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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ

CURSO DE DIREITO

Artur dos Santos Sousa

VEÍCULOS AUTÔNOMOS: SEGURANÇA NO TRÂNSITO E LIBERDADE


CIENTÍFICA.

QUIXADÁ - CEARÁ

2019
2

Artur dos Santos Sousa

SUMÁRIO

1. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 4
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................. 5
3. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 5
4. HIPÓTESES ........................................................................................................................ 6
5. ASPECTOS METODOLÓGICOS ...................................................................................... 7
6. POSSÍVEL SUMÁRIO ....................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 18
3

1 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho objetiva investigar, sob a ótica da repercussão acerca do uso de


tecnologias de veículos de condução autônoma no ordenamento jurídico brasileiro, em uma
análise acerca das lacunas legais a serem trabalhadas sob o aspecto da liberdade científica
frente a segurança no trânsito e o risco potencial no emprego dos veículos Autônomos (VAs).

Na medida que ainda engatinhamos em relação a questões mais técnicas sobre uso e
aplicação de novos conceitos tecnológicos do ponto de vista jurídicos, uma vez que a
tecnologia avança a um ritmo que o Direito sequer consegue acompanhar ou mesmo prever
situações devido a natureza de constante mudança tecnológica. Se faz imprescindível que o
Direito tente aproximar-se cada vez mais dessas mudanças sociais e dos novos aspectos
pontuais sobre a aplicação do Direito nos casos concretos envolvendo o uso de veículos sem
condução direta e o potencial risco decorrente do seu uso e implementação.

Na atualidade presencia-se um cenário de constante evolução no campo tecnológico e Commented [MV1]: ,

essa evolução traz consigo consequências jurídicas a cada atualização de um elemento Commented [A2]:

existente, ou criação de um novo elemento científico-tecnológico. Esses novos cenários


implicam a necessidade de uma constante atualização jurídica, em todos os âmbitos, uma vez
que novas culturas, novos costumes surgem, alterando a forma como o homem se relaciona
em sociedade.

Novas pesquisas trazem a inovação necessária intrínseca à natureza tecnológica, vê-se


cotidianamente o desenvolvimento de dispositivos que simulam com aparente perfeição o
raciocínio lógico humano, que tomam decisões aparentemente autônomas através do ponto de
vista tecnológico, ou seja, sem interações ou interferências diretas do ser humano.

O avanço no campo da automação permite cada vez mais que uma máquina possa se
tornar autônoma, na medida em que ela passa a aprender com suas interações com o ambiente,
4

com outras máquinas e com as próprias instruções/interações com o ser humano; assim como
faz uma criança ao começar a perceber o ambiente ao qual ela faz parte, gradativamente
influência e é influenciada pelas interações e pelo próprio meio, essa evolução computacional
em reconhecer aspectos específicos e evoluir na medida que interage é o que faz com que
cada vez mais possamos projetar veículos que tenham uma percepção sintética do espaço que
ocupam no trânsito.

Atualmente computadores conseguem realizar uma análise de dados por ele colhidos,
ou inseridos em sua programação, e a partir dessa análise, tomar determinadas “decisões”
computacionais com o mínimo ou até nenhuma intervenção humana com base na matemática,
que se adaptam a circunstancias no trânsito a partir das interações de seus sensores
interagindo com o meio; algo assemelhado sinteticamente ao raciocínio humano ao decidir
instintivamente a manobra a ser executada em cada situação em meio ao tráfego, fica
evidenciado que máquinas conseguem reproduzir ações humanas, ainda que artificialmente,
essa substituição gradativa da atividade humana traz a tona algumas preocupações dentre as
quais, deve-se refletir quanto ao risco no uso por falhas na tecnologia, na sua aplicação, uma
vez que a máquina trata dados sensíveis para tomada de decisões, sem levar em conta
variáveis humanas alheias a objetividade tecnológica, dentre os quais a própria ética e a
moral; portanto a programação pode não conseguir tomar uma “decisão” mais acertada, na
medida que não tem capacidades sensíveis a distinguir uma situação-limite que envolva riscos
a bens jurídicos essencialmente humanos.

Vivemos uma nova revolução humana, desta vez denominada de tecnológica, onde
cada vez mais, as máquinas conseguem fazer para o ser humano e/ou pelo ser humano, não só
o trabalho manual como também o trabalho mental;

Portanto, assim como ações e pensamentos humanos experimentam falhas, deve-se


atentar para o fato do iminente risco na aplicação da automação na condução de veículos,
desse modo, a presente pesquisa buscará responder as seguintes questões observando os
desdobramentos e consequências atinentes ao tema: Commented [MV3]: O número de questionamentos deve
ser igual ao número de capítulos, ou seja, se pretende
trabalhar 3 capítulos (o ideal) deve ter três perguntas um
1. Como tratar o conflito entre direitos fundamentais decorrentes das novas direcionado para cada capítulo, o mesmo com os objetivos
específicos.
relações/interações entre seres humanos e tecnologia?
Commented [MV4]: Acho quase impossível fazer esse
tipo de investigação tendo em vista sua amplitude.
5

2. Quais desafios o uso do veículo autônomo trará para o ordenamento jurídico


brasileiro, estamos preparados do ponto de vista estrutural e mobilidade urbana?
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

No atual momento histórico, muito se faz referência a indústria 4.0 (quatro ponto
zero), como um marco na forma em que as pessoas passam a interagir umas com as outras por
meio de tecnologias diversas, passando portanto por uma transformação e atualização
tecnológica, saindo de uma era analógica do ponto de vista técnico, para uma era digitalizada
por assim dizer, mudança essa proporcionada pelo fácil acesso a essas mesmas tecnologias, na
medida que a criação ou atualização de uma tecnologia com finalidade de alienação, onde
outrora era puramente militar, faz com que cada vez mais, um conceito tecnológico saia do
projeto recebendo os devidos investimentos em pesquisas tentando sair na frente para que
possa ser cada vez mais aperfeiçoado e comercializado e na maior parte das vezes a aplicação
e uso de novas tecnologias não leva em consideração seus propensos impactos sociais, os
exemplos são infinitos, mas como será tratado pelo presente trabalho o Veículo Autônomo
(VA’s), ele será o exemplo.

A tecnologia transforma ambientes sociais humanos, uma nova gama de aspectos


técnicos, éticos e desafios legais surgem decorrentes dessa evolução e passam a impactar na
sociedade direta ou ainda indiretamente, e em vários aspectos. Neste sentido, Goodall, N. J.
2014.

