Um Convite ao Despertar

Por Rafael Costa Brandão

“Advirto-te, seja quem fores!

Tu que desejas sondar os mistérios da natureza!...
Se não encontrares dentro de ti mesmo o que procuras, tampouco poderás encontrar fora... Se ignoras as
excelências de tua própria casa, como pretendes encontrar outras excelências?
Em ti está oculto o tesouro dos tesouros!
Ó homem! Conhece a ti mesmo e conhecerás o universo e os Deuses!”
(Templo de Delphos – Grécia – Século X)

"Através da investigação ‘Quem sou eu?’, o pensamento ‘quem sou eu?’ irá destruir todos os outros
pensamentos, e como um galho usado para cutucar uma fogueira queimando, ele mesmo será destruído no
fim. Então, irá surgir a auto-realização…"
(Ramana Maharshi)

Alguma vez você já se perguntou, em um momento qualquer de alegria ou de tristeza que

passamos na vida: Será que estamos no mundo simplesmente a passeio, para nascer, crescer,
reproduzir, trabalhar, ganhar dinheiro, comprar e vender; a comer, beber e se divertir; a respirar,
digerir, eliminar, ovular, ejacular, passar pela gestação, pela reprodução, envelhecer e morrer?
Será que a vida se resume a tudo que podemos tocar ou comprovar com os nossos cinco sentidos?

Muitas pessoas possuem desde cedo inquietudes sobre qual o real sentido ou proposito da
vida, mas por não achar respostas satisfatórias as suas insatisfações, acabam deixando isso de
lado. Acabam a passar suas vidas a buscar felicidade no dinheiro, no poder, no consumismo, em
um bom emprego, nos prazeres ou em encontrar alguém ideal para se relacionar para constituir
uma família. Porém, mesmo tendo tudo isso, ainda existe aquele incomodo, aquela inquietação, de
que nos falta algo, que não estamos completos.

Vivemos em uma sociedade com ausência de muitos valores e por causa disso não
sabemos mais por que, para qual proposito e razão vivemos. Hoje em dia muitos estão satisfeitos
com o conceito coletivo de que valemos o que temos, valemos o que somos e o poder que
exercemos diante das pessoas, estamos presos em uma cadeia de TER, SER e PODER. Assim, nos
equivocamos e colocamos a felicidade fora, quando devíamos encontrá-la dentro de nós mesmos.

Mais existem pessoas que ainda estão insatisfeitas com a sua vida, para elas simplesmente
correr atrás de bens matérias não é mais suficiente para lhes dar um senso de satisfação e prazer,
elas não tem mais interesse pelas suas necessidades básicas como comida e sexo, nem pelo
enriquecimento, nem pelo reconhecimento das pessoas através de influencia dentro da sociedade
ou através do desenvolvimento intelectual, elas agora tem um interesse por saber quem elas são,
qual é o seu proposito nesta vida, agora elas tem um desejo de buscar algo que é imaterial,
subjetivo, respostas para suas inquietações.

Essas respostas não se encontram fora de si, mais somente dentro de si, no seu interior,
tudo o que precisamos esta contido dentro de si, apenas desperte e inicie a sua busca...