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Resolução do caso prático – Maternidade

No 1796º/1 CC está prevista uma índole biologista, visto que, relativamente à mãe, a filiação resulta do
facto do nascimento. Este artigo remete-nos para os artigos 1803º a 1825º CC.

A Secção II indica-nos os preceitos relativos ao estabelecimento da maternidade, na qual a subsecção I


indica a declaração de maternidade. Esta subsecção inicia-se com o 1803º/1 CC que indica que «Aquele
que declarar o nascimento deve,..., identificar a mãe do registando».

Existe um regime regra no 1804º CC que indica que na declaração de nascimento, estabelece-se a
maternidade, quando não tenha decorrido 1 ano do nascimento. Neste caso, este não se encontra
verificado pois já passou 1 ano e o registo de nascimento está omisso quanto à mãe, não se aplicando
assim o 1804º CC nem o 1805º CC, mas sim o 1806º/1 CC. Segundo este «A mãe pode fazer a
declaração de maternidade se o registo for omisso quanto a esta, salvo se se tratar de filho nascido ou
concebido na constância do matrimónio e existir perfilhação por pessoa diferente do marido.», cujos
requisitos são cumulativos.

Este 1806º/1/2º parte CC remete-nos para o 1826º CC, no qual se encontra prevista a presunção de
paternidade, ou seja, presume-se que o filho nascido ou concebido na constância do matrimónio da
mãe tem como pai o marido da mãe, porém Duarte não é o marido de Ana, mas sim Bruno. Assim,
remetemo-nos ainda para o 1824º CC, pois o pai da criança não é o marido, obrigando assim o
legislador a aplicar o 1824º CC, a ação especial de investigação da maternidade.

O 1824º/1 CC dá a legitimidade ativa, ou seja, Ana intentará esta ação. O número 2 remete para os
1822º a 1824º CC. Assim, a ação será intentada contra Bruno (marido) e Duarte (perfilhante), bem
como contra Carlos (filho), pois o 1822º/1 CC «Se se tratar de filho nascido ou concebido na constância
do matrimónio da pretensa mãe, a ação de investigação deve ser intentada ... contra o marido e ,...,
contra o perfilhante», sendo que, pelo nº2, também contra o filho, Carlos.

Nesta ação especial de investigação de maternidade, deve-se impugnar a presunção de paternidade do


marido da mãe, pois se não o fizer será Bruno a constar (1826º CC), pois esta sobrepõe-se, nos termos
do 1823º/ 1 e 2 CC.

Como meio de prova poderá recorrer-se, como em qualquer ação de filiação, ao exame de sangue
previsto do 1801º CC (está na parte geral, serve tanto para a paternidade como para a maternidade).

Quanto ao prazo, devemos aplicar o 1807º CC por analogia, pois n 1824º CC não está esclarecido, não
tem prazo, não se devendo então usar o 1817º CC, pois este só é aplicado nos casos em que o filho é o
autor. Assim, se a mãe não tem prazo para declarar a maternidade, esta poderá fazê-lo a todo o tempo
1824º CC.

Atendendo a tudo exposto, a ação será procedente (prova, legitimidade,...).

Para se manter a perfilhação do Duarte, deve-se impugnar a presunção da paternidade de Bruno, já


que esta sobrepõem-se, no entendimento do legislador, à primeira. Se ninguém impugnar a presunção
será esta que constará, ou seja, Bruno constará como pai.

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