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FACULDADE RUY BARBOSA

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ANDRE LUIS VASCONCELLOS DE MELLO


GISELE ALVES MARINHO
ISABELLA NUNES

O MOTIVO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO PARA PROFESSORES

Salvador
2017
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ANDRE LUIS VASCONCELLOS DE MELLO


GISELE ALVES MARINHO
ISABELLA NUNES

O MOTIVO E O SIGNIFICADO DO TRABALHO PARA PROFESSORES

Trabalho acadêmico apresentada à Faculdade Ruy


Barbosa – Devry Brasil, como avaliação parcial da
disciplina Psicologia Organizacional e do Trabalho,
ministrada pela Profa. Dra. Telma Fernandes
Mascarenhas.

Salvador
2017
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O trabalho poupa-nos de três grandes males:


tédio, vício e necessidade..
(Voltaire)
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RESUMO

Este trabalho objetiva verificar a relação motivacional existente entre profissionais


desempenhando funções de magistério. Para tanto, foram questionados eletronicamente
21 professores entre 20 e 60 anos, das mais diversas áreas. Os resultados analisados e
confrontados com as teorias vigentes da Psicologia Organizacional.

As conclusões obtidas sustentam a ideia de que a profissão do magistério não se associa


apenas à recompensa financeira, mas a um chamado maior, que envolve a realização
pessoal e o sentimento de pertencimento e participação social.

Palavras-chave: Psicologia Organizacional, Trabalho, Magistério.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6

2 O QUE LEVA O SUJEITO TRABALHAR 7

3 O SIGNIFICADO DO TRABALHO 14

4 DADOS COLETADOS 19

5 ANÁLISE DOS DADOS 21

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 25

REFERÊNCIAS 26
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1. INTRODUÇÃO

Bastos, Pinho e Costa (1995) citam Lévy-Leboyer ao escrever que as profundas


mudanças pelas quais estão passando a sociedade estão levando o homem a enfrentar
uma crise em suas motivações no trabalho, derivados de um enfraquecimento no valor
social e psicológico da atividade laboral.
Quando levamos em conta, como nos propõem Bastos, Pinho e Costa (1995), o peso
que o trabalho tem na vida do sujeito, percebemos o quão importante é essa dimensão
para sua saúde psíquica, pois este
(...) é utilizado como definidor da estrutura de tempo (...), divisor entre atividades
pessoais (...) e impessoais (...), legitimador social de diferentes fases da vida (...).
Além disso, o trabalho se coloca como uma necessidade existencial, cujos
rendimentos servem para a satisfação de necessidades humanas (...).

Dentro deste contexto de importância, vimos pesquisar junto aos professores como se
dá sua relação com a atividade laboral. Para tanto, levamos a cabo uma pesquisa,
buscando informações de 21 professores, com idades entre 26 e 60 anos, com diversas
formações, usando de ferramentas online. Esses resultados foram analisados à luz das
teorias vigentes da Psicologia do Trabalho.
Nossa hipótese era de que os professores teriam motivações que transcendiam a mera
dimensão financeira, uma vez que as pressões naturais da atividade – baixos salários,
excessivas exigências etc – levariam normalmente a perdas motivacionais que, de
outro modo não poderiam ser superadas.
Na análise dos dados, efetivamente, pudemos constatar que um maior peso se dava à
realização pessoal, confirmando a ideia generalizada de que há um chamado que leva
o sujeito a optar pelo magistério. Como resumiu belamente Alves (2006) no título de
seu artigo, "Amor à profissão, dedicação e o resto se aprende".
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2. O QUE LEVA O SUJEITO A TRABALHAR


