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Unidade

2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor


Unidade 2:
Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

Carlos Basílio Pinheiro - Universidade federal de Minas Gerais

Lutero Carmo de Lima – Universidade Estadual do Ceará

Carlos Jacinto de Oliveira - Universidade Estadual do Ceará

Wagner Corradi Barbosa - Universidade federal de Minas Gerais

APÓS O ESTUDO DESTA UNIDADE VOCÊ DEVE SER CAPAZ DE:

• Compreender conceito de calor

• Distinguir os conceitos de temperatura e calor

• Distinguir entre as várias formas de transferência de calor

• Operar a equações que relaciona fluxo de calor e gradiente de temperatura

Nesta unidade serão discutidos o conceito de calor, capacidade térmica, calor específico e calores
latentes de evaporação/condensação e fusão/solidificação. Estes conceitos serão empregados no
estudo trocas de calor aquecimento/refrigeração de diferentes sistemas bem como no estudo das
energias envolvidas em processos típicos de mudanças de fase como evaporação de água e
condensação do gelo. Em seguida apresentaremos as leis que descrevem trocas de calor por
condução, radiação e convecção. Vários problemas serão resolvidos ao longo do capítulo e uma
série de questões conceituais, e problemas são apresentados ao final do capítulo, visando a fixação
dos conceitos apresentados.

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Carlos Basílio Pinheiro - Fundamentos de Termodinâmica - 10/05/17
Unidade 2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

LOCALIZAÇÃO DOS TÓPICOS EM CAPÍTULOS DE LIVROS

LIVRO AUTORES EDIÇÕES SEÇÕES

Física II Sears, Zemansky, Young 15.1 - 15.8


10ª.
Addison-Wesley Freedman; 16.1 - 16.2
14.1 – 14.6
Física 2
Sears, Zemansky, Young 2ª. 15.1 – 15.5
LTC
16.1 – 16.5

Física 2 22.1 – 22.5


CALOR, CALORIMETRIA E TRANSPORTE DE CALOR

Livros Técnicos e Resnick, Halliday, Krane 4ª. 25.1 – 25.2


Científicos S.A e 25.7
Física 2 21.1-22.5
Livros Técnicos e Resnick, Halliday, Krane 5ª.
23.1-23.2
Científicos S.A
The Feynman Lectures on
Feynman, Leighton, Sands .
Physics; Vol. I
Fundamentos de Física, 19.2 – 19.7
vol.2
Halliday, Resnick 3ª. 20.1 – 20.3
Livros Técnicos e
e 20.7
Científicos S.A
Física 2
Editora Makron Books do Keller, Gettys, Skove 1ª. 16.1-16.6
Brasil
Curso de Física, vol.2 7.1 – 7.5
Moysés Nussenzveig 3ª.
Ed. Edgard Blücher 8.1 – 8.4
16.1 – 16.5
Física, vol.1b
Tipler 2ª 18.1 – 18.2
Ed. Guanabara
e 18.4

Física, vol.2 15.1 – 15.3


Tipler 3ª.
Ed. Guanabara 16.1 – 16.3
Física, vol.2
Tipler 5ª. 17.1 – 17.3
Ed. Guanabara

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Unidade 2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

Calor

A energia térmica na antiguidade era considerada pelos gregos como o resultado da movimentação
molecular. Durante o século XVII, Galileu, Newton e outros cientistas concordavam com a teoria
dos gregos. No século seguinte, sabendo que a energia térmica se manifestava quando havia
diferença de temperatura entre os corpos, foram desenvolvidos métodos para se quantificar a
energia térmica transferida entre corpos em contato e com temperaturas diferentes. Observou-se
que a quantidade de energia térmica liberada por um corpo era plenamente absorvida pelo outro
corpo. Esta observação levou ao descobrimento de um fluido invisível chamado “calórico" que se
transferia de um corpo para outro devido a diferença de temperatura. O calórico era considerado
uma substância que não poderia ser criada ou destruída. A teoria do calórico teve seu primeiro
questionamento feito por Benjamin Thompson, Conde de Rumford (1753 - 1814), que observou
que o trabalho mecânico na perfuração de canhões por brocas soltando cascas metálicas produzia
calor. Concluiu então que o calórico é uma forma de energia em movimento e não uma substância
fluídica.

O conceito moderno do calor veio a surgir na década de 1840 quando James Joule (1818 - 1889)
estabeleceu a equivalência mecânica do calor, ou seja, joule mostrou que é possível aumentar a
temperatura de uma substância através do dispêndio de energia mecânica, resultando daí que o
calor não é substância, é energia. A Figura 1 mostra duas formas distintas de se aumentar a
temperatura de um certo sistema termodinâmico.

Figura 1: variações de temperatura semelhantes são obtidas (a) realizando-se trabalho sobre sistema e (b)
transferindo calor para o sistema

Quando um corpo quente entra em contato com um corpo frio, devido à diferença de temperatura,
haverá transferência de energia térmica, calor do corpo quente para o corpo frio, caracterizado por
variação da energia interna dos corpos.

Desta forma, podemos estabelecer a seguinte definição:

Calor é a energia que flui entre um sistema e sua vizinhança em virtude de uma diferença de
temperatura entre eles.

Obs.: Para ser mais completa a definição de calor deveria incluir também mudanças de fases das
substâncias caso em que ocorre transferência de calor.

