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Aula 00

Português p/ APO-MPOG
Professor: Fabiano Sales

00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa para APO-MPOG
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales Aula 00

AULA 00
Apresentação do curso.
Ortografia oficial. Homônimos e parônimos.
Acentuação gráfica.
SUMÁRIO PÁGINA
01. Apresentação 01
02. Objetivo e cronograma do curso 02
03. Metodologia do curso 03
04. Ortografia oficial 04
05. Emprego das consoantes 04
06. Emprego das vogais 07
07. Questões comentadas 09
08. Emprego de algumas expressões 15
09. Homônimos e parônimos 23
10. Questões comentadas 28
08. Emprego do hífen 34
09. Acentuação gráfica 41
10. Regras gerais 41
11. Questões comentadas 43
12. Regras específicas 45
13. Questões comentadas 46
14. Lista das questões apresentadas 55
15. Gabarito 68

APRESENTAÇÃO

Olá, vitoriosos alunos! Sejam muito bem-vindos!

É com imensa alegria e empolgação que recebo o convite da coordenação do Estratégia


Concursos para elaborar o curso de Português (Teoria e Questões Comentadas), destinado ao
concurso de APO, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)!
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Primeiramente, farei uma sucinta apresentação sobre mim: Meu nome é Fabiano Sales.
Tenho formação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei minhas
atividades docentes há nove anos, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de
técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de
correspondências oficiais.
Atualmente, participo da equipe Estratégia Concursos, elaborando cursos para os
principais concursos públicos do país, tais como Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de
Contas, BACEN, CEF, INSS, Tribunais Regionais, entre outros.
Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam
Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB, FGV e ESAF, sendo esta a provável organizadora do próximo
concurso para o MPOG.
Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada
CLASSIFICAÇÃO. Sempre que for preciso, façam contato por meio do fórum de dúvidas.
Responderei o mais breve possível!

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OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO

Meus amig(o)s, o objetivo do presente curso é apresentar aspectos teóricos e auxiliá-los


na resolução de questões anteriores de Língua Portuguesa, expondo os assuntos mais
recorrentes nas provas da ESAF.
Sendo assim, o curso destina-se tanto àqueles que iniciam os estudos na matéria,
necessitando de uma preparação objetiva do conteúdo, quanto aos concurseiros experientes que
desejam revisar os temas ou atualizar o conhecimento.
Nos editais organizados pela ESAF, a disciplina de Língua Portuguesa geralmente
contempla 20 (vinte) questões (cerca de 14% dos itens), ou seja, uma matéria decisiva para a
classificação nos certames. De acordo com o conteúdo programático, a banca costuma exigir o
conhecimento acerca dos seguintes tópicos:

LÍNGUA PORTUGUESA

1. Compreensão textual.

2. Ortografia.

3. Semântica

4. Morfologia.

5. Sintaxe.

6. Pontuação.

Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo:


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AULA CONTEÚDO DATA

Ortografia oficial. Emprego de


palavras e expressões. Semântica:
Aula 0 homônimos e parônimos. 22/05
Acentuação gráfica (conforme o
Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa).
Verbos: emprego de modos e
Aula 1
tempos verbais; flexão verbal; vozes 01/03
do verbo.
Aula 2 Pronomes (emprego, formas de 08/03
tratamento e colocação).
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Aula 3
Regência nominal e verbal. Crase. 15/03

Aula 4
Pontuação. 22/03

Aula 5
Conectivos: valores semânticos. 29/03

Aula 6
Concordância nominal e verbal. 05/04

Compreensão textual. Semântica:


denotação e conotação; sinônimos e
Aula 7 antônimos. Mecanismos de coesão 12/04
textual. Ordenação de frases.
Continuação coesa, coerente e
correta de trechos.
Aula 8 Prova comentada: Auditor-Fiscal da 19/04
Receita Federal (2009).
Aula 9 Prova comentada: Analista-Tributário 26/04
da Receita Federal (2009).
Aula Prova comentada: Assistente
10 Técnico-Administrativo do Ministério 03/05
da Fazenda (2009).
Aula
Prova comentada: Auditor-Fiscal de 10/05
11 Rendas da SEFAZ-RJ (2010).
Aula
Prova comentada: Auditor-Fiscal do 17/05
12 Trabalho (2010).
Aula
Prova comentada: Agente Executivo 24/05
13 da CVM (2010).
Aula
Prova comentada: Analista Técnico
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31/05
14 da SUSEP (2010).
Aula
Prova comentada: Ministério da 07/06
15 Integração Nacional (2012).
Aula
Prova comentada: Auditor-Fiscal da 14/06
16 Receita Federal (2012).
Aula
Prova comentada: Analista-Tributário 21/06
17 da Receita Federal (2012).
Aula
Prova comentada: Analista de 28/06
18 Comércio Exterior do MDIC (2012).

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Aula
Prova comentada: Controladoria- 05/07
19 Geral da União (2012).
Aula
Prova comentada: Auditor-Fiscal da 12/07
20 Receita Federal (2014).

A seguir, vejam a didática que será empregada no decorrer do preparatório.

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ORTOGRAFIA OFICIAL

No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL),
por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP.
Em 27 de dezembro de 2012, o Decreto nº 7.875 entrou em vigor, alterando o período de
transição do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, a presidente
Dilma Rousseff estabeleceu um novo período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo
único:

“A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31


de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova
norma estabelecida.”

No decorrer desta aula, veremos que algumas questões elaboradas pela ESAF são
anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras
antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas.

Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das
vogais.
EMPREGO DAS CONSOANTES

Emprega-se S (em) ... Exemplos

- vocábulos iniciados por I, O e U. isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura.

Exceção: ozônio.

- sufixos -OSO e -OSA. brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa.

- sufixos -ÊS (adjetivos que indicam


dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português.
nacionalidade ou procedência).

- sufixos -ESA e –ISA (formam o feminino de


marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa.
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substantivos concretos ou designam títulos).

frase, crase, ênfase, tese, síntese, catequese, análise,


- terminações ASE, ESE, ISE e OSE.
catálise, hidrólise, hipnose, sacarose, apoteose.

Exceções: gaze, deslize.

- depois de ditongos. lousa, aplauso, maisena.

- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram.
derivados).

- prefixo TRANS-. transatlântico, transpor.

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Emprega-se S (em) ... Exemplos

colidir, colisão; aludir, alusão.

pretender, pretensão; suspender, suspensão.

- palavras derivadas de verbos que possuem imergir, imersão; emergir, emersão.


D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical).
perverter, perversão; converter, conversão.

repelir, repulsa; compelir, compulsão.

recorrer, recurso; incorrer, incursão.

Emprega-se SS (em) ... Exemplos

ceder, cessão; exceder, excesso.

agredir, agressão; transgredir, transgressão.


- palavras derivadas de verbos que possuem
CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical). imprimir, impressão; reprimir, repressão.

prometer, promessa; intrometer, intromissão.

- vogal + sufixo “-TIR”. admitir, admissão; demitir, demissão.

- prefixo finalizado por vogal + palavra pressentir, pressentimento.


iniciada por S.

Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos

- palavras africanas, árabes ou indígenas. 00000000000


açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu.

afeição, beiço, correição.


- após ditongos.
Exceções: coice, foice.

- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança,
-ENÇA, -ÇÃO. petição.

- palavras derivadas do verbo TER. ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção.

torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer,


- palavras derivadas do verbo TORCER.
distorção.

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Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos


- palavras derivadas de outras que possuem
optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento,
“T” no radical.
isenção; correto, correção; setor, seção.

Emprega-se Z (em) ... Exemplos

azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola,


- palavras iniciadas pela sílaba A. aziago, azul.

Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia,


asilo, asinino.

- palavras derivadas de outras que contenham baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar,
Z no radical. cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize.

bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos;


café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada.

Observação!

- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A). Em regra, grafam-se com S os derivados de
palavras cuja forma primitiva contenha S.

Exemplos:

lápis - lapisinho, lapiseira


mesa – mesinha, mesada
casa - casinha, casebre
japonês - japonesinho
parafuso – parafusinho

- sufixos -EZ e –EZA (formadores de límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo,
substantivos abstratos derivados de adjetivos). beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza.
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utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar,


centralização; legalizar, legalização.

Observação!
- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO.
Alguns verbos recebem apenas -AR como
sufixo. Portanto, devem ser grafados com S.

Exemplos:

frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de


piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de
análise), improvisar (de improviso), paralisar (de
paralisação).

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Emprega-se Z (em) ... Exemplos

audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz,


albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz,
- segmento final da palavra, se o fonema /z/ mastruz.
não estiver entre vogais.
Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás,
através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés,
viés.

- verbos finalizados em -ER e -IR. fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir.

Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar).

Emprega-se G em... Exemplos

agente, ágil, agiota, agir, agouro.

Observação!

- após A inicial. Grafam-se com J os derivados de palavras que


contenham J no radical.

Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo,


ajuizar.

aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir,


- após R, geralmente. virgem.

Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de


sarja).
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- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.

- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, - garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem.
OGE, -UGEM.
Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem.

- formas infinitivas de verbos terminados em constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir),
-ER e -IR. infligir (aplicar).

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Emprega-se J (em) ... Exemplos

- vocábulos derivados de jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta;
palavras que contenham J laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro;
no radical. lisonja, lisonjeado, lisonjeiro.

- palavras ameríndias, pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste,
árabes e latinas. manjericão, alforje, hoje, objeto.

- terminação -AJE. laje, traje, ultraje.

arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos,


bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei,
viajemos, viajem.
- formas verbais terminadas
em -JAR. Observação!

Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar).

Exemplos:

Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa.


(substantivo)

Desejo que eles viajem hoje à noite.


(verbo)

Importante!

Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção,
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interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito.

Emprega-se X (em) ... Exemplos

ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo.


- após ditongos.
Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho).

- palavras de origem africana abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu.


ou indígena.

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Emprega-se X (em) ... Exemplos

mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo).

Exceção: mecha (substantivo).


- depois das sílabas iniciais:
laxante.
Me-
lixa, lixo.
La-
luxo, luxúria.
Li-
graxa.
Lu-
bruxa, Bruxelas, bruxelês.
Gra-
enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar,
Bru- enxerto, enxergar, enxotar, enxugar.

En- Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados desses


vocábulos.

Observação!

Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva.

Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa).

Importante!

Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido, estender, estendido,


estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos).

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Emprega-se CH (em) ... Exemplos

- cognatos das palavras chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre),
com CH- . chaveiro (de chave), pichação (de piche).

- segmentos iniciais CHAM- chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana.


e CHO- .
Exceção: xampu.

- sufixos -ACHO, -ICHO e riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha.


UCHO(A).

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Dicas estratégicas!

1ª) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar
(de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo),
enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher).

2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote,
chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha
(prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha
(prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho.

Emprega-se H (em)... Exemplos

anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem,


infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história,
- compostos ligados por hífen em mini-hotel, ultra-humano.
que o segundo elemento começa
com H. Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia,
desumano, lobisomem.

- verbo HAVER (e em suas flexões). havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver.

- substantivo próprio BAHIA (Estado Observação!


do Brasil).
Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H.

Exemplos: baiano, baianinha, baianada.

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EMPREGO DAS VOGAIS

Emprega-se E (em)... Exemplos

- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem.
(tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos Partir – tu partes, ele parte, eles partem.
terminados em –IR.

Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele


magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles
- Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos magoem.
verbos terminados em -OAR e -UAR.
Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele
pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles
pontuem.

M ediar – eu medeio, tu medeias, ele


medeia, eles medeiam.
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos A nsiar – eu anseio, tu anseias, ele anseia,
seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, eles anseiam.
remediar, incendiar e odiar. R emediar – eu remedeio, tu remedeias, ele
remedeia, eles remedeiam.
Os demais são regulares: “Arriar” (abaixar-se) - arrio, I ncendiar – eu incendeio, tu incendeias, ele
arrias, arria, arriamos, arriais, arriam. incendeia, eles incendeiam.
O diar – eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles
“Arrear” (pôr o arreio) termina em –EAR: arreio, arreias, odeiam.
arreia, arreamos, arreais, arreiam.
Observação!
O verbo intermediar segue o
paradigma do verbo mediar.

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Reforçando...

Emprega-se a vogal E nos:

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Atenção!

As seguintes palavras devem ser grafadas com “e”: beneficência, cadeado, candeeiro,
creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício,
despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa),
periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso!

Emprega-se I (em)... Exemplos

-UIR: tu possuis, ele possui; tu


contribuis, ele contribui; tu constróis,
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do ele constrói.
singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, -AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais,
-AIR e -OER. ele retrai; tu distrais, ele distrai.
-OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói;
tu remóis, ele remói.

Recear – eu receio, tu receias, ele


- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos receia, eles receiam.
verbos terminados em -EAR. Frear – eu freio, tu freias, ele freia, eles
freiam.
Passear – eu passeio, tu passeias, ele
passeia, eles passeiam.
Arrear – eu arreio, tu arreias, ele
arreia, eles arreiam.

As seguintes palavras devem ser grafadas com “i”: aborígine, açoriano, camoniano,
calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição
(discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio,
impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo,
pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova.
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1. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical


ou de grafia.

A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condições do que(1) no


passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego
tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais
deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da

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política orçamentária foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar
usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5)
das despesas improdutivas.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: Há erro gramatical na assertiva E. O vocábulo “contensão” foi incorretamente


grafado com “S”. No contexto, a acepção da palavra é “ato ou efeito de conter”, devendo,
portanto, ser grafada com “Ç”: “contenção”.
A questão também poderia ser resolvida por meio da regra do paradigma, em que os
vocábulos derivados do verbo ter são grafados com “Ç”:

ater, atenção;
abster, abstenção;
reter, retenção;
conter, contenção.

É importante frisar que também existe o vocábulo “contensão” (grafado com “S”). Segundo
o Dicionário Eletrônico Houaiss, essa palavra significa “tensão ou esforço considerável”, mas não
se enquadra no contexto da questão.

Gabarito: E.

2. (ESAF-2006/IRB) Assinale o trecho do texto que apresenta erro gramatical.

Machado de Assis – Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza

a) Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza


observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expressão de sua época e uma exceção a ela.
b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do século XIX,
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mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem sempre foi percebida pelos seus
contemporâneos.
c) Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último
romance, Memorial de Aires.
d) O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou dos grandes debates
públicos de sua época.
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua
vida examinados no livro.

(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196)

Comentário: Há erro gramatical na alternativa E. O vocábulo “ascenção” foi incorretamente


grafado com “Ç”. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego das consoantes, palavras
derivadas de outras que contenham “ND” no radical devem ser grafadas com “S”:

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pretender, pretensão;
suspender, suspensão;
ascender, ascensão.

Gabarito: E.

3. (ESAF-2007/SEFAZ-CE) Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequação


vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado do Ceará).

Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando:

a) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;


b) não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu
destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor;
c) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei;
d) não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não
estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem
se dirige;
e) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade;

Comentário: O erro encontra-se na assertiva C. O vocábulo “expendida” foi grafado em


desobediência às prescrições gramaticais. O correto é “expedida”, que significa “remeter”,
“destinar”, “despachar”. Portanto, a alínea “c”, do artigo 192, deve ser reescrita da seguinte
forma:

“c) for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;”

Vale chamar a atenção para a grafia da palavra “excesso”, constante da alternativa E.


Conforme apresentamos nas lições, palavras derivadas de verbos que possuem “CED-” no
radical devem ser grafadas com “SS”:

ceder, cessão; 00000000000

exceder, excesso.

Gabarito: C.

4. (ESAF-2011/CVM) Analise se o fragmento abaixo, extraído de um texto de José Carlos


Moutinho, foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte-
-americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos.
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento.

(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/)

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Comentário: O fragmento apresenta erro de ortografia. O vocábulo “extendida” foi grafado de


maneira incorreta. Segundo as lições gramaticais, essa palavra deriva de “estender”, devendo,
portanto, ser grafada com “S”: “estendida”. É preciso não confundi-la com o vocábulo “extensão”,
grafado com “X”.

Gabarito: Errado.

5. (ESAF-2004/CGU) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto


que contraria a prescrição gramatical.

No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal.
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: A opção que apresenta erro refere-se à assertiva A. Provavelmente o examinador


da banca tentou induzir os candidatos ao erro, levando-os a acreditar que a grafia do verbo
“perpassar” se assemelhasse à das palavras “perspectiva” e “perspicaz”. No texto, foi grafada a
forma “perspassar”, mas o correto é “perpassar”. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, esse
verbo, ao assumir transitividade direta (a qual foi empregada no contexto), significa “deixar para
trás ou de lado; preterir”. Fácil demais, não é?
Chamo a atenção de vocês, também, para a palavra “espectador”, constante do item 4.
Esse vocábulo significa “aquele que presencia um fato”, não devendo ser confundido com
“expectador” (aquele que permanece na expectativa).
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Gabarito: A.

6. (ESAF-2003/MPOG) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia das


palavras.

Considerando que a constituição de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos


populares só pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais
amplo das relações sociais, seria(3) uma ilusão imaginar que é possível encontrar no interior da
sociedade capitalista uma organização econômica que, mesmo gerida(4) pelos próprios
trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como “cultura de novo tipo”.

(Adaptado de Lia Tiriba)


a) 1
b) 2
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c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: Novamente, a banca trabalhou a grafia do verbo “perpassar”. Os assuntos se


repetem na ESAF. Vejam o comentário da questão anterior.

Gabarito: B.

7. (ESAF-2010/ISS-RJ) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de


palavra inserido na transcrição do texto.

Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao
problema. Um acidente como o do Golfo do México atingiria em cheio a região que concentra
parte importante do PIB do país, afetaria fortemente a indústria do turismo e teria repercuções(5)
econômicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA.

(O Globo, Editorial, 27/5/2010, com adaptações)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: Há erro de grafia na assertiva E. Conforme estudamos nas lições acerca do


emprego das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo “-TIR”,
emprega-se “SS”, e não “Ç”. Vejam:

admitir, admissão;
demitir, demissão; 00000000000

repercutir, repercussão.

Gabarito: E.

8. (ESAF-2010/CVM) Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de


Conjuntura Econômica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9, desrespeita as regras
gramaticais no uso das estruturas linguísticas.

a) Há evidências de que a economia brasileira passa por um processo de transformação


estrutural, em direção a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se
projetar a trajetória de juros no Brasil é o desempenho da economia do resto do mundo.
b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Estados Unidos, como previnham
importantes analistas, os efeitos deflacionários seriam consideráveis e iriam além das fronteiras
americanas.
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c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e
médio prazo. Não há absolutamente nada de trivial no atual momento da política monetária.
d) É importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, não deve ser tomada
de forma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, em que o
crescimento não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inflacionária ou de
crise nas contas externas no horizonte visível.
e) Na verdade, o cenário externo é mais preocupante do que o interno. Em uma situação desse
tipo, os erros e os acertos devem ser encarados mais como uma “sintonia fina” de um momento
amplamente favorável do que como decisões que podem “salvar o país”.

Comentário: Os erros encontram-se na assertiva B. Primeiramente, o adjetivo “ressessivo” foi


incorretamente grafado. Esse vocábulo deriva de “recessão”, devendo, por conseguinte,
apresentar-se sob a seguinte forma: “recessivo”. Ainda nesta opção, há outro equívoco: a forma
verbal “previnham”, conjugação de “prever”. Por ser um verbo derivado de “ver”, deve seguir o
paradigma (modelo) de conjugação deste último:

Ver  eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse ...

Prever  eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ...

Portanto, o correto é “previam” (pretérito imperfeito do indicativo).

Observação: O paradigma de conjugação dos verbos será estudado em aulas futuras.

Gabarito: B.

9. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de


palavra inserido no texto.

A manutenção dos empregos é um atestado de que(1) os agentes econômicos, embora(2)


assustados com as repecurssões(3) da crise nos países mais desenvolvidos, não perderam a
confiança na economia brasileira. Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio
governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à(4) inflação, no
câmbio flutuante e com o menor sacrifício possível da política de superávits primários, já se sabia
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que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação.
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo
sustentou a política econômica.
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: Novamente, veremos como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Há erro
de grafia no item relativo à na assertiva C. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego

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das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo “-TIR”, emprega-se
“SS”. Vejam:

admitir, admissão;
demitir, demissão;
repercutir, repercussão.

