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HUMANIZASUS

Aula: HUMANIZASUS
Prof. Natale Souza
1. Teoria em tópicos + esquemas;
Natale Oliveira de Souza, enfermeira,Mestre em
Saúde Coletiva. Graduada pela UEFS – Universidade 2. Questões comentadas ao longo do texto;
Estadual de Feira de Santana – em 1999, pós- 3. Lista das questões gabaritadas;
graduada em Saúde Coletiva pela UESC – 4. Referênciasbibliográficas.
Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em
Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura
Municipal de Salvador e atuo há 14 anos na docência
em cursos de pós-graduação e preparatórios de
concursos, ministrando as disciplinas: Legislação do
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde
Pública e Específicas de Enfermagem. Sou autora de
05 livros na área de concursos públicos.

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HUMANIZAÇÃO: NOVOS MODOS DE FAZER NA
GESTÃO E NO CUIDADO EM SAÚDE

INTRODUÇÃO

Os inúmeros avanços no campo da saúde pública brasileira verificados


especialmente ao longo das quase duas décadas convivem, de modo
contraditório, com problemas de diversas ordens.

Portanto, para a construção de uma política de qualificação do SUS, a humanização deve ser vista
como uma das dimensões fundamentais, não podendo ser entendida como apenas um
programa a mais a ser aplicado aos diversos serviços de saúde, mas como uma política que opere
transversalmente em toda a rede SUS.

Entre tantos outros importantes movimentos que fazem parte do SUS e se


entrelaçam com ele, a PNH tem se afirmado em defesa do direito à saúde, em
defesa da vida e em defesa da democracia nas organizações, respondendo a
uma demanda social por humanização na atenção e na gestão.

A mobilização social e a transversalidade convocam a PNH a um esforço de


abordagem ampliada na compreensão e na ação diante dos problemas e desafios
do SUS. É por isto mesmo, que a PNH não se apresenta como uma política
específica de nenhum tipo de serviço de saúde, especialidade profissional ou
âmbito gerencial no SUS, de forma que o enfoque sobre as demais políticas de
saúde, sem se contrapor a abordagens especializadas, busca compor com elas.

Neste movimento de múltiplas conexões, tanto nos espaços dos serviços de


saúde, de governos, quanto acadêmico, a Política de Humanização vem também
– e não se imaginaria de outra forma – se modificando, ampliando suas

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experimentações, ratificando sua função e tarefa no SUS: humanização como
estratégia de democratização da gestão e das práticas de saúde.

Democratização, como substantivo, impõe a inclusão da diferença na ação política


e institutional. Assim, humanizar é um processo ativo e sistemático de inclusão.

A Política de Humanização tem compreendido, em sintonia com as discussões


atuais nos espaços de gestão e acadêmico, que a atenção básica é espaço
significativo para a qualificação do SUS como política pública. Isto porque, de um
lado, favorece a produção de vínculos terapêuticos entre sistema/equipes e
usuários/redes sociais, sem a qual a ação clínica corre o risco de ser corrompida
por tecnologias medicalizantes, as quais ao invés de reconstruir ratificam posição
subalterna da atenção básica no sistema de saúde e na cultura sanitária na nação;
de outro lado, exatamente esta vinculação com corresponsabilização é que
permite a organização de cuidado em rede, pois o vínculo inequívoco entre
equipe-usuário é força-motriz para o acionamento dos demais
equipamentos de saúde do território, permitindo avançar na composição de
ofertas de atenção à saúde de forma organizada e em sintonia com as
singularidades das situações.

A humanização como uma política transversal supõe necessariamente ultrapassar as fronteiras,


muitas vezes rígidas, dos diferentes saberes/poderes que se ocupam da produção da saúde.

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Temas Transversais

Ètica -
Equidade,solidar
iedade e
cooperação;

Educação e
Trabalho - Pluraridade
formação Cultural
pessoal

Temas
Transversais
Meio
Ambiente - Saúde -
métodos de Diretito de
manejo e todos
conservação

Orientação
Sexual

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Entendemos, entretanto, que tal situação de transversalidade não deve significar
um ficar fora, ou ao lado, do SUS.

A humanização deva caminhar, cada vez mais, para se constituir como vertente orgânica do
Sistema Único de Saúde. Mas, também que sua afirmação como política transversal garanta este
caráter questionador das verticalidades com o qual estamos na saúde sempre em risco de nos ver
capturados.

A humanização se define: aumentar o grau de corresponsabilidade dos diferentes


atores que constituem a rede SUS no cuidado à saúde. Implica mudança da
cultura da atenção dos usuários e da gestão dos processos de trabalho.

Tomar a saúde como valor de uso é ter como padrão na atenção o vínculo com
os usuários, é garantir direitos dos usuários e seus familiares, é estimular a que
eles se coloquem como protagonistas do sistema de saúde através de sua ação
de controle social, mas é também ter melhores condições para que os
profissionais efetuem seu trabalho de modo digno e criador de novas ações e que
possam participar como cogestores de seu processo de trabalho.

A humanização supõe troca de saberes (incluindo os dos usuários e de sua rede


social), diálogo entre os profissionais, modos de trabalhar em equipe. E aqui vale
ressaltar que não estamos nos referindo a um conjunto de pessoas reunidas
eventualmente para resolver um problema, mas à produção de uma
grupalidade que sustente construções coletivas, que suponha mudança
entre seus componentes.

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A humanização como uma das estratégias para alcançar a qualificação da atenção
e da gestão em saúde no SUS estabelece-se, portanto, como construção/ativação
de atitudes ético-estético políticas em sintonia com um projeto de
corresponsabilidade e qualificação dos vínculos interprofissionais e entre estes e os
usuários na produção de saúde.

 Éticas porque tomam a defesa da vida como eixo de suas ações.


 Estéticas porque estão voltadas para a invenção das normas que regulam a
vida, para os processos de criação que constituem o mais específico do
homem em relação aos demais seres vivos.
 Políticas porque é na polis, na relação entre os homens que as relações
sociais e de poder se operam, que o mundo se constrói.

Construir tal política impõe, mais do que nunca, que o SUS seja tomado em sua
perspectiva de rede. Como tal, o SUS deve ser contagiado por esta atitude
humanizadora e para isso, todas as demais políticas deverão se articular através
deste eixo. Trata-se, sobretudo, de destacar o aspecto subjetivo presente em
qualquer ação humana, em qualquer prática de saúde.

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1. (2013-FUNCAB-CACOAL – RO-SEMAD) A Política Nacional de Humanização da
Atenção e Gestão do Sistema Único de Saúde, conhecida como HumanizaSUS
consiste:

A) na promoção da autonomia administrativa da gestão da rede de serviços, de maneira a


articular processos de trabalho e as relações entre os profissionais e a população atendida.
B) na elaboração de ações que envolvam todos os usuários do SUS, a fim de orientá-los
sobre os procedimentos necessários para o atendimento na rede de saúde.
C) no mapeamento e diagnóstico dos principais problemas dos equipamentos de saúde, nos
três níveis de gestão, para a elaboração de propostas a fim de saná-los.
D) em cursos de capacitação dos gestores de saúde, buscando divulgar a necessidade de
maior controle sobre o trabalho dos profissionais do SUS.
E) em ações que humanizem o ambiente dos equipamentos de saúde, promovendo o bem-
estar de profissionais e usuários.

Resposta Correta:

A) na promoção da autonomia administrativa da gestão da rede de serviços, de maneira a


articular processos de trabalho e as relações entre os profissionais e a população atendida

Comentário:
Uma questão mais subjetiva e que requer uma leitura atenta da política e do contexto
na qual ela foi construída. A humanização se define: aumentar o grau de
corresponsabilidade dos diferentes atores que constituem a rede SUS no cuidado à
saúde. Implica mudança na cultura da atenção dos usuários e da gestão dos processos
de trabalho.

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Princípios norteadores da Política de Humanização

Princípios Norteadores da HumanizaSUS

1. Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de


atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos integradores e
promotores de compromissos/responsabilização.

2. Estímulo a processos comprometidos com a produção de saúde e


com a produção de sujeitos.

3. Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional,


estimulando a transdisciplinaridade e a grupalidade

4. Atuação em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e


solidário, em conformidade com as diretrizes do SUS.

5. Utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e


dos espaços da gestão na construção de autonomia e protagonismo de
sujeitos e coletivos.