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O símbolo de calor é Q e por convenção ele é positivo quando flui para o sistema. Quando flui do
sistema para a vizinhança, por convenção, ele é negativo.

Historicamente, antes do equivalente mecânico do calor ser estabelecido, a caloria era usada como
unidade de medida para o calor. A caloria foi originalmente definida como a quantidade de calor
necessária para alterar a temperatura de um grama de água de 14,5 oC para 15,5 oC. Seu símbolo é
cal. De acordo com os experimentos realizados por Joule, calor é energia, portanto no SI temos:

1 cal = 4,186 J.

A unidade inglesa para o calor é o Btu (British Thermal Unit) traduzido por unidade térmica
britânica) que foi definida como a energia térmica necessária para aumentar a temperatura de uma
libra de água em um grau Fahrenheit. O Btu relaciona-se com a caloria e ao Joule por:

1 Btu = 252 cal = 1.055 J

A relação, como já dito, entre caloria e joule foi primeiramente estabelecida por James Joule na
década de 1840. Ele montou um experimento em que pesos em queda produziam agitação na água
de um recipiente através de pás girando provocando o aumento da temperatura da água. Do
aumento medido na temperatura da água, Joule deduzia o número de calorias que provocaria o
mesmo acréscimo de temperatura se o processo fosse realizado por outra fonte de energia. Desta
forma, o trabalho W realizado sobre a água pelos pesos em queda (mgh, m=massa, g=gravidade,
h=altura), em Joules, produziu um aumento de temperatura (DT) equivalente à absorção, pela
água, de uma certa quantidade de calor Q (em calorias). Desta equivalência foi possível determinar
a relação entre caloria e Joule. Por quase 100 anos, o experimento de Joule forneceu a conversão
entre estas unidades. A partir de 1948, Joule foi adotada como unidade de calor no SI portanto
tanto calor como trabalho são expresso em J.

Capacidade Térmica e calor Específico

Quando transferimos calor para um corpo ou realizamos trabalho sobre ele, geralmente o corpo
experimenta uma variação de temperatura. Por outro lado, a variação da temperatura resultante
da aplicação ou retirada do calor dependerá das circunstâncias sob as quais o calor é transferido.
Por exemplo, há situações em que o calor é transferido ao corpo a pressão ou avolume constante.
Cada objeto tem suas características próprias para armazenar energia. Por exemplo, um Kg de água
terá uma capacidade de armazenar energia diferente de 1 kg de alumínio. Com base neste
exemplo, podemos definir a capacidade térmica C da amostra de um material como a razão entre a
quantidade de calor Q fornecida à amostra do material e a correspondente variação DT de sua
temperatura, ou seja:

𝑄
𝐶= (1)
∆𝑇
A quantidade de calor necessária para aumentar em 1 grau Celsius ou 1 Kelvin uma amostra de 1 kg
de uma determinada substância é chamada de calor específico que é colocado da seguinte forma:

𝑄
𝑐= (2)
𝑚∆𝑇

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Unidade 2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

Nem a capacidade térmica de um corpo nem o calor especifico de um material é constante. Ambos
dependem da temperatura e também em certas situações da pressão ou do volume. No entanto, é
comum, para certas faixas de temperatura, adotar-se um valor médio constante c.

O calor total fornecido a um corpo de massa m para aumentar sua temperatura de valor inicial T¡
até a temperatura final Tf, é expresso pela seguinte integral:

)*
𝑄= 𝑚𝑐 𝑇 𝑑𝑇 (3)
)+

sendo o calor especifico c função da temperatura. Para intervalos não muito grandes de
temperatura, digamos, para água, DT = 100 °C, se considerarmos c constante o erro em c será
menor de que 1 %.

Nos casos em que c pode ser considerado constante, a equação (3) é escrita como:

𝑄 = 𝑚𝑐(𝑇- − 𝑇/ ) (4)

A equação (4) deve ser expressa em termos das condições em que calor é transferido para a
substância. Normalmente o calor especifico é expresso em condição de pressão atmosférica.
Entretanto há situações em que outros parâmetros são estabelecidos para se determinar o calor
específico de uma substância, por exemplo, calor especifico a volume constante o que para
determinadas substâncias é muito diferente do que o mesmo a pressão constante. Por exemplo,
para o ar atmosférico normal o calor especifico a pressão constante, chamado de cp, é em média 40
% maior do que o seu correspondente calor especifico a volume constante, chamado de cv. Por
outro lado, para a maioria dos sólidos e líquidos, sob condições normais de temperatura e pressão,
os calores específicos cp e cv são praticamente iguais para cada substância, em particular.

A capacidade térmica por mol de uma substância é chamada de calor específico molar cM é
expresso por:

𝐶 𝑄
𝑐1 = = (5)
𝑀 𝑛∆𝑇
onde M é a massa molar, n é o numero de moles da substância e C sua capacidade térmica. A
capacidade térmica molar cM de uma substância é dada em termos de J/mol-K ou Kcal/mol K.