Na questão, o erro deveu-se ao deslocamento inadequado da consoante “r”:


“repecuRssões”. Entretanto, o correto é “repeRcussões”.

Vale chamar a atenção de vocês, também, para uma temática que será vista em aulas
futuras: o emprego do acento grave indicativo de crase. No item 4, há dois elementos: o termo
regente “combate”, e o termo regido “inflação”. Conforme estudaremos em momento oportuno,
veremos que o substantivo “combate” rege emprego da preposição “a”. Por sua vez, o nome
“inflação” admite a anteposição do artigo definido feminino “a”, acarretando a fusão entre esses
dois elementos, denominada crase: “combate à inflação”. Veremos isso mais detalhadamente no
decorrer de nosso curso.

Gabarito: C.

EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES

A partir deste momento, chamo a máxima atenção de vocês para o emprego de algumas
expressões que podem gerar dúvida. Isso é recorrente nas provas da ESAF.
Vamos lá!

 A (preposição/artigo) x HÁ (verbo)

A (preposição) – indica relação de distância ou de tempo futuro.

Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância)
Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro)
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A (artigo) – determina nomes femininos.

Exemplo: A prova de Português para a Receita Federal será fácil.

HÁ (verbo) – indica “tempo passado” ou a “existência de algo/alguém”. Nestas acepções, deve


permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal.

Exemplos:
Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.)
Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.)

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 AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A

AO ENCONTRO DE – em direção a, favoravelmente.

Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.)

DE ENCONTRO A – ir contra; choque.

Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.)

 AFIM X A FIM

AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”.

Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)

A FIM – indica “finalidade”. Equivale à conjunção final “para”.

Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)

 ACERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE

ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”.

Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)

CERCA DE – transmite ideia “durante”, “aproximadamente”.


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Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.)

HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado.

Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.)
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)

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 EM VEZ DE X AO INVÉS DE

EM VEZ DE – indica “em lugar de”.

Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um
sanduíche.)

AO INVÉS DE – indica “ao contrário de”.

Exemplo: Ao invés de subir, desceu.

Importante!

A expressão “ao invés de” só deve ser empregada quando houver ideias contrárias. No
segundo quadrinho, há ideia de “em lugar de”. Por essa razão, a frase da atendente está errada.
O correto é: “Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você”.

 MAL X MAU

MAL (advérbio/substantivo) - oposto de “bem”.

Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.)


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Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.)

MAL - conjunção subordinativa temporal equivalente a “logo que”, “assim que”.

Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.)

MAU (adjetivo) – contrário, antônimo de “bom”.

Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.)

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 ONDE X AONDE X DE ONDE

ONDE – empregado com verbos que exprimem “ESTADO” ou “PERMANÊNCIA”.

Exemplos: A cidade onde estou é linda.


Onde você deixou os óculos ?

Cuidado!

“Onde” deve ser empregado somente quando houver referência a lugar:

“A cidade onde estou é linda”.

É incorreto o emprego em outros contextos, tais como “A situação onde me encontro é


favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há referência a lugar, razão por que o
emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é correto o emprego das expressões “em que” ou
“na qual”:

A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável.

AONDE – empregado com verbos que exprimem “MOVIMENTO”.

Exemplo: Aonde você quer chegar ?

No exemplo acima, o verbo “chegar” indica movimento, regendo o emprego da preposição


“a”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a forma “aonde”.

DE ONDE – empregado com verbos que exprimem “ORIGEM”, “PROCEDÊNCIA”.

Exemplo: De onde você veio ?

No exemplo acima, o verbo “vir” indica origem, procedência, regendo o emprego da


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preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de
onde” ou a contração “donde” (de + onde).

 OS PORQUÊS

POR QUE (separado e sem acento) - é usado em:

a) interrogativa direta.

Exemplo: Por que você faltou à aula ontem?

b) interrogativa indireta.

Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem.


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Dica!

A forma “POR QUE” (separada e sem acento) também pode ser empregada nos
seguintes contextos:

 Preposição + pronome interrogativo, equivalente a “por qual razão”.

Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto;
só sei que serei aprovado.)

 Preposição + pronome relativo, equivalente a “pelo qual” (e flexões).

Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.)

 Após as palavras denotativas “EIS” e “DAÍ”.

Exemplos: “Eis por que seremos aprovados.”


“Daí por que dizemos que seremos aprovados.”

Cuidado!

Se a forma “por que” estiver substantivada (antecedida de determinantes), o correto é empregar


“porquê” (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a motivo, razão.

Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação.


Daí um porquê de seu sucesso: o estudo.

 POR QUÊ (separado e com acento) – é usado quando no final da frase.

Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o “quê” é tônico; por isso, é acentuado graficamente)

Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do
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período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual.

Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o “quê” é tônico)

 PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que


estiver inserido, indicará uma:

a) explicação (= pois)

Exemplo: A moça chorou porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos
estão vermelhos.)

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b) causa (= já que)

Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi
aprovada no concurso.)

c) finalidade ( = para que).

Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.)

Observação!

A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas,
quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito).

Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada?

 PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de
determinante. Significa motivo, razão, causa.

Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de


suas faltas.)

Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.)

Curiosidade!

Na primeira estrofe da música “Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia,
houve o emprego da forma “porque”. O emprego foi correto ?
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Gostava Tanto de Você

Não sei porque você se foi


Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
(Tim Maia)

Resposta: Não! A forma correta seria “por que”, pois é uma sequência composta por uma
preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão:

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Gostava Tanto de Você

Não sei por que você se foi


Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
(Tim Maia)

 SE NÃO X SENÃO

Letra:Chico da Silva

SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a


"CASO NÃO".

Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no
concurso.)

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SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO".

Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário
você não terá sucesso.)

Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa,
exceto ela.)

Aluno(a)s, espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário)


explicarei novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação,
retomaremos o tema quantas vezes forem necessárias! :-)

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 AGENTE X A GENTE

AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador,
delegado, administrador etc.).

Exemplo: O agente chegou cedo à repartição.

A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de
uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve
permanecer na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: A gente vai à praia amanhã.

 DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa)


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Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão “dia-a-dia” era grafada


com hífen (ou traço de união).

Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo.

Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido:
dia a dia.

Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a
“cotidiano”, a expressão será um substantivo)

Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será
locução adverbial de tempo)

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 TAMPOUCO X TÃO POUCO

TAMPOUCO - é uma conjunção coordenativa aditiva. Equivale a "TAMBÉM NÃO", "NEM".

Exemplo: Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.)

TÃO POUCO - expressão equivalente a "MUITO POUCO".

Exemplo: Ele dormiu tão pouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo
sentirá sono.)

HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

Homônimos – são palavras que, embora tenham significados diferentes, têm a mesma
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estrutura fonológica. Tripartem-se em:

 Homônimos homóFONOS – mesmo som (pronúncia) e grafias diferentes.

Exemplos:
coser (costurar) / cozer (cozinhar);
expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente);
cela (quarto de dormir) / sela (peça de couro posta sobre o lombo da cavalgadura);

 Homônimos homóGRAFOS – mesma grafia (escrita) e pronúncias diferentes.

Exemplos:
colher (verbo) / colher (substantivo);
sede /é/ (lugar principal) / sede /ê/ (secura, necessidade de ingerir líquido).

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 Homônimos perfeitos - pronúncia e grafia iguais.

Exemplos: são (verbo “ser”) / são (adjetivo = sadio).

Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”)


Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio)

cedo (advérbio de tempo) / cedo (verbo “ceder”).

Chegarei cedo ao local de prova. (advérbio de tempo)


Neste instante, eu cedo o apartamento para vocês. (verbo “ceder”)

É importante diferenciar os homônimos perfeitos das palavras polissêmicas.

Homônimos perfeitos são nomes que têm mesma grafia e pronúncia, mas que
pertencem a classes gramaticais distintas (têm mais de uma entrada no dicionário)

Exemplos:

Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”)


Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio)

Nos exemplos acima, houve alteração da classe gramatical. Logo, temos homônimos
perfeitos.

Por sua vez, termos polissêmicos são vocábulos que apresentam uma só forma com
mais de um significado, pertencendo à mesma classe gramatical (apenas uma entrada no
dicionário).
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O cabo obedeceu às ordens dos superiores. (cabo = patente militar  substantivo)


A cozinheira pegou a faca pelo cabo. (cabo = parte do instrumento  substantivo)

Nos exemplos acima, não houve alteração da classe gramatical. Logo, temos vocábulos
polissêmicos.

PARONÍMINA

Parônimos – é a relação entre palavras que são parecidas, mas que possuem
significados diferentes.
Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homônimos e
parônimos recorrentes nos certames organizados pela ESAF.

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Ascender: subir, elevar-se.


Acender: atear fogo, abrasar.

Acento: inflexão de voz, sinal gráfico.


Assento: base, cadeira, apoio; registro, apontamento.

Acerca de: a respeito de, sobre.


A cerca de: a uma distância aproximada de.
Há cerca de: faz aproximadamente, existe(m) perto de.

Acerto: estado de acertar; precisão, segurança; ajuste.


Asserto: afirmação, asserção.

Aferir: medir.
Auferir: obter, ganhar.

Afim: parente por afinidade; semelhante, análogo.


A fim (de): para (locução conjuntiva final).

Amoral: indiferente à moral, que não se preocupa com a moral.


Imoral: contrário à moral, indecente.

Ao encontro de: para junto de, favorável a.


De encontro a: contra, em prejuízo de.

Ao invés de: ao contrário de.


Em vez de: em lugar de.

A par: ciente, ao lado, junto.


Ao par: de acordo com a convenção legal; equivalência.

Apreçar: marcar o preço de, avaliar, ajustar.


Apressar: acelerar, dar pressa a, instigar.

Arrear: pôr arreios a; aparelhar.


Arriar: abaixar, descer, inutilizar, desaminar.

Arrochar: apertar muito. 00000000000

Arroxar: tornar roxo.

Ás: pessoa notável em sua especialidade; carta de jogo.


Az: esquadrão, ala do exército, fileira.

Asado: que tem asas, alado.


Azado: oportuno, propício.

Avocar: atrair, atribuir-se, chamar.


Evocar: trazer à lembrança.

Caçar: perseguir, apanhar.


Cassar: anular, suspender.

Cavaleiro: homem a cavalo.


