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Introdução
Assista ao filme “Em nome de Deus”, que trata sobre a vida de Pedro Abelardo e analise a
metodologia de ensino utilizada por ele na escola da Catedral de Notre Dame, em Paris. O
filme está disponível no YouTube.
Os mestres livres também lecionavam fora dos muros da cidade,
satisfazendo as necessidades da nova classe social, pois os filhos dos
burgueses, mercadores das comunas do centro-norte da Itália, precisavam de
instrução tanto quanto os que frequentavam as escolas catedrais, porém por
outros motivos, devido à organização do comércio. Como exemplo dessa nova
cultura, segue um documento florentino privado, que fala da instrução e do
trabalho do filho de Donato Velluti, nascido em 1342:
Com o surgimento de uma nova classe social, uma nova cultura também
foi se delineando atendendo aos anseios da burguesia, que valorizava a cultura
clássica do racionalismo e do espírito crítico. Esse quadro afirmou-se primeiro
na Itália e expandiu-se por toda Europa a partir de meados do século XV.
Ficou conhecido por não ser adepto dos castigos físicos, preferindo a
afeição e a firmeza. Moacir Gadotti afirmou ser esse mestre “um percursor da
moderna escola antiautoritária. Afirmou que “numa época em que predominavam
o método autoritário da escolástica, centrados no mestre, De Feltre propunha
métodos ativos com a participação direta dos alunos” (GADOTTI, 1995, p. 10).
2.2 Novas mudanças…
A vida escolar vai ganhando novos contornos: divide o tempo das lições;
a avaliação sob a forma de exames ganha caráter público ou semipúblico; a
metodologia difundida pretende garantir a aprendizagem partindo do concreto
para o abstrato; a organização da classe por idades; introdução de sistemas de
controle, rituais e instrumentos que permanecerão na escola moderna (CAMBI,
1999).
4. A educação na contemporaneidade
REFERÊNCIAS
Introdução
3. A educação republicana
Você acha que os debates acabaram por aí? Certamente não! As escolas rurais, que
eram maioria no país, se tornaram alvo também de preocupação dos intelectuais da
educação.
Prado Júnior, entre outros, em defesa do escola laica, pública, obrigatória e gratuita.
Em 1985, termina o governo militar, deixando o país com uma enorme dívida
externa sob o controle do FMI – Fundo Monetário Internacional e, com isso, uma
população empobrecida. Foram vários os planos de estabilização econômica, que
previam mudança de moedas e congelamento de preços.
Na educação, o fracasso da Lei 5692/71 já era reconhecido. Por isso, a Lei nº
7044/82 "dispensa as escolas da obrigatoriedade da profissionalização, sendo
retomada a ênfase para a formação geral” (ARANHA, 1996, p. 216). A situação da
educação nacional foi motivo de debates nos trabalhos da Constituinte 1987/1988.
O quadro a seguir, com base nas considerações de Aranha (1996, p. 223-4),
relaciona alguns pontos importantes sobre a educação na Constituição de 1988.
REFERÊNCIAS
Introdução
Ao visitar cada parte, reflita sobre como foi a sua formação escolar e
quais foram as influências sobre ela. Vamos lá?
O cenário encontrado
“O que representava por para
a alfabetização eles os
era bem adiferente
jesuítas ponto dede Portugal:
quererem, floresta
desde o início,
alfabetizar
virgem, os índios,
silêncio, quando
animais, nem em
pouca Portugal com
população o povo era alfabetizado?”
características (PAIVA,muito
e culturas 2000, p. 43)
3. A educação republicana
Você acha que os debates acabaram por aí? Certamente não! As escolas rurais,
que eram maioria no país, se tornaram alvo também de preocupação dos
intelectuais da educação.
Isso mesmo! Após muito tempo de descaso, a escolarização da infância
rural tornou-se pauta de debates entre intelectuais e governantes que defendiam
a educação enquanto como mola propulsora do progresso e, com isso, o direito
dos brasileiros à escolarização.
Essa escola deveria ser uma instituição com programas voltados para a
vida da comunidade, considerando a realidade social, o trabalho e as tradições.
Ao considerar esses aspectos, o intelectual argumentava que: “A escola
primária, por este motivo, tem de ser instituição essencialmente regional,
enraizada no meio local, dirigida e servida por professores da região, identificada
com os seus mores, seus costumes” (TEIXEIRA, 2007, p. 67). Desse modo, o
docente, partilhando da mesma realidade dos alunos, compreenderia que o
programa da escola é a “própria vida da comunidade, com o seu trabalho, as
suas tradições, as suas características, devidamente selecionadas e
harmonizadas” (TEIXEIRA, 2007, p. 67).
