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HISTÓRIA DO BRASIL

Período Colonial
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PERÍODO COLONIAL

O PERÍODO COLONIAL: A EXPANSÃO PORTUGUESA

Introdução

A História do Brasil é uma das áreas mais importantes para este concurso
porque ela é o ponto de partida para melhor compreendermos a política exte-
rior do Brasil e como o Brasil avalia assuntos de política internacional, de direito
internacional público e de economia política, que obviamente inclui a economia
e comercio internacional como um todo.
Há a presença de uma grande quantidade de questões de História do Brasil
e também a ideia de que é possível olhar para a nossa História de uma maneira
neutra, muito equilibrada em termos acadêmicos, o que não significa ignorar as
necessidades do concurso.
Existe certa preocupação por parte dos candidatos de que haveria uma
influencia político-ideológica na avaliação dos conteúdos de História do Brasil.
Isso não é verdade, pois os examinadores preferem priorizar aquilo que é fac-
tual, e não as interpretações que se apresentam a respeito de um mesmo acon-
tecimento.
• Prova importante em razão do número de questões, da base para a com-
preensão da política exterior brasileira TPS e 3ª Fase: ênfase nos aspectos
factuais, ou seja, não ideológicos.

Outro ponto importante é a fidelidade ao programa.

• Fidelidade ao Programa;
• Importância da cronologia, dos conceitos, do vocabulário, da gramática;
• Desafios: memorização, rapidez na leitura, capacidade de identificar
“pegas”, conhecimento de conjunturas e do processo histórico;
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O mais relevante, essencialmente na 1ª fase, o Teste Pré-Seleção (TPS), é a


atenção que o candidato deve ter à cronologia histórica, ao bom uso dos concei-
tos, ao vocabulário e à gramática. Os desafios são a memorização necessária.
A aprovação, seja em História do Brasil, seja em outras áreas, depende essen-
cialmente do conhecimento acumulado ao longo dos anos, dependendo da tra-
jetória de cada um de tal maneira que ela ocupa um papel central no estudo da
História do Brasil. No momento de fazer as provas, ao responder às questões é
necessário uma leitura muito rápida sem, no entanto, ignorar a possibilidade da
existência de “pegas”, um detalhe mais aprofundado a respeito do assunto, que
poderá, muitas vezes, induzir o candidato ao erro.
É fundamental o conhecimento das grandes conjunturas internacionais
e nacionais, além da noção de processo histórico, que muitos já possuem, a
qual pode auxiliar até na avaliação de itens em outras áreas de conhecimento.

A expansão europeia

• Contexto histórico: transição do mundo medieval europeu para a Europa


moderna;
• Idade Moderna (1453-1789).

Antecedentes:

• Crescimento populacional;
• Renascimento comercial e urbano: novas rotas;
• Busca de “especiarias” e metais preciosos;
• Fortalecimento de grupos mercantis;
• Centralização do poder monárquico;

Debate: Pré-capitalismo? Capitalismo comercial?


Há diferença entre capitalismo e economia de mercado.
A expansão europeia é antes de tudo uma expansão econômica, comercial,
o que significa que a Europa não cabia mais em si. Grandes transformações
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ocorrem a partir dos anos 1000/1100, que envolvem o crescimento populacio-