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2. (HUPAA- Residência Multiprofissional 2014/2015). Identifique, nas opções abaixo,
um dos princípios norteadores da Política de Humanização:

A) Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão,


fortalecendo/estimulando processos integradores e promotores de
compromissos/responsabilização.
B) todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde, e os
serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial.
C) Promoção de ações que assegurem a participação dos trabalhadores nos processos de
discussão e decisão, reconhecendo, fortalecendo e valorizando seu compromisso com o
processo de produção de saúde e seu crescimento profissional.
D) consolidar e expandir a rede virtual de humanização, facilitando trocas, dando visibilidade
às experiências exitosas e multiplicando práticas comprometidas com a Política Nacional de
Humanização (PNH).
E) reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo
a diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e
usuários no processo de produção de saúde.

Resposta Correta:

A) Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão,


fortalecendo/estimulando processos integradores e promotores de
compromissos/responsabilização.

Comentário:
Vamos memorizar os 05 princípios norteadores? A assertiva A, corresponde ao
princípio de número 01, que é a “Valorização da dimensão subjetiva e social em todas
as práticas de atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos integradores e
promotores de compromissos/responsabilização”.

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3. (ESAF/MPOG/2012). Assinale a opção correta quanto a Política Nacional de
Humanização da Atenção e da Gestão do SUS – PNH/ HumanizaSUS.

A) A PNH/HumanizaSUS entende a humanização como consequência de um avanço na


racionalidade técnico-administrativa das unidades de saúde.
B) A PNH/HumanizaSUS tem como princípio reduzir os riscos à saúde por meio de alterações
nas condições de vida e da incorporação de hábitos saudáveis no cotidiano das populações.
C) Ao valorizar a dimensão subjetiva, a PNH/ HumanizaSUS torna desnecessário o controle
social.
D) Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão no
SUS é um dos princípios norteadores da PNH/HumanizaSUS.
E) A humanização da atenção da gestão nas ações e serviços de saúde está vinculada a
uma mudança de mentalidade nos sujeitos envolvidos e independe de mudança nos modelos
de atenção e gestão dos processos de trabalho das respectivas unidades de saúde.

Resposta Correta:

D) Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão no


SUS é um dos princípios norteadores da PNH/HumanizaSUS.

Comentário:

Mais uma sobre os princípios norteadores da PNH. A assertiva D, corresponde ao


princípio de número 01, que é a “Valorização da dimensão subjetiva e social em todas
as práticas de atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos integradores e
promotores de compromissos/responsabilização”.

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4. (IFC – SC/ 2012). De acordo com a Política Nacional de Humanização/HumanizaSUS,
do Ministério da Saúde (2004), a Humanização é entendida como um conjunto de
princípios e diretrizes que se traduzem em ações nos diversos serviços, nas práticas
de saúde e nas instâncias do sistema. Em relação aos seus princípios norteadores,
assinale a alternativa INCORRETA:

A) Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção


de saúde e com a produção de sujeitos.
B) Compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos
profissionais de saúde, estimulando processos de educação permanente.
C) Construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e coletivo simplificados na rede do
SUS.
D) Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fomentando a transversalidade e
a grupalidade.
E) Fortalecimento do controle social com caráter participativo nas instâncias gestoras
municipais do SUS.

Resposta Correta:

E) Fortalecimento do controle social com caráter participativo nas instâncias gestoras


municipais do SUS.

Comentário:

Mais uma sobre os princípios norteadores da PNH. A assertiva E, não corresponde ao


princípio norteador da PNH.”

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5. (UFCG – PB/ 2014). A humanização é considerada um eixo norteador das práticas de
atenção e de gestão em todas as esferas do SUS. Sobre esse tema analise as
proposições abaixo e responda:

I) Um dos princípios do HumanizaSUS é o da transversalidade que consiste na valorização


da comunicação intra e entre grupos.
II) Uma das características do Programa de Humanização do SUS é o fomento à autonomia
dos usuários e dos gestores, buscando espaços de co-rresponsabilidade e participação
coletiva nos processos e na gestão.
III) O Programa de Humanização do SUS visa à redução de filas e do tempo de espera dos
usuários nos serviços de saúde.

A sequência correta é:

A) I e II estão corretas
B) II e III estão corretas.
C) I, II e III estão corretas.
D) Somente a III está correta.
E) I e III estão corretas.

Resposta Correta:

C) I, II e III estão corretas.

Comentário:

Uma questão subjetiva, pois não solicita os princípios e sim os eixos norteadores.
Observe que não é difícil identificar que todas as assertivas estão corretas, pois
perpassam pelos princípios norteadores da PNH.

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6. (CONSULPLAN/2010) Considerando a Política Nacional de Humanização e a
construção de uma política de qualificação do SUS, é correto afirmar que:

A) A humanização deve ser adotada como diretriz política transversal, entendida como um
conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações nas diversas práticas de saúde.
B) A qualificação deve ser entendida como estudo em sistema presencial regular.
C) O Programa na forma transversal reduzirá as informações.
D) O fortalecimento das ações para a humanização da saúde através do SUS.
E) O controle de qualidade no caso da humanização faz parte de uma rede integrada, que de
forma generalizada, complementa os interesses primários.
.
Resposta Correta:

A) A humanização deve ser adotada como diretriz política transversal, entendida como um
conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações nas diversas práticas de saúde.

Comentário:

A humanização como uma política transversal supõe necessariamente ultrapassar as


fronteiras, muitas vezes rígidas, dos diferentes saberes/poderes que se ocupam da
produção da saúde.

7. (FUMARC/PC-MG/2013) A Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde (2004)


tem como princípios norteadores, EXCETO:

A) Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fomentando a transversalidade e a


grupalidade.
B) Redução das filas e do tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e
resolutivo baseados em critérios de triagem médica.
C) Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção de saúde
e com a produção de sujeitos.
D) Compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos profissionais de
saúde, estimulando processos de educação permanente.

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Resposta Correta:

B) Redução das filas e do tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e
resolutivo baseados em critérios de triagem médica.

Comentário:

A redução de filas não está entre os princípios norteadores. É um dos objetivos do dispositivo
acolhimento e que prevê o atendimento com critérios de risco.

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Marcas e prioridades - HumanizaSUS

Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), trabalhamos para


consolidar, prioritariamente, quatro marcas específicas:

1. Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e


atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco.

2. Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua
saúde, e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial

3. As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o


acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos
do código dos usuários do SUS.

4. As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e


usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores.

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8. (MAKYIAMA/ Prefeitura Municipal de Capela do Alto / 2014) Como previsto em
Humaniza SUS – Política Nacional de Humanização – A Humanização como Eixo
Norteador das Práticas de Atenção e Gestão em Todas as Instâncias do SUS (2004),
são “marcas específicas” a serem consolidadas a partir da Política Nacional de
Humanização (PNH):
I- Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento
acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco.
II- Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde, e os
serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial.
III- As unidades de saúde devem garantir as informações ao usuário, o acompanhamento de
pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS.
IV- As unidades de saúde devem garantir uma gestão hierarquizada a fim de assegurar a
consolidação da PNH, assim como educação permanente aos trabalhadores.
Está CORRETO o que se afirma em:

A) I e II, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) II, III e IV, apenas.
E) I, III e IV, apenas

Resposta Correta:

C) I, II e III, apenas.

Comentário:

Faz-se necessário a identificação e memorização das marcas da PNH. Observe que as


assertivas I,II e III trazem a descrição das marcas da Política em questão.

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Diretrizes gerais para a implementação da PNH nos diferentes níveis de
atenção:

Diretrizes da PNH

•Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a população, entre os


01 profissionais e a administração, promovendo a gestão participativa

•Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de Humanização com plano de


02 trabalho definido.

• Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o uso de medicamentos, eliminando ações


intervencionistas desnecessárias.
03

• Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a
diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no
04 processo de produção de saúde

• Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência intrafamiliar (criança,


mulher e idoso) e quanto à questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora da
05 recepção e dos encaminhamentos.

• Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local, respeitando a privacidade e promovendo uma


ambiência acolhedora e confortável.
06

• Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados
gestores.
07

• Implementar um sistema de comunicação e de informação que promova o autodesenvolvimento e


amplie o compromisso social dos trabalhadores de saúde.
08

• Promover ações de incentivo e valorização da jornada integral ao SUS, do trabalho em equipe e


da participação em processos de educação permanente que qualifiquem a ação e a inserção dos
09 trabalhadores na rede SUS.