Os veículos automatizados receberam muita atenção recentemente. [...] Esses


veículos têm o potencial de reduzir falhas e melhorar significativamente a eficiência
das rodovias, automatizando as responsabilidades do motorista. Ainda assim, espera-
se que os veículos automatizados colidam ocasionalmente, mesmo quando todos os
sensores, componentes de controle do veículo e algoritmos funcionem
perfeitamente. Se um motorista humano for incapaz de assumir o controle a tempo,
um computador será responsável pelo comportamento de precrash. Ao contrário de
outros veículos automatizados, como aeronaves, em que cada colisão é catastrófica
e, ao contrário dos sistemas de trilhos guiados, que podem evitar colisões em apenas
uma dimensão, os veículos automatizados podem prever várias alternativas de
trajetória e selecionar um caminho com o menor dano ou probabilidade de colisão.
Em algumas situações, o caminho preferido pode ser ambíguo. (tradução transliteral
do autor). Goodall, N. J. (2014). Ethical Decision Making during Automated
Vehicle Crashes. Transportation Research Record, 2424(1), 58–65.(tradução
transliteral do autor) 1

1
Automated vehicles have received much attention recently. […] These vehicles have the potential to reduce
crashes and improve roadway efficiency significantly by automating the responsibilities of the driver. Still,
automated vehicles are expected to crash occasionally, even when all sensors, vehicle control components,
7

Diante dessas observações iniciais sobre o assunto é salutar trazer a tona os aspectos
constitucionais ligados ao trânsito, é importante desde já esclarecer que os veículos fazem
parte do conceito de trânsito decorrente trago na própria Constituição Federal de 1988 e que
esta, confere proteção a um bem jurídico que em tese é o mais importante, sendo a proteção a
vida decorrente da segurança no trânsito. Nesse sentido, (MACHADO, Jayson da Rosa. O
Trânsito como um direito fundamental da pessoa humana. Revista Âmbito Jurídico).

O trânsito é um bem jurídico que merece destaque; nenhum outro interesse tem
difusidade maior do que ele, que pertence a todos e a ninguém em particular.[…] O
que se entende por trânsito, é o conjunto de deslocamentos das pessoas no espaço
público que denominamos bens públicos de uso comum, pelas calçadas e vias
públicas. Além das pessoas, essa movimentação geral engloba também diferentes
tipos de veículos.”(MACHADO, Jayson da Rosa.)

Seguindo esse raciocínio se percebe que no trânsito há diversos interesses


exemplificados a atuação de cada pessoa, sendo esta motorista, ciclista, pedestre, etc. As
normas de trânsito dizem respeito a garantia do equilíbrio entre esses interesses coletivos,
portanto, a locomoção de pessoas na prática de distintas atividades a bordo ou não de
veículos; nesse sentido temos ainda a análise da proteção do código de trânsito Brasileiro,
trazida em complementariedade por (MACHADO, Jayson da Rosa):

A defesa da vida humana e a integridade física constituíram os bens jurídicos de


maior relevância do legislador de trânsito de 1997. Exemplo disso é o art. 29, §2º do
Código Nacional de Trânsito, segundo o qual “os veículos de maior porte serão
sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.”(MACHADO, Jayson da
Rosa.).

Após as observações acima, verifica-se que a constituição confere proteção a vida ao


tratar do trânsito, visto que a proteção constitucional decorrente da legislação envolvendo o
trânsito é antes de tudo assecuratória a integridade física e proteção a vida dos que trafegam
nas vias, sejam as públicas ou particulares, as normas de trânsito são portanto normas de
cumprimento obrigatório imediato, sob pena de consequências muitas das vezes irreversíveis
e/ou no mínimo sequelares, para quem descumpre, ou a terceiros ainda que estes não as
violem.

and algorithms function perfectly. If a human driver is unable to take control in time, a computer will be
responsible for precrash behavior. Unlike other automated vehicles, such as aircraft, in which every
collision is catastrophic, and unlike guided track systems, which can avoid collisions only in one dimension,
automated roadway vehicles can predict various crash trajectory alternatives and select a path with the
lowest damage or likelihood of collision. In some situations, the preferred path may be ambiguous.
8

(LIMA, Jair Antônio Silva de, 2014) acrescenta que a segurança do trânsito é um princípio a
ser observado pautando portanto a legislação infraconstitucional.

A legislação infraconstitucional reafirma o que estabeleceu o constituinte originário


quando elevou o direito à segurança à categoria de direito fundamental, inserindo-o
no artigo 5º da Constituição da Federal. Para tanto, o CTB qualifica o direito à
segurança constitucionalmente garantido, especificando que este direito também
deverá ser garantido nas operações de trânsito. Frise-se que esta segurança é
necessária até mesmo para que se garanta outros direitos igualmente fundamentais,
como o direito à vida, à integridade física, à liberdade. (LIMA, Jair Antônio Silva
de, 2014.)

Isto posto, o direito à segurança no trânsito o é fundamental também pois decorre de


outros direitos fundamentais, como o direito à vida principalmente. Registre-se, ainda, que o
art. 144 da CF atribui ao Estado o dever de garantir a segurança pública, evidentemente, como
forma de efetivação dos direitos prescritos no art. 5º.

Nas palavras de (MORAES, Alexandre de, 2006, p. 176), “O Estado tem o dever de
preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do seu patrimônio, o que,
indubitavelmente, inclui a garantia das condições seguras de trânsito de pessoas a bens.”

Diante do cenário de proteção conferido constitucionalmente e também por um código


de trânsito que trata das especificidades em meio ao tráfego de pessoas e veículos; é notório
que atualmente muito se fala em autonomia veicular, veículos autônomos, etc. Muitas são as
denominações para a tecnologia que promete tornar desnecessário a condução humana dos
veículos automotores, questões ainda não resolvidas decorrente da segurança de condutores,
passageiros e pedestres surgirão de forma ainda mais acentuadas quanto ao espaço de cada
componente do trânsito e as questões ligadas a segurança no trânsito serão o foco daqui pra
frente, uma vez que nas palavras de (MACHADO, Jayson da Rosa):

“O Direito de Trânsito no Brasil é um dos ramos do Direito que faz parte do nosso
dia a dia e se trata de relações humanas. Por estar ligada diretamente a exposição da
vida, da integridade física, da saúde, da segurança e do meio ambiente. A legislação
do Direito de Trânsito deve estar em consonância com a Constituição Federal do
Brasil. As normas de trânsito devem sempre ser cumpridas e respeitadas por todos
por se tratar de um assunto que tem como alvo direto, a vida.”(MACHADO, Jayson
da Rosa).

A partir do cenário que se desenvolve atualmente quanto a autonomia dos veículos,


irão se acentuar as discussões decorrentes das questões acerca de como se dará o tráfego nas
vias terrestres para que se possa ter o mínimo de segurança ao adentrar em um veículo
autônomo, ou mesmo ao compartilhar com ele o espaço urbano.
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Decorrente dessa proteção, que é conferida pelo ordenamento, faz-se necessário a


execução de testes, para que se possa consolidar o uso de qualquer tecnologia, nesse sentido,
parecem se opôr questões como segurança, mais especificamente segurança no trânsito, e
liberdade científica, na medida que paradoxalmente se deixamos de testar, incorremos em
riscos a segurança de produtos postos a consumo; porém, por outro lado, se abrirmos os testes
em áreas de acesso comum, e aqui eu falo especialmente sobre os Veículos Autônomos, pode-
se pôr em risco a integridade e até a vida de pessoas; a solução que em tese possa se aplicar a
essa questão ao que me parece, é regulamentar, seja uma regulamentação local, unicamente
para fins de pesquisa, logicamente com as devidas responsabilidade aquele que causar dano
físico ou material a terceiro, com certo grau de critérios ao estabelecer requisitos ao
regulamentar, e que por este dano seja responsabilizado. Nesse entendimento, porém com
abrangência internacional, têm-se o entendimento de (Winkle T. 2016, p.594).

