiariamente,
político, com abrangência em todas as situações e sem limites de qualquer
natureza legal.

14 - (ESAF – MTE – AUDITOR – 2010) O estudo do tema ‘controle da


administração pública nos revela que:
a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsáveis
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por bens ou valores públicos, aí incluído o Presidente da República.


b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública pode rever
seus atos, mas não pode declará-los nulos.
c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o controle
transversal de um Poder sobre os outros.
d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do
Tribunal de Contas da União.
e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos
administrativos.

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15 - (FCC – TRT/MT – ANALISTA – 2011) Sobre o controle e


responsabilização da Administração Pública, é INCORRETO afirmar:
a) Ao Poder Judiciário é vedado apreciar o mérito administrativo e, ao
exercer o controle judicial, está restrito ao controle da legitimidade e
legalidade do ato impugnado.
b) Controle Administrativo é o poder de fiscalização e correção que a
Administração Pública exerce sobre sua própria atuação, sob os aspectos
de legalidade e mérito, por iniciativa própria ou mediante provocação.
c) O Controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administração Pública
tem que se limitar às hipóteses previstas na Constituição Federal, sob pena
de afronta ao princípio de separação de poderes.
d) No Controle Judicial, o Poder Judiciário exerce o poder fiscalizador sobre
a atividade administrativa do Estado, alcançando, além dos atos
administrativos do Executivo, atos do Legislativo e do próprio Judiciário
quando realiza atividade administrativa.
e) O Controle Legislativo alcança os órgãos do Poder Executivo, as
entidades da Administração Indireta, mas jamais o Poder Judiciário, mesmo
quando este último executa função administrativa.

16 – (FCC – TCM/CE – AUDITOR – 2010) Controle Social nos serviços


públicos envolve
(A) a participação da sociedade civil na elaboração, acompanhamento e
monitoramento das ações do poder público.
(B) o feedback periódico aos cidadãos dos principais resultados de uma
política pública.
(C) o controle efetivo dos tribunais de contas municipais, estaduais e da
União sobre as respectivas empresas públicas.
(D) a consulta frequente aos principais beneficiários de um serviço.
(E) a nomeação de representantes da sociedade civil para cargos de direção
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do serviço público.

17 - (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009) O controle social é entendido como


a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no
monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se
de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento
da cidadania. Dentre os principais mecanismos de controle social instituído
nos três níveis da federação, a partir da Constituição Federal de 1988, estão
(A) as Centrais de Atendimento do Cidadão.
(B) os Conselhos Gestores.
(C) as Controladorias Gerais.

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(D) as Assembleias Populares.


(E) as Comissões Paritárias.

18 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) No que se refere ao controle da


administração publica, assinale a incorreta:
A – As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual
poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
B – Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas.
C – O controle judicial é o poder de fiscalização que os órgãos do Poder
Judiciário exercem sobre os atos do Executivo, Legislativo e próprio
Judiciário.
D – Os Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle
externo no exercício de sua missão institucional.
E – O controle legislativo da Administração Pública é exercido por meio de
instrumentos, dentre os quais se destacam: pedido de informação;
convocação de autoridades; fiscalização contábil, financeira e
orçamentária; e reclamação administrativa.

19 - (FCC – TRE/RN – ANALISTA – 2011) Consoante a Constituição Federal,


é obrigatória a prestação de Contas por qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada que, dentre outras atividades, arrecade e aplique
recursos públicos. Nestas condições, a Prestação de Contas Anual do
Presidente da República, a ser encaminhada ao Congresso Nacional, será
elaborada
a) pela Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda.
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b) pelo Tribunal de Contas da União.


c) pela Secretaria do Tesouro Nacional.
d) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
e) pela Secretaria de Controle Interno da Casa Civil.

20 - (FCC – TRE/RN – ANALISTA – 2011) Dentre outros, constitui objeto de


exame realizado pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal a
a) arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de operações de
crédito do governo federal.