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HumanizaSUS Na atenção Básica

 Atenção Básica: espaço privilegiado na construção de um SUS


humanizado.
A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS -
HumanizaSUS (2003) considera que sujeitos sociais, atores concretos e
engajados em práticas locais, quando mobilizados, são capazes de,
coletivamente, transformar realidades, transformando- se a si próprios neste
mesmo processo (Benevides & Passos, 2005).

O HumanizaSUS aposta que é possível construir vínculos entre os diversos


profissionais nas equipes e com usuários para produzir graus crescentes de
autonomia e corresponsabilidade. Aposta na criação coletiva de saídas e na
atuação em rede.

A Atenção Básica deve estar conectada aos outros serviços do sistema de saúde, que devem lhe
dar retaguarda e apoio, mas responsabilizar-se pelo seguimento dos casos ao longo do tempo,
fazendo a gestão compartilhada dos casos mais complicados, que demandem outras tecnologias,
sempre que necessário. Este tipo de seguimento facilita a criação e manutenção do vínculo
terapêutico. A pactuação clara de responsabilidades entre os diferentes serviços no sistema de
saúde, a interação entre as equipes e a cogestão dos recursos existentes num dado território
podem ampliar grandemente as possibilidades de produção de saúde

A diversidade de situações vivenciadas na Atenção Básica requer, ainda, a


atuação articulada com os movimentos sociais e outras políticas públicas,
potencializando a capacidade de respostas para além das práticas usualmente
desenvolvidas pelos serviços de saúde.

A Atenção Básica é também considerada um lugar privilegiado de ensino-


aprendizagem, um campo de práticas a ser consolidado e continuamente
transformado a partir das experimentações concretas, inclusive pelo ensino formal
(ensino técnico, de graduação e pós-graduação). O encontro ensino-serviço deve
ser processualmente estreitado, com ganhos para a rede de saúde e instituições

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de ensino. Esta é uma proposição da Política de Educação Permanente do
Ministério da Saúde (MS, 2004; 2007).

A Política Nacional de Humanização aposta que alguns modos de organizar os


processos de trabalho em saúde – alguns “arranjos” - facilitam o enfrentamento
dos problemas e potencializam a produção de saídas criativas e singulares em
cada contexto. Aponta algumas diretrizes a serem colocadas como nossa “utopia”,
que estarão sempre por serem alcançadas, nunca prontas, sempre mais à frente.
São elas: o Acolhimento, a Clínica Ampliada, a Co-gestão, a Produção de
Redes, a Valorização do Trabalho e do Trabalhador da Saúde.

PNH e as diretrizes do Processo de Trabalho

Acolhimento

Clínica ampliada

Co-gestão

Produção de redes

Valorização do trabalho

Valorização do trabalhador da Saúde

Para a prática de uma Clínica Ampliada, é imprescindível a criação de vínculos


entre usuários, famílias e comunidade com a equipe local de saúde e com alguns
profissionais que lhe sirvam de apoio e de referência técnica. Esta construção de
vínculos deve partir de movimentos tanto dos usuários quanto da equipe. Por
parte do usuário, a criação de vínculo será favorecida quando ele acreditar que a

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equipe poderá contribuir de algum modo para a sua saúde e sentir que esta equipe
se co-responsabiliza por esses cuidados. Do lado do profissional e da equipe, a
base do vínculo é o compromisso com a saúde daqueles que a procuram ou são
por ela procurados, é o quanto aquela pessoa o afeta. O vínculo se estabelece
quando esses movimentos se encontram. O vínculo será terapêutico quando
contribuir para que graus crescentes de autonomia – modo de “andar” a própria
vida – sejam alcançados. Várias estratégias podem ser adotadas pela equipe de
Atenção Básica para favorecer a construção de vínculos, responsabilização e
resolutividade.

Seguem alguns exemplos:

Identificar famílias e pessoas que requerem atenção especial, seja no


cadastramento das famílias, no olhar dos agentes comunitários de saúde,
nas visitas domiciliares ou em outras atividades na comunidade. Isto pode
ocorrer a partir da necessidade explicitada ou identificada no “encontro”
com pessoas em situação ou risco de violência, pessoas com deficiência,
portadores de transtornos mentais e outros;
Destacar, no atendimento cotidiano da demanda, as pessoas que merecem
atenção especial - atenção a ser definida a partir do risco/vulnerabilidade,
e não por ordem de chegada;
Qualificar a atenção a partir de um projeto terapêutico para cada situação:
marcar retornos periódicos, agendar visita domiciliar, solicitar apoio de
outros profissionais, combinar atendimento em grupo ou outras práticas
que potencializem o cuidado;
Identificar pessoas em situação de transtorno ou adoecimento em função
de discriminação de gênero, orientação/identidade sexual, cor/etnia ou
estigma de certas patologias;
Considerar especificidades das populações quilombolas, indígenas,
assentadas, ribeirinhas, povos da floresta e presidiários, dentre outras;

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Garantir o cuidado aos grupos de pessoas com maior vulnerabilidade em
função de agravo ou condição de vida para os quais já existem programas
estruturados (pré-natal, imunização, hipertensão e diabetes, hanseníase,
tuberculose, etc.);
Trabalhar em articulação com outros níveis de atenção/ especialidades,
policlínicas, hospitais, maternidades, Centro de Apoio Psicossocial
(CAPS), Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST),
urgências, Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), apoio
diagnóstico, fortalecendo a rede de saúde local;
Estabelecer parcerias também com outros setores, como escolas, creches,
universidades, centros de assistência social e outras
instituições/equipamentos sociais da região e organizações do movimento
social/comunitário;
Estimular e possibilitar que a equipe conheça, discuta e avalie os diversos
relatórios com os dados produzidos, periodicamente, para que estes gerem
informação útil no sentido de apoiar o planejamento, o monitoramento e a
avaliação e compartilhá-los com a população. Por exemplo: cobertura
vacinal, cobertura de aleitamento materno, mortalidade materna e infantil,
início precoce do pré-natal, número de casos de doenças transmissíveis,
etc.

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Diretrizes da PNH para Atenção Básica

1. Elaborar projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social,
considerando as políticas intersetoriais e as necessidades de saúde.

2. Incentivar práticas promocionais de saúde

3. Estabelecer formas de acolhimento e inclusão do usuário que promovam a


otimização dos serviços, o fim das filas, a hierarquização de riscos e o acesso
aos demais níveis do sistema.

4. Comprometer-se com o trabalho em equipe, de modo a aumentar o grau de co-


responsabilidade, e com a rede de apoio profissional, visando a maior eficácia na
atenção em saúde.

9. (IBFC/ILSL/2013) Considerando a Política Nacional de Humanização, uma das diretrizes


específicas para a Atenção Básica é:

A) Existência de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido.


B). Acolher a demanda por meio de critérios de avaliação de risco, garantindo o acesso referenciado
aos demais níveis de assistência.
C) Garantia de visita aberta por meio da presença do acompanhante e de sua rede social,
respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do
acompanhante.
D) Incentivar práticas promocionais de saúde.

Resposta Correta:

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D) Incentivar práticas promocionais de saúde.

Comentário:

Dentre as assertivas a única que é uma diretriz direcionada a Atenção Básica é a letra D.

10. (IESES/IFC/2014) Trata-se de uma proposta de novas relações entre usuários, suas
redes sociais e os trabalhadores. Aposta no trabalho coletivo na direção de um SUS
acolhedor, resolutivo e confortável. Referimo-nos a(o):

A) Ofício da Saúde Humanizada.


B) HumanizaSUS.
C) Política Humanística Socializada.
D) Programa de Apoio Humanizador.

Resposta Correta:

B) HumanizaSUS.

Comentário:

A humanização deve ser vista como uma das dimensões fundamentais, não podendo
ser entendida como apenas um programa a mais a ser aplicado aos diversos serviços
de saúde, mas como uma política que opere transversalmente em toda a rede SUS.