Cavalheiro: homem gentil, de boas maneiras e ações.

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Cela: aposento de religiosos, cubículo.


Sela: arreio de cavalgadura.

Censo: recenseamento, contagem.


Senso: juízo, discernimento.

Cerrar: fechar, apertar, encerrar.


Serrar: cortar, separar.

Cessão: ato de ceder, cedência.


Seção ou secção: setor, corte, subdivisão, parte de um todo.
Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião; reunião.

Cheque: ordem de pagamento.


Xeque: chefe árabe; lance de xadrez; perigo.

Comprimento: extensão, tamanho, distância.


Cumprimento: saudação, ato de cumprir.

Concertar: combinar, harmonizar, arranjar.


Consertar: remendar, restaurar.

Conjetura: suposição, hipótese.


Conjuntura: oportunidade, momento, ensejo, situação.

Coser: costurar.
Cozer: cozinhar.

Deferir: atender, conceder, anuir.


Diferir: divergir; adiar, retardar, dilatar.

Delatar: denunciar, acusar.


Dilatar: adiar, prorrogar.

Descrição: ato de descrever; explanação.


Discrição: moderação, reserva, recato, modéstia.

Despensa: depósito de mantimentos. 00000000000

Dispensa: escusa, licença, demissão.

Despercebido: não visto, não notado, ignorado.


Desapercebido: desprevenido, desguarnecido, desprovido.

Destratar: ofender, insultar.


Distratar: desfazer um trato ou contrato.

Emergir: vir à tona, aparecer.


Imergir: mergulhar, penetrar, afundar.

Eminente: alto, elevado; sublime, célebre.


Iminente: imediato, próximo, prestes a acontecer.

Emigrar: sair da pátria.


Imigrar: entrar (em país estranho) para viver nele.

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Esbaforido: cansado, ofegante.


Espavorido: apavorado, espantado.

Espectador: testemunha, assistente.


Expectador: aquele que tem expectativa, esperançoso.

Esperto: fino, inteligente, atilado, ativo.


Experto: perito, experiente.

Espiar: espreitar, olhar.


Expiar: pagar, resgatar (crime, falta, pecado).

Estada: permanência, demora de uma pessoa em algum lugar.


Estadia: permanência paga do navio no porto para carga e descarga. Aplica-se a veículos.

Estância: morada, mansão.


Instância: pedido urgente e repetido; jurisdição, foro.

Estrato: nuvem; camada.


Extrato: perfume, loção; resumo.

Flagrante: evidente, manifesto.


Fragrante: aromático, perfumoso.

Incerto: duvidoso, indeciso, não certo.


Inserto: inserido, incluído.

Incipiente: principiante, iniciante.


Insipiente: ignorante.

Indefeso: desarmado, fraco.


Indefesso: incansável, infatigável.

Infligir: aplicar (pena, castigo, multa, etc.).


Infringir: transgredir, desrespeitar, desobedecer.

Intercessão: intervenção, mediação.


Interse(c)ção: ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies.
00000000000

Intimorato: sem temor, destemido.


Intemerato: puro, íntegro, incorrupto.

Laço: laçada; traição, engano.


Lasso: fatigado, cansado, frouxo.

Mandado: ato de mandar.


Mandato: autorização que se confere a outrem, delegação.

Paço: palácio, palácio do governo; a corte.


Passo: ato de andar, caminho, marcha; episódio.

Preceder: anteceder, vir antes.


Proceder: descender, provir, originar-se; comportar-se. realizar; caber, ter fundamento.

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Presar: capturar, apresar, agarrar.


Prezar: estimar muito, amar, respeitar, acatar.

Prescrever: determinar, preceituar, ordenar, receitar.


Proscrever: condenar a degredo, desterrar; proibir, abolir, suprimir.

Ratificar: validar, confirmar autenticamente.


Retificar: corrigir, emendar.

Ruço: pardacento; desbotado; grisalho.


Russo: referente à Rússia; natural ou habitante da Rússia; língua da Rússia.

Sortir: abastecer, prover.


Surtir: ter como resultado, produzir efeito.

Sustar: deter, suspender, interromper.


Suster: sustentar, manter, alimentar.

Tacha: pequeno prego; mancha, nódoa.


Taxa: preço ou quantia que se estipula como compensação de certo serviço; razão do juro.

Tachar: pôr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar.
Taxar: regular o preço; lançar imposto sobre; moderar, regular.

Vultoso: grande, volumoso.


Vultuoso: vermelho e inchado (diz-se do rosto).

10. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto


abaixo.
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Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais.

(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

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Comentário: A opção que corresponde a erro gramatical é a letra E. No item 5, a forma “tão
pouco” (equivalente a “muito pouco”) deve ser substituída por “tampouco”. No contexto, esta
expressão apresenta o significado “também não”, o que justifica a substituição:

“(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tampouco são iguais”.

“(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses também não são iguais”.

Chamo a atenção de vocês para o item 2, em que há a forma “se não”. No contexto, essa
expressão é composta pela conjunção condicional “SE”, seguida do advérbio “NÃO”. Equivale a
“caso não”, estando, pois, grafada corretamente.

Gabarito: E.

11. (ESAF-2005/STN-Adaptada)

Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a


sociedade pelo mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não
comunicar aos demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a terceiros que
não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso.

Julgue a afirmação a seguir.

I. Há erro no emprego do substantivo mal (linha 2) adjetivando desempenho; o correto é


empregar o adjetivo mau.

Comentário: No contexto, a forma “mal” não é advérbio ou adjetivo, pois está modificando o
substantivo “desempenho”. Portanto, deve ser substituída por “mau”, contrário de “bom”. Vejam:

“(...) responder (...) pelo bom desempenho (...)”

“(...) responder (...) pelo mau desempenho (...)”

Gabarito: Certo. 00000000000

12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente
correta.

a) A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos,


exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de cérebros
insulados./ A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos
sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de
cérebros insulados.
b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a
música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem perda de alguns de
seus valores. / Um povo não perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e
praticar a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem
perda de alguns de seus valores.
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c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas de Euclides da


Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem
americano. / Já tive ocasião de mostrar como me parecem precárias três afirmativas de Euclides
da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem
americano.
d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes
pertencentes ao “sistema” de que falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que faz pouco falei.
e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um “sistema” interessantíssimo, que a cerca
de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um
“sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos se desenvolve.
(Baseado em Roquette Pinto)

Comentário: Há erro gramatical na assertiva E. A expressão “a cerca de” deve ser substituída
por “há cerca de”, pois, no contexto, há ideia de tempo decorrido, passado. Vamos relembrar as
lições? Acompanhem comigo!

ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”.

Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)

A CERCA DE - ideia de “aproximadamente”, “perto de”.

Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros


da linha de chegada.)

CERCA DE – transmite ideia “durante”, “aproximadamente”.

Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.)

HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado.

Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.)
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)
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Portanto, no contexto em análise, o segmento correto é “(...) a nacionalidade e a literatura


formaram um “sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos desenvolve-se”.

Gabarito: E.

13. (ESAF-2006/ANEEL) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3)
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações
econômicas de produção da riqueza de um país determinado.

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Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
(Oscar d’Alva e Souza Filho)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: O contexto nos transmite a ideia de “sobre”, “a respeito de”, ou seja, o assunto de
que se fala. Portanto, no excerto “Há pelo menos duas compreensões a cerca do Estado e sua
natureza”, a expressão em destaque deve ser substituída por “acerca de”. Fácil demais, não é?!

Gabarito: A.

14. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto, assinale a opção correta.

O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.

(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)

Analise a proposta a seguir.

I. A substituição de “cerca de” (linha 1) por acerca de mantém a correção gramatical do


período.
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Comentário: Vejam como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Novamente, foi exigida
a diferenciação entre as expressões “cerca de” e “acerca de”. No contexto, a primeira transmite
ideia de “aproximadamente”, estando corretamente empregada no texto. Por sua vez, a segunda
traz a noção de “assunto”, significando “a respeito de”. Portanto, a substituição não mantém a
correção gramatical do período.

Gabarito: Errado.

15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro
gramatical.

A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado,
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes – aspecto crucial nas
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em
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momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro,
como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a
polarização entre Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrência, bens públicos
que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é incapaz de prover.

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: No excerto “(...) a necessidade de aperfeiçoar instituições, afim de preservar a


funcionalidade (...)”, transmite-se a noção de finalidade. Sendo assim, a expressão destacada
deve ser substituída pela locução conjuntiva final “a fim de”, equivalente a “para que”. Vamos
rever as lições:

AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”.

Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)

A FIM – indica “finalidade”. Equivale à conjunção final “para”.

Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)

Vale chamar a atenção de vocês para o item 2. O vocábulo “catalisada” provém do verbo
“catalisar” (grafado com “S”). Seguindo a regra dos paradigmas, palavras derivadas de outras
que contêm “S” no radical devem manter essa consoante.

Gabarito: D.

16. (ESAF-2002/MDIC-Adaptada) 00000000000

Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas,
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade.

(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)

Em relação às estruturas do texto, julgue a afirmação que segue.

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I. A expressão “dia-a-dia” (linha 2) corresponde à idéia de “o viver cotidiano”, e dia a dia


corresponde à idéia de passagem do tempo, ou seja, dia após dia.

Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto nº 6.583/08.
Anteriormente à Reforma Ortográfica, a expressão “dia-a-dia”, pertencente à classe dos
substantivos e significando “cotidiano”, era grafada com hífen (ou traço de união). Por sua vez,
grafava-se a locução adverbial “dia a dia” sem hífen, significando “diariamente”. Portanto, a
afirmação está correta.
Vale frisar que, com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi
abolido: dia a dia. A identificação dar-se-á pelo contexto. Vejam:

Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a
“cotidiano”, a expressão será um substantivo)

Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será
locução adverbial de tempo)
Gabarito: Certo.