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b) arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos, bem


como, o cancelamento de empenhos de despesas do orçamento da União.
c) despesa obrigatória de caráter continuado da administração pública
federal.
d) arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos federais.
e) apuração do montante da dívida consolidada da União, ao final de cada
semestre, para efeito do cumprimento dos limites constitucionais.

21 - (ESAF – MTUR – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2014) Referente ao


controle da administração pública, assinale a opção correta.
a) O Senado Federal não tem o poder de convocar Ministro de Estado para
prestar pessoalmente informações sobre assunto previamente
determinado.
b) Não é possível supervisão ministerial de empresas estatais.
c) O Congresso Nacional não possui a função de julgar anualmente as
contas prestadas pelo Presidente da República.
d) O Poder Judiciário não tem sistema de controle interno.
e) Ação popular não pode ser proposta por pessoa jurídica.

22 – (VUNESP - PC-CE - DELEGADO – 2015) A Administração Pública deve


atuar com legitimidade, segundo as normas pertinentes a cada ato e de
acordo com a finalidade e o interesse coletivo na sua realização. Nesse
sentido, é correto afirmar que:
a) o controle de mérito é todo aquele que antecede a conclusão do ato.
b) a inexistência de lei específica impede o controle externo popular.
c) se o ato pendente de decisão administrativa é inoperante, pode causar
lesão ou ameaça de lesão a alguém, que passa a ter legitimação para se
socorrer do Judiciário. 00007184832

d) são características da fiscalização hierárquica a mutabilidade e a


provocação.
e) o controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a
Administração tem sobre seus próprios atos e agentes.

23 – (VUNESP - PC-CE - ESCRIVÃO – 2015) Com relação ao controle


administrativo, é correto afirmar que:
a) por controle judicial entende-se o controle interno que o Poder Judiciário
realiza com seus próprios atos, não podendo incidir sobre as atividades
administrativas do Estado.

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b) o controle, em razão da legalidade dos atos administrativos, é exercido


tanto pela Administração como pelo Poder Judiciário.
c) o Tribunal de Contas é o órgão do Poder Judiciário encarregado do
controle financeiro da Administração Pública
d) não poderá o Poder Legislativo fiscalizar as atividades da Administração
Pública.
e) somente o Ministério Público poderá fiscalizar os atos dos
administradores públicos.

24 – (FUNDEP - DPE-MG – DEFENSOR PÚBLICO – 2014) Sobre o controle


externo da Administração Pública a cargo dos Tribunais de Contas, assinale
a alternativa CORRETA.
a) Os Tribunais de Contas têm competência para fiscalizar as despesas dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público.
b) Assim como o Poder Judiciário, os Tribunais de Contas somente podem
agir se provocados por terceiros para suspender o procedimento licitatório
ilegal.
c) No exercício de suas atribuições, os Tribunais de Contas não podem
apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
d) Aos Tribunais de Contas dos Estados compete julgar as contas prestadas
anualmente pelo Governador e Prefeitos.

25 – (FCC - SEFAZ-PE - AFTE – 2014) O controle dos atos administrativos


exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas,
considerando o disposto na Constituição Federal:
a) tem por finalidade a análise de legalidade dos atos administrativos, não
incluindo análise de mérito ou controle político, vez que estes são restritos
aos órgãos de controle da Administração pública da esfera do Executivo.
b) é executado sem prejuízo dos controles exercidos pelo Executivo e pelo
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Judiciário, possuindo alcance próprio, inclusive atingindo alguns aspectos


do mérito do ato administrativo, e admitindo a participação dos
administrados.
c) pretere aquele realizado internamente pelos órgãos da Administração
pública, porque lhe é hierarquicamente superior.
d) admite o recebimento e a análise de recurso interposto no âmbito do
Executivo, após manutenção de decisão pela autoridade máxima do órgão.
e) deve ser desempenhado em todas as fases da edição dos atos
administrativos pela Administração pública, caracterizando-se como
expressão do poder de autotutela que acompanha sua atuação.