Do ponto de vista de um desenvolvedor, esses requisitos legais para um


desenvolvimento cuidadoso de novos sistemas complexos só pode ser cumprida
após testes de validação. Estes devem idealmente ser internacionalmente
harmonizado e padronizados.(tradução transliteral do autor) 2

Isso parece ser muito importante, pois muitas montadoras não fabricam veículos
apenas para o consumo nacional, porém há de se levar em consideração, os aspectos e
peculiaridades locais, além da soberania de cada país. Devendo essa tecnologia se
desenvolver através de parâmetros mínimos de segurança, obedecendo ao estado da arte e da
ciência, com base em uma pareceres especializados para a preservação de evidências
decorrentes de falha.

O que acontece com as tecnologias exponencias é que logo em seu lançamento,


passam a ser superestimadas, mas podem tomar características de estagnação quanto a sua
evolução por um longo tempo, até surgir uma tecnologia complementar que ajuda a
tecnologia anterior a se tornar imensamente superior e dominante em pouco tempo; com
previsões de que o software irá inclusive descaracterizar boa parte das profissões das quais
conhecemos atualmente, tornando certas atividades obsoletas, a exemplo disso temos a
empresa UBER, que, mesmo sem ser proprietários de veículos, se tornaram a maior

2
From a developer’s point of view, these legal requirements for a careful development of new complex
systems can only be fulfilled after validation tests. These should ideally be internationally harmonized and
standardized.
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companhia de serviço táxis do mundo, assim como a AIR BNB, que é a maior companhia
hoteleira do mundo, sem possuir hotéis. O efeito dessas mudanças sociais em relação a
tecnologia, faz surgir um abismo em relação ao tratamento de questões que possam vir a gerar
conflitos de direitos e garantias fundamentais, principalmente por causa do envolvimento
econômico que gira em torno dessas tecnologias. Segundo

“A realidade das empresas mudou. O tempo real invadiu o dia-a-dia de trabalho,


com tudo para ontem, excesso de informação e carência de conhecimento. É preciso
saber tanto de tantas coisas que temos a sensação de estarmos desatualizados a cada
clique. As novas regras de conduta, nascidas da tendência crescente de proteção da
privacidade, segurança da informação e governança corporativa, trouxeram novas
exigências para o profissional atual.”(PINHEIRO, 2005):

Os veículos automatizados receberam muita atenção recentemente, particularmente os


veículos autônomos do Google e vários outros fabricantes de automóveis. Esses veículos têm
o potencial de diminuir falhas e melhorar significativamente a eficiência das rodovias,
automatizando as responsabilidades do motorista, porém ainda há muito para que se chegue
ao patamar previsto de autonomia e dispensabilidade de condução humana, fato é, estão em
fase de testes, e cada vez mais ganham delineação a medida que as pesquisas avançam.
Apesar de ainda ser um longo caminho a ser trilhado até ganharem o mercado, já devemos
observar a tendência que será, pois trará consigo novos modelos de negócio, fazendo com que
tenham uma aceitação mais ampla devido aos benefícios que poderá trazer a questões ligadas
a mobilidade urbana.

“A aplicação de novas tecnologias em várias frentes, as quais se combinam e


aceleram umas às outras, impactam fortemente as estratégias das empresas, as
formas de se fazer negócio, as relações comerciais, além de demandarem a tarefa de
repensar os modelos de trabalho, a fim de absorver as mudanças estruturais da nova
era e obter êxito na gestão dos impactos sociais resultantes.”(PINHEIRO, 2018).

Seguindo esta linha evolutiva de tecnologias que se complementam para que surja algo
ainda maior, temos a inteligência artificial, que tem previsões de destaque frente a tecnologia
como auxiliar/complementar a outras tecnologias a se desenvolverem em processos de
atualizações computacionais onde o computador é quem guiará as atualizações com base em
predições e cálculos de análise combinatória e estatísticas e pura matemática, podendo
predizer com muita precisão e velocidade o que um ser humano demoraria dias em pesquisas
para observar, ou até anos. Nesse contexto observa-se a aplicação das tecnologias de forma
fundamental a entendermos o tema.
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A digitalização de atividades vem sendo aplicada por diversos setores, em diferentes


processos e com finalidades distintas, especialmente com o objetivo de melhorar
indicadores de eficiência e produtividade. Contudo, esse novo paradigma
tecnológico requer reflexão profunda sobre fronteiras e princípios direcionadores da
sua aplicação, e exige a ampliação do leque de competências necessárias para uma
harmoniosa colaboração humano-tecnológica. (PINHEIRO, 2018)

Em 2018, os primeiros veículos dirigidos automaticamente apareceram ao público,


guiados por meio de controle computacional, com auxílio principalmente da inteligência
artificial e da somatória de outras tecnologias computacionais de
georreferenciamento/geolocalização, a partir desse marco necessitaremos regulamentar
algumas mudanças em relação a forma como nos locomovemos, e uma das primeiras
mudanças diz respeito a condição legal, a parte jurídica regulamentando a utilização de
veículos autônomos, uma outra mudança esta ligada a questão tecnológica, ou seja, na sua
própria limitação.

Carro autônomo pode significar mais segurança no tráfego, porém o resultado


definitivo deste questionamento só poderemos obter na prática, mas o que se questiona de fato
é a quantidade de incidentes envolvendo o fator falha humana, nas palavras de Neste sentido
Goodall N. J. (2014).

A viagem em veículos a uma velocidade razoável já envolve certo risco, mesmo


quando se usa uma condução controlada por computador com hardware sem falhas e
sensoriamento perfeito. Um veículo totalmente automatizado deve decidir
continuamente como alocar esse risco sem a supervisão de um motorista humano.
Essas são decisões éticas, particularmente humanas onde um veículo automatizado
pode não conseguir evitar colisões. (tradução transliteral do autor).3

Os veículos autônomos possuem um somatório de dispositivos de conforto e


segurança que resultam em um carro que dispensa o motorista e centenas destes veículos
estão sendo testados por diversas empresas. Em alguns países ele pode rodar sem motorista ao
volante, em outros deve ter alguém pronto para assumir a direção. Além de fábricas de
automóveis, outras do setor de informática, como a Google, também avançam nos carros

3
Road vehicle travel at a reasonable speed involves some risk, even when using computer-controlled driving
with failure-free hardware and perfect sensing. A fully-automated vehicle must continuously decide how to
allocate this risk without a human driver’s oversight. These are ethical decisions, particularly in instances
where an automated vehicle cannot avoid crashing.
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autônomos. No Brasil, teremos uma demora na implementação do autônomos pois não


conseguimos resolver ainda problemas passados de infraestrutura, que ainda nos são bastante
atuais;

“Existem questões legais e éticas que precisam ser resolvidas, e as novas


regulamentações sobre carros autônomos já começaram a ser criadas. E o que tratam
estas leis? Basicamente, sobre questões que envolvem: como ficam as
responsabilidades e os direitos de uso e acesso dos dados da caixa preta do
carro.”(PINHEIRO, 2017).