Exemplo 1 Um objeto com massa de 6,50 kg cai de uma altura de 50,0 m e, por meio de uma
ligação mecânica, gira uma roda de pás que agita 520 g de água. Inicialmente, a água está a 15 °C.
Qual é o aumento Qual é o aumento máximo possível da temperatura?:

Pela análise da figura abaixo podemos montar a seguinte expressão:

𝑚4 𝑔ℎ = 𝑚á89: 𝑐á89: ∆𝑇
𝑚
𝑚4 𝑔ℎ 6,5 𝐾𝑔 × 9,8 D × 50,0𝑚
∆𝑇 = = 𝑠 = 1,46 𝐾 = 1,46 𝐶
𝑚á89: 𝑐á89: 𝐽𝐾
4190 × 0,52 𝑘𝑔
𝐾𝑔

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Unidade 2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

A Tabela 1 apresenta valores dos calores específicos se algumas substâncias.

Tabela 1: Calores específicos e calores específicos molares de algumas substâncias.

Calor Específico Calor Específico


(293 K) Molar (293 K)
Substância J/kg.K cal/g.K J/mol.K
Alumínio 900 0,215 24,3
Bismuto 123 0,0294 25,7
Chumbo 128 0,0305 26,4
Cobre 386 0,0923 24,5
Latão 380 0,092 -
Sólidos

Ouro 126 0,0301 25,6


Prata 233 0,0558 24,9
Tungstênio 134 0,0321 24,8
Zinco 387 0,0925 25,2
Gelo (263 K) 2220 0,49 36,9
Granito 790 0,19 -
Vidro 840 0,20 -
Mercúrio 140 0,033 28,3
Líquidos

Álcool etílico 2430 0,58 111


Água 4186 1,00 75,2

Exemplo 2 Em uma certa casa, armazena-se a energia do Sol em barris cheios de água. Em certo
período de cinco dias nublados de inverno, são necessários 5,22 GJ para se manter o interior da
casa a 22,0 °C. Supondo que a água nos barris esteja a 50 °C, qual é o volume necessário de água?

𝑄
𝑄 = 𝑚á89: 𝑐á89: ∆𝑇 ⟹ 𝑚á89: =
𝑐á89: ∆𝑇

5,22×10L 𝐽
𝑚á89: = = 44495 𝐾𝑔 ≅ 44,5 𝑚 N
𝐽𝐾
4190 × (50 − 22)
𝐾𝑔

Atividades Para Auto Avaliação


Quantidade De Calor

2.3.1 Como se relacionam as unidades de medida de Calor: Joule, BTU e Caloria?


2.3.2 Explique a diferença entre os termos capacidade Calorífica, capacidade térmica e calor
específico.
2.3.3 Como varia a capacidade calorífica nos sólidos em função da temperatura?

Calorimetria e mudança de fase


É comum vermos situações em que adição ou retirada de calor de um corpo a uma certa
temperatura provoca nele uma mudança de fase ou de estado. Os tipos mais comuns de mudanças

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de fases são a fusão (sólido para líquido), a solidificação (líquido para sólido), a vaporização (líquido
para vapor ou gás), a condensação (gás ou vapor para líquido) e a sublimação (sólido para gás). O
calor transferido por unidade de massa para ocorrer uma mudança de fase, a temperatura
constante, é chamado de calor latente (símbolo L). O calor total transferido em uma mudança de
fase é:

𝑄 = 𝐿𝑚 (6)

onde m é a massa da substância que muda de fase. À pressão atmosférica, por exemplo, conforme
Tabela 2, o calor latente de fusão LF da água é 333 KJ/Kg e o seu calor latente de vaporização LV é
2256 KJ/Kg. Ou seja, são necessários 333 KJ de calor para converter 1 Kg de gelo a 0 oC em 1 Kg de
água líquida a 0 oC, a de pressão atmosférica. Podemos repetir o raciocínio anterior para o caso da
ebulição ou evaporação de uma fase líquida para uma fase gasosa. Assim, são necessários 2256 KJ
de calor para converter 1Kg de água líquida a 100 oC em 1 Kg de vapor de água líquida a 100 oC, a
pressão atmosférica. Observe que o calor necessário para aquecer 1,0 kg de água de 0 oC até 100
o
C é dado por Q=mcDT = 419 KJ, menos de um quinto do calor necessário para a vaporização da
água a 100 oC. Este resultado está de acordo com a experiência cotidiana na cozinha: uma panela
com água pode atingir a temperatura de ebulição em alguns minutos, porém é necessário um
tempo muito maior para fazer a água na panela vaporizar completamente.

Em uma mudança de fase líquido®gás a temperatura permanece constante porque a energia


fornecida ao sistema na forma de calor é usada para quebrar as ligações químicas intermoleculares
no líquido, formando moléculas livres na forma gasosa, e não para aumentar a energia
translacional média das moléculas.

Exemplo 3 Quanta água permanece líquida após ser extraído 50,4 kJ de calor de 258 g de água
líquida incialmente a o oC?