11. (FAPIFA/Prefeitura Iguaraçu//2014)Na perspectiva da Política Nacional de


Humanização do Sistema Único de Saúde – HumanizaSUS, instituída pelo Ministério da
Saúde em 2003, humanização na saúde significa:

A) A valorização do cuidado, aliada ao reconhecimento dos direitos do/a usuário/a de sua


subjetividade e referências culturais, não priorizando as questões de gênero, etnia, raça,
situação econômica, orientação sexual e a grupos populacionais como indígenas,
trabalhadores, quilombolas, ribeirinhos e assentados.
B) A valorização da qualidade técnica e ética do cuidado, aliada ao reconhecimento dos
direitos do/a usuário/a, de sua subjetividade e referências culturais, garantindo o respeito às

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questões de gênero, etnia, raça, situação econômica, orientação sexual e a grupos
populacionais como indígenas, trabalhadores, quilombolas, ribeirinhos e assentados.
C). Avançar nos princípios do SUS de acesso, atenção prioritária as ações curativas e
igualdade na gestão, uso dos recursos segundo as necessidades de doença da população
brasileira.
D) Que o “acolhimento” que se caracteriza como um modo de operar os processos de
trabalho em saúde de forma a dar atenção somente aos doentes que procuram os serviços
de saúde, ouvindo suas necessidades

Resposta Correta:

B) A valorização da qualidade técnica e ética do cuidado, aliada ao reconhecimento dos


direitos do/a usuário/a, de sua subjetividade e referências culturais, garantindo o respeito às
questões de gênero, etnia, raça, situação econômica, orientação sexual e a grupos
populacionais como indígenas, trabalhadores, quilombolas, ribeirinhos e assentados

Comentário:

A humanização deve ser vista como uma das dimensões fundamentais, não podendo
ser entendida como apenas um programa a mais a ser aplicado aos diversos serviços
de saúde, mas como uma política que opere transversalmente em toda a rede SUS.

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DIRETRIZES HUMANIZASUS - Na Urgência e Emergência, nos pronto-
socorros, nos pronto-atendimentos, na Assistência Pré-Hospitalar e outros:

1. Acolher a demanda por meio de critérios de avaliação de risco, garantindo o


acesso referenciado aos demais níveis de assistência.
2. Comprometer-se com a referência e a contrarreferência, aumentando a
resolução da urgência e emergência, provendo o acesso à estrutura hospitalar e
a transferência segura, conforme a necessidade dos usuários.
3. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções
desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito.

DIRETRIZES DO HUMANIZASUS Na Atenção Especializada:

1. Garantir agenda extraordinária em função da análise de risco e das


necessidades do usuário.
2. Estabelecer critérios de acesso, identificados de forma pública, incluídos na
rede assistencial, com efetivação de protocolos de referência e contra referência.
3. Otimizar o atendimento ao usuário, articulando a agenda multiprofissional em
ações diagnósticas, terapêuticas que impliquem diferentes saberes e terapêuticas
de reabilitação.
4. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções
desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito.

A Gestão da Política de Humanização

A dimensão transversal da Política de Humanização da Atenção e da Gestão em


Saúde no SUS implica, para sua efetuação, necessariamente, um construir
coletivo. Isto significa processos de pactuação no âmbito do MS, assim como nas
diversas esferas do SUS.

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Mapear programas, projetos e iniciativas de humanização já existentes, articulá-
los e a partir daí propor diretrizes, traçar objetivos e definir estratégias de ação na
composição da PNH num constante diálogo com as especificidades das áreas da
saúde é tarefada qual não podemos abrir mão se, de fato, queremos operar
transversalmente.

Modo de Gestão

Para a implantação de uma PNH efetivamente transversal às demais ações e


políticas da saúde, é necessário combinar a atuação descentralizada dos diversos
atores que constituem o SUS, com a articulação e coordenação necessárias à
construção de sinergia e acúmulo de experiências.

Assim, ao mesmo tempo que são experimentadas novas propostas de ação e


multiplicadas com as devidas mediações as experiências exitosas, os processos
de debate e pactuação entre os níveis Federal, Estadual e Municipal do SUS
deverão consolidar a humanização como uma estratégia comum e disseminada
por toda rede de atenção.

Desta forma, cabe ao Núcleo Técnico de Coordenação da PNH articular a atuação


das áreas do Ministério da Saúde, ao mesmo tempo que contribui para o
fortalecimento da ação das Secretarias Estaduais e das Secretarias Municipais de
Saúde. Assim, esquematicamente o que se propõe está representado no
diagrama abaixo:

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Articulação das áreas de atuação – MS/PNH

MS
SES
-Áreas/ - Gestor Estadual
coordenações - Grupos
-Programas Técnicos de
específicos Núcleo:
Coordenação técnico- Humanização
política
- Grupo de apoio técnico
- Consultores regionais

SMS
- Gestor
municipal
- Comitês de
humanização
- Serviços

Quanto à coordenação da PNH, entende-se que seu papel articulador deve se


dirigir, por um lado à facilitação e integração dos processos e ações das demais
áreas, criando o campo onde a política de humanização se dará. Por outro lado,
deve também assumir-se como núcleo específico voltado especialmente para a
política de humanização.

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Política de Humanização e gestão democrática como reinvenção das
organizações para a emergência da diferença

No campo da saúde, a alienação no trabalho causa efeitos destrutivos, pois a


produção de saúde depende da qualidade do encontro com o outro, encontro que
é decorrente das formas de relação e dos processos de intercessão entre sujeitos.
Esta questão tem apontado para a necessidade de reorganizar o trabalho em
saúde na perspectiva de produzir sentido para quem o executa. Sem este sentido
não se reduz a alienação, ou seja, não se consegue reposicionar os sujeitos na
relação para a produção de contratos de corresponsabilização no cuidado.

Reinventar a gestão e os modos como se organizam a rede de atenção e as


ofertas de cuidado implica, de um lado, na deflagração de um processo cultural,
que por sua vez requer a produção de novas relações entre sujeitos e de novos
processos institucionais.

De outro lado, está reinvenção requer a reestruturação das organizações, dos


estabelecimentos de saúde, que necessitam de uma nova arquitetura capaz de
propiciar e fomentar novos modos de circulação de poder e de produção de
subjetividade, capazes então de fomentar a construção de inovações nas práticas
de saúde (PASCHE,2005).

Reinventar os modos de governar as instituições – portanto, de recriá-las para


uma nova expressão da correlação de forças - é um exercício de aprimoramento
da democracia institucional. Isto exige, entre outros, a formulação de arranjos e
processos que permitam o partilhamento de interesses e a produção de novas
contratualidades nas diferenças dos sujeitos. Para tanto, há de se lançar mão de
conceitos ampliados de gestão, de sujeito, de subjetividade e de grupos, que

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permitam a compreensão e operação concreta de novos contratos (PASCHE,
2005).

Co-gestão expressa, ao mesmo tempo, inclusão de novos sujeitos nos processos


decisórios e alteração das tarefas da gestão, que incorpora também função de
análise institucional, de contextos e da política, função de formulação, portanto de
exercício crítico-criativo e função pedagógica, que Gastão Campos (2000) vai
denominar de Função Paidéia.

Mas o exercício da gestão ampliada e compartilhada para a produção de


mudanças nas organizações de saúde requer vontade política, provisão de
condições concretas e método, sem o qual se corre o risco de se transformar a
co-gestão apenas em um exercício discursivo. É nesta perspectiva que a própria
gestão se apresenta como um método, pois ela tanto pode se prestar ao exercício
do controle dos sujeitos (processos de assujeitamento), como pode ser um
importante espaço de reinvenção do trabalho, produzindo sentido desde
pressupostos éticos – como, por exemplo, a base doutrinária do SUS (equidade,
universalidade, integralidade e participação cidadã). Reinventar as organizações
pressupõe alterar o modo de produção e fluxos de poder.

Em geral, as organizações de saúde (que são realidades hiper-complexas) têm


uma disposição centralizadora do poder, fomentando processos de comunicação
pouco transversais e colocando em relação apenas os iguais. Em outras palavras:
o exercício da comunicação se dá entre os pares (chefes com chefes, médicos
com médicos, enfermeiros com enfermeiros, e assim por diante), dificultando a
emergência de processos instituintes. Dessa forma, a organização se reproduz,
pois, se mantém sustentada sobre linhas de forças que apenas reverberam aquilo
que já está instituído.

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Arranjos e dispositivos para o exercício da Co-gestão

Para fins didáticos, a Política Nacional de Humanização distingue


arranjos/dispositivos de co-gestão em dois grupos:

 O primeiro grupo diz respeito à organização do espaço coletivo de gestão


que permita o acordo entre desejos e interesses tanto dos usuários quanto
dos trabalhadores e gestores.
 O segundo grupo refere-se aos mecanismos que garantam a participação
ativa de usuários e familiares no cotidiano das Unidades de Saúde.