nal, a reativação do comércio, o crescimento urbano, o surgimento de uma nova
camada social (a dos comerciantes), que modificam a paisagem europeia, sina-
lizando uma nova época da História. Esse processo do renascimento comercial
e urbano gera novas rotas dentro da Europa e fora dela, a bacia do Mediterrâneo
passa a ter uma importância muito grande, secundada pela região do Mar do
Norte, e nesse espaço a Península Ibérica cumpre a função fundamental, que
é interligar essas duas regiões por meio do seu litoral, bastante propício a esse
comércio que já se pode denominar de atlântico.
Outro fator relevante é a expansão árabe, que resulta, inclusive, na ocupação
da Península Ibérica e essa permanência dos árabes influencia fortemente a
economia, a sociedade e a própria cultura, tanto da Espanha quanto de Portugal,
que são Estados nacionais construídos ao longo das guerras da reconquista, da
expulsão dos árabes da península.
Já no século XV ocorre o que os europeus consideram o marco inicial da
Idade Moderna, a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, criando
uma dificuldade para o comércio dos cristãos no Mediterrâneo. Os árabes afir-
mavam que os cristãos não conseguiriam fazer flutuar um pedaço de tábua no
Mediterrâneo.
Esse “fechamento” do Mediterrâneo está na raiz das primeiras grandes via-
gens marítimas de Portugal e da Espanha, notadamente no século XV.
Ao longo desse processo, a Idade Moderna marca o nascimento desse capi-
talismo, chamado no passado de capitalismo comercial, e à luz dele Cristovão
Colombo chegou à Ilha Hispaniola, no Caribe, em 1492, marcando “oficialmente”
a “descoberta” da América.
Nesse contexto, os latino-americanos consideram a chegada de Colombo
à América mais importante como marco do início da Idade Moderna do que a
queda de Constantinopla. Mas é a queda de Constantinopla que gera mais difi-
culdades para os europeus. E como resultado a busca por novas áreas.
Uma questão muito debatida na década de 70 gira em torno da Idade Moderna,
como o momento do surgimento ou não do capitalismo. O capitalismo surge
nos séculos XV e XVI durante as grandes navegações ou é fruto da Revolução
Industrial?
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Há um consenso entre os historiadores de que a Revolução Industrial marca


o início do capitalismo propriamente dito, ou seja, o momento em que o capi-
tal se desloca das bases materiais dos artesãos, dos instrumentos de trabalho,
e passa a disputar áreas independentemente das qualificações individuais. O
empreendedor se torna um capitalista e busca grandes oportunidades de negó-
cios em diferentes ramos, em diferentes áreas.
No entanto, o historiador francês Fernand Braudel, na obra em três volumes
chamada “Civilização Material – Economia e Capitalismo”, faz uma diferenciação
fundamental: na Grécia antiga, na Roma antiga, no Mediterrâneo antigo, já havia
um comércio relativamente intenso entre os povos litorâneos. Esse comércio de
época era economia de mercado – mas não era capitalismo –, no entanto já exis-
tiam elementos capitalistas.
Para a Idade Moderna, alguns propõem chamar de pré-capitalismo e outros
de capitalismo comercial. A nossa opção é reconhecer práticas capitalistas sem
que o capitalismo fosse hegemônico nesse período. No caso das grandes nave-
gações de Portugal e da Espanha, as atividades econômicas já são propria-
mente capitalistas.

A expansão portuguesa

Fatores:
• Obstáculos ao comércio dos cristãos no Mediterrâneo;
• Crescimento do século XV: valorização dos metais;
• Portugal: pioneirismo na unificação nacional (reconquista*); revolução de
Avis (1385); situação econômica precária; belicosidade da nobreza; bur-
guesia: ouro e mercadorias orientais;
• Ceuta (1415): cereais, cavalos, “cabeças” de rotas de ouro, centro mercan-
til (tecidos, utensílios de cobre, couro) = fracasso relativo;
• D. Henrique, o Navegador (1394-1460); “escola” de Sagres: novos proje-
tos.

Nesse sentido, a expansão portuguesa se insere já numa expansão tipica-


mente capitalista ao enfrentar os obstáculos ao comércio no Mediterrâneo e,
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ao mesmo tempo, superar uma crise extraordinária de metais que se agrava no


século XV. Portugal consegue por uma série de razões liderar o processo da
expansão marítima, em um primeiro momento graças à unificação do território
nacional, que ocorre pouco anteriormente quando comparado ao caso espanhol.
A essência da formação do Estado se dá devido à luta contra os mouros na
Guerra de Reconquista, que possibilita, então, uma aproximação dos grandes
comerciantes de Portugal com as casas dinásticas para estabelecer um Estado
nacional que em 1385, com a Revolução de Avis (dando início à Dinastia de
Avis), torna o Estado português um Estado fortemente influenciado pelos inte-
resses comerciais.