17. (ESAF-2003/Receita Federal) Indique o item em que todas as palavras estão


corretamente empregadas e grafadas.

a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a


cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência.
b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem
professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de
tudo isso, num modo de intervenção específico.
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o
que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que
ambos possam suscitar.
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que
vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados.
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o
qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
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organização em delinqüência.
(Itens adaptados de Michel Foucault)

Comentário: É importante o conhecimento dos parônimos. Esta questão trabalhou alguns


apresentados em nossa lista. Vejamos.
Na assertiva A, o vocábulo “infringir” (transgredir, violar) foi empregado incorretamente. O
certo é “infligir” (aplicar). Por sua vez, a assertiva D empregou equivocadamente a palavra
“iminente” (prestes a acontecer), pois o correto é eminente (importante, ilustre). Já a alternativa E
utilizou de modo incorreto a palavra “aferir” (medir) em lugar de “auferir” (obter, ganhar). Na letra
C, por fim, o correto é “homogeneizar” (fusão de “homogêneo” com o sufixo “izar”). Portanto, as
palavras estão corretamente grafadas e empregadas na assertiva B. Nessa alternativa, o
vocábulo “avocar” (chamar para si) foi empregado corretamente, não devendo ser confundido
com o parônimo “evocar” (trazer à lembrança).

Gabarito: B.

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EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO)

A seguir, apresentarei a vocês um ponto que não é muito cobrado nas provas da ESAF,
mas que deve ser estudado: o emprego do hífen (ou traço de união).
Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as
mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico.
Sempre me dizem: “Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos,
meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que
facilitarão a memorização.
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-,
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais
diferentes.

Para memorizar:

P SEUDO-
S EMI-
I NTRA-
C ONTRA-
A UTO-
N EO- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes.
E XTRA-
P ROTO-
I NFRA-
U LTRA-
S UPRA-

Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem,


00000000000

ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra-


-excitação.

Exceção: extraordinário.

APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-,
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última
do prefixo.

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Para memorizar:

P SEUDO-
S EMI-
I NTRA-
C ONTRA-
A UTO-
N EO- antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo
E XTRA-
P ROTO-
I NFRA-
U LTRA-
S UPRA-

Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’, estas consoantes serão
duplicadas, ou seja, não se emprega o hífen.

Exemplos: pseudo-homérico, neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem,


ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus.

Dica!

Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima.

Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar
(co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante),
correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição),
desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável).

ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


00000000000

Emprega-se hífen:

- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas
por ‘H’, ‘R’ e ‘S’.

Para memorizar:

A NTE-

A NTI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’.


S OBRE-
A RQUI-

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Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, arqui-rival, ante-sala, anti-


-semita, sobre-saia.

Exceções: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.

APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas
por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo.

A NTE-

A NTI- antes de ‘H’ e vogal idêntica à última do prefixo


S OBRE-
A RQUI-

* Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes.

Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui-


-inimigo, anteontem, antiaéreo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente,
sobressaltar, sobressalto.

Emprega-se hífen:

- nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e
‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).

S UPER- 00000000000

H IPER- antes de ‘H’ e ‘R’


I NTER-

Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente.

Emprega-se hífen:

- nos prefixos SOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo
acordo ortográfico).

Para memorizar: SOBABADOB

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S
O
B-

A que antecedem ‘R’


B-

A
D-

O
B-

Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício.

Emprega-se hífen:

- no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo
ortográfico)

Exemplos: sub-base, sub-bibliotecário, sub-reino, sub-reptício, sub-humano.

O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) também admite a grafia


subumano.

ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


00000000000

Emprega-se hífen:

- nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e
vogais.

Para memorizar: Lembrem-se de CPM.

C IRCUM-

P AN- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais

M AL-

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Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano,


mal-educado.

APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo
MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais.

C IRCUM-
antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais
P AN-

M AL- antes de ‘H’, ‘L’ e vogais

Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado,


pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo,
mal-lavado, malsucedido.

Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o
hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis).

Emprega-se hífen: 00000000000

- nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem
autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).

P ÓS-
P RÉ- quando tônicos
P RÓ-

Neste caso, os prefixos serão acentuados graficamente.

Exemplos: pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral,


pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa.
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Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente,


preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor.

Emprega-se hífen:

- nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra
mantida pelo novo acordo ortográfico).

S EM-
S OTA-
S OTO-
em qualquer caso
V ICE-
V IZO-
E X-

Exemplos: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente.

Emprega-se hífen:

- nos prefixos os prefixos BEM-, ALÉM-, RECÉM- e AQUÉM-, em qualquer caso.


(regra mantida pelo novo acordo ortográfico).

Exemplos: bem-aventurado, bem-vindo, bem-sucedido, além-mar, recém-nascido,


aquém-fronteiras.

Exceções: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (benquerer).


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Emprega-se hífen:

- nos sufixos -AÇU, -GUAÇU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra


terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). (regra
mantida pelo novo acordo ortográfico).

-AÇU
-GUAÇU quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada
-MIRIM graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia).

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Exemplos: araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu.

Emprega-se hífen:

- nas formas compostas por GRÃ- ou GRÃO-, quando formarem nomes de lugar, ou
nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo
ortográfico)

GRÃ-
quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos
compostos ligados por artigo.
GRÃO-

Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos.

Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma
consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Emprega-se hífen:

- nas palavras compostas por justaposição que constituem unidade sintática e


semântica.

Exemplos: arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa,


manda-tudo, pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-raios, professor-adjunto, secretário-geral,
tenente-coronel.

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O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que


perderam a noção de composição.

Exemplos: mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé.

Emprega-se hífen:

- nos compostos que designam espécies zoológicas e botânicas.

Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro,


bico-de-papagaio, não-me-toques.

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ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Agora, estudaremos as regras de acentuação gráfica.

Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ?

Vejam:
Acento tônico Acento gráfico

Determina a sílaba tônica de um Sinal empregado sobre a sílaba tônica da


vocábulo. palavra (de acordo com as regras de
acentuação). Pode ser agudo ou circunflexo.
Exemplos: ruim, gratuito, amigo.
Exemplos: saúde, ínterim, história, lâmpada.

REGRAS GERAIS
PROPAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima
sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente.

Exemplos: lâmpada, pêssego, autógrafo, hábitat, déficit.

PAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na penúltima sílaba.


Acentuam-se graficamente as paroxítonas terminadas em:

 L, N, R, X (Para memorizar: LoNaRoXa).


Exemplos: útil, hífen, éter, ônix.

 UM(NS).
Exemplos: médium, álbuns.

 U e I(S).
Exemplos: vírus, júri.
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 Ã(S), ÃO(S).
Exemplos: órfã(s), bênção(s).

 ON(S)
Exemplos: elétron(s), próton(s).

 PS
Exemplos: fórceps, Quéops.

 Ditongo.
Exemplos: história, série, imóveis.

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Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxítonos eventuais os vocábulos
terminados em ditongos crescentes (glória, série, sábio, mágoa, história etc.). Porém, a ESAF considera tais
vocábulos como PAROXÍTONOS terminados em ditongo crescente oral.

Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em -r e -i: super-homem, hiper-requintado,


semi-intensivo.

Não se acentuam os vocábulos paroxítonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas
palavras também admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxítona: pólenes, hífenes, abdômenes.

Também não se acentua o vocábulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens).

OXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se
graficamente as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens).

Exemplos: maracujá, ananás, picolé(s), você, português, paletó(s), armazém, parabéns.

Dica!

Também se acentuam as formas verbais terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s)


e -la(s): jogá-las (jogar + as), fazê-la (fazer + a), compô-lo (compor + o).

MONOSSÍLABAS TÔNICAS – são palavras que apresentam acento tônico e que


constituem uma única sílaba. São acentuadas graficamente as monossílabas tônicas terminadas
em a(s), e(s), o(s).

Exemplos: já, pás, pé(s), só(s).

Dicas!

Também se acentuam as formas verbais tônicas terminadas em a, e, o tônicos, seguidas


de -lo(s) e -la(s): dá-lo (dar + o), fê-lo (fez + o), pô-los (pôr + os).

Não se acentuam as formas verbais terminadas em i seguidas de -lo(s) ou -la(s):


fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o).
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Conhecidas as regras gerais, podemos sintetizá-las da seguinte forma:

TERMINADAS EM...
TONICIDADE A(S) E(S) O(S) EM(ENS) OUTRAS
Acentuada?
Proparoxítonas Sim Sim Sim Sim Sim
Paroxítonas Não Não Não Não Sim
Oxítonas Sim Sim Sim Sim Não
Monossílabas
Sim Sim Sim Não Não
Tônicas

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É preciso ter atenção à pronúncia correta de algumas palavras. O equívoco ao pronunciá-


-las caracteriza a chamada silabada. Portanto, apresentarei uma lista dos vocábulos mais
recorrentes em concursos:

PROPAROXÍTONAS PAROXÍTONAS OXÍTONAS


aeródromo alanos cateter
aerólito austero cister
ágape avaro condor
álcool aziago fidel
alcoólatra batavo gibraltar
âmago caracteres hangar
aríete ciclope mister
arquétipo decano nobel
bávaro edito (lei) novel
bígamo exegese obus
bímano fortuito recém
crisântemo gratuito ruim
édito (ordem judicial) ibero ureter
égide látex sutil
elétrodo libido
hieróglifo maquinaria
ímprobo meteorito
ínterim necromancia
munícipe pudico
périplo recorde
protótipo rubrica
revérbero tulipa
zênite

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18. (ESAF-2006/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro de grafia ou de


desobediência às regras da norma escrita padrão.

A crise da esquerda mundial, consubstanciada(1) sobretudo como a crise do “socialismo real” e,


em menor intensidade, do modelo social-democrata de gestão “humanizada” do mercado,
encontra-se ainda em pleno desdobramento. É uma crise profunda, de largo espectro(2)
histórico, que se confunde plenamente com a crise de civilização, resultante, entre outras causas,
do auge da hegemonia(3) do sistema capitalista de produção e da conseqüente exacerbação(4)
de todas as suas contradições. A crise da esquerda mundial, que é também a crise do ideário e
da experiência socialistas no mundo, torna-se duradoura, sobretudo se estivermos a medí-la(5)
com a escala individual de nossas vidas.
(Adaptado de Anivaldo de Miranda)

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a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: Há erro de grafia na opção correspondente à letra E. O trecho destacado em


“medí-la” é uma palavra oxítona. Por terminar na vogal “i”, não deve ser acentuada graficamente.
Portanto, o correto é “medi-la” (sem acento agudo).
Vale, também, chamar a atenção de vocês para os vocábulos “hegemonia”, corretamente
grafado com “h”, e “espectro”, escrito perfeitamente com “s”. Isso é muito recorrente na ESAF.
Então, fiquem atentos!

