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Painel I

A situação actual da dependência excessiva da consultoria e aquisição


de soluções tecnológicas externas no sistema financeiro angolano

Carlos de Melo
cmelo@sistec.co.ao
27/03/2019
Um tema intrinsecamente ligado à “globalização”.

Dá-nos matéria para reflexão e para a controvérsia, dadas as suas vertentes:

• Política

• Económica

• Tecnológica

• Cultural
Enquadramento:

Angola, sendo um pais do 3º mundo tem os problemas a este associados:

• Elevadas desigualdades sociais – resultantes de uma concentração de capital e má distribuição de


renda.

• Balança comercial desfavorável – exportações são mais baixas que as de importações,


(habitualmente limitadas a exportações de produtos primários).

• Dívida externa, serviço da dívida – A riqueza que poderia ser utilizada em prol da população vai para
as instituições financeiras internacionais e empresas de países desenvolvidos em forma de
pagamento.

• Dependência financeira e tecnológica – As transnacionais e o capital especulativo dominam o


mercado impondo as suas regras e os seus valores.
A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
sistema financeiro angolano

• Porquê?

• Quais as consequências?

• Uma fatalidade?

• É mesmo um fenómeno só com aspectos negativos?


A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
sistema financeiro angolano
Porquê?

Angola tem que fazer parte do Mundo em que se insere, onde:

• Há padrões tecnológicos, de governança e de processos que já existem em países (e


empresas) mais desenvolvidos.

• Esses países (e empresas), têm uma posição dominante e tornam esses padrões
“obrigatórios” quer se concorde ou não!

• Os seus métodos aliados à sua tecnologia passam a fazer escola.


A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
sistema financeiro angolano
Porquê?

• Angola não tem outro remédio senão seguir os padrões estabelecidos desta forma
ou é votada ao ostracismo.

• Fica assim fechado o círculo da dependência excessiva da consultoria estrangeira e


da correspondente tecnologia!
A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
sistema financeiro angolano
Quais as consequências?

O conhecimento das normas e tecnologias existentes nos países dominantes são do domínio
das corporações estrangeiras que, portanto, passam a estar numa posição de grande vantagem:

• Trazem as normas das Escolas que conhecem e apresentam-nos como dogmas aos quais não
há alternativa.

• A implementação destes padrões e processos assim determinados é feito por empresas que
já os dominam. Na grande maioria dos casos, empresas tecnológicas estrangeiras.

• O custo dessa implementação passa a ser o que essas empresas determinam e, como
sabemos, não é barato.
A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
sistema financeiro angolano
Quais as consequências?

• As inovações tecnológicas e as políticas de transações financeiras e comerciais, são


decididas e controladas por pessoas e organizações que se localizam fisicamente fora do país
e cujos interesses não coincidem, necessariamente, com os interesses de Angola.

• O tipo de inovação ou de tecnologia introduzido nos países em desenvolvimento pelas


corporações multinacionais pode ser questionável;

• As relações de custo-benefício (em termos do balanço de pagamentos e de política de


geração de emprego) dessas inovações técnicas podem ser negativas para o país;
A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
sistema financeiro angolano

Quais as consequências?

• Dependência excessiva do exterior, com consequente perda de autonomia e perda de capital.

• Tendência para o protecionismo excessivo, como contramedida.

• Facilidade em fazerem-se gastos de “luxo” em soluções que não são adequadas e que não
acrescentam nada à transferência tecnológica e de conhecimento.
A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
sistema financeiro angolano

Quais as consequências?

• As empresas nacionais não têm qualquer incentivo emocional ou financeiro para fazer algo
diferente. Simplesmente não há mercado. Então segue-se o rebanho comandado pelo
exterior.

• Inibição de geração de polos de interesse de inovação e desenvolvimento de soluções locais.


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Quais as consequências?

A tecnologia não é neutra nem apolítica.

Angola é subordinada das potencias tecnológicas!


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Uma fatalidade?

Sim e não!

• Sim: não temos tempo para crescer rapidamente, sermos competitivos e impor os
nossos valores e padrões e adequar integralmente as tecnologias a estes.

• Não: podemos mudar já alguma coisa com a adopção de políticas correctas e


integradas quer a nível macro, de governo, que a nível micro, de tomadas de
pequenas decisões, por vezes individuais. Mas precisamos de QUERER fazer isso.
A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
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É mesmo um fenómeno só com aspectos negativos?

A curto prazo é. Mas se formos inteligentes talvez o possamos aproveitar. Como?

1- Tendo a Transferência tecnológica como objectivo em cada um dos processos que somos
forçados a executar.

• Temos que encetar a transferência tecnológica como política integrada e sustentável

• Transferência tecnológica não é apenas comprar tecnologia a um país ou empresa, que


provavelmente ainda a vai desenvolver!
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É mesmo um fenómeno só com aspectos negativos?

2- Temos que exercer um protecionismo inteligente.

• Estabelecer métodos, ferramentas e métricas que nos permitam determinar com razoabilidade o
que é necessário importar e o que valerá a pena fazer em Angola.

• Criar nichos tecnológicos dominantes que nos permitam ter posição de liderança no mercado
nacional, mas também no mercado internacional, sob pena de sermos sempre importadores.
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É mesmo um fenómeno só com aspectos negativos?

3- Aproveitar a tecnologia e processos que nos são impostos para saltar etapas.

• Podemos passar para um estágio de maior conhecimento de uma maneria rápida, desde que...

• .... Seja um processo integrado em todas as suas vertentes.


A dependência excessiva da consultoria e aquisição de soluções tecnológicas externas no
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Enquanto não se concretiza a transferência tecnológica e alguma autonomia o que nos


resta?

• Identificar o problema e falar abertamente sobre ele. É um PROBLEMA e não podemos


escamotear essa verdade (este forum é prova disso mesmo).

• Perceber as implicações que tem para o dia-a-dia dos estado, das empresas, do ensino e,
portanto do cidadão.

• Sugerir modelos de mitigação do problema e até de identificação de novas oportunidades.


Não nos rendermos ao fatalismo! (Ex. a banca digital aliada ao microcrédito pode ser uma
oportunidade).
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Enquanto não se concretiza a transferência tecnológica e alguma autonomia o que nos


resta?

• A retenção da tecnologia em si não garante a um país sua independência tecnológica.

• É necessário investimentos em pesquisa e desenvolvimento para que a tal tecnologia não


se torne obsoleta e seja capaz de competir com os países dominantes, mesmo se apenas
em mercados de nicho. Isto é crucial para a independência tecnológica.
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Enquanto não se concretiza a transferência tecnológica e alguma autonomia o que nos resta?

As universidades e instituições do saber devem ter um papel indutor na promoção e pesquisa e


desenvolvimento. Isto deve ser continuo e o papel do Estado deve ser central.

A má noticia é que....

.... não se fazem omeletes sem ovos, nem se constroem pirâmides pelo topo.
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sistema financeiro angolano
Enquanto não se concretiza a transferência tecnológica e alguma autonomia o que nos
resta?

Temos que perceber que a pirâmide das prioridades no ensino está invertida.

A solução começa no pré-escolar e ensino primário e não na universidade.

E tem que ser já!


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Muito obrigado.

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