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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – USF

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO


Disciplina: Teoria da Enunciação e do Discurso
Professora: Marcia Ap. Amador Mascia
1º semestre de 2019
Solange Maria de Oliveira Cruz1

Foucault e a análise do discurso em educação


Rosa Maria Bueno Fischer

Artigo onde são apresentados e discutidos pontos da teoria do discurso de


Michel Foucault, os quais temos discutido e refletido em aula, com outros autores e
com o próprio Foucault, especialmente os conceitos de enunciado, prática discursiva,
sujeito e heterogeneidade do discurso, por meio exemplos genéricos do campo da
educação e de resultados de uma pesquisa de doutorado da autora em questão.
A autora traça um paralelo desses conceito foucaultianos com a educação, nos
trazendo um panorama geral sobre a construção discursiva do social, onde afirma que
analisar o discurso sob essa ótica (do social), é analisa-lo em suas “relações
históricas, de práticas muito concretas, que estão ‘vivas’ nos discursos” (FISHER,
2001, p.198-199), produzindo relações de poder, que ao mesmo tempo são
produtoras de novos discursos e de novos saberes.
Para tanto, o discurso é atravessado na linguagem pelo enunciado que, por sua
vez, está “apoiado em um conjunto de signos” (FISHER,2001, p.201), que são
palavras, para o qual, ela, apoiada em Foucault, afirma serem formadas por quatro
elementos básicos e específicos: um referente, um sujeito, um campo associado e
uma materialidade específica, todos em correlação com a formação discursiva, com
significações próprias, segundo determinadas regras.
O enunciado, para a autora, não sendo oculto, nem visível, parte de uma
análise do que foi dito em dado momento, e que sendo eles acontecimentos, trazem
em si uma heterogeneidade discursiva, visto ser o discurso um “lugar de multiplicação
dos discursos, bem como o lugar da multiplicação dos sujeitos” (FISHER, 2001,

1
Aluna Regular do PPGSS em Educação da Universidade São Francisco – USF.
p.206), estes últimos, tratados no texto como aqueles que falam ou são falados,
reafirmando a ideia do sujeito como “efeito discursivo” de subjetividades, onde se
entrelaçam identidades e diferenças, dentro de um “interdiscurso” que “subjaz a todo
discurso” (FISHER, 2001,p.212).
A autora traz um elemento de análise sobre o discurso e a rede de poderes e
saberes que nos produzem como sujeitos: as práticas não discursivas, que para ela
guarda interdependência com as práticas discursivas, onde são produzidas as “coisas
ditas”, dando conta “da formação e da transformação dos discursos, que é o objetivo
principal da análise” (FISHER,2001, p.219), neste artigo, em que ela investiga em sua
tese, a centralidade da figura adolescente nos textos da mídia, em nossa época.
Por fim, o texto de Fischer (2001), me levou a pensar a respeito das pesquisas
que nos propomos fazer, especialmente no doutorado, onde devemos partir de algo
inédito, ainda não pesquisado, para defender a nossa tese.
Oras, mas se Foucault nos ensina a investigar as condições de existência de
um determinado discurso, afirmando serem os enunciados “um conjunto de já-ditos”
(FISHER, 2001, p.220), ou já-ouvidos, isso significa dizer que, por mais que
procuremos pesquisar e/ou produzir algo novo em Educação, estaremos apenas re-
pesquisando aquilo que já foi pesquisado a seu tempo, pois pelo que pude entender,
em Foucault, sendo o discurso, um conjunto de enunciados, portanto acontecimentos
já-ditos ou já-ouvidos, nunca será inédito, e então, não estaremos produzindo, em
tese, nada novo, estaremos apenas buscando enxergar aquele além daquilo que se
vê, mas que , por definição Foucaultiana, sempre existiu.
Me ajuda a pensar sobre isso Professora Márcia.

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