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CAMPUS CURITIBA
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS
1ª Período – Laboratório de Textos Argumentativos Profª Luciana Pereira da
Silva
Oração
Coesão
Argumentação
Até aqui o autor faz introdução do que vem a ser argumentação que é algo intersubjetivo, ou seja, da consciência do
indivíduo. Ele também aponta a estrutura nuclear do argumento, sendo oração, coesão e já esclarece que os
problemas podem afetar à oração (condição de produção quanto ao código da modalidade) e coesão (condição de
produção da escrita, vinculo que da sentido). Em ambos os casos, os problemas advindo comprometem a constituição
de uma argumentação, ou seja, de uma ação entre sujeitos.
(1) É bem difícil imaginar uma pessoa com sentimento, com consciência do
dever para consigo mesma e para os outros, viver sozinha.
(7) A sociedade é uma estrutura onde se uma peça não funciona para o
todo, as outras também tem de parar.
Aqui o autor aborda o 3º e o 4º problema de argumentação que são: noções de totalidade indeterminada e
noções de semiformalizadas. As duas noções podem se complementar, ambas não estão exatamente erradas
quando são empregadas, apenas tomar o cuidado para não cair em generalidades. A noção de totalidade
indeterminada é aquele discurso extremamente genérico, e que por mais que busque comprovar sua tese, o discurso
acabar por redundar em generalidades. Nesse discurso são apresentadas séries de noções que, de algo específico,
têm somente uma vaga referência à ideia de conjunto ou de unidade. O que acontece é a inflação do texto produzido
e ao mesmo tempo a suspensão de produção de argumentos. Por outro lado, a construção de dissertação que possui o
problema argumentativo chamado noção de semiformalizadas apresenta aquele texto com discursos que buscam se
aproximar de um caráter científico, sentido mais técnico, por exemplo, o emprego de palavras como estrutura,
organismo, funcionamento. Ou seja, buscar uma natureza semiformalizada, “esses termos ajudam a preencher uma
imagem da dissertação como um exemplo de objetividade e rigor metodológico”, portanto, o que se observa em
muitas produções textuais dos alunos é a apropriação “de uns quantos termos utilizados em textos técnicos e distribuí-
los ao longo do próprio texto”, e isso leva o aluno a renunciar ao que ela poderia representar como uma forma especial
de ação intersubjetiva, ou seja, fica preso a esse estilo que acaba limitando seu potencial. noções que
remetiam a valores consagrados
Pois bem, no momento em que a questão da escrita como
reprodução é indiciada a partir da análise do emprego de noções recorrentes
nas redações de cunho dissertativo, é chega a hora de tratar do problema
maior que atinge as ocorrências do “corpus” – sejam elas do tipo descritivo,
narrativo ou dissertativo. Problema maior, não apenas porque, mesmo sem
fazer contas, é o que tem de longe o maior índice de frequência nas redações
analisadas, como também porque confluem para ele todos dos demais
problemas que puderam ser detectados nesta análise. Para caracterizá-lo,
muito provavelmente, bastaria que se considerasse quaisquer das ocorrências
discutidas até o momento; de qualquer maneira, é possível observá-lo em sua
manifestação plena do seguinte exemplo:
(10) Sabe, tai uma coisa difícil de ser encontrar hoje em dia. Um amigo
de verdade com quem possamos sempre contar nas horas amargas e
nos momentos felizes.
(11) (...) quanta coisa linda ao nosso redor; quer mais do que a pureza
e a inocência do sorriso de uma criança? Quer mais do que a
simplicidade de uma flor? Acho que todos os nossos problemas ficam
muito pequenos em meio a tanta paz, a tanta simplicidade, em meio a
tanta força.