Capelato (2011) explica que esse período foi marcado por uma grande
mobilização em defesa da modernização nacional que resultou na reorganização
do Estado, reordenamento da economia e num novo redirecionamento das
esferas pública e privada. Uma nova relação entre o Estado e a sociedade pode
ser verificada a partir de então no exercício do poder, no incentivo às práticas
culturais modernizantes e no trato do líder com as massas.
A LDB 4024/61 não foi revogada, mas passa por adequações impostas
por meio das Leis 5.540/68 que estabelece alterações no terceiro grau, e a
5692/71 que legisla sobre o 1º e 2º graus.
Agora é a sua vez! Como vimos, cada LDB é resultante de seu contexto
histórico. Após ler a nova LDBEN/96 e pesquisar a respeito, aponte as
contribuições da nova LDBEN para a educação e para a formação do cidadão
brasileiro na atualidade.
REFERÊNCIAS
Introdução:
Com as mudanças ocorridas na sociedade e na economia e nos modos
de produção, a tecnologia vai, progressivamente, adentrando na sociedade, no
cotidiano dos sujeitos e nas formas de se relacionarem, transformando-os.
1. As tecnologias na educação
(Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Hornbook#/media/File:Campion-Hornbook.jpg)
Fonte:
https://www.objectlessons.org/childhood-
and-games-victorians/school-slate--pencil-
victorian-original/s67/a1016/
Fonte:
https://blog.scienceandmediamuseum.org.uk/hidden-
treasures-our-collection-stereo-viewers/
Em 1925, surge o Film Projector, o primeiro projetor de filmes. Por meio
dele, os vídeos instrucionais puderam ser usados nas salas de aula para
complementar as lições e aproveitar o que os professores explicavam. Logo
aparece também o rádio, seguido pelo Retroprojetor.
Fonte:
Fonte: https://www.grupoescolar.com/pesquisa/on
https://www.sutori.com/item/19 de-foi-inventado-o-primeiro-radio.html
25-film-projector-this-piece-of-
technology-is-why-we-
all-get-that-happy-feel
Em 1940, circula no ambiente escolar a caneta esferográfica e o
mimeógrafo e, em 1951, os Videotapes, o acelerador de leitura. Em 1958, surge
a Televisão Educativa, seguida pela fotocopiadora, em 1959, que é sucedida
pelo Liquid Paper em 1960.
A década de 60 deu início à "revolução eletrônica”, inicialmente com a
expansão do rádio e da televisão, que propiciou uma profunda revisão dos
modelos de comunicação usados, devido à capacidade de influência sobre
milhões de pessoas, gerando mudanças nos costumes sociais, na maneira de
fazer política, na economia, no marketing, na informação jornalística e também
na educação.
Com o aparecimento dos computadores pessoais a partir dos anos 80,
a educação em massa ganhou novos contornos, fundamentalmente sob a
concepção de ensino individualizado. Encontramos novas possibilidades de uma
"primeira geração" de programas com um enfoque do apoio lógico-educativo
baseado no modelo associacionista que recupera os conceitos do ensino
programado e das máquinas de ensinar. Chegam, também, sob a denominação
de "novas tecnologias da informação e da comunicação", novas opções
apoiadas no desenvolvimento de máquinas e dispositivos projetados para
armazenar, processar e transmitir, de modo flexível, grandes quantidades de
informação.
Com a rápida e cada vez mais constantes mudanças nas tecnologias da
informação e da comunicação, com a criação de novos materiais audiovisuais e
informáticos, a necessidade de projetar as suas aplicações educacionais
correspondentes vem despertando o interesse dos técnicos da educação.
Entre os anos de 1960 e 2010, vimos surgir o Microfilm (1965), a
Calculadora Manual (1970), o cartão perfurado (1972), o computador pessoal ou
computador de mesa (1980), CD ROOM (1985), Quadro interativo (1999), o
computador por aluno (2006) e o Apple Ipad (2010).
Com o avanço das tecnologias, principalmente as tecnologias de
informação e comunicação, diversos recursos e meios foram disponibilizadas
para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. E, com a internet, surge uma
forma de facilitar a comunicação, que pode ocorrer tanto de um aluno para o
outro, como de um para muitos, ou entre muitos, ampliando a forma de interação,
o que possibilita a formação de grupos e o trabalho colaborativo, como apoio ao
ensino presencial.