Estes devem propiciar tanto a manutenção dos laços sociais dos usuários
internados quanto sua inserção e de seus familiares nos projetos terapêuticos e
acompanhamento do tratamento. Almejam, portanto, a participação do usuário,
sua família e rede social, na perspectiva de garantir os direitos que lhes são
assegurados e também o avanço no compartilhamento e corresponsabilização do
tratamento e cuidados em geral.

Organização de espaços coletivos de gestão para a produção de acordos e


pactos entre usuários, trabalhadores e gestores

Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) – Coletivos organizados,


participativos e democráticos que se destinam a empreender uma política
institucional de resgate dos valores de universalidade, integralidade e aumento da
eqüidade na assistência e democratização da gestão, em benefício dos usuários
e dos profissionais de saúde. Constituído por lideranças representativas do
coletivo de profissionais em cada equipamento de saúde, tem como atribuições:
difundir os princípios norteadores da Humanização; pesquisar e levantar os
pontos críticos dofuncionamento do serviço; promover o trabalho em equipe multi
e interprofissional; propor uma agenda de mudanças que possam beneficiar os
usuários e os profissionais de saúde; estabelecer fluxo de propostas entre os

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diversos setores das instituições de saúde, a gestão, os usuários e a comunidade;
melhorar a comunicação e a integração do serviço com a comunidade.

Colegiados Gestores de Hospital, de Distritos Sanitários e Secretarias de


Saúde - Compostos por coordenadores de áreas/setores, gerentes (dos
diferentes níveis da atenção), secretário de saúde, diretores e, no caso do
hospital, todos os coordenadores das Unidades de Produção. Dentre outras, tem
como atribuições: elaborar o Projeto Diretor do Distrito/Secretaria/Hospital;
constituir-se como espaço de negociação e definição de prioridades, definir os
investimentos, organizar os projetos das várias unidades, construir a sistemática
de avaliação, prestar contas aos Conselhos Gestores e administrar imprevistos.

Colegiado Gestor da Unidade de Saúde - Tem por atribuições: elaborar o


Projeto de Ação; atuar no processo de trabalho da unidade; responsabilizar os
envolvidos; acolher e encaminhar as demandas dos usuários; criar e avaliar os
indicadores; sugerir e elaborar propostas e criar estratégias para o envolvimento
de todos os membros e equipes do serviço. Na Atenção Básica, o Colegiado é
composto por representantes das Equipes de Atenção Básica/Saúde da Família,
contemplando trabalhadores dos níveis superior, médio e elementar. No caso das
Unidades de Saúde com mais de uma Equipe de Saúde da Família, orienta-se
que todas elas estejam representadas no Colegiado da Unidade, por meio de um
profissional de nível superior, um Agente Comunitário de Saúde e um
representante dos trabalhadores com formação técnica/auxiliar (enfermagem,
odontologia ou outro). Ressalta-se que a Equipe de Saúde da Família, por si só é
um “coletivo organizado de trabalhadores”. De configuração multiprofissional,
comporta-se como uma instância colegiada, exercitando a sua potencialidade de
se fazer integrada e participativa em seu cotidiano de trabalho. Em hospitais e
serviços especializados conformam-se os Colegiados de Unidades de Produção,
entendidos como unidades/serviços que reúnem equipes multiprofissionais em
torno de um objeto específico e comum de trabalho, levando em conta os

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diferentes eixos dos cuidados, como, por exemplo, a Unidade de Produção de
Saúde da Criança (voltada para esse público).

Mesa de Negociação Permanente - As Mesas de Negociação Permanente são


fóruns paritários que reúnem gestores e trabalhadores a fim de tratar dos conflitos
inerentes às relações de trabalho. A criação destes mecanismos se insere no
contexto de democratização das relações de trabalho, nas quais a participação do
trabalhador é entendida como fundamental para o exercício dos direitos de
cidadania visando à melhoria da qualidade dos serviços de saúde e ao
fortalecimento do SUS. As mesas possibilitam a construção conjunta de um plano
de trabalho e de uma agenda de prioridades das questões a serem debatidas e
pactuadas entre gestores públicos, prestadores e trabalhadores da Saúde.

Contratos de Gestão - Firmados entre as Unidades de Saúde e as instâncias


hierárquicas de gestão como, por exemplo, Unidades de Saúde Ambulatoriais e
Hospitais, com o Distrito Sanitário e/ou com o nível central da Secretaria de
Saúde.
A pactuação de metas se dá em três grandes eixos:

a) ampliação do acesso, qualificação e humanização da atenção;


b) valorização dos trabalhadores, implementação de gestão participativa;
c) garantia de sustentabilidade da unidade.

Esses contratos devem ter acompanhamento e avaliação sistemática em


comissões de trabalhadores, usuários e gestores.

Contratos Internos de Gestão - Contrato pode ser entendido como um pacto,


um acordo entre duas ou mais partes que se comprometem a cumprir o que foi
decidido. Contratos Internos de Gestão são acordos técnico-políticos entre
unidades/equipes que compõem um serviço de saúde, estimulando as interfaces
e a corresponsabilização através da constituição de redes de trabalho e de

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compromisso. Eles representam a reorganização nos processos de trabalho nas
unidades – que, a partir de diretrizes e objetivos claros, se materializam em metas,
planos de ação e indicadores, voltados para mudanças nas práticas de atenção e
fortalecimento da gestão compartilhada e participativa. Os Contratos Internos de
Gestão representam acordos e pactos entre unidades e equipes de saúde
derivados de movimentos intensivos e extensivos de análise e discussão coletiva,
sendo potentes mecanismos para garantir a sustentabilidade de mudanças na
lógica da organização do trabalho e da gestão. Além disto, os Contratos Internos
de Gestão rompem como os modos fragmentados de pensar e agir nas
organizações, construindo e fomentando redes de conversação, de troca e
cooperação.

Câmara Técnica de Humanização - Fórum proposto para agregar


instâncias/serviços/sujeitos com o objetivo de compartilhar experiências do/no
campo de políticas/ações de humanização, compondo redes e movimentos de co-
gestão. Pode-se constituir através de representações institucionais formalizadas
ou com sujeitos interessados nas discussões e encaminhamentos acerca de
planos de trabalho e avaliação de experiências. Seu método de funcionamento é
pautado no mapeamento e ajustes contínuos das iniciativas à luz dos princípios e
diretrizes da Política Nacional de Humanização. Seu caráter pedagógico-
formativo é conferido pelas análises coletivas e destaque de indicadores do
processo de implementação e seus alcances, podendo servir como referência
para outros serviços.

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Dispositivos para fomento da participação ativa de usuários, familiares e redes sociais no cotidiano
de serviços de saúde

• Equipe de Referência:
• Projeto Terapêutico Singular;
• Direito a acompanhante em consultas, realização de exames e em internações;
• Visita aberta;
• Espaços de escuta qualificada de usuários e trabalhadores: ouvidoria, gerência de agenda aberta,
etc.

Equipe de Referência - Organização do trabalho em equipe na qual um conjunto


de trabalhadores que comungam do mesmo espaço de trabalho/atuação
interagem para a definição de encargos sanitários considerando núcleos e
campos de competências e responsabilidades.

Direito a acompanhante nas consultas, realização de exames e internações


- O direito do usuário a acompanhante nos serviços de saúde garante, de um lado,
o exercício de um direito fundamental da pessoa que é o de contar, em uma
situação de fragilidade, com alguém de sua rede social e afetiva que pode
“negociar” com trabalhadores e equipes processos de cuidado e proteger o
usuário contra práticas indevidas (derivadas do preconceito, de discriminações,
etc.) que levam ao descuidado, ao descompromisso e à baixa produção de saúde.
De outro lado, o acompanhante, quando efetivamente envolvido pela equipe, pode
vir a ser aliado importante nos processos terapêuticos, ampliando a eficácia e a
extensão da rede social no processo de corresponsabilização no cuidado.

Visita aberta - É um dispositivo que garante, no maior tempo possível, a presença


da rede sócio familiar dos usuários internados, de forma a assegurar o elo entre
o usuário do hospital, sua rede social e os demais serviços da rede de saúde. A
visita aberta amplia o grau de corresponsabilização no cuidado, possibilita a
participação do familiar na construção de projetos terapêuticos; amplia o grau de
comunicação entre os envolvidos no cuidado; ressignifica o lugar do hospital como

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estratégia e espaço de produção de saúde, que não se fecha sobre si mesmo,
mas inclui outras dinâmicas e agentes no cuidado de saúde.

