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Apoio:
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Agroenergia
Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Biorrefinarias:
Cenários e Perspectivas
Embrapa Agroenergia
Brasília, DF
2011
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
Embrapa Agroenergia
Parque Estação Biológica, PqEB s/n, Brasília, DF
CEP: 70770-901
Caixa Postal: 40.315
Fone: (61) 3448-4246
Fax: (61) 3448-1589
www.cnpae.embrapa.br
sac@cnpae.embrapa.br
1a edição
1ª impressão (2011): 500 exemplares
ISBN: 978-85-63276-02-5
Alfred Szwarc
Engenheiro Mecânico, M.Sc. em Controle de Poluição Am-
biental - Consultor Técnico da União das Indústrias de Cana-
-de-Açúcar - UNICA.
Antonio Bonomi
Engenheiro Químico, Ph.D. em Engenharia Química - Diretor
do Programa de Avaliação Tecnológica do CTBE.
Carolina A. Barcelos
Engenheira Química – Doutoranda da Universidade Federal
do Rio de Janeiro.
Autores 3
Elba P. S. Bon
Bióloga, M.Sc. e Ph.D. em Engenharia Bioquímica – Professo-
ra Associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
James Clark
Químico, Ph.D. em Química - Diretor do “Green Chemistry
Centre of Excellence”, University of York, Inglaterra.
Rafal Bogel-Łukasik
Engenheiro Químico, M.Sc. e Ph.D. em Química Tecnológica
- Pesquisador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia
- Unidade de Bioenergia - Lisboa, Portugal.
Viridiana Ferreira-Leitão
Química, M.Sc. e D.Sc. em Bioquímica - Pesquisadora do Ins-
tituto Nacional de Tecnologia/MCTI.
Wesley Ambrósio
Engenheiro Químico, M.Sc. em Engenharia Química - Geren-
te de Tecnologias da BP Brasil.
Autores 5
Apresentação
Apresentação 7
de tecnologia (TT), com o objetivo de fortalecer ainda mais
essas duas cadeias produtivas. Buscamos parcerias sinérgicas
para a geração de tecnologias que possibilitarão uma maior
agregação de valor a essas cadeias, mediante a viabilização
da produção de uma ampla gama de outros produtos a partir
dos coprodutos e resíduos hoje gerados por elas.
Essas duas cadeias produtivas são, sem dúvida, as prin-
cipais “estrelas” nessa “constelação” de oportunidades que a
lógica de biorrefinarias oferece para a Embrapa Agroenergia
e seus parceiros, mas não são as únicas. Precisamos também
estar atentos a diversas outras cadeias do agronegócio brasi-
leiro em que a grande quantidade de resíduos orgânicos eli-
minados safra após safra demandam um fim mais nobre. Ca-
deias que não têm, necessariamente, biocombustíveis como
seu produto principal. Existem, no Brasil, diversas dessas
cadeias produtivas, de abrangência estadual, regional ou na-
cional, que precisam ser avaliadas e organizadas de acordo
com a lógica de biorrefinarias. O desafio é grande.
Os leitores constatarão, à medida que forem lendo os
capítulos que compõem esse livro, que biorrefinaria é um
tema complexo. Há desafios na organização da produção
da matéria-prima para uma indústria que pode ser tanto
baseada em uma única como em diversas matérias-primas.
A logística da oferta dessa matéria-prima para a indústria,
que precisa ser otimizada, tanto do ponto de vista temporal
quanto territorial, é também complexa. Os desafios tecno-
lógicos nas biorrefinarias encontram eco na química verde,
e, sem sombra de dúvida, demandam uma ação organizada
de caracterização e uso da grande biodiversidade brasileira
ainda não explorada. Por fim, essa complexidade chega às
Apresentação 9
Prefácio
Prefácio 11
Este livro tem como objetivo principal mostrar, de forma
clara e prática, o que são as biorrefinarias, o atual estado da
arte e desafios relacionados, bem como as necessidades de po-
líticas e de parcerias público-privadas. Seus textos baseiam-se
nas apresentações e discussões realizadas durante a primeira
edição do Simpósio Nacional de Biorrefinarias (SNBr) orga-
nizado no ano de 2011 pela Embrapa Agroenergia, e abran-
gem: matérias-primas, produtos químicos e biocombustíveis,
o conceito de química verde, plataformas tecnológicas, susten-
tabilidade e estratégias público-privadas.
Espera-se que esta obra possa contribuir na discussão do
tema das biorrefinarias e na aplicação e desenvolvimento do
conceito.
