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COLUNISTA
Renata Cafardo
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Na semana passada, foi divulgado um estudo que pretendia mapear escolas públicas que
atendem alunos de baixo nível socioeconômico e conseguem ótima aprendizagem no ensino
médio. O nome da pesquisa é Excelência com Equidade, mas infelizmente não foi possível
https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,o-futuro-de-jovens-pobres,70003029312[29/09/2019 22:26:34]
O futuro de jovens pobres - Educação - Estadão
Ao baixar os critérios e considerar escolas com pelo menos bons índices de aprovação e notas
próximas da média em provas nacionais, os pesquisadores conseguiram chegar a um total de 100
colégios. Isso equivale a 2% das 5.042 escolas públicas de ensino médio que atendem alunos de
baixo nível socioeconômico.
A maioria está no Ceará (55 delas), seguido por Espírito Santo, Goiás e Pernambuco. Duas delas
estão no Estado de São Paulo, em Birigui e Teodoro Sampaio, e são técnicas, não escolas
estaduais comuns. Uma amostra desse grupo passou então a ser analisada de perto para se
compreender a razão do relativo sucesso.
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O futuro de jovens pobres - Educação - Estadão
O estudo mostrou claramente que escolas de ensino médio com bons resultados são escolas de
ensino integral. Dessas 100, 82 funcionam com mais horas/aula e currículo diversifcado, com
disciplinas optativas. Apesar da vantagem já conhecida e mais uma vez confrmada, o MEC este
ano não repassou os recursos para o programa de ensino integral de escolas em todo o País.
O ensino que dá certo oferece em seu currículo oportunidades para adolescentes se dedicarem a
empreendedorismo, física experimental, ofcina de redação e também a elaborar um projeto de
vida. Um aluno entrevistado pela repórter Isabela Palhares para o Estado disse que
achou ruim quando sua escola se tornou integral porque “estava na idade de trabalhar e ajudar
em casa”. “Mas já no primeiro dia de aula os professores me mostraram que eu podia mais, que
posso sonhar e ter a profssão que quiser se eu terminar os estudos”, disse Geovanni Alves, de 18
anos.
Ninguém tem dúvidas de que a educação traz benefícios tanto para o indivíduo quanto para a
sociedade. Um país mais educado tem economia melhor, mais produtividade, mais equidade. Mas
nossos jovens pobres cada vez mais desistem da escola porque não veem sentido nela. Não há
como ter esperança de um Brasil melhor sem uma juventude melhor.
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