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26 – (CESPE - ANTAQ - TÉCNICO – 2014) O controle administrativo


exercido com base na hierarquia denomina-se supervisão ministerial.

27 – (CESPE - ANTAQ – TÉCNICO) A análise da prestação de contas de uma


autarquia federal pelo Tribunal de Contas da União é exemplo de controle
posterior e externo.

28 – (FGV - MPE-RJ – ESTAGIO FORENSE – 2014 - ADAPTADA) A


Constituição da República de 1988 estabelece que qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

29 – (VUNESP - TJ-SP - JUIZ – 2014) O Tribunal de Contas do Estado de


São Paulo funciona como órgão auxiliar:
a) da Câmara Municipal da Capital do Estado de São Paulo, ou seja, do
Poder Legislativo do Município da Capital.
b) do Governo do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Executivo.
c) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder
Legislativo estadual.
d) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder
Judiciário.

30 – (FEPESE - MPE-SC - ANALISTA – 2014) Assinale a alternativa que


indica corretamente a periodicidade em que o relatório de gestão fiscal deve
ser emitido pelos titulares dos poderes e órgãos, de acordo com a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
a) Ao final de cada quadrimestre.
b) No primeiro trimestre do ano.
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c) No prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre.


d) No último bimestre do exercício fiscal.
e) Em até 30 dias após o encerramento do semestre.

31- (FCC - TRF - ANALISTA – 2014) A Administração pública, é sabido, está


sujeita a princípios expressos e implícitos no exercício de suas funções. A
observância desses princípios está sujeita a controle, do que é exemplo o
controle:

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a) exercido pela própria Administração, que se presta a verificar a


observância dos princípios expressos e implícitos, vedada, no entanto, a
revisão dos atos, que deve ser feita judicialmente.
b) administrativo externo, que se presta à verificação da observância dos
princípios, desde que expressos, que regem a Administração.
c) exercido pelo Legislativo, pelo Judiciário e pela própria Administração,
sem prejuízo da participação do usuário no bom desempenho das funções
administrativas, o que lhes confere, inclusive, direito a informações sobre
a atuação do governo.
d) exercido pelo Judiciário, que se consubstancia em verificação interna dos
princípios expressos, tais como, legalidade, impessoalidade e supremacia
do interesse público.
e) legislativo externo, que se presta somente à verificação da observância
dos princípios expressos e da discricionariedade da Administração.

32 – (FCC - TRF - TÉCNICO – 2014) Considere:


I. Convocação de Ministro de Estado por Comissão do Senado Federal para
prestar, pessoalmente, informações sobre o tema da demarcação de terras
indígenas.
II. Controle administrativo sobre órgãos da Administração Direta.
Acerca do Controle da Administração pública, os itens I e II correspondem,
respectivamente, a controle:
a) legislativo de natureza política e controle administrativo interno
decorrente do poder de tutela da Administração pública.
b) legislativo de natureza política e controle administrativo interno
decorrente do poder de autotutela da Administração pública.
c) administrativo de natureza política e controle administrativo interno
decorrente do poder de tutela da Administração pública.
d) legislativo de natureza financeira e controle administrativo externo
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decorrente do poder de autotutela da Administração pública.


e) administrativo de natureza política e controle administrativo externo
decorrente do poder de tutela da Administração pública.

33 – (UESPI - PC-PI - DELEGADO – 2014) Caio ingressou no serviço público


há 01 (um ano), contudo, Caio não tem cumprido metas, não vem
desempenhando suas atividades dentro da Administração Pública a
contento. Com base neste episódio que controle da administração pública
possui como função a de observar a eficiência do agente administrativo
dentro do princípio da legalidade?
a) Controle administrativo e financeiro.

