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FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL

PATRICIA MARIA NEVES EMÍDIO - RM - 21835224077

CIRCUITO DE RECOMPENSAS

SÃO PAULO

2018
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FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL

PATRICIA MARIA NEVES EMÍDIO - RM - 21835224077

CIRCUITO DE RECOMPENSAS

Trabalho mensal da disciplina Conceitos gerais de


neurobiologia e a neurobiologia da dependência
química e drogas lícitas e ilícitas, fatores de risco e
vulnerabilidade, prof. Aline Coelho, como
exigência para o curso de Saúde Mental e
Psiquiatria pela Faculdade Paulista de São
Caetano do Sul.

SÃO PAULO

2018
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4

2. CIRCULO DE RECOMPENSA CEREBRAL............................................................ 5

3. CIRCULO DE RECOMPENSA CEREBRAL E A ADICCÇÃO ................................. 6

4. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 9

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 10


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1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho veremos e buscaremos entender como funciona o cérebro
frente às emoções, o que é o sistema de recompensa e como ele pode funcionar em
pessoas adictas. As emoções e os sentimentos nos são inerente por pertencer à
raça humana. Somos unidades formadas por uma tríade: Um cérebro, um corpo e
uma mente e é nesse universo em que se dão todas as infinitas combinações que
nos fazem humano. Somos todos singulares, ainda assim, compartilhamos
similitudes já que somos da mesma espécie, em uma mesma classe, a humana.
A principal função do nosso cérebro é proporcionar a sobrevivência, dizer o que
podemos fazer para garantir que nossa existência se perpetue e assim possamos
experimentar o que o mundo pode nos oferecer e, ao mesmo tempo, ir criando
nosso próprio mundo, onde se criam novas ideias, crenças. Valores, formas de ver e
escolher que modelo mental vamos construir. Essas marcas são indeletáveis em
nossa alma e em nossa mente. Tudo isso que citamos, faz com que tenhamos a
diferentes formas de atuação no mundo e conosco, é possível que até mesmo nossa
forma de atuar sobre a natureza e o outro sejam modificados por esses fatores que
passamos.
O cérebro é um órgão complexo e fascinante. Ele é responsável por nos
conectar com as percepções através de nossos sentidos. Todos os estímulos que
vêm do mundo exterior são recebidos pelo nosso cérebro para que possamos estar
em contato consciente com o mundo que nos cerca e, assim, nos relacionarmos
com ele.
O cérebro não foi sempre o mesmo. Com o passar do tempo, aconteceram
modificações e ainda continuam a acontecer. Paul MacClean em 1990, por meio de
seu livro “The Triune Brain in Evolution” (em tradução livre seria o equivalente a O
Cérebro Trino em Evolução), nos relata suateoria do cérebro triuno, descrevendo
três níveis de estratos ou três tipos de cérebro:
a) o mais primitivo que tem a ver com os instintos é o REPTILIANO.
b) o sistema límbico ou mamífero mais relacionado com as EMOÇÕES.
c) o neocórtex onde estão nossos pensamentos mais elaborados.
Esses três níveis interagem uns com os outros, para obter sobrevivência,
atendendo assim, a função primordial do nosso cérebro.
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O cérebro instintivo e o cérebro emocional são manipulados com as forças de


prazer e dor.Na força do prazer, tudo codificado como tal será a favor da
sobrevivência. Na força da dor, o que é catalogado ou codificado como doloroso
estará contra o ser humano já que coloca em perigo a sobrevivência, estas forças
dependem de informação genética, que já está em nossa história, graças aos
nossos antepassados.
As forças de prazer e dor possuem variáveis que expandem a forma e a
intensidade das respostas, graças ao aprendizado que pode ser adicionado à
memória genética produzida pelo cérebro emocional e pela aprendizagem. Isso gera
novos comportamentos que basicamente são baseados em nossa sobrevivência, de
aproximação ou distância.
Toda vez que sentimos dor ou prazer, não importa em que grau, nosso cérebro
emocional procurará a causa que a produziu e registrará na memória, para facilitar
nossas decisões no futuro, criando o que é chamado neurofusões.
Quanto maior a emoção produzida por um estímulo, maior o grau de
neurofusão. Por exemplo, se quisermos ir ao cinema toda vez que formos,
liberaremos uma substância chamada dopamina e, com ela, uma neurofusão para
um grande prazer e essa única exposição ao estímulo será suficiente para mantê-lo
em nossa memória emocional.