A Reconquista

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A reconquista católica

• Ocupação muçulmana na Península Ibérica (711-725), exceto Astúrias e


Navarra;
• Século X: auge do Califado de Córdoba;
• Século XI: desintegração do Califado, renascimento econômico cristão; for-
talecimento de Barcelona;
• Século XII: nova unidade muçulmana;
• Século XIII: quebra da unidade muçulmana, fortalecimento da reconquista:
Leão e Castela;
• Século XV: casamento de Isabel e Fernando: conquista do reino mouro de
Granada.

Além da Reconquista, que permite a unificação nacional há uma situação eco-


nômica precária de Portugal, uma nobreza com tradição belicosa que advém da
própria Guerra de Reconquista na qual alguns nobres portugueses, e espanhóis,
passam a ser conhecidos como pessoas versadas em prosa e decapitações, ou
seja, manejam tão bem a caneta quanto a espada, tornando uma característica
relevante da região ibérica.
Em busca de ouro e mercadorias orientais na Índia, Portugal inicia a conquista
progressiva da África, começando por Ceuta (próximo ao seu território), que já
comercializava cereais, cavalos, ouro, tecidos, utensílios de cobre e couro. Ini-
cialmente com alguns fracassos, que foram vencidos pela persistência dos por-
tugueses, notadamente de D. Henrique (o Navegador), que cria uma tradição
náutica, a Escola de Sagres, a qual envolve cartografia, construção de embar-
cações, em um intercâmbio constante com os navegadores do Mar do Norte,
inclusive com influência viking, e dos navegadores do Mediterrâneo, para criar
a caravela que passaria a ser o grande meio de transporte dos portugueses até
as Américas.
A ideia de criar novos projetos numa expressão ampla resulta na chegada
dos portugueses ao Brasil.
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A tradição cruzadística portuguesa não está somente presente na belicosi-


dade, mas também no espírito de aventura e no espírito de conquista que o
poeta Fernando Pessoa retrata de maneira esplêndida nos seus escritos, o “Mar
Português”:

O Mar Portuguez, de Fernando Pessoa


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

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A progressiva conquista do litoral africano é importante no processo de expan-


são portuguesa.
“Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, demonstra a
força dos portugueses para enfrentar o Mar Oceano, que era a maneira como
chamavam o Atlântico naquela época e que se constituía num grande desafio
por uma série de crenças, desde a ideia de que a terra era plana e haveria no
horizonte um precipício no qual as embarcações poderiam cair ou na existência
de monstros marinhos e uma determinada região, na altura do Equador, em que
as águas do oceano ferveriam e poderiam cozinhar a tripulação.
Ultrapassar o Cabo Bojador significa ultrapassar todos esses temores advin-
dos do período anterior para um mundo moderno, comercial, mais racional.

A Conquista do Mar Oceano

• Ilhas atlânticas: Madeira (1420), Açores (1427), Arguim (1443), Cabo Verde
(1460);
• Gil Eanes (1433): Cabo Bojador, fim das superstições;
• Nuno Tristão (1443): ilha de Arguim, primeiros “resgates” (escravos x ouro);

A escravidão é praticada a partir do século XV e as trocas são comerciais,


escravos por ouro. As próprias lideranças africanas se organizam para fazer
essas trocas.