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b) Controle administrativo.
c) Controle político.
d) Controle judicial.
e) Controle legal

34 – (VUNESP - SAAE-SP - PROCURADOR – 2014) O controle externo da


Administração Pública pode ser exercido, em alguns casos, diretamente
pelo Congresso Nacional, sendo uma hipótese de controle exercido
exclusivamente pelo Senado Federal:
a) a sustação de atos e contratos.
b) a convocação de Ministro para prestar informações.
c) o julgamento das contas do Presidente da República.
d) a autorização para realização de operação externa de natureza financeira
pela União.
e) a emissão de parecer prévio sobre as contas do Presi-dente da República.

35 – (VUNESP - TJ-PA - JUIZ – 2014) Em relação ao controle externo


exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio dos Tribunais de Contas, é
correto afirmar que este último poderá:
a) solicitar para exame cópia de edital de licitação já publicado, até o dia
útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas.
b) apreciar, para fins de registro, as nomeações para cargo de provimento
em comissão e as concessões de aposentadorias.
c) determinar a quebra de sigilo de agentes públicos e particulares que
contrataram com o Estado, para apuração de irregularidades.
d) sustar os contratos administrativos em execução, prescindindo de
manifestação do Poder Legislativo.
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e) realizar auditorias, mas somente mediante expressa determinação do


Poder Legislativo.

36 - (CESPE – FUB – SECRETÁRIO EXECUTIVO – 2011) O controle interno


da administração pública é realizado pelo Poder Judiciário, com o apoio do
Poder Legislativo; o controle externo está a cargo da Controladoria Geral
da República.

37 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) A transparência da gestão fiscal


será garantida pela participação da sociedade e pela divulgação que deve
ser dada a todas as ações relacionadas à arrecadação de receitas e à

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realização de despesas. Com esse propósito, a LRF criou alguns


mecanismos. Assinale a Incorreta.
A) A participação popular na discussão e na elaboração dos planos e dos
orçamentos.
B) A disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o
exercício, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da
sociedade.
C) A emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal, de acesso público e
ampla divulgação.
D) A emissão de relatórios periódicos de execução orçamentária, de acesso
público e ampla divulgação.
E) O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e
da operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por Conselho de
Orçamento Participativo, constituído por representantes de todos os
poderes e esferas de governo, do MP e de entidades técnicas
representativas da sociedade.

38 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) Compete ao Tribunal de Contas apreciar,


para fins de registro:

a) a legalidade dos atos de admissão de pessoal.

b) as aberturas de créditos adicionais à Lei Orçamentária Anual

c) a utilização de recursos recebidos pelos servidores a título de


adiantamento de numerário.

d) as peças contábeis de empresas públicas.

e) as contas anuais prestadas por consórcios intermunicipais.

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39 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) Terão eficácia de título executivo, as


decisões do Tribunal de Contas:

a) de que resultem imputação de débito ou multa.

b) pela regularidade da matéria julgada.

c) que determinaram o trancamento das contas.

d) sobre as prestações de contas anuais dos Prefeitos.

e) que se refiram a operações de crédito.

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40 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) Segundo a Constituição Federal, é


competente para sustar contratos, no exercício do controle externo, o

a) Conselho Nacional de Justiça.

b) Congresso Nacional.

c) Presidente da República.

d) Poder Judiciário.

e) Ministério Público.

41 - (FCC - TCE-PR - ACA - 2011) Compete ao Tribunal de Contas:

a) julgar as contas apresentadas pelos órgãos fiscalizadores de categorias


profissionais.

b) apreciar, para fins de registro, as nomeações para provimento de cargo


em comissão.

c) sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando a


decisão ao Chefe do Poder Executivo.

d) prestar informações solicitadas pelo Poder Legislativo sobre a


fiscalização contábil, operacional, financeira, patrimonial, orçamentária e
ambiental.

e) realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias.