Gabarito: E.

19. (ESAF-2004/IPEA-Adaptada) Em relação às estruturas do texto, julgue a assertiva


abaixo.

I. A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em
“metáfora” e em “científica”.

Comentário: O vocábulo “estereótipos” (es-te-re-ó-ti-pos) é proparoxítono (a tonicidade recai na


antepenúltima sílaba), razão por que deve ser acentuado graficamente. O mesmo ocorre com as
palavras “metáfora” (me-tá-fo-ra) e “científica” (ci-en-tí-fi-ca). Portanto, a assertiva está correta.

Gabarito: Certo.

20. (ESAF-2010/MTE) O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o único trecho que
atende plenamente às prescrições gramaticais.

a) Constroe-se o espaço social de tal modo que os agentes ou grupos são aí distribuídos em
razão de sua posição nas distribuições estatísticas de acordo com os dois princípios de
diferenciação que, em sociedades mais desenvolvidas, são sem dúvida, os mais eficientes: o
capital econômico e o capital cultural. 00000000000

b) Na dimensão mais importante, os detentores de um grande volume de capital global, como


empresários, membros de profissões liberais e professores universitários, opõe-se globalmente
aqueles menos providos de capital econômico e de capital cultural, como os operários não
qualificados.
c) Na perspectiva em que se considere o peso relativo do capital econômico e do capital cultural
no patrimonio dos agentes sociais, os professores - relativamente mais ricos em capital cultural
que em capital econômico -, estão em oposição, nitidamente, aos empresários - relativamente
mais ricos em capital econômico que em capital cultural.
d) O espaço de posições sociais traduz-se em um espaço de tomada de posição, pela
intermediação do espaço de disposições. Em outras palavras, ao sistema de separações
diferenciais que definem as posições nos dois sistemas principais do espaço social corresponde
um sistema de separações diferenciais nas propriedades dos agentes sociais.
e) À cada classe de posições correspondem uma classe habitus (ou de gostos) produzidos pelos
condicionamentos sociais e, pela intermediação desses habitus, um conjunto sistemático de bens
e de propriedades, vinculadas entre si por uma a finidade de estilo.
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Comentário: Vamos analisar cada assertiva.

A) Resposta incorreta. Conforme estudamos nas lições, o verbo “construir” termina em “-UIR”,
devendo receber a vogal “i” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Além disso,
o ditongo aberto “oi” deve ser acentuado graficamente, por ser uma palavra oxítona (o acento
agudo foi abolido apenas nos ditongos abertos das palavras paroxítonas: ideia, giboia):
“Constrói-se o espaço social (...)”.
B) Resposta incorreta. No período, houve erro de concordância verbal. O verbo “opor-se” (linha
2 da alternativa) tem como sujeito “os detentores”. Como o núcleo “detentores” está flexionado no
plural, o verbo também deverá flexionar-se nesse número: “... os detentores (...) opõem-se ...”.
Ainda nesse trecho, houve omissão do acento grave indicativo de crase (assunto que será
estudado em aulas futuras) em “... opõem-se globalmente àqueles menos providos ...”.
C) Resposta incorreta. Nesta assertiva, o vocábulo “patrimônio” deveria receber acento
circunflexo, por ser um paroxítono terminado em ditongo.
D) Esta é a resposta da questão. Não houve qualquer erro de emprego ou grafia de palavras na
opção.
E) Resposta incorreta. Houve emprego inadequado do acento grave em “À cada classe”.
Veremos, em aulas futuras, que não se utiliza o acento grave antes de vocábulos de valor
indefinido, tal como ocorre em “cada”.

Gabarito: D.

REGRAS ESPECÍFICAS

 DITONGOS ABERTOS (ÉI, ÓI E ÉU)

Segundo as regras de acentuação gráfica, devemos empregar o acento agudo nos


ditongos abertos das:

a) monossílabas tônicas: réis, céu, rói.

b) oxítonas: heróis, chapéu(s), papéis.


00000000000

c) paroxítonas: geléia, epopéia, mocréia, jibóia, clarabóia.

Dica!

O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos EI e
OI das palavras PAROXÍTONAS (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia).
Entretanto, segundo o VOLP, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o ditongo
aberto ÓI, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser
paroxítono terminado em -R.

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ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>.

21. (ESAF-2005/MPOG-Adaptada) Com base no texto abaixo, julgue a afirmação a seguir.

A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos apóiam. Mas basta colocar,
de um lado, a chance de auferir lucros e, de outro, a preservação das florestas, para se verificar o
quão frágil é o compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente todos os
níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para crimes ambientais em troca de
propina até o grande agricultor que não hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a
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interpretação que o permita desflorestar a maior área possível.


(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005)

I. Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir “apóiam” (l.1)
por “apoiam”.

Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto nº 6.583/08.
Anteriormente à Reforma Ortográfica, os ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras
paroxítonas recebiam acento agudo: geléia, jibóia. Nessa regra se enquadra a forma verbal
“apóiam”, a qual está corretamente grafada. Portanto, não é lícita a substituição por “apoiam”.
Vale frisar que, após a promulgação do mencionado decreto, foi abolido o emprego do
acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas: geleia, jiboia, apoiam.

Gabarito: Errada.

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 HIATOS

“I” e “U” tônicos – deveremos empregar o acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, desde
que:

a) estejam sozinhas (ou seguidas de -s) na sílaba; e

b) não estejam antecedidas de vogal idêntica.

Exemplos: heroína (he-ro-í-na), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre), feiúra (fei-ú-ra).

Ambas as condições acima são essenciais para que possamos acentuar a segunda vogal.

Observação: O “I” tônico, que antecede o grupo “NH” ou que forma sílaba com as consoantes
L, M, N, R, Z, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz.

Apresento, aqui, duas dicas de ouro para vocês:

 Não empreguem o acento agudo nas palavras PAROXÍTONAS, quando as vogais


“I” e “U” estiverem repetidas.

Exemplos: vadiice, sucuuba.

 Cuidado com o seguinte: se a repetição da vogal “I” ocorrer em palavra


PROPAROXÍTONA, empreguem o acento agudo!

Exemplos: iídiche, seriíssimo, friíssimo.

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Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais
“I” e “U” tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras PAROXÍTONAS.

Exemplos: baiuca, bocaiuva, boiuna, feiura.

Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras OXÍTONAS, devemos
empregar o acento agudo.

Exemplos: teiú, Piauí.

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22. (ESAF-2006/IRB) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de


palavra.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE, revelou que(1) a renda das
famílias parou de cair em 2004, interrompendo uma trajetória(2) de queda que acontecia desde
1997, e que houve(3) diminuição do grau de concentração da renda do trabalho. Enquanto a
metade da população ocupada que(4) recebe os menores rendimentos teve ganho real de 3,2%,
a outra metade, que tem rendimentos maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD
mostraram, também, que o Brasil melhorou em ítens(5) como número de trabalhadores
ocupados, participação das mulheres no mercado de trabalho, indicadores da área de educação
e melhoria das condições de vida.

(Trechos adaptados de Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-


Geral da Presidência da República, n. 379, Brasília, 30 de novembro de 2005)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Comentário: O vocábulo “itens” é paroxítono terminado em “-ens”. Logo, não deve ser
acentuado, ocorrendo o mesmo com sua forma singular “item”.

Gabarito: E.

 “-ÔO” E “-ÊEM”

Segundo o sistema ortográfico antigo, grafa-se com acento circunflexo a primeira vogal
dos hiatos “-ôo” e “-êem”: vôo, enjôo, abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem.

Para memorizar os verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”, gravem a frase:

LEDA VÊ PARA CRER.


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ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>.

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O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o emprego do acento circunflexo na


primeira vogal dos hiatos “-oo” e “-eem”.

Exemplos: voo, enjoo, abençoo, creem, deem, leem, veem.

Reforçando...

O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por “-eem” (verbos ler, dar,
ver e crer e respectivos derivados). Para memorizar esses verbos, gravem a frase:

LEDA VÊ PARA CRER.

Entretanto, no singular dessas formas verbais (e nos derivados), emprega-se o acento


circunflexo.

Exemplos: ele crê / lê / vê / provê (pres. do indicativo); (que) ele dê (pres. do subjuntivo)

ACENTOS DIFERENCIAIS – São sinais gráficos que diferenciam:

 a terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR – e
respectivos derivados. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico)

Exemplos:

TER - Ele tem / Eles têm


VIR - Ele vem / Eles vêm

MANTER - Ele mantém / Eles mantêm

DETER - Ele detém / Eles detêm

CONVIR - Ele convém / Eles convêm 00000000000

INTERVIR - Ele intervém / Eles intervêm

 os homônimos: (regra anterior ao novo acordo ortográfico)

PÁRA (verbo) ≠ PARA (preposição)

Exemplos: O jogador corre e pára rapidamente. (verbo)


Deram um prêmio para mim. (preposição)

PÊLO (substantivo) ≠ PÉLO (verbo) ≠ PELO (preposição)

Exemplos: Esse cachorro tem pêlo marrom. (substantivo)


A moça disse: “ – Pélo a perna diariamente”. (verbo)
O ladrão saiu pelo basculante. (preposição)

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PÉLA (substantivo) ≠ PÉLA (verbo) ≠ PELA (preposição)

Exemplos: Fulano é um péla. (substantivo = chato)


Aquela senhora péla o buço. (verbo “pelar”)
O ladrão fugiu pela janela. (preposição)

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o acento diferencial dos homônimos


acima apresentados. Sendo assim, para que identifiquemos a classe gramatical do vocábulo,
deveremos analisar o contexto em que se insere.

 os homônimos: (regra segundo o novo acordo ortográfico)

PARA (verbo) ≠ PARA (preposição)

Exemplos: O jogador corre e para rapidamente. (verbo)


Deram um prêmio para mim. (preposição)

PELO (substantivo) ≠ PELO (verbo) ≠ PELO (preposição)

Esse cachorro tem pelo marrom. (substantivo)


A moça disse: “ – Pelo a perna”. (verbo “pelar”)
O ladrão saiu pelo basculante. (preposição)

PELA (substantivo) ≠ PELA (verbo) ≠ PELA (preposição)

Exemplos:
Fulano é um pela. (substantivo = chato)
Aquela senhora pela o buço. (verbo “pelar”)
O ladrão fugiu pela janela. (preposição)
00000000000

 as formas verbais a seguir: (regra mantida pelo novo acordo ortográfico)

PODE (presente) ≠ PÔDE (pretérito perfeito)

Exemplos:
Ele pode assumir o cargo. (presente do indicativo)
Ele pôde assumir cargo. (pretérito perfeito do indicativo)

PÔR (verbo) ≠ POR (preposição)

Exemplos:
Era para eu pôr o livro sobre a estante.
O ladrão fugiu por ali.
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TREMA

Segundo o sistema ortográfico anterior ao novo acordo ortográfico, emprega-se o trema


no “Ü” átono e pronunciado (semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI.