Sobre o assunto, fica demonstrado que ainda tem muita coisa pra acontecer, e que desde já é o
momento ideal para tratarmos o tema:
“Ainda teremos muita discussão sobre o tema. Mas por certo, os carros autônomos
já estão por aí, já são uma realidade. E como todo o resto, a tecnologia avança mais
rápido que o Direito. E agora temos que correr para trazer soluções que garantam a
segurança jurídica das relações sociais de homens e máquinas!” (PINHEIRO, 2017)

O cenário começa a se delinear, apesar de ser de difícil previsão como serão os


impactos decorrentes da automação veicular, o que se pode prever é que os impactos serão
nas áreas mais distintas, desde questões de mobilidade urbana e tráfego controlado até
questões de acessibilidade quanto a locomoção de pessoas que tem mobilidade reduzida, em
contrapartida a automação poderá atingir milhares de empregos de pessoas que se utilizam da
profissão de motorista, tema para uma outra pesquisa.

Um diálogo aberto sobre segurança é sem dúvidas oportuno, quando se fala em


veículos autônomos, uma vez que em sua evolução tecnológica se verifica a tendência de
afastar o motorista por completo, portanto, tira-se em tese a capacidade subjetivo reativa
humana da condução veicular, passando a aceitar um risco potencial, onde o deslocamento de
um veículo, será realizado com base no objetivismo computacional; ignorando portanto, os
instintos, intuição, sentidos ligados a consciência, ações/reações intrínsecas ao ser humano
condutor. Os resultados só serão conhecidos quando tivermos de fato essa implementação,
não se consegue perceber com clareza imediata se serão benéficos ou maléficos apesar do
entusiasmo de as desenvolvedoras desses veículos mostrarem sempre os pontos positivos.

“Logicamente, toda a indústria está investindo no desenvolvimento desta nova


tecnologia para justamente reduzir o número de acidentes, porque já foi verificado
que os seres humanos realmente têm muita dificuldade com três coisas: serem
prudentes, serem peritos e serem diligentes.” (PINHEIRO, 2017)
13

Importante destacar que as previsões em torno do que será o carro autônomo são
deveras otimistas, no sentido de que essa tecnologia usará a objetividade de sua programação
para tratar o cumprimento das normas de trânsito; também abrindo ampla margem a utilização
irrestrita de veículos por pessoas portadoras de necessidades especiais e necessário esclarecer
que o tráfego em si envolve um risco presumido, decidir como distribuir esse risco entre
motoristas, pedestres, ciclistas e até mesmo a propriedade tem um componente ético. Para os
engenheiros e o público em geral, é importante que o sistema de tomada de decisões de um
carro pondere as implicações éticas de suas ações.

Quando enfrentamos estas questões com os humanos ao volante, acabamos


aplicando muitas vezes as excludentes de responsabilidade, até por dizer que agiu
por reflexo, sem saber o que estava fazendo. Mas a máquina vai ter que saber o que
estava fazendo, e alguém vai ter que ter programado ela, e ela vai aprender com os
eventos e irá compartilhar este conhecimento com as demais máquinas (PINHEIRO,
2017).

As questões morais e éticas que giram entorno do desenvolvimento de carros


autônomos, são tão complexas quanto a tecnologia em si; Nesse sentido, (SANTOS e
CRESPO, 2016) “Parece ser relativamente fácil programar veículos para responder a
emergências com dilemas como atingir uma mulher grávida ou uma criança. Difícil será
resolver qual comando ele deverá tomar quando estiver enfrentando uma situação de
escolhas.”

A ética envolvida na computação em especial na automação de veículos é em tese um


problema solucionável. Sabe-se isso porque outras áreas lidaram com riscos e benefícios
comparáveis de maneira segura e razoável, veículos autônomos enfrentam um desafio maior,
Eles devem decidir com rapidez e precisão necessárias, com base em informações
incompletas, em situações que os programadores normalmente não terão considerado, usando
ética que deve ser codificada literalmente no software. O que se espera quanto as ações dos
veículos autônomos é uma justificativa racional para as ações de um veículo que considera as
implicações éticas. A solução não precisa ser perfeita, mas deve ser cuidadosa e defensável do
ponto de vista ético humano.

O risco a integridade no uso de veículos, está ligada acima de tudo a potencialidade no risco
do uso de veículos, autônomos ou não acima de tudo.

“O ato de dirigir sempre carrega algum nível de risco. Com a chegada do veículo
autônomo, é provável que os veículos controlados por computador avaliem este
nível variável de risco durante a condução e tomar decisões quanto ao risco
14

permissível para si e para outros usuários da estrada. Em certas situações, um


veículo automatizado pode ser forçado a escolher se deve expor-se e seus
passageiros a um pequeno risco, a fim de proteger os outros usuários da estrada e
vice e versa. Na literatura jurídica, isso é conhecido como o dever de agir. A moral e
responsabilidades legais de um veículo automatizado para agir será explorada em
nome de outros usuários.” GOODALL, N. J. 2014. (tradução transliteral do autor) 4

Entendendo a tecnologia por trás dos carros autônomos; que de um modo geral todos
os sistemas autônomos funcionam de maneira similar, o veículo autônomo possui sensores
acoplados na sua estrutura que, com o auxílio de um software cria um mapa tridimensional ao
redor do carro, em um raio de alguns metros, os veículos estão equipados também de câmeras
capaz de identificar o trânsito e possíveis objetos (ou pessoas) a frente do veículo; e outros
tantos sensores estão localizados nas extremidades laterais do veículo, para que o software
torne o veículo capaz de identificar distâncias em qualquer sentido, tudo isso aliado a um BC
(computador de bordo) que interpretará os impulsos bidirecionais dos sensores e através do
software realizará o controle eletrônico da movimentação do veículo, por meio de atuadores
no sistema de aceleração e frenagem, bem como, no sistema de volante, e sinalização básica
padrão de trânsito.

“O funcionamento de um carro autônomo envolve três passos: percepção, decisão e


ação. A percepção se dá por meio de uma série de sensores, que realizam uma leitura
dos arredores e coletam diversos dados. [...] A decisão ocorre quando esses dados
são enviados para o sistema computacional do carro, que então irá analisá-los e,
levando em consideração a sua programação, tomará uma decisão. Por fim, a ação é
a decisão sendo concretizada, onde as partes do carro recebem comandos e os
realizam.”(MALAR, 2018)

O Brasil como fica em meia a esse tema? Infelizmente, grande parte da tecnologia
consumida aqui vem de fora, o que chega a ser lamentável, tendo em vista a quantidade de

4
The act of driving always carries some level of risk. With the introduction of vehicle automation, it is
probable that computer-driven vehicles will assess this changing level of risk while driving, and make
decisions as to the allowable risk for itself and other road users. In certain situations, an automated vehicle
may be forced to select whether to expose itself and its passengers to a small risk in order to protect other
road users from an equal or greater amount of cumulative risk. In legal literature, this is known as the duty
to act. The moral and legal responsibilities of an automated vehicle to act on the behalf of other road users
are explored.
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profissionais capacitados debruçados sobre o tema, existem pesquisas em desenvolvimento


nos centros tecnológicos nacionais.

Ao contrário do que muitos possam imaginar, o Brasil já possui carros autônomos, três
grandes em destaque para ser mais exato, pesquisas na área com projetos nada modestos e em
fases bastante avançadas, alguns desses projetos estão sendo trabalhados há anos e têm
resultados importantes, enquanto outras estão dando passos largos seguindo essa tendência
tecnológica.