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42 - (FCC - TCE-PR - ACA – 2011) A Constituição Federal estabelece que


as decisões do Tribunal de Contas de que resulte imputação de débito ou
multa terão eficácia de:

a) decisão preliminar.

b) título executivo.

c) precatório.

d) sentença normativa.

e) título judicial.

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43 - (FCC - TCE-PR - ACA – 2011) A titularidade do controle externo é do:

a) Poder Executivo, com auxílio do Tribunal de Contas.

b) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.

c) Poder Judiciário, com o auxílio do Tribunal de Contas.

d) Tribunal de Contas, com o auxílio do Poder Legislativo.

e) Ministério Público, com o auxílio do Poder Legislativo e do Tribunal de


Contas.

44 - (FCC - TCE-GO - ACE – 2009) Sobre as disposições constitucionais


referentes ao controle externo das entidades governamentais, considere:

I. A abrangência dos controles se restringe à legalidade e à legitimidade


dos atos praticados pelos gestores.

II. Qualquer cidadão é parte legítima para, na forma da lei, denunciar


irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

III. Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar as contas prestadas


anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que
deverá ser elaborado em noventa dias a contar de seu recebimento.

IV. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de


qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Está correto o que se afirma APENAS em


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a) I e II.

b) II e III.

c) II e IV.

d) III.

e) III e IV.

45 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) A respeito da interface entre o controle

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externo e interno a que se submete a Administração Pública, é correto


afirmar:

a) Atuam de forma autônoma e independente, devendo apenas assegurar


a ciência recíproca de eventuais ilegalidades identificadas.

b) O controle interno subordina-se ao controle externo, caracterizando-se


hierarquicamente como auxiliar dos Tribunais de Contas.

c) O controle externo, exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio dos


Tribunais de Contas e o controle interno, existente no âmbito de cada
Poder, atuam de forma coordenada, não cabendo a fiscalização de um deles
quando o outro já tenha atuado.

d) Os responsáveis pelo controle interno que tomem ciência de


irregularidade ou ilegalidade estão obrigados a dela dar ciência ao Tribunal
de Contas, sob pena de se tornarem solidariamente responsáveis.

e) Alcançam matérias diversas, porém devem ser executados de forma


coordenada, podendo, para maior eficácia, procederem à delegação
recíproca de poderes e atribuições.

46 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) O controle externo no Brasil é exercido

a) a posteriori, mas não a priori nem de forma concomitante.

b) a priori e concomitante, mas não a posteriori.

c) de forma concomitante e a posteriori, mas não a priori.

d) a priori e a posteriori, mas não de forma concomitante.

e) a priori, de forma concomitante e a posteriori.


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47 - (FCC - TCE-AP - ACE – 2012) O controle externo no Brasil :

a) está a cargo do Tribunal de Contas, auxiliado pelo Poder Legislativo.

b) é superior, hierarquicamente, ao controle interno.

c) é exercido pelo Tribunal de Contas, desde que provocado.

d) tem poder judicante.

e) caracteriza-se pela superioridade do Tribunal de Contas da União diante


dos Tribunais de Contas Estaduais.

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48 - (FCC - TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO - 2011) No âmbito do controle


externo previsto na Constituição Federal, se verificada ilegalidade, a
competência para assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei é :

a) do Tribunal de Contas da União.

b) do Ministério Público Federal.

c) do Senado Federal.

d) do Congresso Nacional.

e) da Controladoria Geral da União.

49 - (FCC - TCE-AP – PROCURADOR - 2010) O controle externo dos órgãos


e entidades da Administração Pública do Estado do Amapá está a cargo do:

a) Poder Executivo, com auxílio dos Poderes Legislativo e Judiciário e do


Tribunal de Contas.

b) Poder Legislativo, com auxílio do Poder Executivo e do Tribunal de


Contas.

c) Tribunal de Contas.

d) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.

e) Tribunal de Contas, com auxílio dos Poderes Legislativo e Judiciário.