Segundo uma visão marxista, entende-se o trabalho como uma expressão do ser em
um processo de transformação do mundo para satisfação de suas necessidades. Estas
necessidades não são apenas físicas, mas também psíquicas. Bastos, Pinho e Costa
(1995) lembram que essas transformações do mundo são os produtos do trabalho e
sua valorização se relaciona com a finalidade do trabalho para o indivíduo e responde
à questão do por que o sujeito trabalha.
Por essa perspectiva, o trabalho não é apenas algo necessário do ponto de vista
material, mas necessário à própria saúde do sujeito. De fato, segundo nos escreve
Tolfo e Piccinini (2007), citando pesquisas realizadas pelo Meaning of Work
International Research Team, na década de 80 e por Edgar Morin, no final da década
de 90, mostraram que as pessoas permaneceriam trabalhando mesmo que não
houvesse a necessidade física/ financeira para tanto. Segundo essas pesquisas,
(...) o trabalho, além de ser uma fonte de sustento, é um meio de se relacionar
com os outros, de se sentir como parte integrante de um grupo ou da sociedade,
de ter uma ocupação, de ter um objetivo a ser atingido na vida (Morin, 2001
apud TOLFO, PICCININI, 2007)
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3. O SIGNIFICADO DO TRABALHO
Bastos, Pinho e Costa (1995) nos trazem dois eixos pelos quais podemos entender o
significado do trabalho para o sujeito. Em um primeiro eixo, encara-se o trabalho
como sacrifício. Em outro, mais positivo, se entende o trabalho como responsável
pela própria condição humana, que enseja um domínio da natureza através da sua
modificação para atendimento se suas necessidades.
Esses entendimentos são criados com base nas experiências cotidianas do indivíduo
com o meio que o cerca e com o qual interage. Dessa maneira, alertam os autores,
ainda que se trate de um processo individual – na medida que o entendimento e a
interpretação dos fatos são próprios do sujeito – também é um processo social, pois
essas experiências se dão em sociedade.
De maneira geral, porém, segundo os autores, e segundo pesquisa do Meaning of
Work International Research Team (MOW) que visava definir variáveis que
explicassem os significados que as pessoas atribuem ao trabalho,
A estrutura geral do conceito de significado do trabalho envolve três grandes
domínios: a centralidade do trabalho, as normas societais do trabalho, e os
resultados e objetivos valorizados do trabalho.

Para fins deste estudo, seguiremos os entendimentos de significado do trabalho com


base nesta nestas variáveis identificadas pelo MOW. Para este estudo, por
centralidade do trabalho entende-se o nível de importância do trabalho na vida do
sujeito no momento considerado. Essa apreciação, por sua vez, é percebida
considerando-se o valor do trabalho na vida do indivíduo e como ele é orientador em
suas decisões nessa esfera.
Esse valor em sua vida é avaliado tomando-se em por base tanto percepções internas
quanto externas, providas da percepção do quanto o sujeito considera o trabalho parte
de sua própria vida.
Segundo nos escreve Bastos, Pinho e Costa (1995)
No estudo desenvolvido pelo MOW, os produtos valorizados do trabalho
envolvem as seguintes funções abrangentes, expressivas e instrumentais, que o
trabalho pode desempenhar para o indivíduo (...): a. o trabalho que permite a
obtenção de status e prestígio; b. a função econômica, obtenção dos rendimentos
necessários; c. a função de manter o indivíduo ocupado, em atividade; d. a
função de contato social, de permitir estabelecer relações interpessoais; e. a
função de se sentir fazendo algo útil à sociedade; e f. a função auto-expressiva
ou intrínseca, quando se valoriza o trabalho interessante e que permite a auto-
realização

Tolfo e Piccinini (2007, p.39) escrevem que as normas sociais sobre o trabalho estão
relacionadas com valores morais associados ao trabalho e que estes agem como “(...)
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antecedentes dos princípios e condutas sociais associados às crenças sobre as