𝑄 50,4 × 10N 𝐽
𝑚PQR = = = 0,151 𝑘𝑔
𝐿- 333 × 10N 𝐽/𝐾𝑔
𝑚UPVR:WRP = 258 − 151 = 107𝑔

Fusão, evaporação, condensação e liquefação são transições de fase reversíveis. Quando retiramos
calor de um vapor ele retorna a fase líquida, ou se condensa, cedendo ao ambiente a mesma
quantidade de calor que foi necessária para vaporizá-lo. Resultados semelhantes são encontrados
para a fusão/liquefação. De fato, para qualquer material, a uma dada pressão, a temperatura de
fusão é sempre igual a temperatura de liquefação. Essa temperatura única em que a fase líquida
coincide com a fase sólida (água e gelo em por exemplo) caracteriza uma condição chamada
equilíbrio de fase sólido-líquido. Da mesma forma, para qualquer material, a uma dada pressão, a
temperatura de evaporação é sempre igual a temperatura de condensação. Essa temperatura
única em que a fase líquida coincide com a fase gasosa (água e vapor por exemplo) caracteriza uma
condição chamada equilíbrio de fase líquido-gás. Tanto os calores latentes de vaporização (Lv),
quanto as temperaturas de ebulição de um dado material, dependem da pressão. Por exemplo, em
Campos do Jordão (pressão 0,83 Atm, 1628 m) a temperatura de ebulição da água é de cerca de
95 oC e o calor de vaporização é aproximadamente igual a 2270 KJ/kg, valor ligeiramente superior
ao calor de vaporização à pressão atmosférica ao nível do mar.

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Na Tabela 2 fornecemos o calor de fusão e de vaporização (Lv) de diversas substâncias e as
respectivas temperaturas de fusão e ebulição sob pressão atmosférica normal. Pouquíssimos
elementos possuem temperaturas de fusão nas vizinhanças da temperatura ambiente, um deles é
o gálio metálico

Tabela 2: Calores de fusão e de evaporação de algumas substâncias.

Ponto de Fusão Calor de Fusão Ponto de Ebulição Calor de Vaporação


Lf ( (J/Kg) LV ( (J/Kg)
o o
Substância K C K C J/mol.K
Hélio * * * 4,126 -268,93 20,9 x 103
Hidrogênio 13,84 -259,31 58,6 x 103 20,26 -252,89 452 x 103
Nitrogênio 62,18 -209,97 25,5 x 103 77,34 -195,84 201 x 103
Oxigênio 53,36 -218,79 13,8 x 103 90,18 -183 213 x 103
Álcool Etílico 159 -114 104,2 x 103 351 78 854 x 103
Mercúrio 234 -39 11,8 x 103 630 357 272 x 103
Água 273,15 0 334 x 103 373,15 100 2256 x 103
Enxofre 392 119 38,1 x 103 717,75 444,60 326 x 103
Chumbo 600,5 327,3 24,5 x 103 2023 1750 871 x 103
Antimônio 903,65 630,50 165 x 103 1713 1440 561 x 103
Prata 1233,95 960,80 88,3 x 103 2466 2193 2336 x 103
Ouro 1336,15 1063,0 64,5 x 103 2933 2660 1578 x 103
Cobre 1356 1083 134 x 103 1460 1187 5069 x 103
* É necessário aplicar um pressão de 25 atm para fazer o hélio solidificar. A 1 atm de
pressão, o hélio permanece em estado líquido até temperaturas próximas ao zero absoluto.

A Figura 2 mostra como a temperatura varia quando fornecemos calor continuamente a uma
amostra de gelo com temperatura inicial abaixo de 0 °C (ponto a). A temperatura aumenta até ser
atingido o ponto de fusão (ponto b). A seguir, enquanto se fornece mais calor, a temperatura
permanece constante até que todo gelo seja fundido (ponto c). Então a temperatura volta a subir
novamente até atingir a temperatura de ebulição (ponto d). Nesse ponto, a temperatura
permanece constante até que toda a água seja transformada em vapor d’água (ponto e).

Caso a taxa de fornecimento de calor seja constante, a reta referente ao aquecimento da fase
solida (gelo) é mais inclinada do que a reta referente a fase líquida (água). Você sabe por que? Para
responder, compare os valores dos calores específicos da água e do gelo.

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Durante a liquefação e evaporação a temperatura


da água permanece constante e a mudança de fase
ocorre à media que o calor (Q=mL) é fornecido ao
sistema

Figura 2: Representação gráfica da evolução da temperatura em função do tempo no qual uma quantidade de
calor fornecida a uma taxa constante a uma amostra de água.

Em certas circunstâncias, uma substância pode passar diretamente da fase sólida para a fase
gasosa. Esse processo denomina-se sublimação, e dizemos que o sólido sublima. 0 calor de
transição correspondente denomina-se calor de sublimação, Ls. 0 dióxido de carbono líquido pode
existir a uma pressão menor do que cerca de 5 x 105 Pa (cerca de 5 atm), e o “gelo seco” (dióxido
de carbono solido) sublima na pressão atmosférica. A sublimação da água em um alimento
congelado produz fumaça em uma geladeira. O processo inverso, uma transição da fase vapor para
a fase sóida, ocorre quando se forma gelo sobre a superfície de um corpo frio, tal como no caso da
serpentina de um refrigerador.

