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Aluna Regular do PPGSS em Educação da Universidade São Francisco – USF.
p.206), estes últimos, tratados no texto como aqueles que falam ou são falados,
reafirmando a ideia do sujeito como “efeito discursivo” de subjetividades, onde se
entrelaçam identidades e diferenças, dentro de um “interdiscurso” que “subjaz a todo
discurso” (FISHER, 2001,p.212).
A autora traz um elemento de análise sobre o discurso e a rede de poderes e
saberes que nos produzem como sujeitos: as práticas não discursivas, que para ela
guarda interdependência com as práticas discursivas, onde são produzidas as “coisas
ditas”, dando conta “da formação e da transformação dos discursos, que é o objetivo
principal da análise” (FISHER,2001, p.219), neste artigo, em que ela investiga em sua
tese, a centralidade da figura adolescente nos textos da mídia, em nossa época.
Por fim, o texto de Fischer (2001), me levou a pensar a respeito das pesquisas
que nos propomos fazer, especialmente no doutorado, onde devemos partir de algo
inédito, ainda não pesquisado, para defender a nossa tese.
Oras, mas se Foucault nos ensina a investigar as condições de existência de
um determinado discurso, afirmando serem os enunciados “um conjunto de já-ditos”
(FISHER, 2001, p.220), ou já-ouvidos, isso significa dizer que, por mais que
procuremos pesquisar e/ou produzir algo novo em Educação, estaremos apenas re-
pesquisando aquilo que já foi pesquisado a seu tempo, pois pelo que pude entender,
em Foucault, sendo o discurso, um conjunto de enunciados, portanto acontecimentos
já-ditos ou já-ouvidos, nunca será inédito, e então, não estaremos produzindo, em
tese, nada novo, estaremos apenas buscando enxergar aquele além daquilo que se
vê, mas que , por definição Foucaultiana, sempre existiu.
Me ajuda a pensar sobre isso Professora Márcia.