Gerência com agenda aberta - Estratégia para interação com a rede sócio
familiar do usuário e com trabalhadores e equipes de saúde. Mecanismo
sistemático de “atendimento” do usuário e de sua rede sócio familiar e dos
trabalhadores, destinando “espaço” e tempo da agenda de gestores
(trabalhadores em cargos de gestão) para interagir com estes sujeitos, buscando
construir em tempo oportuno soluções coletivas para necessidades de saúde e de
trabalho.

Ouvidoria - Instrumento de ausculta da avaliação que fazem os usuários e sua


rede sócio familiar da experiência que tiveram com serviços e trabalhadores da
saúde. Além disto, ouvidorias captam também manifestações dos trabalhadores
da saúde acolhendo questões referentes às condições e processos de trabalho,
garantindo o retorno e encaminhamento em tempo acordado dos problemas
identificados. A ouvidoria é um dispositivo de humanização da saúde porque
permite a discussão de processos de trabalho, dos quais emergem os problemas
e situações conflitivas que são sintomas, manifestações dos modos de
organização do trabalho nos serviços de saúde. Não se trata, desta forma, de um
mecanismo de culpabilização ou punição de trabalhadores e gestores, mas de
construção de medidas coletivas para o enfrentamento de problemas e situações
apontados por usuários e trabalhadores. As ouvidorias devem promover ações
para assegurar a preservação dos aspectos éticos, de privacidade e
confidencialidade em todas as etapas do processamento das informações
decorrentes; assegurar aos cidadãos o acesso às informações sobre o direito à
saúde e às relativas ao exercício desse direito; acionar os órgãos competentes
para ações pertinentes frente a atos ilegais ou indevidos e omissões, no âmbito
da saúde. Por fim, as informações das ouvidorias permitem a realização de
estudos e pesquisas visando à produção do conhecimento e subsidiam a
formulação de políticas de gestão do SUS.

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Projeto Terapêutico Singular (PTS) – O Projeto Terapêutico Singular é um
instrumento de organização e sistematização do cuidado construído entre equipe
de saúde e usuário, considerando singularidades do sujeito e a complexidade de
cada caso. No Projeto Terapêutico Singular, a identificação das necessidades de
saúde, a discussão do diagnóstico e a contratação do cuidado são
compartilhados, o que leva a um aumento da eficácia dos tratamentos, pois a
ampliação da comunicação traz o fortalecimento dos vínculos e o aumento do grau
de corresponsabilização. A construção de contratos terapêuticos entre sujeitos
não pode ser entendida, por outro lado, como ação que não deriva de embate
produzido na tensa relação que se estabelece entre sujeitos que ocupam distintas
posições nas relações de saúde, ou seja, usuários e trabalhadores da saúde.
Projetos terapêuticos são, pois, resultantes de acordos possíveis e necessários
entre ofertas e demandas, tomados tanto como as experiências da vida prática
dos usuários como dos saberes e experiência clínica dos trabalhadores e equipes
de saúde.

Família Participante, Grupo de Pais, Grupo Focal – Estratégias de inclusão de


usuários e trabalhadores nos vários espaços dos serviços de saúde. Destinam-se
tanto para a captação de percepções e avaliações frente às ações de gestão e
cuidado em saúde como para constituição em espaços de circulação de
informações de saúde, com vistas à produção de autonomia, protagonismo e
emancipação dos sujeitos.

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Estratégias Gerais de Construção da PNH

Cooperar com e articular a proposta da PNH com as ações das Secretarias do MS, das
Secretarias Estaduais e Municipais;

Propor e integrar estratégias de ação que constituam o campo da


humanização, operando como apoio matricial para as áreas, coordenações e
programas do MS no que for com eles contratualizado

Propor e integrar estratégias de ação para implantação da PNH no âmbito


do Ministério da Saúde em interface com as demais áreas e coordenações;

Coordenar grupo de consultores regionais da PNH que trabalharão com as


SES, SMS, polos de educação permanente, hospitais e outros equipamentos
de saúde que desenvolvam ações de humanização. Tal grupo funcionará como
um dispositivo articulador e fomentador de ações humanizantes, estimulando
processos multiplicadores nos diferentes níveis da rede SUS;

Criar e incentivar mecanismos de divulgação e avaliação da PNH em interface com as


demais áreas, coordenações e programas do MS;

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Estratégias Específicas de Construção da PNH

Construir uma metodologia de trabalho para implantação de projetos de humanização nos


diversos âmbitos da rede SUS, seja através da concepção de dispositivos de suporte ao
desenvolvimento de ações voltadas para os usuários, seja no que concerne às condições
de trabalho dos profissionais e dos modelos de gestão do processo de trabalho em saúde;

Fortalecer, ampliar e integrar a Rede Nacional de Humanização estruturada em


dimensão presencial e virtual;

Propor tecnologias de gestão do processo de trabalho em saúde;

Viabilizar tecnologias de trabalho institucional com ênfase na construção e


fortalecimento de equipes multiprofissionais e de caráter transdisciplinar;

Criar e facilitar espaços de trocas e produção de conhecimento voltado para uma


política nacional de humanização;

Elaborar e viabilizar a produção de materiais técnicos e de divulgação.

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Objetivos do HumanizaSUS

 Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e


as diretrizes da humanização;
 Fortalecer iniciativas de humanização existentes;
 Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de
gestão e de atenção;
 Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a
mudanças sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão;
 Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando
saberes gerados no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas.

Para isso, o HumanizaSUS trabalha com três macro objetivos:

 Ampliar as ofertas da Política Nacional de Humanização aos gestores e


aos conselhos de saúde, priorizando a atenção básica/fundamental e
hospitalar, com ênfase nos hospitais de urgência e universitários;
 Incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na agenda
dos gestores, dos conselhos de saúde e das organizações da sociedade
civil;
 Divulgar a Política Nacional de Humanização e ampliar os processos de
formação e produção de conhecimento em articulação com movimentos
sociais e instituições.

Na prática, os resultados queridos são:

 Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;


 Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco;
 Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;

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 Garantia dos direitos dos usuários;
 Valorização do trabalho na saúde;
 Gestão participativa nos serviços.

Em resumo - O QUE É A PNH?

 Proposta de uma nova relação entre os usuários, os profissionais que o atendem e a


comunidade.
 Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil, com
locais mais confortáveis.
 Defesa de um SUS que reconhece e respeita a diversidade do povo brasileiro e a todos
oferece o mesmo tratamento, sem distinção
 Luta por um SUS construído com a participação de todos os envolvidos e
comprometido com a qualidade dos seus serviços e com a saúde integral para todos.
 Um arranjo concreto que faz funcionar (catalisa, potencializa) um processo.
 GTH;
 Colegiado Gestor/Contrato de Gestão;
 Ouvidoria;
 Visita Aberta e Direito a Acompanhante;
 Equipe de Referência;
 Ambiência;
 Gerência de porta aberta;
 Acolhimento com Classificação de Riscos

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12. (EBSERH/HC-UFG-2015). Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que
respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares
de encontro entre as pessoas, é um dos conceitos que norteiam a Política Nacional de
Humanização conhecida como

(A) Acolhimento.
(B) Gestão Comunitária.
(C) Ambiência.
(D) Clínica Ampliada.
(E) Estruturação Terapêutica.

Resposta Correta:

(C) Ambiência

Comentário:

A ambiência na Saúde refere-se ao tratamento dado ao espaço físico entendido como


espaço social e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora,
resolutiva e humana.

13. (FUNCAB/2015) A Política Nacional de Humanização (PNH) propõe a:

A) implantação do modelo curativo na saúde pública.


B) inserção do psicólogo em todos os espaços institucionais.
C) estruturação dos serviços de saúde a partir da lógica organicista.
D) organização de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico.
E) organização do trabalho em equipes multiprofissionais e atuação transdisciplinar.

Resposta Correta:

E) organização do trabalho em equipes multiprofissionais e atuação transdisciplinar.

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Comentário:

Uma das estratégias específicas da PNH é viabilizar tecnologias de trabalho


institucional com ênfase na construção e fortalecimento de equipes multiprofissionais
e de caráter transdisciplinar.

ATENÇÃO!