A água muito pura pode ser resfriada até diversos graus abaixo do ponto de congelamento sem se
solidificar; o estado de equilíbrio instável resultante denomina-se super-resfriado. Quando jogamos
nessa água um pequeno cristal de gelo, ou quando a agitamos, ela se cristaliza em um segundo ou
em uma fração de segundo. Este fenômeno é comumente observado por apreciadores de cerveja
“estupidamente gelada”. O vapor d’água super-resfriado condensa rapidamente, formando
gotículas de névoa na presença de alguma perturbação, como partículas de poeira ou radiações
ionizantes. Esse princípio é usado na chamada ‘semeadura de nuvens’ (bombardeio de nuvens com
nitrato de prata), que geralmente possuem vapor d’água super-resfriado, provocando a
condensação e a chuva. Algumas vezes um líquido pode ser superaquecido acima da sua
temperatura de ebulição normal. Novamente, qualquer perturbarão pequena, tal como a agitação
do líquido ou a passagem de partículas carregadas em seu interior, produz ebulição local com a
formação de bolhas. Os sistemas de aquecimento a vapor de edifícios utilizam processos de
vaporização e condensação para transferir calor do aquecedor para os radiadores. Cada quilograma
de água que se transforma em vapor no boiler (aquecedor) absorve cerca de 2 x 106 J (o calor de
vaporização Lv da água) e liberta essa mesma quantidade quando se condensa nos radiadores. Os
processos de vaporização e de condensação também são usados em refrigeradores,
condicionadores de ar e em bombas de calor.

Os mecanismos de controle de temperatura de muitos animais de sangue quente são baseados no


calor de vaporização, removendo o calor do corpo ao usá-lo na vaporização da água da língua
(respiração arquejante) ou da pele (transpiração). O esfriamento produzido pela vaporização

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Unidade 2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

possibilita a manutenção da temperatura constante do corpo humano em um deserto seco e
quente, onde a temperatura pode atingir até 55 °C. A temperatura da pele pode permanecer até
cerca de 30 °C mais fria do que a temperatura do ar ambiente. Nessas circunstâncias, uma pessoa
normal perde vários litros de água por dia por meio da transpiração, e essa água precisa ser
reposta.

O resfriamento produzido pela vaporização explica também por que você sente frio ao sair de uma
piscina ou do banho. Isto acontece pois a água evapora da pele, removendo calor de vaporização
do corpo. Para não sentirmos a sensação de frio, é necessário nos secarmos rapidamente ao deixar
a piscina ou o banho. 0 resfriamento produzido pela vaporização é também usado para resfriar
edifícios em climas secos e quentes, e para fazer condensar e reciclar o vapor ‘usado’ em usinas
geradoras termelétricas com aquecimento produzido pela queima de carvão ou por reações
termonucleares. É isso que ocorre naquelas enormes torres de concreto que você vê nas
vizinhanças dessas usinas. Reações químicas, tais como uma combustão, também envolvem a
liberação de uma grande quantidade de calor, e são análogas a uma transição de fase no que diz
respeito a troca de calor. A combustão completa de um grama de gasolina produz cerca de 46000 J,
ou cerca de 11000 cal, de tal forma que o calor de combustão, LC, de gasolina é dado por: Lc = 46000
J/g = 4,6 x 107J/kg .

CURIOSIDADE: Os valores associados à energia dos alimentos é normalmente expresso em calorias


(1 Kcal é igual a 1000 cal ou 4186 J). O cálculo do valor energético de cada alimento considera tanto
o calor de combustão (calor gerado pela queima completa do alimento) quanto fatores de
disgestibilidade a partir dos teores em proteínas, lipídios e glicídios, de cada alimento. Os valores
tabelados nos alimentos consumidos atualmente são derivados do modelo originalmente proposto
por Atwater e Wood, em 1896. Resumidamente, nem toda a energia dos alimentos (chamada de
energia bruta) é absorvida pelos organismos.

Atividades Para Auto Avaliação


Calorimetria

2.5.1 Explique o que ocorre durante um mudança de fase de uma substância em termos do calor
e da temperatura envolvidos?
2.5.2 Explique a diferença entre o calor latente de fusão e de vaporização. Descubra os seus
valores para um líquido, sólido e um gás qualquer.
2.5.3 Dê exemplos das várias formas de transferência de calor entre sistemas?
2.5.4 Explique como uma garrafa térmica é projetada para impedir a troca de calor em todas as
suas formas.
2.5.5 Um termômetro em uma praça, exposto ao sol está recebe calor por quais formas de
transferência? A temperatura nele indicada é a temperatura do ar a sua volta?
2.5.6 Um calorímetro de capacidade térmica desprezível, contém 1,5 kg de uma mistura de água
e gelo. Nele são colocados 4 kg de cobre a 80 oC. Após o equilíbrio térmico ser atingido,
observa-se que a temperatura da água é de 8ºC. Que quantidade de gelo havia no calorímetro,
no estado inicial? Considere que o calor latente de fusão do gelo submetido a pressão de 1 atm
vale: LF=79,7 cal/g.

Transferência de Calor
Em física, transferência ou propagação de calor, algumas vezes chamada de propagação ou
transferência térmica, é a transmissão de energia térmica de um sistema mais quente para outro
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Unidade 2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

sistema mais frio. Noutras palavras, é a troca de energia entre dois sistemas de temperaturas
diferentes. Quando um sistema está a uma temperatura diferente daquela de sua vizinhança, a
transferência de energia térmica ocorre até que sistema e sua vizinhança alcancem equilíbrio
térmico, ou seja até que ambos sistema e vizinhança se encontram na mesma temperatura.
Naturalmente, a propagação da energia térmica ocorre irreversivelmente do sistema de maior
temperatura para o de menor temperatura. A energia térmica pode passar de um sistema para
outro fundamentalmente de três maneiras diferentes: condução, radiação e convecção como
mostrada na Figura 3. A seguir estudaremos separadamente estes processos, mas na prática, eles
acontecem de maneira combinada.