• Fernão Gomes: Serra Leoa (1469); Guiné (1471), São Jorge da Mina;
• Bartolomeu Dias (1488): cabo das Tormentas (Boa Esperança);
• Tratados: Bula Inter-Coetera (1493) e Tordesilhas (1494);

Esses tratados estabelecidos entre Portugal e Espanha são muito importan-


tes como forma de “regularizar” a expansão. O Bula Inter-Coetera estabelece a
divisão das terras a serem descobertas (um indício que já se sabe da existên-
cia do continente americano) em um meridiano que passa a 100 léguas oeste
do arquipélago de Cabo Verde. Por esse acordo, a Espanha fica com territórios
e Portugal com as águas. Portugal protesta – que é mais uma comprovação do
conhecimento prévio da existência do território americano – e, no ano seguinte,
pelo Tratado de Tordesilhas, esse meridiano é mudado para 370 léguas a oeste
de Cabo Verde.
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• Vasco da Gama (1498): Calicute (especiarias);


• Pedro Álvares Cabral (1500): Brasil e Índias.

Descobrimento ou achamento do Brasil?

O planeta está praticamente dividido entre Portugal e Espanha, a ponto de


um monarca francês perguntar em qual parte da Bíblia estava escrito que Deus
havia dividido o mundo entre portugueses e espanhóis.
O debate sobre descobrimento ou achamento do Brasil é uma ideia já supe-
rada.
O historiador brasileiro Manuel Nunes Dias faz uma análise detalhada sobre
esse processo e conclui que:
• Há escassez de fontes para essas primeiras viagens de Portugal;
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• É reconhecido o duplo encargo de Cabral: reconhecer uma base no litoral


brasileiro e concluir o trabalho de Vasco da Gama, que havia chegado a
Calicute dois anos antes;
• Tordesilhas é um indício da existência do Brasil;
• Não houve erro de rumo, e sim a busca de correntes marítimas favoráveis.

Outros argumentos

• É inadmissível a versão de tormentas na zona caboverdeana ou que os


ventos afastam a frota;
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• Não há erro de rumo. É difícil crer que os pilotos portugueses errem apenas
uma vez para descobrirem o Brasil. Viajam na frota Bartolomeu Dias, Nico-
lau Coelho, Duarte Pacheco e outros navegadores bastante experimenta-
dos na arte náutica;
• O afastamento da armada para ocidente está no plano imperial da Coroa,
em virtude da importância da descoberta de terras firmes no Atlântico bra-
sileiro;
• “No Mar Oceano, Portugal encontrou espaço para crescer”.

Correntes marítimas e ventos no Atlântico do Sul: para Luis Felipe de Alen-


castro, autor de “O trato dos viventes”, o oceano aproxima o Brasil da África.

Os movimentos dos ventos e das marés geralmente apontam na mesma dire-


ção, o que leva ao reconhecimento da importância dos aspectos geográficos
na época da expansão marítima e comercial. As águas do Atlântico Sul giram
em sentido anti-horário da mesma maneira que a água desce na nossa pia do
banheiro ou da cozinha. No Atlântico Norte, o sentido é contrário e na altura da
cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, as correntes se dividem, o que torna
a navegação da cidade de Belém do Pará para São Paulo extremamente difícil.
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As correntes do Atlântico Sul demonstram duas coisas:


• Há todo o sentido em Cabral fazer o reconhecimento do território brasileiro
e seguir viagem aproveitando uma corrente marítima favorável até o Cabo;
• O oceano aproxima o Brasil da área central atlântica da África especial-
mente da Costa da Mina e das regiões de Angola e Benguela, áreas que
forneceram grande quantidade de escravos para o Brasil.
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Nesse processo do Tratado de Tordesilhas, interessa a Portugal controlar o


Amazonas – porque os franceses estão ao norte e reivindicam direitos sobre
essa região – e a Bacia do Rio da Prata, só que essa bacia não ficava na área
estabelecida pelo tratado, a não ser por alguns geógrafos muito favoráveis a
Portugal que “levam” o tratado de Tordesilhas ainda mais para oeste.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Carlos Eduardo Vidigal.

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