Os princípios do SUS indicam O QUE DEVE SER (do sistema, das práticas de saúde)

A humanização indica COMO FAZER, MODO DE FAZER, portanto um método

Humanização: Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de


produção de saúde:

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HUMANIZAÇÃO e os sujeitos envolvidos

Gesto
res

Trabalhadores

Usuários

A PNH propõe dois campos de intervenção:

 As práticas de saúde, o cuidado, o que se tem denominado de atenção à saúde;


 Os modos de gestão, as práticas de gestão, da organização do trabalho.

Os modos de gestão e os modos de cuidar são indissociáveis, ou seja, modos de organização


do trabalho são inseparáveis dos modos de atenção à saúde, os quais desenvolvem relação de co-
determinação, pois se influenciam mutuamente.
A Humanização não é um ponto de chegada, mas uma forma de construir que aposta em
processos mais democráticos, partilhados e corresponsáveis.

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14.(ILSL/IBFC/2013) Conforme a Política Nacional de Humanização e Acolhimento
podemos afirmar por humanização:

A) a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo paliativo de saúde: com


ênfase nos trabalhadores.
B) a valorização dos iguais sujeitos implicados no processo de prevenção de saúde: usuários
e trabalhadores.
C) a valorização da gestão responsável pelo processo de saúde.
D) a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde:
usuários, trabalhadores e gestores.

Resposta Correta:

D) a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde:


usuários, trabalhadores e gestores.

Comentário:

A Humanização prevê a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de


produção de saúde.

Acolhimento

Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar,
receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975). O acolhimento como ato ou efeito
de acolher expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação, um
“estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão.

Essa atitude implica, por sua vez, estar em relação com algo ou alguém. É
exatamente nesse sentido, de ação de “estar com” ou “estar perto de”, que

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queremos afirmar o acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância
ética/estética/política da Política Nacional de Humanização do SUS:

 Ética no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na


atitude de acolhê-lo em suas diferenças, suas dores, suas alegrias, seus
modos de viver, sentir e estar na vida;
 Estética porque traz para as relações e os encontros do dia-a-dia a
invenção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do
viver e, assim, para a construção de nossa própria humanidade;
 Política porque implica o compromisso coletivo de envolver-se neste “estar
com”, potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros.

O acolhimento no SUS: um pouco de história

O acolhimento é uma ação tecnoassistencial que pressupõe a mudança da


relação profissional/usuário e sua rede social através de parâmetros técnicos,
éticos, humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e
participante ativo no processo de produção da saúde.

O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma


a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e
assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas
mais adequadas aos usuários. Implica prestar um atendimento com resolutividade
e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em
relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e
estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses
encaminhamentos.

A ideia de acolhimento nos serviços de saúde já acumula uma farta experiência


em diversos serviços de saúde do SUS. Tal experiência é heterogênea como o
próprio SUS e tem acúmulos positivos e negativos.

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Reconhecer essa longa trajetória, ao falar do acolhimento, significa por um lado
reconhecer que grande parte do que sabemos hoje se deve a esse acúmulo
prático, mas também, por outro lado, é preciso esclarecer a “qual” acolhimento
estamos nos referindo, já que algumas dessas experiências inscreveram o
acolhimento numa atitude voluntária de bondade e favor, por parte de alguns
profissionais, e deram ao nome “acolhimento” alguns significados dos quais não
compartilhamos.

Tradicionalmente, a noção de acolhimento no campo da saúde tem sido


identificada:
 Ora como uma dimensão espacial, que se traduz em recepção
administrativa e ambiente confortável;
 Ora como uma ação de triagem administrativa e repasse de
encaminhamentos para serviços especializados.

O acolhimento no campo da saúde deve ser entendido, ao mesmo tempo, como


diretriz ética/estética/política constitutiva dos modos de se produzir saúde e
ferramenta tecnológica de intervenção na qualificação de escuta, construção de
vínculo, garantia do acesso com responsabilização e resolutividade nos serviços.

Como diretriz, podemos inscrever o acolhimento como uma tecnologia do


encontro, um regime de afetabilidade construído a cada encontro e mediante os
encontros, portanto como construção de redes de conversações afirmadoras de
relações de potência nos processos de produção de saúde.

O acolhimento como ação técnico-assistencial possibilita que se analise o


processo de trabalho em saúde com foco nas relações e pressupõe a mudança
da relação profissional/usuário e sua rede social, profissional/profissional,
mediante parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, levando

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ao reconhecimento do usuário como sujeito e participante ativo no processo de
produção da saúde.

O acolhimento como estratégia de interferência nos processos de trabalho

O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética, não


pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, implica compartilhamento
de saberes, necessidades, possibilidades, angústias e invenções. Desse modo é
que o diferenciamos de triagem, pois ele não se constitui como uma etapa do
processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos do
serviço de saúde. Colocar em ação o acolhimento como diretriz operacional
requer uma nova atitude de mudança no fazer em saúde e implica:

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O acolhimento como diretriz operacional requer uma
nova atitude de mudança no fazer em saúde e
implica:

Protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde;

Uma reorganização do serviço de saúde a partir da reflexão e problematização


dos processos de trabalho, de modo a possibilitar a intervenção de toda a equipe
multiprofissional encarregada da escuta e resolução dos problemas do usuário;

Elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo com horizontalização


por linhas de cuidado;

Mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os


espaços democráticos de discussão/decisão, de escuta, trocas e decisões
coletivas. A equipe neste processo pode, também, garantir acolhimento para
seus profissionais e às dificuldades de seus componentes na acolhida à
demanda da população;

Uma postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de


saúde trazidas pelo usuário, que inclua sua cultura, saberes e capacidade de
avaliar riscos;

Construir coletivamente propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências
centrais e distritais.

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Acolher com a intenção de resolver os problemas de saúde das pessoas que
procuram uma unidade de saúde pressupõe que todas as pessoas que procuram
a unidade, por demanda espontânea, deverão ser acolhidas por profissional da
equipe técnica.

O profissional deve escutar a queixa, os medos e as expectativas; identificar riscos


e vulnerabilidade, acolhendo também a avaliação do próprio usuário; e se
responsabilizar para dar uma resposta pactuada ao problema, conjugando as
necessidades imediatas dos usuários com o cardápio de ofertas do serviço, e
produzindo um encaminhamento responsável e resolutivo à demanda não
resolvida. Nesse funcionamento, o acolhimento deixa de ser uma ação
pontual e isolada dos processos de produção de saúde e se multiplica em
inúmeras outras ações que, partindo do complexo encontro do sujeito profissional
de saúde e sujeito demandante, possibilitam analisar:

 A adequação da área física;


 As formas de organização dos serviços de saúde;
 A governabilidade das equipes locais;
 A humanização das relações em serviço;
 Os modelos de gestão vigentes na unidade de saúde;
 O ato da escuta e a produção de vínculo;
 O compartilhamento do conhecimento;
 O uso ou não de saberes para melhoria da qualidade das ações de saúde e o quanto estes
saberes estão a favor da vida.

O acolhimento com avaliação e classificação de risco como dispositivo de


mudança no trabalho da atenção e produção de saúde.

O acolhimento como dispositivo tecnoassistencial permite refletir e mudar os


modos de operar a assistência, pois questiona as relações clínicas no trabalho em
saúde, os modelos de atenção e gestão e as relações de acesso aos serviços.

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A avaliação de risco e vulnerabilidade não pode ser considerada prerrogativa exclusiva
dos profissionais de saúde, o usuário e sua rede social devem também ser considerados
neste processo. Avaliar riscos e vulnerabilidade implica estar atento tanto ao grau de
sofrimento físico quanto psíquico, pois muitas vezes o usuário que chega andando, sem
sinais visíveis de problemas físicos, mas muito angustiado, pode estar mais necessitado
de atendimento com maior grau de risco e vulnerabilidade.

Fez-se necessário uma reinvenção dos modos de operar os processos de


acolhimento no cotidiano dos serviços de saúde objetivando:
 A melhoria do acesso dos usuários aos serviços de saúde, mudando a
forma burocrática de entrada por filas e ordem de chegada;
 A humanização das relações entre profissionais de saúde e usuários no
que se refere à forma de escutar este usuário em seus problemas e
demandas;
 Mudança de objeto da doença para o doente (sujeito);
 Uma abordagem integral a partir de parâmetros humanitários de
solidariedade e cidadania;
 O aperfeiçoamento do trabalho em equipe com a integração e
complementaridade das atividades exercidas pelas diferentes categorias
profissionais, buscando orientar o atendimento dos usuários aos serviços
de saúde por riscos apresentados, complexidade do problema, grau de
saber e tecnologias exigidas para a solução;
 O aumento da responsabilização dos profissionais de saúde em relação
aos usuários e elevação dos graus de vínculo e confiança entre eles;
 A operacionalização de uma clínica ampliada que implica a abordagem do
usuário para além da doença e suas queixas, construção de vínculo
terapêutico visando a aumentar o grau de autonomia e de protagonismo
dos sujeitos no processo de produção de saúde, e a elaboração de projeto
terapêutico individual e coletivo.