Nogueira (2016) dividiu em quatro as fases o uso das Tecnologias na
educação:
FASE CARATERÍSTICA
Estática Lousa
Giz
Livro Impresso
Materiais didáticos
concretos
Dinâmica Retroprojetor
Mimeógrafo
Fotocopiadora
Multimídia Microcomputador
Software
Uso do CD-Room para
aprendizagem
Virtual Internet
Vídeo conferência
Chats/EAD
Tutoria à Distância
Como você pode perceber, algumas tecnologias utilizadas na educação não foram
contempladas. Pesquise na sua família, com seus colegas e na internet. Faça um
texto sobre elas e, se possível, insira imagens.
Registros informam que tais materiais viraram sucatas nas escolas, pois
os professores não sabiam como lidar com a tecnologia, não era disponibilizado
tempo para que os professores assistissem os programas e a supervisão escolar
não sabia gravar os programas para que fossem socializados com os
professores. Enfim, o recurso oferecido não foi acompanhado com a formação
não só para que os professores soubessem usar, mas se apropriassem do
objetivo.
Almeida (2009) aponta que, nas últimas três décadas, a não observância
às diversidades culturais locais e suas singularidades fizeram com que as
tecnologias fossem percebidas como ferramentas, pois a forma pela qual o
programa foi implantado favoreceu a utilização racionalista, mecânica e
instrumental dos computadores e dos usos das tecnologias da informação e
comunicação na educação. Várias são as críticas ao Programa. Cordeiro e
Bonilla (2018) apontam:
A opção pelo software proprietário implantado nas máquinas, em sua
primeira fase, aumentou os gastos do projeto e não favoreceu o
desenvolvimento de tecnologia nacional;
A formação de professores se deu de forma superficial, não abrindo
oportunidade a uma formação mais intensa dentro das próprias escolas,
numa perspectiva que integrasse efetivamente o uso das tecnologias
aos projetos pedagógicos;
A partir de 2007, o governo passa a investir em programas que têm o
foco na utilização de tecnologias digitais móveis e na incorporação do
software livre. No entanto, a dinâmica continuou a mesma, distribuir
tecnologia e equipamentos às escolas da rede pública, com conteúdos
pedagógicos embutidos, sem oferecer condições de formação, de
conectividade banda larga e de infraestrutura geral;
A lógica adotada por essa política pública põe em evidência uma
concepção de educação e tecnologia onde não são discutidas maneiras
de dar sustentabilidade a esses processos (tanto de infraestrutura,
logística, manutenção, pedagógico, etc). Assim, quando acabam os
investimentos do governo ou os programas de formação, as escolas
sentem-se fragilizadas a ponto de abandonarem os projetos, pois os
dispositivos começam a apresentar defeitos ou quebram e não há,
dentro da escola, ou mesmo nas Secretarias de Educação, um suporte
para atender a essas demandas. A lógica de instrumentalização, base
da estratégia de inserção das tecnologias digitais na escola, bem como
a própria proposta de formação dos professores, que é feita de maneira
muito específica para cada tipo de dispositivo, impede que os
educadores reestruturem suas práticas à medida que mudam os
suportes ou dispositivos digitais.
As autoras apontam que tais problemáticas vêm acompanhando a
implantação das tecnologias digitais nas escolas públicas, como Projeto UCA,
responsável pela distribuição de laptops educacionais a, aproximadamente, 300
escolas públicas de educação básica em zonas rurais e urbanas do país. Seu
objetivo era intensificar e atualizar as tecnologias da informação e da
comunicação (TIC) nas escolas, complementando as ações já existentes, como
os laboratórios de informática.
Tinha-se a expectativa de que tal projeto, por se tratar de tecnologia
digital móvel, trouxesse em seu cerne princípios fundantes que pudessem
encaminhar outros processos e propostas pedagógicas dentro da escola. No
entanto, o que é possível observar, na plataforma E-Proinfo, foi o caráter linear
e homogeneizador, que sugere etapas sequenciais de conhecimento da
máquina, depois de seus aplicativos, planejamento de atividades para só depois
trabalhar com os alunos (CORDEIRO; BONILLA,2018).
Cordeiro e Bonnilla (2018) acreditam que, por ser uma tecnologia digital
móvel, deveria estar acompanhada com conectividade de qualidade dentro da
escola, para que professores e alunos pudessem inserir-se no contexto digital
de forma plena, acessando conteúdos, criando sites, participando de redes
sociais, produzindo e disponibilizando conteúdos na rede, e até inserindo suas
comunidades nesse processo.
Faça uma pesquisa para saber quais as políticas públicas, na área das tecnologias de
informação e comunicação, estão sendo executadas em sua cidade.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, D. A. TIC e educação no Brasil: breve histórico e possibilidades
atuais de Apropriação. Pró-Discente: Caderno de Prod. Vitória v. 15 n. 2
Ago./Dez. 2009, p. 8-16.