Exemplos: lingüiça, freqüente, cinqüenta.

A partir do novo acordo ortográfico, não se emprega o trema no “Ü” átono e pronunciado
(semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI.

Exemplos: linguiça, frequente, cinquenta.

Também foi eliminado o acento agudo no “U” tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI.

Exemplos: argui, averigue, oblique.

É importante chamar a atenção de vocês para dois detalhes:


00000000000

a) a retirada do trema não altera a pronúncia das palavras; e

b) o trema permanece em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.

Exemplos: mülleriano (de Müller), hübneriano (de Hübner).

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23. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) A respeito do emprego dos termos e expressões do
texto, analise a seguinte afirmação.

A idéia é a de que a institucionalização da raça como categoria possuidora de direitos e


oportunidades sociais, negada pelos processos de exclusão racial, resultaria na construção
jurídica de um país racialmente apartado, contrário a sua suposta vocação a-racial. Como foi
possível que essa ideologia a-racial tão decantada por especialistas conformasse uma sociedade
que é alva em todas as suas dimensões de poder, riqueza e prestígio e escura nas suas
instâncias de pobreza e indigência humana? O país real jamais amedrontou as elites políticas e
intelectuais. Elas jamais enxergaram nele uma ameaça. O seu discurso nunca pôs em questão a
sua imperiosa necessidade de romper com o exclusivismo da supremacia branca como condição
para a desracialização da sociedade.

(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 2006)

I. Se o infinitivo do verbo pôr não fosse acentuado – por oposição à preposição por –, não
seria necessário acentuar “pôs”.

Comentário: Conforme estudamos nas lições, o acento diferencial é empregado para distinguir
as formas “pôr” (verbo) e “por” (preposição). Isso ocorre seja antes, seja após o Novo Acordo
Ortográfico.

Exemplos:

Era para eu pôr o livro sobre a estante. (= verbo)


O ladrão fugiu por ali. (= preposição)

Entretanto, a forma verbal “dispôs” deriva do verbo “pôr”, sendo uma palavra oxítona
terminada em “o(s)”. Por essa razão, deve ser marcada graficamente pelo acento circunflexo.
Logo, a afirmação está errada.

Gabarito: Errada.

24. (ESAF-2000/TCE-RN) Marque o item em que um dos dois períodos está


gramaticalmente incorreto.
00000000000

a) Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização político-
-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela
dispor instituições e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. / Entre
as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização política-administrativa do
Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições
e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação.
b) O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares,
pelo que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. / O
federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão
por que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência.
c) No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas. / No gênero das leis federativas, podem-se discernir duas espécies bem
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas.

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d) As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem privada, guardando preponderante
interesse público ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem
pública ou de ordem privada, e guardam preponderante interesse público ou administrativo, ou
social, ou privado.
e) Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, autoproclamam-
se ‘nacionais’. / Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, se
autoproclamam ‘nacionais’.

Comentário: Há erro na assertiva A. No segundo período, o composto “político-administrativa” foi


grafado de maneira incorreta: “política-administrativa”. Por fim, a forma verbal “dispor” foi
incorretamente acentuada, por ser uma oxítona terminada em “r”.

Gabarito: A.

25. (ESAF-2010/ISS-RJ) Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Estado de


S. Paulo, Editorial, de 1/6/2010. Assinale a opção em que não foram inseridos
erros gramaticais e o trecho foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

A) Os consumidores pagam juros maiores porque obtém crédito com prazos maiores e
prestações menores. Alguns fatos recentes estão contribuindo para um aumento da demanda,
assim como, das pressões inflacionárias.
B) A economia brasileira vive um processo de aquecimento que as últimas modificações da
conjuntura estão agravando. O aquecimento tem sua origem no inchaço cada vez maior da
demanda doméstica, que até agora não foi afetada pelo aumento da taxa Selic.
C) À política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses, veio se acrescentar à do
Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes.
Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população.
D) Chegamos, agora, a uma situação de quase pleno emprego, em que os salários não são mais
determinados pela qualificação da mão de obra, mas pela dificuldade de contratar os
trabalhadores necessários. O resultado é um aumento salarial duradouro, cujo peso na formação
de preços.
e) É claro que a indústria tem dificuldades em acompanhar o ritmo de crescimento da demanda
doméstica, recorrendo para isso à importações, que nem sempre têm preços menores do que os
apresentados pela produção nacional. 00000000000

Comentário: O gabarito da questão é encontrado na assertiva B. O vocábulo “inchaço” foi


corretamente grafado com “CH”. Por sua vez, a palavra “taxa” (“imposto”) também foi escrita de
forma correta, isto é, com “X”. Atenção para não confudi-la com o homônimo “tacha” (“pequeno
prego” ou “mancha”).
Chamo a atenção de vocês para a opção A. No período, a forma verbal “obtém” foi
incorretamente grafada com acento agudo. Notem que, no trecho, esse verbo tem como sujeito a
expressão “os consumidores”, cujo núcleo está flexionado no plural. Sendo assim, deve ser
empregado o acento agudo, diferenciando as formas singular e plural: “... Os consumidores (...)
obtêm ...”.

Gabarito: B.

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26. (ESAF-2012/Auditor-Fiscal da Receita Federal-Adaptada) Analise se o trecho abaixo
está inteiramente correto quanto ao emprego do padrão formal escrito da língua
portuguesa.

I. Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia de que existe algo a ser defendido ou algo
que venha a ser contestado. Dentro dessa linha cognoscível, entende-se que vai existir sempre
um agente acusador e um agente acusado.

Comentário: O trecho está inteiramente de acordo com as regras da gramática tradicional. O


vocábulo “cognoscível”, que significa “aquilo que pode ser conhecido”, foi grafado com “SC”,
respeitando o padrão culto escrito da língua. Vale ressaltar a grafia da palavra “idéia”, que foi
grafada com acento agudo no ditongo aberto “ei”, isto é, em conformidade com as regras
anteriores ao novo acordo ortográfico.

Gabarito: Correto.

27. (ESAF-2012/Analista Técnico de Políticas Sociais-Adaptada) Analise se o trecho abaixo


está correto ou se apresenta erro gramatical ou de grafia de palavra na transcrição do
texto.

I. O sofrível desempenho da indústria nos últimos quatro anos – a produção está no nível de
meados de 2008 – sucita um debate polarizado sobre o risco de desindustrialização do país.

Comentário: No trecho em análise, a forma verbal “sucita” foi grafada incorretamente. Por ser
proveniente do verbo “suscitar”, a grafia adequada é “suscita”, que significa “sugerir”, “provocar”.

Gabarito: Incorreto.

00000000000

ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>.

Bons estudos e até o próximo encontro!

Forte abraço!

Prof. Fabiano Sales.

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

1. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical


ou de grafia.

A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condições do que(1) no


passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego
tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais
deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da
política orçamentária foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar
usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5)
das despesas improdutivas.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

2. (ESAF-2006/IRB) Assinale o trecho do texto que apresenta erro gramatical.

Machado de Assis – Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza

a) Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza


observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expressão de sua época e uma exceção a ela.
b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do século XIX,
mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem sempre foi percebida pelos seus
contemporâneos.
c) Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último
romance, Memorial de Aires.
d) O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou dos grandes debates
públicos de sua época.
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua
vida examinados no livro.
00000000000

(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196)

3. (ESAF-2007/SEFAZ-CE) Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequação


vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado do Ceará).

Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando:


a) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;
b) não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu
destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor;
c) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei;
d) não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não
estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem
se dirige;
e) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade;

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4. (ESAF-2011/CVM) Analise se o fragmento abaixo, extraído de um texto de José Carlos
Moutinho, foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte-
-americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos.
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento.

(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/)

5. (ESAF-2004/CGU) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto


que contraria a prescrição gramatical.

No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal.
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

6. (ESAF-2003/MPOG) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia das


palavras.

Considerando que a constituição de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos


populares só pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais
amplo das relações sociais, seria(3) uma ilusão imaginar que é possível encontrar no interior da
sociedade capitalista uma organização econômica que, mesmo gerida(4) pelos próprios
trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como “cultura de novo tipo”.
00000000000

(Adaptado de Lia Tiriba)


a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

7. (ESAF-2010/ISS-RJ) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de


palavra inserido na transcrição do texto.

Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao proble-

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ma. Um acidente como o do Golfo do México atingiria em cheio a região que concentra parte
importante do PIB do país, afetaria fortemente a indústria do turismo e teria repercuções(5)
econômicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA.

(O Globo, Editorial, 27/5/2010, com adaptações)


a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

8. (ESAF-2010/CVM) Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de


Conjuntura Econômica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9, desrespeita as regras
gramaticais no uso das estruturas linguísticas.

a) Há evidências de que a economia brasileira passa por um processo de transformação


estrutural, em direção a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se
projetar a trajetória de juros no Brasil é o desempenho da economia do resto do mundo.
b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Estados Unidos, como previnham
importantes analistas, os efeitos deflacionários seriam consideráveis e iriam além das fronteiras
americanas.
c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e
médio prazo. Não há absolutamente nada de trivial no atual momento da política monetária.
d) É importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, não deve ser tomada
de forma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, em que o
crescimento não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inflacionária ou de
crise nas contas externas no horizonte visível.
e) Na verdade, o cenário externo é mais preocupante do que o interno. Em uma situação desse
tipo, os erros e os acertos devem ser encarados mais como uma “sintonia fina” de um momento
amplamente favorável do que como decisões que podem “salvar o país”.

9. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de


palavra inserido no texto.

