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Recorrente   :DEPARTAMENTO   AUTÔNOMO   DE   ESTRADAS   DE


RODAGEM ­ DAER/RS
Procurador :Dr. Miguel Arcanjo Costa da  Rocha
Recorrido  :ADÃO AUGUSTO DOS REIS E OUTROS
Advogada   :Dra. Amália Cristine Pahim Colling

EMP/ms/arn
D E S P A C H O

Trata­se   de  recurso   extraordinário  interposto


contra   acórdão   deste   Tribunal   que  negou   provimento   ao   agravo   em
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
O   recorrente   suscita  preliminar   de   repercussão
geral,   apontando   violação   aos   dispositivos   constitucionais   que
especifica nas razões de recurso.
É o relatório.
Decido.
Consta do acórdão recorrido:

“(...)
A hipótese vertente não cuida de fracionamento, repartição ou quebra
do valor da execução para fins de expedição de Requisição de Pequeno
Valor (§ 3º), tampouco houve burla à ordem cronológica de pagamento
estabelecida pela sistemática do precatório, como quer fazer crer o
agravante.
A Corte Regional assinalou (fl. 7480, PDF) que a expedição do
precatório (ainda não pago), em relação aos valores incontroversos, ocorreu
em 2001, portanto em data anterior à EC nº 62/2009, que introduziu a
sistemática de pagamento de obrigações definidas em lei como de pequeno
valor (RPV).
O Tribunal local também registrou que os créditos totais dos
exequentes, considerados individualmente, encontram-se nos limites
para a requisição de pequeno valor, não incidindo, portanto, na
hipótese vedada no art. 100, § 8º, da Carta Magna.
Eis o teor do julgado regional, no que interessa:
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Ainda, conforme entendimento sedimentado na Orientação


Jurisprudencial nº 9 do Tribunal Pleno/Órgão Especial do TST, em se
tratando de reclamações trabalhistas plúrimas, hipótese que é a dos autos,
a aferição do que vem a ser obrigação de pequeno valor, para efeito de
dispensa de formação de precatório e aplicação do disposto no § 3º do
art.100 da CF/88, deve ser realizada considerando-se os créditos de cada
reclamante.
No caso dos autos, ainda que o precatório anterior, expedido no ano
de 2001, não tenha sido cancelado e convertido em RPV, do exame dos
créditos totais devidos aos exequentes, considerados individualmente,
constato que se encontram nos limites para a requisição de pequeno valor,
não incidindo, portanto, na hipótese vedada no art. 100, § 8º, da
Constituição, exceto quanto a Afranio Vaz Fernandes, Arthur Adalberto de
Oliveira e Edson Campos de Andrade, não abrangidos pela requisição de
pequeno valor autorizada pelo juízo da execução.
É, pois, forçoso reconhecer que o agravante não consegue
desconstituir os fundamentos da decisão agravada, à míngua de
demonstração de violação inequívoca do art. 100, § 8º, da Constituição da
República, com a advertência de que a prestação jurisdicional foi e está
sendo entregue de forma completa.
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental.”.

Ao examinar o  “Tema 148” do ementário temático de
Repercussão   Geral   do   STF,   hipótese   dos   autos,  o   Supremo   Tribunal
Federal firmou o entendimento de que:

“REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO CONSTITUCIONAL E


PROCESSUAL CIVIL. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL DE
FRACIONAMENTO DE EXECUÇÃO PARA FRAUDAR O
PAGAMENTO POR PRECATÓRIO. ART. 100, § 8º
(ORIGINARIAMENTE § 4º), DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO SIMPLES. CONSIDERAÇÃO
INDIVIDUAL DOS LITISCONSORTES: CONSTITUCIONALIDADE.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
1. Ausência de prequestionamento quanto à alegação de
inconstitucionalidade da Resolução n. 199/2005 do Tribunal de Justiça de
São Paulo e quanto ao fracionamento dos honorários advocatícios.
Incidência das Súmulas 282 e 356. 2. A execução ou o pagamento
singularizado dos valores devidos a partes integrantes de litisconsórcio
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facultativo simples não contrariam o § 8º (originariamente § 4º) do art. 100


da Constituição da República. A forma de pagamento, por requisição de
pequeno valor ou precatório, dependerá dos valores isoladamente
considerados. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE
568.645, Rel. Min. Carmen Lúcia, DJe de 12/11/2014).

Logo,   versando   o   acórdão   recorrido   sobre   questão


atinente   a   tema   cuja   repercussão   geral   foi   reconhecida,   com   a
consequente consagração de tese jurídica semelhante à albergada por
esta   Corte   Superior,   resta   inviabilizada   a   admissibilidade   de
recurso extraordinário para reexame deste ponto da decisão, a teor
do que dispõe o art. 543­B, § 3º, do CPC/1973.
Também, não prospera o recurso quanto à alegação de
violação   ao   artigo   5º,   XXXVI,   LIV   e   LV,   da   CF/88,   pois   o   Supremo
Tribunal   Federal   tem   entendimento   pacífico   no   sentido   de   que   não
cabe  recurso  extraordinário,  por  ausência  de  repercussão  geral,  em
matéria   de   “Violação   dos   princípios   do   contraditório   e   da   ampla
defesa   quando   o   julgamento   da   causa   depender   de   prévia   análise   da
adequada   aplicação   das   normas   infraconstitucionais.   Extensão   do
entendimento ao princípio do devido processo legal e aos limites da
coisa julgada”.
Tal entendimento foi consagrado no ARE 748.371, da
relatoria  do Min.  Gilmar Mendes,  no qual  a Corte  Suprema firmou  a
tese   de   que   não   há   repercussão   geral   em   relação   ao   “Tema   660”   do
ementário temático de Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.
Logo,   versando   o   acórdão   recorrido   sobre   questão
atinente   a   tema   cuja   repercussão   geral   foi   negada   pelo   Supremo
Tribunal   Federal,   a   interposição   de   recurso   extraordinário   para
reexame deste ponto da decisão é manifestamente inviável, a teor do
que dispõe o art. 543­A, § 5º, do CPC/1973.
Ante   o   exposto,  nego   seguimento  ao   recurso
extraordinário.
Publique­se.
Brasília, 29 de setembro de 2016.
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Firmado por assinatura digital (MP 2.200­2/2001)
EMMANOEL PEREIRA
Ministro Vice­Presidente do TST

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