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50 - (FCC - TCM-CE - ACE – 2010) Identificada possível irregularidade na


celebração de contrato de prestação de serviços por órgão da administração
direta federal, prevê a Constituição da República que:

a) o Tribunal de Contas da União sustará a execução do contrato,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Poder Judiciário.

b) a Câmara dos Deputados aplicará aos responsáveis as sanções previstas


na Constituição e em lei.

c) o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,


que solicitará ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

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d) o Tribunal de Contas da União procederá à tomada de contas do


Presidente da República, devendo julgá-las num prazo de 60 dias a contar
de seu recebimento, independentemente de outras manifestações.

e) a Comissão mista permanente de orçamento determinará à autoridade


responsável que sane a irregularidade e, se não atendida em 5 dias,
promoverá a sustação do contrato.

51 - (FCC - TCM-CE - ACE – 2010) Considere as seguintes afirmações


relativas às regras constitucionais sobre controle externo:

I. O Congresso Nacional, mediante controle externo, com o auxílio do


Tribunal de Contas da União, exercerá fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade e
economicidade.

II. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária.

III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte


legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas da União.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.
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c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

52 - (FCC - TCE-GO - ACE – 2009) O Controle Externo, exercido com o


auxílio do Tribunal de Contas da União, está a cargo:

a) do Senado Federal.

b) do Supremo Tribunal Federal.

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c) da Controladoria Geral da União.

d) do Congresso Nacional.

e) do Poder Executivo.

53 - (FCC - TCE-AL – 2008) Os atos praticados pela Administração Pública


são passíveis de controle. Como exemplo de instrumentos disponíveis nas
modalidades de controle externo ou interno, tem-se que:

a) a comissão particular de inquérito constitui instrumento de controle


interno apenas dos atos praticados na esfera do Poder Legislativo.

b) o pedido de informação oriundo do Poder Judiciário e destinado aos


Ministros de Estado constitui modalidade de controle externo dos atos da
Administração Pública.

c) a anulação, pelo Senado Federal, de atos normativos editados pelo


Executivo constitui modalidade de controle externo dos atos da
Administração Pública.

d) a possibilidade do Congresso Nacional sustar atos normativos editados


pelo Poder Executivo constitui modalidade de controle externo da
Administração Pública.

e) a sustação, pelo Senado Federal, de atos normativos editados pelo


Executivo constitui modalidade de controle externo dos atos da
Administração Pública.

54 - (FCC - TCE-PR - ACA – 2011) Nos termos previstos na Constituição


Federal, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento
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de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de


Contas, sob pena de:

a) demissão a bem do serviço público.

b) responsabilidade subsidiária.

c) responsabilidade solidária.

d) exoneração.

e) suspensão.

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55 - (FCC - TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011) Uma das finalidades


do Sistema de Controle Interno prevista na Constituição Federal é:

a) apoiar o Ministério Público no exercício de sua missão institucional.

b) auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas


anualmente pelo Presidente da República.

c) avaliar o cumprimento das metas previstas no anexo de riscos fiscais da


Lei de Diretrizes Orçamentárias.

d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a
contar de seu recebimento.

56 - (FCC - TCM-PA - TCE – 2010) A permissão que a Administração Pública


possui para, por meio do Controle Interno, rever seus próprios atos quando
ilegais, inoportunos ou inconvenientes, decorre do Poder:

a) regulamentar.

b) discricionário.

c) de revisão.

d) de polícia.

e) de autotutela.
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57 - (FCC - TCM-PA - TCE – 2010) Dentre as finalidades do Sistema de


Controle Interno definidas na Constituição Federal, figura a de:

a) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União


mediante convênio ao Distrito Federal ou a Município.

b) receber petições, reclamações ou queixas de qualquer pessoa contra


atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas.

c) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

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d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem


como dos direitos e haveres da União.

e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de


pessoal, a qualquer título, na administração direta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.

