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POR:
DAYANA FULLY DA SILVA TEODORO
MACAÉ
2019
FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS – FeMASS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
MACAÉ/RJ
2019
No decorrer das discussões em sala de aula, acerca das ideias iniciais da
filosofia, encontramos situações que necessitam serem revistas diante dos novos
panoramas sociais e os novos conhecimentos técnicos conquistados.
Sócrates já era visto como tagarela e gostava de saber da opinião das pessoas
com quem convivia e fazia-os cair em contradições quando se achavam corretos e
verdadeiros. De pergunta em pergunta, chegava um momento em que o interlocutor
se contradizia nas respostas e por fim admitia não saber o que sempre julgava que
sabia. Nesse momento Sócrates dizia que o sujeito estava pronto para começar a
filosofar.
Hoje não vemos mais a filosofia como algo necessário e sim como algo
antiquado que não serve para nada atual. Analisando os sentidos da palavra filosofia
no decorrer do tempo, vemos as diferenças criadas nos dois panoramas.
A palavra sophia possuía dois sentidos que, para os gregos, eram inseparáveis:
saber (conhecimento) e sabedoria (conduta moral). O pensamento moderno separou
esses dois sentidos e sabedoria passou a significar "conhecimento científico e
técnico". Essa distinção de sentidos aconteceu também com a palavra sóphos, que
significa “sábio”. Enquanto, para os gregos o sábio era, ao mesmo tempo, aquele que
possuía conhecimentos verdadeiros sobre a realidade e aquele que agia de acordo
com os valores morais, no pensamento moderno, sábio é aquele que possui
conhecimentos científicos, técnicos, históricos, artísticos: é o cientista.
Nesse sentido vemos o quão útil ela pode ser: abandono da ingenuidade e dos
preconceitos do senso comum; não se submeter as ideias dominantes e os poderes
estabelecidos; busca por entendimento dos signos do mundo, cultural e
historicamente; compreensão das criações humanas nas artes, ciências e na política;
dar a sociedade meios de compreender-se buscando a liberdade e felicidade de todos.
De Chauí, passamos a analisar também Iniciação a História da Filosofia, de
Danilo Marcondes, onde vimos alguns pontos da Alegoria da Caverna. Vejamos:
Platão apresenta o prisioneiro que tem a realidade limitada pelos seus sentidos e por
aquilo eu lhe é imposto em sua sociedade. Descreve uma realidade construída diante
do prisioneiro com dissimulações, sombras, vozes, objetos criados pelos homens, luz
artificial.
Seu processo de libertação pode ser visto como difícil e doloroso, mas
necessário. Ocorre, principalmente, quando ele passa por um conflito, em que, por um
lado, se vê conformado com a realidade que o cerca e do outro a curiosidade de sair
daquela realidade. Dessa forma, ele define esse conflito interno como sendo obrigado
a sair daquele universo. Quando ele sai da caverna ele passa por um processo para
entender aquela nova realidade. Como missão político-pedagógica ele deve votar a
caverna para mostrar aos prisioneiros a nova realidade que não tinham ideia que
existia fora daquela realidade da caverna. A missão político-pedagógica envolve
questionar a realidade que o cerca, buscando resposta para o mundo que o cerca
para as verdades que lhe são impostas. Nesse contexto, o filósofo não pode guardar
essas indagações e reflexões sobre a realidade. Ele tem o dever político-pedagógico
de levar esse conhecimento para as pessoas. Essa missão traduz o papel
fundamental do filósofo.
Ao longo dos nossos estudos, com base nos textos de Botton e Palmer, Entre
a lei e a felicidade e Ética, respectivamente, definimos ética e moral, do grego e do
latim, como costumes, e daí passamos a analisar as teorias éticas normativas.
Agora, diante disso, o juiz precisa ser declarado suspeito pelo Código de Processo
Penal, e assim receber um julgamento de júri imparcial e correto como ele deveria ter
agido.