A pesquisa dos autônomos no Brasil, se dá em ambiente controlado, onde as variáveis


são menores no sentido quantidade, do que os testes realizados em outros países, temos
exemplos de veículos com autonomia bastante avançada para ambientes controlados por
exemplo, sendo logicamente desta forma por uma questão de segurança e também legal, uma
vez que para trafegarem em meio ao trânsito temos uma incompatibilidade que impede
legalmente que esses veículos compartilhem as vias de circulação abertas e públicas; temos
um óbice legal para o tráfego de Veículos Autônomos nas ruas do Brasil trazido pelo próprio
CTB: “Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio total do veículo, dirigindo-o
com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.” significa dizer que o veículo
será guiado pelo condutor, tendo este o dever de cuidado a cada manobra que realizar ao
conduzir o Veículo, para que não possa causar danos a integridade física, e a vida de si e de
terceiros, além de danos materiais que possam decorrer de acidentes.

A liberdade científica na busca de soluções autônomas para as atuais e futuras frotas


esbarra portanto no dever de segurança no trânsito; inicialmente nas fases experimentais, onde
todos os testes devem ser realizados devendo resguardar a integridade de usuários e/ou não de
veículos autônomos, fato é, o ambiente laboratorial pode não ter todos os subsídios para que
aprofundemos a questão da segurança, pois como dito outrora as variáveis são menores e são
acima de tudo controladas, e assim que tem que ser, porém na medida em que se verificam
avanços no uso e implemento, há de se abrir espaços para testes com variáveis indefinidas,
como testes de rua, com um tráfego reduzido por exemplo, em áreas não residenciais, isso faz
parte do processo de melhoramento de um produto ou serviço. A presente pesquisa não tem
por intuito tratar de forma definitiva o tema, com o passar do tempo, novas questões ainda não
tratadas surgirão. “Quanto mais veículos autônomos houver nas ruas, mais premente as
16

questões de segurança e as questões legais e regulatórias se tornarão.” (MIMS, Christopher,


2018).

No Brasil, está sendo desenvolvido pelo Laboratório de Robótica Móvel (LRM) da


USP e supervisionado pelos professores Fernando Santos Osório e Denis Fernando Wolf, o
projeto CaRINA (Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma) tem obtido
significativos resultados, considerando ainda que esse não seja mais um passo para o futuro
ou do futuro; esse é portanto acima de tudo um passo no presente.

O veículo, já se encontra na segunda versão, e é equipado com uma gama de


equipamentos para percepção e navegação autônoma. Entre eles estão 1 LIDAR Velodyne
HDL-32E, 1 câmera estéreo PointGrey Bumblebee2, 1 GPS Septentrio AsteRx2i e 1 IMU
Xsens Mti.

O software, do CaRINA se baseia no sistema operacional Linux Ubuntu e utilizando


ROS, uma plataforma de software open source que possui uma gama de pacotes para conexão
entre os diferentes elementos presentes no carro autônomo e que podem ser utilizados em
projetos de robótica no geral.

O ROS torna mais prática a implementação de aplicações que precisam funcionar em


paralelo e trocar mensagens entre si. Isso é perfeito para aplicações de carros autônomos!

Existe também um outro trabalho desenvolvido pela equipe do Laboratório Robótica


Móvel da USP. Em parceria com a empresa Scania, o Laboratório de Robótica Móvel
desenvolveu o primeiro caminhão autônomo da América Latina. O protótipo utilizado nos
testes experimentais é um G360 um gigante autônomo que pesa nove toneladas!

A equipe do LRM realizou modificações mecânicas e eletrônicas para que ele pudesse
ser controlado totalmente por computador. Quanto ao hardware, foi utilizado um GPS de alta
precisão para localização e planejamento de trajetória; já a detecção de obstáculos foi
realizada por meio de dados obtidos por um radar e uma câmera estéreo.

O software de controle, desenvolvido no próprio LRM, é executado em um único


computador embarcado no veículo. Esse, sim, é um gigante de peso desenvolvido com
tecnologia e mão de obra brasileira.
17

O projeto IARA (Intelligent Autonomous Robotic Automobile), desenvolvido pelo


Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) e liderado pelo professor Alberto
Ferreira Souza, da Universidade Federal do Espírito Santo, merece destaque.

Teve início em 2009, com estudos de visão computacional e robótica móvel em


ambientes simulados e dados de sensores reais, em tarefas de mapeamento e localização, além
de detecção e reconhecimento, por meio de imagens de câmeras.

Em 2012, após a aquisição de um veículo Ford Escape Hybrid, que foi amplamente
modificado para permitir o controle do sistema de acionamento do volante, acelerador, freios,
entre outros dispositivos do veículo, por meio de sistemas computadorizados desenvolvidos
pelo projeto IARA.

Desde então, pesquisas vêm sendo desenvolvidas pelo LCAD e, atualmente, o IARA
já conta com diversos sistemas, como: mapeamento, localização, tomada de decisão de alto
nível, planejamento de caminho, planejamento de movimento, controle, detecção e
rastreamento de objetos móveis, detecção e reconhecimento de semáforos, detecção de
pedestres, entre outros.

Para isso, a IARA conta com diversos sensores, como um Light Detection and
Ranging (LIDAR) Velodyne HDL 32-E, um SICK LD-MRS 3D LiDAR, um Trimble Dual
Antenna RTK GPS, um Xsens Mti IMU, câmeras Point Grey Bumblebee stereo, uma câmera
ZED 2K stereo, e um computador Dell Precision R5500 (2x Intel Xeon 3,46 GHZ, 12GB
RAM e uma GPU Tesla C2050). Para apresentação dos resultados desse projeto, foram
escolhidos dois desafios.

No primeiro, em 2014, a IARA percorreu de forma autônoma um percurso de 3,7 km


no anel viário da UFES dentro do campus de Goiabeiras, em Vitória. No segundo, em 2017, a
IARA percorreu 74 km de Vitória até a cidade de Guarapari em modo autônomo, a uma
velocidade média de 45km/h, com poucas intervenções no percurso.

Atualmente, o IARA pode chegar a 60km/h e é capaz de lidar com situações reais de
trânsito em ambientes urbanos e rodovias. Esse é um dos projetos de veículos autônomos
mais avançados no Brasil, pois os testes realizados em público demonstraram a sua afetiva
capacidade de trafegar em meio a outros veículos sem maiores problemas; logicamente, tudo
18

com o assistente de condução de prontidão a tomar qualquer atitude em caso de falhas dos
componentes de condução autonomia do veículo, primando assim pela segurança que é um
dos fatores cruciais levados em conta no desenvolvimento.

Mesmo que algumas empresas, inclusive, já estejam investindo nas nossas instituições
de ensino e priorizando a tecnologia e conhecimento nacional como no caso da Scania, que
investiu bastante no desenvolvimento do caminhão autônomo. Algumas iniciativas de grupos
brasileiros que trabalham com veículos autônomos no País começam a surgir e a se
sedimentar, profissionais bastante criativos e capazes de desenvolver novas tecnologias,
contribuindo com o estado da arte do tema, e necessário sim investimento acima de tudo.

