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AULA 05
REGIMENTO INTERNO – PARTE 6
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................. 1
Para tratar deste tópico nos valeremos da Constituição Federal de 1988. Isso
porque ela é nossa norma basilar do processo legislativo e, por questão de
simetria, tudo que segue abaixo dela (no nosso caso: Constituição Estadual e
Regimento Interno) precisa estar em consonância.
Uma lei precisa ser proposta, logo, há que alguém ter tal iniciativa de dar vida a
um diploma legal, como também são chamadas as normas jurídicas.
Veja o poder imenso que essa ‘figura’ possui: dar início ao processo de produção
de normas.
Veremos, aqui, o regramento básico desse processo. Quem pode o quê? Essa é
a pergunta que responderemos.
Sabemos também que o Poder Legislativo possui como função típica a produção
de normas. No entanto, esse poder não é absoluto, como qualquer outro no
Estado Democrático de Direito. Assim, o Legislativo não pode dar início a qualquer
tipo de norma, deve respeitar os limites que a Constituição fixa.
Entendendo melhor: via de regra, o Legislativo pode iniciar normas sobre tudo,
exceto sobre o que a CF/88 atribui como de iniciativa privativa ou reservada a
algum ente ou poder. Sobre essas iniciativas que nos debruçaremos agora.
Dito isso, o art. 112 passa a restringir o que é privativo do Governador. Vejamos:
II - disponham sobre:
c) organização do Ministério Público, sem prejuízo da faculdade contida no artigo 172 desta
Constituição, da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública;
...
Observe que são normas que dizem respeito à administração do Poder Executivo,
logo, por uma questão de separação dos poderes, não pode o Judiciário ou
Legislativo tentar propor uma lei nesses assuntos.
c) organização do Ministério Público, sem prejuízo da faculdade contida no artigo 172 desta
Constituição, da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública;
Aqui temos que o Executivo cria leis sobre a organização do MP. No entanto, o
MP não possui também sua competência privativa? Sim!
Tudo o que foi dito acima se aplica, da mesma forma, à Defensoria Pública do
Estado.
Observe, mais uma vez, que são normas relacionadas à atuação do próprio
Judiciário, situações que implicam em orçamento, etc., de forma que não teria
cabimento outro Poder fazer por ele. O mesmo se aplica ao Tribunal de Contas:
Art. 134 - Lei disporá sobre a organização e funcionamento do Tribunal de Contas, podendo
dividi-lo em Câmaras e criar delegações ou órgãos destinados a auxiliá-lo no exercício de
suas funções e na descentralização dos seus trabalhos, incluindo-se entre as atribuições de
seus membros a participação nesses órgãos, quando designados pelo Tribunal.
Vale a pena lembrar que aqui temos a situação de que o Ministério Público pode
iniciar as suas leis, assim como o Governador do Estado também poderá.
Iniciativa compartilhada.
Art. 170...
...
Aqui no caso da ALERJ temos algumas peculiaridades, pois é ela própria propondo
e tramitando norma sobre si mesma.
I - dispor sobre seu Regimento Interno, polícia e serviço administrativo de sua Secretaria,
bem como criar, prover, transformar e extinguir os respectivos cargos, fixar sua
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
Aumento de despesas
Não pode! Como alguém pode querer impor à casa de outrem um aumento de
despesas? Uma conta que ele não escolheu pagar?
Logo, lembre-se disso: na ALERJ, não poderá ser emendado o projeto de iniciativa
privativa que aumente despesas em relação ao projeto inicial.
DAS EMENDAS
O que é emenda?
Imaginemos que existe um projeto de lei em trâmite na ALERJ. Não nos importa
quem iniciou, qual assunto, nada disso, apenas que é um projeto. A emenda é a
forma que um deputado tem de, usando das suas prerrogativas de parlamentar,
propor alguma alteração no projeto de lei.
Então, o deputado propõe uma emenda e ela passará pela deliberação normal,
apenas ao final que será incluída ao projeto, caso aprovada.
Vamos ao regimento:
Art. 111 - Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra. As emendas podem
ser supressivas, substitutivas, modificativas, aditivas ou de redação.
...
Ele nada mais é que uma emenda substitutiva integral, ou seja, que quer alterar
a proposição principal integralmente.
Caso o substitutivo seja apresentado por qualquer outra comissão, que não seja
a de Constituição e Justiça, o projeto deverá voltar a esta última a fim de parecer
sobre a constitucionalidade ou não da matéria.
Ainda é possível que a emenda receba uma subemenda. Ou seja: uma emenda
da emenda. Esta também só pode ser apresentada pela comissão, e se classifica
como:
Substitutiva
Supressiva
Aditiva
De redação
Art. 111 - Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra. As emendas podem
ser supressivas, substitutivas, modificativas, aditivas ou de redação.
§ 1º - Emenda supressiva é a que manda erradicar qualquer parte de outra.
§ 2º - Emenda substitutiva é a que pretende suceder a outra.
Art. 114 - Não serão aceitas emendas, subemendas ou substitutivos que não tenham
relacionamento imediato com a matéria da proposição principal.
QUESTÕES COMENTADAS
1 – É correto afirmar que as leis que disponham sobre o regime jurídico dos
servidores públicos do Estado, incluindo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário,
são de iniciativa privativa do Governador do Estado. ( )
Resposta: correto.
...
II - disponham sobre:
...
...
Resposta: errado. Cada Poder e agente que estudamos na aula possui a iniciativa
privativa para leis que fixem ou alterem remuneração das suas próprias
estruturas. A iniciativa do governador é para os casos de regime jurídico.
Resposta: errado.
...
Resposta: correto.
Parágrafo único - Sempre que apresentado substitutivo por outras comissões que
não a de Constituição e Justiça, o projeto voltará a esta comissão, que se
pronunciará quanto à constitucionalidade ou não do substitutivo.
1 – É correto afirmar que as leis que disponham sobre o regime jurídico dos
servidores públicos do Estado, incluindo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário,
são de iniciativa privativa do Governador do Estado. ( )
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