A manutenção dos empregos é um atestado de que(1) os agentes econômicos, embora(2)


00000000000

assustados com as repecurssões(3) da crise nos países mais desenvolvidos, não perderam a
confiança na economia brasileira. Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio
governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à(4) inflação, no
câmbio flutuante e com o menor sacrifício possível da política de superávits primários, já se sabia
que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação.
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo
sustentou a política econômica.
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

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e) 5
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10. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto


abaixo.

Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais.

(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006)


a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

11. (ESAF-2005/STN-Adaptada)

Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a


sociedade pelo mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não
comunicar aos demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a terceiros que
não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso.

Julgue a afirmação a seguir.

I. Há erro no emprego do substantivo mal (linha 2) adjetivando desempenho; o correto é


empregar o adjetivo mau.

12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente
correta.

a) A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos,


exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de cérebros
insulados./ A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos
00000000000

sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de
cérebros insulados.
b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a
música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem perda de alguns de
seus valores. / Um povo não perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e
praticar a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem
perda de alguns de seus valores.
c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas de Euclides da
Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem
americano. / Já tive ocasião de mostrar como me parecem precárias três afirmativas de Euclides
da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem
americano.

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d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes
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pertencentes ao “sistema” de que falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que faz pouco falei.

e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um “sistema” interessantíssimo, que a cerca


de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um
“sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos se desenvolve.
(Baseado em Roquette Pinto)

13. (ESAF-2006/ANEEL) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3)
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações
econômicas de produção da riqueza de um país determinado.
Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
(Oscar d’Alva e Souza Filho)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

14. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto, assinale a opção correta.

O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.
00000000000

(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)

Analise a proposta a seguir.

I. A substituição de “cerca de” (linha 1) por acerca de mantém a correção gramatical do


período.

15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro
gramatical.

A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado,
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes – aspecto crucial nas
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em

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momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro,
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como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a

polarização entre Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar


instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrência, bens públicos
que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é incapaz de prover.

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

16. (ESAF-2002/MDIC-Adaptada)

Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas,
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade.

(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)

Com base no texto acima, julgue a afirmação que segue.

I. A expressão “dia-a-dia” (linha 2) corresponde à idéia de “o viver cotidiano”, e dia a dia


corresponde à idéia de passagem do tempo, ou seja, dia após dia.

17. (ESAF-2003/Receita Federal) Indique o item em que todas as palavras estão


corretamente empregadas e grafadas.

a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a


00000000000

cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência.


b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem
professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de
tudo isso, num modo de intervenção específico.
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o
que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que
ambos possam suscitar.
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que
vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados.
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o
qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
organização em delinqüência.
(Itens adaptados de Michel Foucault)

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18. (ESAF-2006/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro de grafia ou de


desobediência às regras da norma escrita padrão.

A crise da esquerda mundial, consubstanciada(1) sobretudo como a crise do “socialismo real” e,


em menor intensidade, do modelo social-democrata de gestão “humanizada” do mercado,
encontra-se ainda em pleno desdobramento. É uma crise profunda, de largo espectro(2)
histórico, que se confunde plenamente com a crise de civilização, resultante, entre outras causas,
do auge da hegemonia(3) do sistema capitalista de produção e da conseqüente exacerbação(4)
de todas as suas contradições. A crise da esquerda mundial, que é também a crise do ideário e
da experiência socialistas no mundo, torna-se duradoura, sobretudo se estivermos a medí-la(5)
com a escala individual de nossas vidas.
(Adaptado de Anivaldo de Miranda)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

19. (ESAF-2004/IPEA-Adaptada) Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo.

I. A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em
“metáfora” e em “científica”.

20. (ESAF-2010/MTE) O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o único trecho que
atende plenamente às prescrições gramaticais.

a) Constroe-se o espaço social de tal modo que os agentes ou grupos são aí distribuídos em
razão de sua posição nas distribuições estatísticas de acordo com os dois princípios de
diferenciação que, em sociedades mais desenvolvidas, são sem dúvida, os mais eficientes: o
capital econômico e o capital cultural.
b) Na dimensão mais importante, os detentores de um grande volume de capital global, como
00000000000

empresários, membros de profissões liberais e professores universitários, opõe-se globalmente


aqueles menos providos de capital econômico e de capital cultural, como os operários não
qualificados.
c) Na perspectiva em que se considere o peso relativo do capital econômico e do capital cultural
no patrimonio dos agentes sociais, os professores - relativamente mais ricos em capital cultural
que em capital econômico -, estão em oposição, nitidamente, aos empresários - relativamente
mais ricos em capital econômico que em capital cultural.
d) O espaço de posições sociais traduz-se em um espaço de tomada de posição, pela
intermediação do espaço de disposições. Em outras palavras, ao sistema de separações
diferenciais que definem as posições nos dois sistemas principais do espaço social corresponde
um sistema de separações diferenciais nas propriedades dos agentes sociais.
e) À cada classe de posições correspondem uma classe habitus (ou de gostos) produzidos pelos
condicionamentos sociais e, pela intermediação desses habitus, um conjunto sistemático de bens
e de propriedades, vinculadas entre si por uma a finidade de estilo.

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21. (ESAF-2005/MPOG-Adaptada) Com base no texto abaixo, julgue a afirmação a seguir.

A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos apóiam. Mas basta colocar,
de um lado, a chance de auferir lucros e, de outro, a preservação das florestas, para se verificar o
quão frágil é o compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente todos os
níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para crimes ambientais em troca de
propina até o grande agricultor que não hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a
interpretação que o permita desflorestar a maior área possível.
(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005)

I. Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir “apóiam” (l.1)
por “apoiam”.

22. (ESAF-2006/IRB) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de


palavra.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE, revelou que(1) a renda das
famílias parou de cair em 2004, interrompendo uma trajetória(2) de queda que acontecia desde
1997, e que houve(3) diminuição do grau de concentração da renda do trabalho. Enquanto a
metade da população ocupada que(4) recebe os menores rendimentos teve ganho real de 3,2%,
a outra metade, que tem rendimentos maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD
mostraram, também, que o Brasil melhorou em ítens(5) como número de trabalhadores
ocupados, participação das mulheres no mercado de trabalho, indicadores da área de educação
e melhoria das condições de vida.

(Trechos adaptados de Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-


Geral da Presidência da República, n. 379, Brasília, 30 de novembro de 2005)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4 00000000000

e) 5

23. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) Analise a seguinte afirmação a respeito do emprego dos


termos e expressões do texto.

A idéia é a de que a institucionalização da raça como categoria possuidora de direitos e


oportunidades sociais, negada pelos processos de exclusão racial, resultaria na construção
jurídica de um país racialmente apartado, contrário a sua suposta vocação a-racial. Como foi
possível que essa ideologia a-racial tão decantada por especialistas conformasse uma sociedade
que é alva em todas as suas dimensões de poder, riqueza e prestígio e escura nas suas
instâncias de pobreza e indigência humana? O país real jamais amedrontou as elites políticas e
intelectuais. Elas jamais enxergaram nele uma ameaça. O seu discurso nunca pôs em questão a
sua imperiosa necessidade de romper com o exclusivismo da supremacia branca como condição
para a desracialização da sociedade.

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Teoria e questões comentadas
(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 2006)
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I. Se o infinitivo do verbo pôr não fosse acentuado – por oposição à preposição por –, não
seria necessário acentuar “pôs”.

24. (ESAF-2000/TCE-RN) Marque o item em que um dos dois períodos está


gramaticalmente incorreto.

a) Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização político-
-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela
dispor instituições e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. / Entre
as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização política-administrativa do
Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições
e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação.
b) O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares,
pelo que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. / O
federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão
por que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência.
c) No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas. / No gênero das leis federativas, podem-se discernir duas espécies bem
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas.
d) As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem privada, guardando preponderante
interesse público ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem
pública ou de ordem privada, e guardam preponderante interesse público ou administrativo, ou
social, ou privado.
e) Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, autoproclamam-
se ‘nacionais’. / Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, se
autoproclamam ‘nacionais’.

25. (ESAF-2010/ISS-RJ) Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Estado de


S. Paulo, Editorial, de 1/6/2010. Assinale a opção em que não foram inseridos
erros gramaticais e o trecho foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

A) Os consumidores pagam juros maiores porque obtém crédito com prazos maiores e
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prestações menores. Alguns fatos recentes estão contribuindo para um aumento da demanda,
assim como, das pressões inflacionárias.
B) A economia brasileira vive um processo de aquecimento que as últimas modificações da
conjuntura estão agravando. O aquecimento tem sua origem no inchaço cada vez maior da
demanda doméstica, que até agora não foi afetada pelo aumento da taxa Selic.
C) À política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses, veio se acrescentar à do
Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes.
Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população.
D) Chegamos, agora, a uma situação de quase pleno emprego, em que os salários não são mais
determinados pela qualificação da mão de obra, mas pela dificuldade de contratar os
trabalhadores necessários. O resultado é um aumento salarial duradouro, cujo peso na formação
de preços.

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Teoria e questões comentadas
e) É claro que a indústria tem dificuldades em acompanhar o ritmo de crescimento da demanda
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doméstica, recorrendo para isso à importações, que nem sempre têm preços menores do que os
apresentados pela produção nacional.

26. (ESAF-2012/Auditor-Fiscal da Receita Federal-Adaptada) Analise se o trecho abaixo


está inteiramente correto quanto ao emprego do padrão formal escrito da língua
portuguesa.

I. Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia de que existe algo a ser defendido ou algo
que venha a ser contestado. Dentro dessa linha cognoscível, entende-se que vai existir sempre
um agente acusador e um agente acusado.

27. (ESAF-2012/Analista Técnico de Políticas Sociais-Adaptada) Analise se o trecho abaixo


está correto ou se apresenta erro gramatical ou de grafia de palavra na transcrição do
texto.

I. O sofrível desempenho da indústria nos últimos quatro anos – a produção está no nível de
meados de 2008 – sucita um debate polarizado sobre o risco de desindustrialização do país.

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GABARITO

1. E 15. D
2. E 16. Certo
3. C 17. B
4. Errado 18. E
5. A 19. Certo
6. B 20. D
7. E 21. Errada
8. B 22. E
9. C 23. Errada
10. E 24. A
11. Certo 25. B
12. E 26. Correto
13. A 27. Incorreto
14. Errado

Grande abraço e rumo à conquista da vaga!

Fabiano Sales.

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