58 - (FCC - MPE-AP – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012) A atividade de


controle da Administração Pública pelos Tribunais de Contas:

a) é limitada à legalidade dos atos administrativos praticados pelos órgãos


públicos, não podendo avaliar a constitucionalidade destes, quando
possuírem embasamento legal.

b) é realizada, dentre outros meios, pelo registro prévio dos contratos


firmados pelo Poder Público, sendo condição indispensável de sua eficácia.

c) não se aplica aos órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público, visto


que estes estão sujeitos ao controle especial do Conselho Nacional de
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, respectivamente.

d) abrange a sustação de ato ilegal de aposentação de servidor público


titular de cargo efetivo, se o órgão ou entidade responsável pelo ato,
previamente comunicado, deixou de adotar as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, no prazo assinalado pela Corte de Contas.

e) compreende o julgamento anual das contas prestadas pelo Presidente


da República e apreciação dos relatórios sobre a execução dos planos de
governo.

59 - (ESAF – RFB / AUDITOR – 2009) No âmbito da administração pública,


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o empreendedorismo pressupõe a incorporação dos seguintes


comportamentos, exceto:
a) participação dos cidadãos nos momentos de tomada de decisão.
b) substituição do foco no controle dos inputs pelo controle dos outputs e
seus impactos.
c) criação de mecanismos de competição dentro das organizações públicas
e entre organizações públicas e privadas.
d) adoção de uma postura reativa, em detrimento da proativa, e elaboração
de planejamento estratégico, de modo a antever problemas potenciais.

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e) aumento de ganhos por meio de aplicações financeiras e ampliação da


prestação de serviços remunerados.

60 - (ESAF – SMF-RJ / FISCAL – 2010) Em um contexto de gestão


empreendedora, é incorreto afirmar que a administração fiscal deve:
a) coletar tributos visando atender, com maior eficácia, o bem comum.
b) adotar princípios de gestão de negócios, como a proatividade e o controle
por objetivos e metas.
c) ser gerenciada como uma empresa que visa maximizar o lucro, aqui
medido sob a forma de arrecadação.
d) submeter seus resultados a avaliações feitas pela sociedade.
e) incorporar novas tecnologias, facilitando e estimulando a troca de
informações com o cidadão-cliente.

61 - (ESAF – MTE / AUDITOR – 2010) A aplicação do empreendedorismo,


no âmbito da Administração Pública, implica saber que:
a) normas rígidas e exaustivas são o melhor suporte para a tomada de
decisão em ambientes complexos sob constante mudança.
b) não se deve estimular a competição entre entidades prestadoras de
serviços públicos semelhantes.
c) a administração por resultados perde espaço para a supervisão
hierárquica e para a realização de auditorias de gestão.
d) quanto maior a autonomia conferida a servidores públicos, novas formas
de controle ou responsabilização devem ser adotadas.
e) tal como ocorre na iniciativa privada, incentivos econômicos são o
principal fator motivacional de gerentes e chefes.

62 - (ESAF – CGU / ANALISTA – 2008) O movimento que incorporou à


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gestão pública características como a competição na prestação de serviços,


a perspectiva empreendedora, a descentralização, o foco em resultados e
a orientação para o mercado é denominado:
a) Patrimonialista.
b) Governança Corporativa.
c) Reinventando o Governo.
d) Administração Pública Societal.
e) Pós-Burocrático.