obrigações e os direitos do trabalhador”. Essas normas atuam como padrões quando
o sujeito avalia o resultado que obteve do trabalho que realizou. A percepção geral
da retribuição que recebe ante as contribuições que traz.
Com relação aos resultados valorizados, Tolfo e Piccinini (2007, p.40) os descreve
como sendo compostos de variáveis que abrangem “(...) o conjunto de produtos
básicos que os indivíduos buscam no trabalho, as funções que cumpre para eles e as
necessidades que lhes permitem satisfazer (obter prestígio e retorno financeiro,
mantê-los em atividade, permitir-lhes contato social e estabelecimento de relações
interpessoais; fazê-los sentirem-se úteis para a sociedade; permitir sua auto-
realização)”.
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4. DADOS COLETADOS
A pesquisa foi levada à cabo no intervalo de dois dias, entre 29 e 30/ 05/ 2017,
utilizando-se de formulários online. Foram entrevistados 21 profissionais, cerca de
95% dos quais atualmente empregados, de ambos os sexos e divididos mais ou menos
igualitariamente entre 26 e 60 anos conforme os gráficos abaixo.
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A grande maioria dos profissionais está no serviço a mais de 15 anos e cerca de 66%
deles na área de humanas.

Perguntados acerca do sentido que entendiam para o trabalho, a grande maioria –


cerca de 90% - respondeu algum tipo de motivação interna, como realização (pessoal),
prazer ou mesmo sentir-se parte de algo maior. Apenas uma pequena parcela
respondeu algo relativo à dimensão financeira – cerca de 10%.
Dentre os três maiores motivos para trabalhar, 81% relataram razões associadas ao
sustento, 76%, justificativas de realização pessoal e suas variantes, enquanto 38%
relataram a necessidade de prazer/ lazer.
No outro lado do espectro, quando perguntados sobre o significado que dariam ao
desemprego, a grande maioria – 90% – relatou sentimentos negativos, associados à
desvalorização, incapacidade e tristeza. Apenas um dos entrevistados viu o
desemprego como uma oportunidade de crescimento e outro, relatou não ter vivido a
situação.
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5. ANÁLISE DOS DADOS


O conceito de atemporalidade estudado por Freud ao falar do inconsciente foi possível
de ser visto no discurso da Aidda quando ela demonstra o lúdico, o riso e a
flexibilidade para resolver os desafios que a vida apresenta. Um exemplo que ficou
bem claro foi o fato dela aceitar em fazer a entrevista durante seu procedimento
dermatológico. Pode ser que se fosse uma outra pessoa a possibilidade de desmarcar
a entrevista fosse grande, mas não só ela não desmarcou como também providenciou
junto com a secretaria da médica uma sala para a realização da entrevista. Em um dos
momentos da entrevista referenciou essa flexibilidade com um exemplo pessoal
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise desses pontos nos faz perceber um modelo que guarda semelhança com
todos os modelos apresentados e ao mesmo tempo reforça e valida tanto as teorias de
Erikson quanto de Jung e reitera ainda mais nosso entendimento de que Aidda
Pustilnik é um caso de estudo digno de nossa análise seja pela sua vida, seja pela
representatividade que sua experiência tem no caminhar rumo a um modelo válido de
envelhecimento ideal.
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REFERÊNCIAS

ALVES, Nancy Nonato de Lima. "Amor à profissão, dedicação e o resto se


aprende": significados da docência em Educação Infantil na ambiguidade entre
a vocação e a profissionalização. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 29., 2006,
Caxambu. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: ANPEd, 2006. Disponível em
<http://29reuniao.anped.org.br/trabalhos/trabalho/GT07-2570--Int.pdf>. Acesso em
05 Junho 2017.

BASTOS, Antonio Virgílio Bittencourt; PINHO, Ana Paula Moreno; COSTA,


Clériston Alves. Significado do trabalho: um estudo entre trabalhadores
inseridos em organizações formais. Rev. adm. empres., São Paulo , v. 35, n. 6, p.
20-29, Dec. 1995 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
75901995000600004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 Junho 2017.

TOLFO, Suzana da Rosa; PICCININI, Valmíria. Sentidos e significados do


trabalho: explorando conceitos, variáveis e estudos empíricos brasileiros.
Psicol. Soc., Porto Alegre , v. 19, n. spe, p. 38-46, 2007 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
71822007000400007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 Junho 2017.

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