Figura 3: Representação das formas de transferência de calor envolvidas no processo de aquecimento da água
em um panela colocada sobre uma chama

2.6.1 Condução

A transferência de calor devido à condução é o processo em que os átomos na região de maior


temperatura de um objeto vibram com grandes amplitudes, em virtude da alta temperatura, e
transferem energia térmica para os átomos vizinhos em direção às regiões de baixa temperatura.

Considere uma camada retangular de um certo material de espessura Dx e área A como mostrado
na Figura 4. A temperatura é T + DT em uma das faces e T na outra. Medidas experimentais
mostram que o fluxo de calor H, quantidade de calor Q por unidade de tempo, que migra de uma
face para outra é diretamente proporcional à área frontal da camada e a diferença de temperatura
entre as faces bem como é inversamente proporcional à espessura da camada, ou seja,

ΔΤ
𝐻∝𝐴 (7)
Δx

(a) (b)

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Unidade 2: Calor, Calorimetria e Transporte de Calor

Figura 4: (a) Representação da transferência de calor Q por condução em um material de espessura Dx e área A. O
calor flui do lado quente (T+ DT) para o lado frio (T). (b) Calor flui através de um certo material de comprimento L de
um reservatório a temperatura TH (quente) para outro a temperatura TC (frio).

Introduzindo uma constante de proporcionalidade k, chamada de condutividade térmica do


material, temos:

ΔΤ
𝐻 = −𝑘𝐴 . (8)
Δx
A condutividade térmica k de um material representa a facilidade maior ou menor do material
conduzir calor. Para a maioria das aplicações, k pode ser considerado constante, embora varie
ligeiramente com a temperatura. No sistema internacional de unidades, a unidade de k é (W/mK).
Para uma camada com espessura infinitesimal dx e diferença dT de temperatura, a transferência de
calor descrita por (8) será calculada por

𝑑𝑇
𝐻 = −𝑘𝐴 (9)
𝑑𝑥
por convenção, o sinal negativo é adotado para se evitar um sinal negativo para dx, ou seja, dT/dx
sempre será decrescente.

Exemplo 4 Estime a quantidade de calor perdida pelo isolamento poliestireno nas paredes de um
refrigerador de 4m2 cuja a diferença de temperatura é 20 °C (ou 20 K). A espessura do isolante é 30
mm. A condutividade térmica do isolante é 0,01W/mK.

ab d,def
𝑄 = −𝐾𝐴 = × 4 𝑚 D × −20 𝐾 30 𝑥 10iN m
ac gh

𝑗
𝑄 = 27 𝑠 ; 𝐻 = 27 𝑊

Exemplo 5 Considere uma camada composta, constituída de dois materiais de espessuras


diferentes, L1 e L2 e diferentes condutividades térmicas, K1 e K2. Se as temperaturas das superfícies
externas forem T2 e T1 encontre a expressão que descreve o fluxo de calor H através da camada
composta.
A quantidade de calor que flui por ambos materiais é o mesmo, e considerando Tj a temperatura na
junção de ambos materiais temos:

Tn − Te TD − Tn
𝐻e = 𝐻D = 𝐻 = −𝐾e 𝐴 = −𝐾D 𝐴 , 𝑙𝑜𝑔𝑜
Le LD
𝐾e Te LD + 𝐾D TD Le
𝑇n =
𝐾D Le + 𝐾e LD
Substituindo 𝑇n no cálculo de 𝐻e ou de 𝐻D temos:

TD − Te Le LD
𝐻 = −𝐴 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 Re = 𝑒 R D =
Re + Re 𝐾e 𝐾D

As quantidades 𝑹 = 𝑳 𝑲 ≡ ∆𝒙 𝑲são chamadas resistências térmicas dos materiais.


IMPORATANTE: a resistência térmica efetiva de materiais distintos é a soma das resistências

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térmicas de cada material, logo o fluxo de calor entre duas temperaturas extremas T2 e T1.
TD − Te L/
𝐻 = −𝐴 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 R / =
/ R/ 𝐾/

Exemplo 6 Seja uma parede de tijolos de 20 cm de largura e condutividade térmica de 0,78 W/mK,
revestida com argamassa de 3 cm de espessura em ambos os lados (kargamassa = 1,1 W/mK)
conforme mostrado na figura abaixo.


(a) Determine a resistência térmica total ou efetiva da parede composta.
Tz − Te
𝐻 = −𝐴
/ R/

A resistência térmica efetiva é


L:U8:g:V: LR/n4{4 L:U8:g:V: 0,03 0,2 0,03 𝑚D 𝐾
R/ = + + = + + = 0,311
𝐾:U8:g:VV: 𝐾R/n4{4 𝐾:U8:g:VV: 1,1 0,78 1,1 𝑊
/

(b) Se a temperatura no interior é 20 °C e no exterior 35 °C calcule o fluxo de calor H que passa pela
parede e a distribuição de temperatura.
𝐻 Tz − Te
=−
𝐴 / R/

𝐻 293,15 − 308,15 𝐾
=− = 48,23 𝑊/𝑚 D
𝐴 𝑚D 𝐾
0,311
𝑊
(c) Determine T2 e T3.
𝐻 TD − Te
=−
𝐴 R :U8:g:VV:

HR :U8:g:VV: 𝑊 0,03 𝑚 D 𝐾
𝑇D = 𝑇e − = 308,15 𝐾 − 48,23 D ×
𝐴 𝑚 1,1 𝑊
𝑇D = 306,8 𝐾

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𝐻 TN − TD
=−
𝐴 R R/n4{4

HR R/n4{4 𝑊 0,2 𝑚 D 𝐾
𝑇N = 𝑇D − = 306,8𝐾 − 48,23 D ×
𝐴 𝑚 0,78 𝑊
𝑇N = 294,4 𝐾

Exemplo 7 Um tubo cilíndrico fino de metal esta transportando vapor a temperatura Tv = 100 °C. O
tubo tem 5,4 cm de diâmetro e está envolvido por fibra de vidro isolante com 5,2 cm de espessura.
Uma extensão D = 6,2 m do tubo passa através de uma sala onde a temperatura é Ts = 11 °C. (a)
Quanto calor se perde através do isolamento? (b) Quanto isolante adicional se deve acrescentar
para se reduzir a perda de calor.


Tubo condutor de calor com camada isolante.


r1=2,7=2,7 x 10-2 m; r2=(2,7 + 5,2)=7,9 x 10-2 m e Kisolante=0,048 W/mK
𝑑𝑇
𝐻 = −𝑘𝐴 , 𝐴 = 2𝜋𝑟𝐷
𝑑𝑟
sendo D=comprimento do tubo. Logo,
𝑑𝑇
𝐻 = −𝑘2𝜋𝑟𝐷
𝑑𝑟
U€ )‚
𝑑𝑟
𝐻 = −𝑘2𝜋𝐷 𝑑𝑇
U• 𝑟 )ƒ

𝑟D
𝐻 𝑙𝑛 = −𝑘2𝜋𝐷(𝑇V − 𝑇„ )
𝑟e
2𝜋𝑘𝐷(𝑇„ − 𝑇V )
𝐻= 𝑟
𝑙𝑛 D
𝑟e
2×3,14× 0,048 × 6,2 × 373,15284,15 185
𝐻=− = = 172 𝑊
7,9 1,074
𝑙𝑛
2,7
Para reduzir a dissipação pela metade devemos ter uma camada de isolamento 𝑥 maior. Assim,
185
86 𝑊 = 𝑥
𝑙𝑛
2,7

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e†‡
𝑥 = 2,7 ×𝑒𝑥𝑝 †ˆ = 23,2 𝑐𝑚
Logo, uma camada adicional de isolante de 18 cm deveria ser adicionada à camada anterior.

2.6.2 Convecção

A transferência de calor por convecção ocorre quando um fluido (que por definição é um material
que não apresenta cisalhamento), como o ar ou a água, está em contato com um objeto cuja
temperatura é maior do que a da sua vizinhança. A temperatura do fluido que está em contato
com o objeto quente aumenta e (na maioria dos casos) o fluido expande-se. Sendo menos denso
que o fluido mais frio que o envolve, ele sobe devido ao empuxo. O fluido circundante mais frio
desce para ocupar o lugar do fluido mais quente que se eleva e estabelece uma circulação
convectiva.

Em primeira aproximação, e considerando o limite no qual o fluido não se movimenta, o fluxo de


calor decorrente da convecção (𝐻‰4W„ ) é proporcional à área da superfície (A), à diferença de
temperatura entre a parede e o fluido, e pode calculada por:

𝐻‰4W„ = ℎ𝐴∆𝑇 (10)

onde h é o coeficiente de troca térmica convectiva (W/m2K).

Exemplo 8 Determine o fluxo de calor convectivo transferido de uma parede de 12 m2 a 30 °C, para
o ar parado a 20 °C. Sendo h = 10 W/m2K.
𝐻‰4W„ = ℎ𝐴∆𝑇
𝑊
𝐻‰4W„ = 10 × 12 mD × 303,15 − 293,15 𝐾 = 1200 𝑊
𝑚D 𝐾

2.6.3 Radiação

Radiação é a energia térmica transferida por ondas eletromagnéticas. O fluxo de calor entre fonte
quente e fonte fria depende da temperatura da fonte emissora e da área superfície que recebe a
radiação é dada por,

z z
𝐻U:‹ = 𝑒𝜎𝐴 (𝑇Pg − 𝑇:•V ) (11)

sendo e = emissividade radioativa da fonte emissora, geralmente um número que varia de 0 a , s a


constante de Stefan-Boltzmann que vale 5,67 x 10-8 W/m2K4, Tem a temperatura absoluta da fonte
emissora em Kelvin, Tabs a temperatura absoluta da superfície absorvedora em Kelvin e A a área da
superfície emissora (m2).

Atividades Para Auto Avaliação


Transferência De Calor

2.7.1 Calcule o fluxo de calor que se transfere para o interior de um refrigerador, mantido a 5ºC,
em um dia que a temperatura é de 26ºC, sabendo que a área total da geladeira é de 5,2m2 e

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que o material isolante têm 20 mm de espessura e condutividade térmica de
aproximadamente k= 0,017 W/(m.K).

Exercícios de Fixação

2.8.1 Uma fôrma de cubos de gelo com massa desprezível contém 0,350 kg de água a 18,0 oC.
Qual é a quantidade de calor necessária para esfriar a água até 0,0 oC e solidificá-la? Dê a
resposta em joules e em calorias.

2.8.2 A vaporização do suor é um mecanismo de controle da temperatura de animais de sangue


quente.