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63 - (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007) Como forma de equacionar a crise do


Estado, consistente na escassez de recursos frente ao aumento das
demandas sociais, surge o conceito de Estado empreendedor, o qual
caracteriza-se por
(A) criar condições institucionais que mobilizem e organizem o processo
governamental, tendo em vista a inovação permanente, a superação de
obstáculos e o alcance de resultados efetivos.
(B) fomentar a criatividade e a ousadia, mas, principalmente, a disposição
de correr riscos para encontrar as soluções mais inovadoras.
(C) implementar uma nova forma de utilização de recursos públicos, cujo
principal critério é a elaboração de planos detalhados por uma equipe de
especialistas com experiência e visão de mercado.
(D) incentivar a formação de líderes que, por sua capacidade de
mobilização e persuasão, sejam capazes de instaurar uma nova dinâmica
na ação governamental.
(E) propiciar a adesão a procedimentos mercadológicos e a orientação para
busca de lucro como critérios para dinamizar as organizações e romper com
as rotinas burocráticas.

64 - (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005) A comunicação pode fluir


verticalmente ou lateralmente. Sob a ótica de um governo empreendedor,
a comunicação só deverá fluir via rede de comunicação formal; sob a ótica
da iniciativa privada, a comunicação pode ser formal ou informal.

65 - (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005) Considere que determinada


cidade teve aumento considerável da criminalidade nos últimos 6 meses.
Em decorrência dessa nova realidade, o governo decidiu aumentar a
contribuição financeira para a polícia da localidade. Nessa situação, é
correto afirmar que tal atitude é característica de uma gestão tradicional
de governo.
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66 - (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005) Um princípio inerente ao


governo empreendedor é a sua orientação para missões. Isto significa que
as organizações públicas devem ser rigidamente dirigidas por objetivos,
regulamentos e normas para que suas missões possam ser eficazmente
atingidas.

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Gabarito

1. D 23. B 45. D
2. C 24. A 46. E
3. E 25. B 47. D
4. B 26. E 48. A
5. A 27. C 49. D
6. C 28. C 50. C
7. A 29. C 51. E
8. C 30. C 52. D
9. B 31. C 53. D
10. C 32. B 54. C
11. E 33. B 55. D
12. E 34. D 56. E
13. A 35. A 57. D
14. A 36. E 58. D
15. E 37. E 59. D
16. A 38. A 60. C
17. B 39. A 61. D
18. E 40. B 62. C
19. A 41. E 63. A
20. D 42. B 64. E
21. E 43. B 65. C
22. E 44. C 66. E

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Bibliografia
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo descomplicado.
São Paulo: Forense.
Barreto, W. d. (2009). Controle da Gestão Pública e Participação Cidadã: a
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Dissertação do Curso de Mestrado em Administração Pública. Rio de
Janeiro: FGV.
Costin, C. (2010). Administração Pública. Rio de Janeiro: Elsevier.

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Lima, C. A. (2005). Administração Pública para concursos. Rio de Janeiro:


Elsevier.
Lima, L. H. (2009). Controle externo: teoria, jurisprudência e mais de 500
questões (3° Ed. ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
Matias-Pereira, J. (2006). Os efeitos da crise política e ética sobre as
instituições e a economia no Brasil. Observatório de la Economia
Latinoamericana, n.67.
Matias-Pereira, J. (2009). Curso de Administração Pública: foco nas
instituições e ações governamentais (2° ed.). São Paulo: Atlas.
Mazza, A. (2011). Manual de direito administrativo (1° Ed. ed.). São Paulo:
Saraiva.
Osborne, D., & Gaebler, T. (1992). Reinventing Government: how the
enterpreneurial spirit is transforming the public sector (4 ed.). Ed.
Addison-Wesley.
Paludo, A. V. (2010). Administração pública: teoria e questões (1° ed.). Rio
de Janeiro: Elsevier.
Pessoa, E., & Oliveira, K. C. (Out/Dez de 2006). Perfil intra-empreendedor:
um estudo inicial em funcionários da Infraero-sede. Revista do
Serviço Público, V. 57(4), 507-529.
Valente, A. (s.d.). Governo empreendedor e Estado rede na gestão pública
brasileira. Cadernos Flem n°1.
Zymler, B. (2009). Direito Administrativo e controle. Belo Horizonte:
Fórum.

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