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Todos os profissionais de saúde fazem acolhimento. Entretanto, as portas de entrada dos aparelhos
de saúde podem demandar a necessidade de um grupo especializado em promover o primeiro contato
do usuário com o serviço, como Prontos-Socorros, Ambulatórios de Especialidades, Centros de Saúde
etc., grupo este afeito às tecnologias relacionais, produção de grupalidades e produção e manipulação
de banco de dados.

A tecnologia de Avaliação com Classificação de Risco, pressupõe a determinação


de agilidade no atendimento a partir da análise, sob a óptica de protocolo pré-
estabelecido, do grau de necessidade do usuário, proporcionando atenção
centrada no nível de complexidade e não na ordem de chegada.

Desta maneira exerce-se uma análise (Avaliação) e uma ordenação


(Classificação) da necessidade, distanciando-se do conceito tradicional de
triagem e suas práticas de exclusão, já que todos serão atendidos.

Estas duas tecnologias, Acolhimento e Avaliação/Classificação de Risco,


portanto, têm objetivos diferentes, mas complementares, podendo, dada a
singularidade dos serviços, coexistirem ou funcionarem separadamente no
contexto físico, mas jamais díspares no processo de trabalho.

Objetivos da Classificação de Risco:

 Avaliar o paciente logo na sua chegada ao Pronto-Socorro humanizando o


atendimento.
 Descongestionar o Pronto-Socorro.
 Reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente
seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade.

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 Determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser
encaminhado diretamente às especialidades conforme protocolo. Exemplo:
ortopedia, ambulatórios, etc.
 Informar os tempos de espera.
 Promover ampla informação sobre o serviço aos usuários.
 Retornar informações a familiares.

Processo de Acolhimento e Classificação de Risco:

O usuário ao procurar o Pronto Atendimento deverá direcionar-se à Central de


Acolhimento que terá como objetivos:
 Direcionar e organizar o fluxo por meio da identificação das diversas
demandas do usuário;
 Determinar as áreas de atendimento em nível primário (ortopedia, suturas,
consultas);
 Acolher pacientes e familiares nas demandas de informações do processo
de atendimento, tempo e motivo de espera;
 Avaliação primária, baseada no protocolo de situação queixa,
encaminhando os casos que necessitam para a Classificação de Risco pelo
enfermeiro.

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Níveis da Classificação de Risco

VERMELHO : Prioridade zero – emergência, necessidade de atendimento


imediato. Pacientes que deverão ser encaminhados diretamente à Sala
Vermelha (emergência) devido à necessidade de atendimento imediato.

AMARELO: Prioridade 1 – urgência, atendimento o mais rápido possível.


Pacientes que necessitam de atendimento médico e de enfermagem o mais
rápido possível, porém não correm riscos imediatos de vida. Deverão ser
encaminhados diretamente à sala de consulta de enfermagem para
classificação de risco.

VERDE: Prioridade 2 – prioridade não urgente. Pacientes em condições


agudas (urgência relativa) ou não agudas atendidos com prioridade
sobre consultas simples – espera até 30 minutos.

AZUL: Prioridade 3 – consultas de baixa complexidade – atendimento de acordo


com o horário de chegada.

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15. (HC-UFG/2015). Um paciente que chega a uma unidade de Pronto Atendimento é
avaliado de acordo com os critérios do acolhimento com classificação de risco da
política nacional de humanização e o Enfermeiro define o caso como prioridade 1 –
urgência, atendimento o mais rápido possível. Nessa situação, a cor correspondente é
(A) vermelho.
(B) preto.
(C) verde
(D) amarelo.
(E) azul.

Resposta Correta:

(D) amarelo.

Comentário:

AMARELO: Prioridade 1 – urgência, atendimento o mais rápido possível. Pacientes que


necessitam de atendimento médico e de enfermagem o mais rápido possível, porém
não correm riscos imediatos de vida. Deverão ser encaminhados diretamente à sala de
consulta de enfermagem para classificação de risco.

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16. (HU-UFMS/2014) O objetivo primordial do Acolhimento e Classificação de Risco nos
Serviços de Urgência e Emergência é

(A) definir prioridades de atendimento.


(B) organizar a fila de espera.
(C) realizar triagem administrativa.
(D) escolher quais atendimentos serão realizados.
(E) aumentar o tempo de espera dos usuários.

Resposta Correta:

(A) definir prioridades de atendimento.

Comentário:

A tecnologia de Avaliação com Classificação de Risco, pressupõe a determinação de


agilidade no atendimento a partir da análise, sob a óptica de protocolo pré-
estabelecido, do grau de necessidade do usuário, proporcionando atenção centrada
no nível de complexidade e não na ordem de chegada, determinando prioridades.

17. (UFPE/COVEST/COPESET/2015) A Política Nacional de Humanização define


acolhimento da seguinte forma:

A) acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde.
O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/
populações.
B) acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde.
O acolhimento sustenta a relação apenas entre os usuários.
C) acolher significa a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto
à ampliação das tarefas da gestão.
D) acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde.
O acolhimento sustenta a relação apenas entre os membros da equipe de saúde.
E) acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde.
O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre os usuários e a população.

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Resposta Correta:

A) acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde.
O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/
populações

Comentário:

O acolhimento é uma ação tecnoassistencial que pressupõe a mudança da relação


profissional/usuário e sua rede social através de parâmetros técnicos, éticos,
humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participante
ativo no processo de produção da saúde.

18. (Gestão Concurso/CONSURG-MG/2016) Assinale a alternativa que apresenta o


problema-alvo da Política Nacional de Humanização da Atenção.

A) Equidade no acesso dos usuários aos serviços de saúde.


B) Georreferenciamento dos serviços de assistência à saúde.
C) Acesso dos usuários aos serviços privados com qualidade.
D) Corresponsabilização entre trabalhadores, gestores e usuários nos processos de gerir e
de cuidar.

Resposta Correta:

D) Corresponsabilização entre trabalhadores, gestores e usuários nos processos de gerir e


de cuidar

Comentário:

A Humanização prevê a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de


produção de saúde.

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19. (FUNDEP/CISSUL/2013) São resultados que se pretende alcançar com a
implementação da Política Nacional de Humanização, EXCETO:

A). Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento
acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco.
B). Será aumentado o número de médicos disponíveis para o atendimento da população
usuária.
C). Os usuários do SUS saberão quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e os
serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial.
D). As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários
assim como educação permanente aos trabalhadores.

Resposta Correta:

B). Será aumentado o número de médicos disponíveis para o atendimento da população


usuária.

Comentário:

A Humanização prevê a valorização dos diferentes sujeitos e o trabalho


multiprofissional com caráter interdisciplinar.

20. (FUNESP/HCFMUSP/2015). Em 2011, foi criado o Programa Nacional de


Humanização da Assistência Hospitalar, pelo Ministério da Saúde. Posteriormente,
esse programa transformou-se em Política Nacional de Humanização, com o objetivo
de promover

A) a qualidade de vida ao usuário com obesidade mórbida.


B) a cultura de um atendimento humanizado na área da saúde.
C) as campanhas educativas de adesão ao tratamento médico.
D) as campanhas de vacinação humanizadas.
E) o tratamento médico humanizado com vistas à inserção no SUS.

Resposta Correta:

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B) a cultura de um atendimento humanizado na área da saúde.

Comentário:

A Humanização prevê a valorização dos diferentes sujeitos e o trabalho


multiprofissional com caráter interdisciplinar e consequentemente dissipar a cultura
do atendimento humanizado em todos os espaços e ações da saúde.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde /


Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011. 291 p.
(Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 1) Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao_sus_v.1.pdf
> . Acesso em: 07/10/2016

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema Único de Saúde


(SUS): princípios e conquistas/ Ministério da Saúde, Secretaria Executiva. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 44p. Il. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao_sus_v.1.pdf
> . Acesso em: 07/10/2016

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