(a) Qual é a quantidade de água que deve se evaporar da pele de um homem de 70,0 kg para que
a temperatura do seu corpo diminua de 1,00 oC? O calor de vaporização da água na
temperatura do corpo (37 oC) é igual a 2,42x106 J/kg. O calor específico típico do corpo
humano é igual a 3480 J/kg.K

(b) Qual é o volume de água que o homem deve beber para repor a água vaporizada? Compare o
resultado com o volume de uma lata de refrigerante (355 cm3)

2.8.3 Um técnico de laboratório coloca em um calorímetro uma amostra de 85 g de um material


desconhecido, a uma temperatura de 100,0 oC. O recipiente do calorímetro, inicialmente a
19,0ºC é feito com 0,150 kg de cobre e contém 0,200 kg de água. A temperatura final do
calorímetro é igual a 26,1oC. Calcule o calor específico da amostra, sabendo que o calor
específico do cobre vale 390 J/kg.K e o da água vale 4190 J/kg.K.

2.8.4 Uma das extremidades de uma barra metálica isolada é mantida a 0ºC por uma mistura de
gelo e água enquanto a outra é mantida a 100 ºC. A barra possui 60,0 cm de comprimento e
uma seção reta com área igual a 1,25 cm2. O calor conduzido pela barra produz a fusão de
8,50 g de gelo em 10,0 minutos. Ache a condutividade térmica k do metal.

2.8.5 Usa-se um pequeno aquecedor elétrico de imersão para ferver 136 g de água para uma
xícara de café instantâneo. A potência do aquecedor é para 220 w. Calcule o tempo necessário
para se trazer essa água de 23,5 oC ao ponto de ebulição, ignorando quaisquer perdas de calor.

2.8.6 O aquecedor de uma casa estraga de manhã, quando a temperatura externa é de -7,0 oC;
em consequência, a temperatura interna cai de 22 para 18 oC em 45 minutos. Quanto tempo
levará para que a temperatura interna caia outros 4,0 oC ? Suponha que a temperatura externa
permaneça constante e que seja válida a Lei de Resfriamento de Newton: 𝑑∆𝑇 𝑑𝑡 = −𝐴∆𝑇. A
diferença de temperatura entre o objeto e a vizinhança é ∆𝑇 = (𝑇4•n − 𝑇„/• ) e A é uma
constante.

2.8.7 Responda:

(a) Em um dia de inverno muito frio quando a temperatura é de -20,0 oC, qual é a quantidade de
calor necessária para aquecer 0,50 L de ar trocado na respiração até atingir a temperatura do
corpo humano (37 oC)? Suponha que o calor específico do ar seja igual a 1020 J/Kg. K e que 1,0
L de ar possua massa igual a 1,3x10-3 kg.

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(b) Qual é o calor perdido por hora considerando uma taxa de respiração de 20 aspirações por
minuto?

Problemas

2.9.1 Um mecânico resfria uma lata de refrigerante colocando-a em uma grande caneca de
alumínio com massa igual a 0,257 Kg e adicionando 0,120 Kg de gelo inicialmente a -15,0 oC. Se
a caneca e a lata estão inicialmente a 20,0 oC, qual é a temperatura final do sistema? Considere
que as perdas de calor são desprezíveis e o refrigerante seja essencialmente composto de
água.

2.9.2 Ar quente em sala de aula.

(a) Um estudante típico assistindo a uma aula de física com atenção irradia calor à uma potência
de 100W. Qual é a quantidade de calor produzida por uma turma de 90 alunos de física em um
anfiteatro ao longo da duração de 50 minutos de aula?

(b) Suponha que todo o calor calculado na parte (a) seja transferido para 3200 m3 de ar do
anfiteatro. O calor específico do ar é igual a 1,20 Kg/m3. Sabendo que não ocorre nenhuma
perda de calor e o condicionador de ar está desligado qual é o aumento de temperatura do ar
do anfiteatro durante os 50 minutos de aula?

(c) Quando os alunos estão fazendo uma prova, o calor irradiado por aluno aumenta para 280 W.
Qual seria o aumento de temperatura do ar do anfiteatro durante 50 minutos neste caso?

2.9.3 A energia irradiada pelo sol atinge o topo da atmosfera terrestre com uma taxa
aproximadamente igual 1,5 x 103 W/m2, , a distância do sol à terra é 1,496 x 1011 m, o raio do
sol é igual a 6,96x108 m.

(a) Qual é a taxa de irradiação de energia por unidade de área da superfície do sol?

(b) Supondo que o sol irradie como um corpo negro ideal, qual é a temperatura da superfície do
sol?

2.9.4 Se a diferença de temperatura ∆𝑇 entre o objeto e a vizinhança ∆𝑇 = (𝑇4•n − 𝑇„/• ) não for
grande, a taxa de resfriamento ou aquecimento do objeto será aproximadamente proporcional
à diferença de temperatura seguindo a lei de Newton para o resfriamento; isto é,
𝑑∆𝑇 𝑑𝑡 = −𝐴∆𝑇 onde A é uma constante. O sinal menos aparece porque se ∆𝑇 for positivo,
ele decresce com o tempo e, se for negativo, cresce.

(a) De que fatores A depende? Quais são as dimensões de A?

(b) Se no instante t=0 a diferença de temperatura for ∆𝑇4 , mostre que em um instante t ela será
∆𝑇 = ∆𝑇4 𝑒 i•R .

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