2. CIRCULO DE RECOMPENSA CEREBRAL


O circuito de recompensa do cérebro é a parte do sistema nervoso central que
liga os grupos de neurônios, que são as células do cérebro, que produzem intensas
sensações de prazer e satisfação.
O circuito nos encoraja a registrar e repetir as experiências que nos agradam, o
prazer não é felicidade, mas garantia de sobrevivência, por isso somos capazes de
repetir situações que associamos a um prazer intenso. Se o nosso cérebro as
codificou como garantia de sobrevivência, continuaremos a repeti-las. Eles formarão
uma espécie de bancos de memória de prazer que estarão relacionados a
comportamentos de abordagem, ao que é a favor de nossa sobrevivência e prazer.
Quanto mais forte for essa rede neural, maior a tendência a repetir a ação,
essa marca é fixada pela substância chamada dopamina e é isso que é chamado de
neurotransmissor. A quantidade de recompenssa que nossa unidade mente-cérebro-
mente pode receber antes do ato de comer, por exemplo, que durante toda a nossa
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existência como espécie, fizemos o que fosse necessário para que isso
acontecesse. Uma forma de exemplificar é dividir o processo em três fases, vamos
pensar que queremos pintar e nós realmente queremos fazer isso, existindo uma
vontade incontrolável para executar essa ação.
Primeira fase: devemos ser capazes de ouvir e responder. Internamente e
externamente. Ao pensar “estou vendo uma pintura que me fascina e quero pintar”,
há emoções que se movem em mim. Querer ter pincéis em minhas mãos ou lápis e
uma folha onde eu possa experimentar o que desejo com grande intensidade. É
nesse momento que a dopamina aparece. Começo a imaginar que já estou na
situação e até imagino as cores e o que quero alcançar.
Segunda fase: Execute as ações necessárias para realizar o meu desejo. A
ação é recompensada com uma sensação de prazer. Procurei e encontrei os
materiais que eu quero para pintar. Acima de tudo, a ação é recompensada e não
apenas o fato de satisfazer a necessidade. Como eu fiz isso? Bem, para me colocar
em ação, duas outras substâncias foram ativadas, adrenalina e noradrenalina.
Terceira fase: Uma vez que a ação é completada, o circuito de recompensa é
fechado, com um sentimento de satisfação. Já pintei e vejo alguns dos meus
trabalhos capturados em tela ou papel. Quando cheguei a este ponto, aparece outra
substância chamada serotonina, até surgir um novo sinal que desperta o desejo,
podemos ver como os comportamentos úteis para nossa existência são controlados
pelo circuito do desejo - ação - satisfação.
Quando pensamos nesse circuito, logo podemos perceber que a dependência
de drogas é causada por uma adaptação equilibrada à presença da droga. A
dependência pode levar à adicção, que é definida como um padrão maladaptativo de
uso da droga associado à fissura induzida pelo contexto, sobretudo em situações de
estresse, que causa comprometimento ou sofrimento clinicamente significativo.
Embora cada droga tenha seu próprio mecanismo de ação molecular e celular,
muitas drogas de abuso afetam a via de recompensa.