(ELAINA, 2018) observa que “O Brasil tem capacidade de desenvolvimento desse


tipo de tecnologia, o que falta ao Brasil é investimento, programas de incentivo e uma
legislação mais preparada para receber essa tecnologia. E é exatamente esse panorama de
desanima os cientistas e entusiastas da área.”

Necessitamos que outras empresas sigam a tendência e invistam no potencial do


pesquisador Nacional para que, aos poucos, consigamos gerar mais e mais mão de obra
qualificada para trabalhar na área. Temos resultados importantes e, com o investimento
correto, é possível, sim, que o Brasil deixe de ser um mero expectador e se torne um
desenvolvedor de sua própria tecnologia e fornecedor de profissionais altamente capacitados!

Veículos autônomos estão em testes pelo mundo, mas até o motorista virar coisa do
passado ainda é necessário solucionar muitos problemas, desde a legislação, tecnologia,
infraestrutura até modelo de negócio. Além de tudo isso, deve haver uma legislação que possa
permitir pelo menos os testes sem motorista fora do ambiente controlado, ou seja, em meio ao
público; outras questões relevante a serem tratadas se ligam a infraestrutura de circulação
veicular, o que em verdade ainda estamos muito distantes no Brasil. A discussão sobre
Veículos autônomos já se apresenta em boa parte dos fóruns e eventos ligados às indústrias
automotiva e de IOT e telecomunicações, mas não vemos autoridades ou governos fazendo
planos sobre isso; parece que nesse aspecto temos remado contra a maré e vai de encontro ao
que disciplina a Constituição, em seu art. 218, que diz:

art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a


pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação.
19

§ 1º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá tratamento prioritário do


Estado, tendo em vista o bem público e o progresso da ciência, tecnologia e
inovação.

§ 2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos


problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e
regional.

§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência,


pesquisa, tecnologia e inovação, inclusive por meio do apoio às atividades de
extensão tecnológica, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições
especiais de trabalho.

§ 4º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de


tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos
e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado,
desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da
produtividade de seu trabalho.

§ 5º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita


orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica.

§ 6º O Estado, na execução das atividades previstas no caput , estimulará a


articulação entre entes, tanto públicos quanto privados, nas diversas esferas de
governo.

§ 7º O Estado promoverá e incentivará a atuação no exterior das instituições


públicas de ciência, tecnologia e inovação, com vistas à execução das atividades
previstas no caput.

As questões tecnológicas referentes a pesquisa de sistemas de automação dentre outras


não parecem receber os incentivos que são disciplinados pelo texto constitucional, sequer
percebemos muitas das vezes o potencial nacional para determinadas questões tecnológicas,
ou simplesmente ignoramos.

Não estamos muito distantes de uma discussão que envolve a personalidade jurídica de
entidades movidas a sistemas cognitivos baseados em inteligência artificial. Contudo,
enquanto isso não for juridicamente possível, ainda nos restam as teorias tradicionais e sua
devida adaptação às novas tecnologias. O que não podemos, entretanto, é ignorar que essa é
uma realidade mais próxima do que imaginamos.

Essa é uma realidade mais próxima do que se imagina. Para ser mais exato, os planos e
pesquisas nacionais indicam que no ano de 2021 essa tecnologia já estará disponível no
mercado. Nesse sentido, cabe observar que na contramão das estimativas, temos a falta de
investimentos, o que fará com que as previsões não passem de previsões, apesar dos esforços:

“Apesar de uma realidade cada vez mais próxima, os veículos autônomos devem
ainda demorar para se tornarem populares. Isso porque, será preciso a comprovação
20

total da sua segurança, e ainda sua produção em grande escala. Do contrário, a opção
se manterá cara, como os carros elétricos são até hoje.” (ELAINA, 2018)

No cenário nacional ainda estamos aparentes contradições distanciam, a pesquisa


dessa tecnologia, ferindo inclusive mandamentos constitucionais de dever de incentivo a
pesquisa, temos muitos problemas a serem resolvidos.

“Falta de infraestrutura e altos custos barram tecnologias que já avançam lá fora […]
dos quatro grandes desafios impostos à indústria automobilística mundial, apenas
dois chamarão mais atenção no Brasil em 2019 e nos próximos anos. Veículos
autônomos estarão muito longe do mercado local e sem nenhuma previsão de efetiva
introdução por problemas de alto custo, infraestrutura e regulamentação jurídica,
entre outros.” (CALMON, Fernando, 2019).

disponível em https://carros.uol.com.br/colunas/alta-roda/2019/01/02/brasil-ve-
carro-autonomo-longe-mas-evolui-em-conectividade-e-mobilidade.htm.

Os veículos autônomos já começam a virar realidade, apesar de ainda termos certos


desafios a serem superados “os desafios vão desde a falta de legislação, péssima infraestrutura
e pouco interesse de grandes empresas e do governo.” (RODRIGUES, Lino, 2018). Podemos
ainda sequer ter ideia da enorme quantidade de desafios a serem superados no processo de
transição do atual modelo de deslocamento de pessoas, muitos outros surgirão necessitando
de novas soluções.

As expectativas sociais quanto a perfeição técnica e segurança de veículos é uma


tendência, tem-se a cada dia uma maior demanda na qualidade e nas funções do veículo
envolvendo conforto e segurança, o que desencadeia no que conhecemos como
automatizados.

Do ponto de vista técnico, os veículos automatizados, são aqueles capazes de


autonomamente assumir certas tarefas de condução na movimentação de tráfego, nesse caso
são apenas assistentes ao motorista humano, na medida que ainda necessitam do motorista
para acionar ou desligar determinadas funções, fato este que é muito bem observado por
(WINKLE, T. 2016, p591):

Veículos atuais produzidos em série com um ou mais sensores otimizados,


tecnologias de computador e chassi permitem que o motorista se beneficie de
sistemas de assistência com o aumento do desempenho na condução. Alguns dos
sistemas de assistência ao motorista no mercado hoje avisam quando reconhecem
perigos no tráfego paralelo ou cruzado, avisos de colisão, mudança de faixa, visão
noturna e assistência de interseção. Outras intervenções na dinâmica longitudinal e
lateral por exemplo, sistema antibloqueio dos freios - ABS, Controle eletrônico de
estabilidade - ESC, Controle de Cruzeiro Adaptativo - ACC. Assistência ativa de
estacionamento, sistemas de direção que proporcionam maior conveniência por
21

intervenções de direção e frenagem em baixas velocidades. Estes sistemas de


veículos parcialmente automatizados, com assistência lateral, são oferecidos
atualmente para veículos produzidos em série, porém, a base do seu funcionamento
traz a necessidade de um motorista, atento sendo capaz de controlar o veículo. A
supervisão por um motorista humano é necessária. Durante a operação normal e
além dos limites do sistema, ou falhas decorrentes destes sistemas avançados de
assistência ao motorista, são compensados pondo a prova de controlabilidade devida
ao condutor com controle maior sobre o veículo. (WINKLE, T. 2016,
p591)(tradução transliteral do autor) 5

Uma condução totalmente autônoma é caracterizada quando não há a necessidade de


se ter intervenções do motorista para que o veículo se locomova em qualquer direção, essa
condução é, e será resultado do que entendemos e assumimos no quesito segurança ao
confiarmos o nosso deslocamento aos veículos autônomos, esta substituição de seres
humanos, agindo por conta própria e responsabilidade, com as máquinas programadas,
acompanha os riscos técnicos e legais, bem como desafios para a segurança do produto.