PARTE 1 - INTRODUÇÃO
Biocombustíveis Materiais
Biorrefinaria Produtos
Energia
Químicos
Biomassa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
0,80% 0,40%
0,37%
0,95%
13,82% Soja
Gordura bovina
Outras oleaginosas
Algodão
86,66% Gordura de porco
Óleo de fritura
Soja
Produção de
Matéria-prima % óleo Produtividade (kg ha-1)
óleo (kg ha-1)
Soja 18 3.000 540
Algodão 20 1.900 360
Girassol 42 1.500 630
Amendoim 45 1.800 800
Dendê 20 20.000 4.000
Mamona 47 1.500 705
Canola 40 1.300 500
Dendê 20 20.000 4.000
Produtividade
Produção de
Matéria-prima % óleo potencial de grãos
óleo (kg ha-1)
ou frutos (kg ha-1)
Considerações finais
Cana-de-açúcar
Considerações finais
Biobutanol
A refinaria de biomassa
Cogeração (eletricidade)
Eletrici-
dade
Combustão (vapor)
Cana-de- Cristali-
Palha -açúcar
Extração Caldo Evaporação
zação
Secagem Açúcar
Fermen-
Hidrolise Enzimas Extração Purificação Biobutanol
tação
Desidra- Bioetanol
Destilação celulosico
tação
Hemi-
Fermen-
celulose
tação
(C5)
Conversão
Separação Biodiesel
(esterificação,
Lipídios Jet-fuel
hidrogenação)
Cadeia agroindustrial
Competências
O CTBE
Programa agrícola
Programa industrial
Programa de sustentabilidade
Biorrefinaria
1G
Biorrefinaria
2G
Avaliação Econômica
Planilha Custo de Produção
Agrícola TIR
Avaliação Social
Mão-de-obra
Salários
Biorrefinaria
“n” Simulação da Avaliação Ambiental
AspenPlus
Biorrefinaria (Inventário de Ciclo de Vida)
Diesel
Fertilizantes
Maquinário
Insumos industriais
Equipamentos
Planilha
Emissões locais, ex. N2O, CO2
de Uso Outras entradas e saídas...
Cana-de-açúcar
Limpeza Palha
Destilaria Destilaria
Parâmetro
“básica” “otimizada”
200
18% 0,69
150
16% 0,61
100
14% 0,59
50
0 12% 0,54
Anexa Autônoma Anexa Autônoma Anexa Autônoma Anexa Autônoma
(a) Básica Otimizada (b) Básica Otimizada
28%
26%
TIR (ao ano)
24%
22%
20%
18%
16%
+100% +80% +60% +40% +20% 0 +20% +40% +60% +80% +100%
etanol etanol etanol etanol etanol açúcar açúcar açúcar açúcar açúcar
Etanol (L t-1) 82 63 72 81
a
Resultados para a TIR do processo com sorgo representam os resultados obtidos para a
destilaria autônoma (processando cana e sorgo).
1G2G 1G2G
Parâmetro 1G
(bp) (fp)
Parâmetro 1G - LM 2G 1G + 2G
Etanol (L/TC)
Açúcar (kg/TC) TIR
Eletricidade (kWh/TC) Investimento
18% 500
Investimento (mi R$)
150
TIR (ao ano)
16% 400
100
14% 300
50
12% 200
0 10% 100
Engenho Engenho + 2G Engenho Engenho + 2G
A Braskem
Tecnologias em competição
Central petroquímica
Relação entre as cadeias
Produtos
Biomassa
Cadeia da biomassa
(ex: cana-de-açúcar)
Biorrefinaria
(usina de cana)
Produtos (??)
Produção E
Segmento da indústria
(ton ano-1) (kgresíduos kgproduto-1)
Processos aquosos
Fluidos supercríticos
sólido
supercrítico
líquido
Pc
ponto crítico
ponto triplo
vapor
Tc Temperatura
Líquidos iônicos
Problemas de Preocupação
suprimento pública crescente
Custos com
energia
Cenário sócio-econômico-ambiental
• Diesel: 11,2%.
Integração refino-biorrefinaria
Os biocombustíveis no Brasil
O etanol
Sacarose da
Matéria-prima Amido do milho
cana-de-açúcar
Produção em 2008
6.472 9.000
(MMgalões)
Participação no mercado de
~ 50 ~5
combustíveis fósseis (%)
Custo de produção
0,83 1,14
(USD galão-1)
Subsídio agrícola
0 0,45
(USD galão-1)
O biodiesel
Conclusões
Conclusões
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