3. CIRCULO DE RECOMPENSA CEREBRAL E A ADICCÇÃO


O sistema de recompensa está presente desde os mamíferos mais primitivos.
Ele tem participação fundamental na busca de estímulos causadores de prazer, tais
como alimentos, sexo, relaxamento. Por meio do reforço positivo da recompensa,
obtida durante essas experiências, o organismo é impelido a buscá-las repetidas
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vezes. Cria-se uma memória específica para isso. O sistema de recompensa, desse
modo, é um importante mecanismo de autopreservação. O neurotransmissor
sintetizado dentro do cérebro que é responsável por esse ciclo de recompensa é a
dopamina. Para sua síntese é necessária a presença do aminoácido tirosina. Por
meio da enzima tirosina hidroxilase, a tirosina é transformada em forma em DOPA
(3,4 - hidroxifenilalanina). A dopamina tem sua origem na descarboxilação da DOPA.
Em seguida, é armazenada nas vesículas dos terminais pré-sinápticos para ser
liberada na fenda após um estímulo neuronal. Esse estímulo pode ser a torta
predileta, um carinho, uma conversa com amigos, enfim, situações que certamente
valerão a pena serem repetidas.
Uma vez liberada na fenda, atua sobre os receptores dopaminérgicos, cujo
efeito é uma sensação de bem-estar e euforia. Rapidamente após a ligação com os
receptores dopaminérgicos, a dopamina é retirada da fenda. Isso sé dá por meio de
três processos básicos: [1] difusão da dopamina para fora da fenda sináptica, [2]
destruição por enzimas e [3] recaptação para o pré-sináptico de onde fora liberada.
Ali, será estocada para ser liberada novamente. A recaptação é realizada pela
bomba de recaptação, transportadores dopaminérgicos,encarregados de captar
parte da dopamina liberada na fenda sináptica e devolvê-la ao terminal pré-sináptico
a fim de ser reciclada.
O sistema dopaminérgico, ou seja o sistema de recompensa, possui três tratos
considerados como os mais importantes, de grande interesse para o entendimento
da neurobiologia da dependência química. Um destes é o trato mesolímbico-
mesocortical, que se projeta a partir da área tegmental ventral (ATV) para a maior
parte do córtex frontal (funções psíquicas superiores) e sistema límbico (emoção) e
parece ser a via dopaminérgica relacionada à recompensa. Estudos têm
demonstrado relação íntima entre algumas estruturas cerebrais e a recompensa. O
nucleus accumbens e a área tegmental ventral parecem moderar o estímulo à
recompensa, induzido por substâncias psicoativas.
Grande parte da propriedade causadora de dependência das drogas está na
ativação do sistema dopaminérgico de recompensa. Isso pode ser feito de modo
direto ou indireto. Substâncias psicoativas como a cocaína e a anfetamina agem
diretamente sobre esse sistema, enquanto a nicotina e os opiáceos estimulam-no
indiretamente. As causas naturais que normalmente estimulam o sistema de
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recompensa chegam a aumentar em até 100% sua atividade. Na vigência de


substâncias psicoativas, no entanto, essa atividade ser 1000 vezes maior.
Do ponto de vista estritamente biológico, a capacidade das substâncias
psicoativas em estimular o sistema de recompensa, resultando em euforia,
relaxamento e bem-estar, deixaria o usuário mais propenso a repetir o consumo das
mesmas, a fim de experimentar repetidamente os seus efeitos. Tal comportamento
de busca ocasionaria a dependência.
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4. CONCLUSÃO
Conhecer o sistema de recompensas é de extrema importância para o
profissional que quer trabalhar na área de saúde mental. Muitas vezes, as pessoas
que chegam até nós buscando uma forma de melhorar sua forma de viver, não tem
ideia de que o cérebro trabalha para manter o equilíbrio e a sobrevivência. Nós, ao
entendermos, que o guia das nossas atitudes e comportamentos, tem funções
orgânicas tão básicas a ponto de nos fazer repetir comportamentos, poderemos,
sum duvida olhar a pessoa que nos pede ajuda de maneira holística.

O dependente químico, ao entrar nesse circuito de dependência com a droga


que usa, infelizmente tem momentos em que não consegue ver-se livre da droga,
justamente pela liberação da dopamina na fenda sináptica. Ao alcançar níveis de
estimulação 1000% maiores que o de uma pessoa sem a utilização de substâncias
psicoativas, temos que entender que cada situação é única e podemos auxiliar de
maneira a conscientizar o paciente que nos procurar a entender seu próprio
funcionamento e assim, psicoeducá-lo, para que possa ter uma vida sem tantas
disfunções.

Assim, concluímos que essa pesquisa fez-se de grande importância para o


aprimoramento do conhecimento, e que, sem duvida alguma, poderemos orientar
pacientes da maneira mais adequada e olhando para a singularidade de cada um, já
que o cérebro é uma das partes integrantes do sujeito, precisamos, ainda,
considerar as outras partes que o envolve como o corpo e a mente, que forma uma
tríade dissociável.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESPERIDIAO-ANTONIO, V. et al . Neurobiologia das emoções. Rev. psiquiatr.


clín., São Paulo , v. 35, n. 2, p. 55-65, 2008 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S010160832008000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso
em 25/10/2018 10:13.

OBID. Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas. Disponível em


<http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/index.php?id_conteudo
cadastro=tratamentodependenciaquimica/defincao> . Acesso em 25/10/2018 18:56.

RIBEIRO, M. Neurobiologia da dependência química. UNIFESP, 2015. Disponível


em <,http://psiquiatriabh.com.br/wp/wp-content/uploads/2015/01/ Neurobiologia-da-
dependencia-quimica.pdf>> Acesso em 25/10/2018 16:26

RODRIGUES, J. A. O cérebro.

SWIT, R. M.; LEWIS, D. C. Farmacologia da dependência e abuso de drogas in


Farmacologia Básica e Clínica 8º edição Editora Guanabara-Koogan; Rio de Janeiro
2003.

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