No entanto, as expectativas futuras em relação aos veículos autônomos, mesmo em


uma situação de possível mudança radical, só pode ser descrita com a experiência anterior.
Analogias baseadas em expectativas passadas e presentes em relação ao veículo.

Alguns estudiosos sobre o assunto, afirmam que o Brasil não está pronto para carro
sem motorista, neste sentido, observa-se um cenário mais contido em relação a aplicação
desta tecnologia, decorrente justamente da falta de infraestrutura, portanto veículos com
automatização simples chegam ao país com sistemas desligados, tudo porque alguns sistemas
não são fabricados para atender o mercado brasileiro, considerando ainda o Brasil como um
mercado emergente, mas que ainda assim teremos uma demora para termos Veículos
Autônomos nas ruas do país.

5
Current series-production vehicles with an optimized sensor, computer, and chassis technologies enable
assistance systems with increasing greater performance. Some of the driver-assistance systems on the
market today give warning when they recognize dangers in parallel or cross traffic (Lane Departure
Warning, Collision-, Lane Change-, Night Vision- and Intersection-Assistance). Others intervene in the
longitudinal and lateral dynamics (e.g. anti-lock braking—ABS, Electronic Stability Control—ESC,
Adaptive Cruise Control—ACC). Active parking/steering assistance systems provide increased convenience
by interventions of steering and braking at low speeds. These partially automated vehicle systems, with
temporary longitudinal and lateral assistance, are currently offered for series-production vehicles, but
exclusively on the basis of an attentive driver being able to control the vehicle. Supervision by a human
driver is required. During normal operation at and beyond the system limits, the system limits or failures of
these Advanced Driver Assistance Systems, or ADAS, are thus compensated by the proof of controllability
due to the driver.
22

“Veículos sem motoristas começarão a ser mais frequentes nos próximos anos,
quando várias montadoras colocarão nas ruas modelos para testes especialmente em
serviços de compartilhamento. O passo para a produção em massa vai levar mais
tempo, mas os países desenvolvidos já se preparam para receber em breve os carros
autônomos. No Brasil e em outros mercados emergentes, no entanto, esse futuro está
mais distante. Mesmo modelos com tecnologias avançadas que chegam ao País
atualmente têm os sistemas desligados em razão de entraves como falta de legislação
específica e infraestrutura para conectá-los às estradas e sinalizações, além do custo
alto desse processo.” ( SILVA e OLIVEIRA, 2018)

Ainda no contexto sobre a pesquisa dos autônomos no Brasil (ELAINA, 2018)


observa que “esse mercado não é novo no cenário mundial, mas, no Brasil ele ainda é um
recém-nascido.” nesse sentido, observa-se que o Brasil começa a dar passos em busca de um
projeto efetivo, ainda que com falta de incentivos por parte de governos, pela falta de
legislação e investimentos, porém não é tímida a capacidade com que os desenvolvedores
tratam o tema isso afeta a liberdade científica consagrada no texto constitucional.

Outro aspecto relevante, do qual este passa a ser o tópico principal desta pesquisa é a
questão da segurança envolvendo a autonomia da tecnologia, nesse sentido:

“Existe um problema criado pelo homem que pode atrapalhar o


desenvolvimento dessa tecnologia, o medo de inteligências artificiais e da
possibilidade dessas máquinas tomarem decisões sem sentido e irem contra os seres
humanos. Essa é uma lógica desenvolvida no imaginário das pessoas, e
frequentemente abordada em histórias de ficção científica. Mas, que na vida real
pode atrapalhar o desenvolvimento desse mercado. Por esse motivo, um dos
assuntos muito discutidos no meio cientista é sobre a necessidade de não deixar essa
tecnologia completamente autônoma, tendo ao menos alguns comandos básicos
ainda dependentes dos seres humanos. Além de garantir que suas tomadas de
decisões sejam transparentes. Assim, as pessoas poderão se sentir mais seguras ao
entrar nos veículos. Por essa razão, nem todas as empresas optaram pela retirada
completa de volantes e pedais. Mecanismos que darão as pessoas dentro do carro a
oportunidade de assumir o controle caso seja necessário.” (ELAINA, 2018).

Com tudo isso é importante verificar que a relação cultural em relação ao


deslocamento de pessoas no Brasil e no mundo passará por decorrência lógica por mudanças
significativas do ponto de vista transporte público e privado acima de tudo, fica evidenciado a
exemplo disso as mudanças provocadas pela chegada de empresas como UBER ao mercado,
que transformou a forma como utilizamos o serviço de transporte particular antes
simplesmente denominado de táxi, e aceitação do público:

“O mundo está cada vez mais próximo de passar por uma grande mudança no
cenário da mobilidade. E nesse passo, existem três fatores que precisam ser
considerados, energia elétrica, compartilhamento e automatização. Essas três
palavras serão as principais responsáveis por promover diversas mudanças no
cenário brasileiro atual, tanto de tecnologia como culturalmente falando. A mudança
necessária para o uso de energia elétrica e limpa nos carros autônomos incentivará o
23

uso dessa mesma energia em diferentes setores da atualidade. Quando falamos de


compartilhamento, nos referimos ao fato de que os carros autônomos não precisaram
mais de um monte de peças, simplesmente por não serem produzidos para que um
motorista os guie. Com menos peças, também existiram menos falhas mecânicas.
Com veículos autônomos e resistentes, em pouco tempo as pessoas estarão
desenvolvendo formas de compartilhar seus veículos com outras pessoas ou mesmo
dispositivos. E por fim a automação, que empregará uma série de fatores capazes de
reduzir em muito as falhas humanas que provocam tantos acidentes pelas ruas,
tornando assim o dia a dia das pessoas muito mais seguro. Além de oferecer
conforto e segurança ao motorista os planos de automação dos veículos prometem
promover o fornecimento de dados e ações importantes que elevarão em muito a
qualidade de vida das pessoas.” (ELAINA, 2018)

Estamos apenas nos aproximando de um sonho futurístico, que se torna realidade a


medida que temos no presente, tecnologias que permitem a autonomia de tarefas antes
executada totalmente de forma autônoma por sistemas computadorizados, ainda não se
consegue verificar na prática os benefícios, mas estima-se positivamente o uso das tecnologias
de autonomia computadorizada; apesar da automação na condução prometer consideráveis
benefícios potenciais abrangentes e de segurança, a comercialização de veículos sem condutor
só poderá ocorrer quando quem for responsável por danos causados por sistemas tecnológicos
tenha sido esclarecido e possa ser responsabilizado. A aceitação da sociedade só poderá
ocorrer quando, entre outras coisas, os benefícios percebidas pelo indivíduo claramente
excedam os riscos experimentados, como bem aponta (Winkle T. 2016):

Os veículos automatizados só poderão ganhar aceitação dentro da sociedade quando


a percepção benefício (dependendo do grau de eficiência: “motorista” versus
“robô”) supera o riscos esperados (dependendo do grau de automação: “área de
ação” versus “área de eficácia"). Para minimizar os riscos, os fabricantes executam
dados de acidentes análise e gestão de risco correspondente. (Winkle T. 2016,
p.592)(tradução transliteral do autor) 6

Uma análise aprofundada dos riscos dos veículos automatizados deve ser considerada,
com base em vários anos de experiência em pesquisa e responsabilidade pelo produto,
fornecendo fundamentos para preparar desenvolvimento e comercialização produção em série
no futuro. Nesse contexto, verifica-se que os riscos decorrem do grau de automação e da falta

6
Automated vehicles will arguably only gain acceptance within society when the perceived benefit
(depending on the degree of efficiency: “driver” versus “robot”) outweighs the expected risks (depending on
the degree of automation: “area of action” versus “area of effectiveness”). In order to minimize the risks,
manufacturers carry out accident-data analysis and corresponding risk management.
24

de controle humano em si, já a aceitação decorre dos benefícios extraídos em cada contexto,
social ou individualmente.

A liberdade científica na busca de soluções autônomas para as atuais e futuras frotas


esbarra portanto no dever de segurança, inicialmente nas fases experimentais, onde todos os
testes devem ser realizados devendo resguardar a integridade de usuários e/ou não de veículos
autônomos, fato é o ambiente laboratorial pode não ter todos os subsídios para que
aprofundemos a questão da segurança, pois como dito outrora as variáveis são menores e são
acima de tudo controladas.

A partir disso, a avaliação de segurança será concluída, com as recomendações para


segurança, porém, algumas questões permanecerão sem solução, dentre elas as seguintes
merecem maior reflexão do ponto de vista legal:

-Em relação a segurança, Quão seguro é seguro o suficiente?

-Como o dever de cuidado é assegurado durante o desenvolvimento?

-Quais requisitos precisam ser considerados ao desenvolver e comercializar sistemas de


veículos Autônomos considerados seguros?

-Em que condições um veículo automatizado é considerado defeituoso?

A expectativa é de que a presente pesquisa, seja norteadora para esta temática que
ganha relevância e que demanda atenção especial da comunidade acadêmica, para que seja
capaz de fornecer o devido substrato técnico aos legisladores pátrios quando a hora da
regulamentação chegar. Espera-se ainda que, no futuro próximo, os estudos da legislação
aplicada a veículos autônomos avancem, consideravelmente, para ultrapassar as soluções hoje
pretendidas, seja de ordem técnica ou jurídicas.
25

3 OBJETIVOS

Geral:

Analisar as lacunas legais que impedem que a pesquisa decorrente da aplicação das
tecnologias de Veículos Autônomos sejam realizadas, observando o Brasil como um cenário
experimental desta tecnologia, considerando as questões ligadas a mobilidade urbana,
inclusão social, frente a aspectos controvertidos a esta aplicação, como segurança nas vias de
trafego terrestre e proteção a integridade física e a vida dos usuários e/ou de terceiros.

Específicos: Commented [MV5]: Você precisa delimitar melhor o


tema, pois está muito abrangente, o que dificulta estabelecer
o corte do estudo.
1. Verificar, as consequências da aplicação e uso dos veículos autônomos, como
resolver questões que venham a implicar diretamente no código de trânsito brasileiro, e na
segurança decorrente da aplicação desta lei, decorrência da própria proteção constitucional;

2. Compreender os veículos autônomos como meio hábil a inclusão de pessoas


portadoras de necessidades especiais;

3. Utilizar o direito comparado e extrair as soluções já existentes em outros países


precursores na aplicação de veículos autônomos para aproximar os resultados pretendidos no
presente trabalho, destacando aquilo que mais se aproxime do ordenamento pátrio.

4. Pesquisar acerca dos aspectos referentes a legislação de trânsito brasileiro, que se


liguem diretamente a aplicação e ao uso de automatização de condução veicular.
26

4 HIPÓTESE

1.Como a implementação de veículos de condução autônoma, no cenário Brasileiro, poderá


contribuir para a melhoria da mobilidade urbana no Brasil e os impactos sociais decorrentes
da sua implementação;

2.O choque entre direitos decorrentes da implementação dessa tecnologia, em especial a


segurança no trânsito e o próprio direito a vida, frente a pesquisa científica uma vez que essa
tecnologia necessita de uma aplicação mais cautelosa, pois as falhas que decorram dela,
podem assumir uma maior dimensão, uma vez que há presumidamente um risco potencial
elevado.

3.Viabilidade nacional quanto a legislação de trânsito atual e o que deve mudar em relação a
essas leis e a constituição, bem como, analisar a contribuição dessa tecnologia em aspectos
referentes a direitos de pessoas com deficiência usando os autônomos como meio de
locomoção e inclusão, antecipando a visão de mobilidade urbana sob o cenário em que os
veículos autônomos sejam maioria no tráfego rodoviário nacional.

4. Os testes fora do ambiente laboratorial podem acarretar risco a terceiros, sendo de fato
necessários para a colheita de dados em busca da consolidação da segurança na aplicação
destes veículos.
27

5 ASPECTOS METODOLÓGICOS

A metodologia utilizada no presente trabalho monográfico será realizada através de um


estudo descritivo analítico, desenvolvido através de pesquisa:

I. Quanto ao tipo:

Documental, através de projetos, leis, normas, resoluções, pesquisas on-line, dentre


outros que tratam sobre o tema, buscando pautar a pesquisa no uso de material bibliográfico a
cerca do tema a ser tratado, bem como documentos técnicos sobre o tema ainda em
desenvolvimento, objetivando o esclarecimento de questões pertinentes sobre a problemática
trazida no presente estudo.

II. Quanto à utilização e abordagem dos resultados:

Pura, à medida que terá como único fim a ampliação dos conhecimentos.

Qualitativa, buscando apreciar a realidade do tema no ordenamento jurídico pátrio.

III. Quanto aos objetivos:

Descrever, o tema sob a ótica de sua aplicação no contexto brasileiro, explicando


aspectos técnicos referentes, esclarecendo para tanto a importância dessa verificação inicial
sobre o problema apresentado; objetivando aprimorar as ideias através de informações sobre o
tema em foco, sem portanto tentar esgotar a discussão envolta sobre a pesquisa, mas trazendo
ela a tona, para que cada vez mais se possa haver um aprimoramento baseada nos diálogos
sobre esse tema.
28

6 POSSÍVEL SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO X

2. CONCEITO DE VEÍCULOS AUTÔNOMOS X

2.1 ACIDENTES COM VEÍCULOS X

2.2 ACIDENTES COM VEÍCULOS AUTÔNOMOS EM TESTE X

2.3 IMPLICAÇÕES LEGAIS FRENTE A LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO X

2.3 NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO DO CTB E DA CONSTITUIÇÃO X

3. MÁQUINA MORAL X

3.1 SEGURANÇA NO TRÂNSITO X

3.2 PARÂMETROS DE PREVENÇÃO DE RISCOS X

3.3 REGULAMENTAÇÃO INICIAL X

4. ARTIFÍCIO DA MOBILIDADE URBANA X

4.1 RISCOS DA CIRCULAÇÃO DE UM VEÍCULO SEM MOTORISTA X

4.2 MEIO DE PROMOVER MAIS SEGURANÇA NO TRÂNSITO X

4.3 DILEMAS SUBJETIVAMENTE HUMANOS APLICADOS AS MÁQUINAS X

5. CONCLUSÃO X
29

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