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Anatomia - é a ciência que estuda a estrutura do corpo de animais e plantas (macro e microscopicamente).
Fisiologia - é a ciência que estuda o funcionamento de um corpo; estuda os papéis que desempenham os órgãos no
corpo humano e a interdependência das funções nos órgãos.
Durante séculos, os conhecimentos sobre um dos mais antigos objetos da curiosidade do homem, a anatomia
humana, acumularam-se e foram se ampliando com os modernos instrumentos e técnicas.
Um desses conhecimentos é que o corpo, ou melhor, o organismo humano, se compõe de células e que estas se
combinam para formarem tecidos, os quais se associam de vários modos para constituir os distintos órgãos. Estes órgãos,
em conjunto, desempenham tarefas especificas para todo o corpo, compondo aparelhos e sistemas orgânicos.
CÉLULAS
É a menor porção estrutural e funcional que constitui o ser vivo, só podendo ser observada, na maioria dos casos,
em microscópio. Algumas células podem ser observadas sem auxílio do microscópio, como por exemplo o ovo. O ser
humano, por ser formado por várias células, é classificado como pluricelular ou metazoário.
As células no organismo humano apresentam dimensões variadas, dependendo de sua localização. Nos organismos
pluricelulares, as células se apresentam com formas e estruturas extremamente variadas.
A célula constitui-se, entre outros elementos, de: membrana citoplasmática, citoplasma e núcleo.
a) Membrana citoplasmática - é a camada mais externa, envolvendo a célula. Tem, entre outras funções, as de
sustentação e proteção da célula. Regula a entrada e saída de substâncias na célula.
b) Citoplasma - é o conteúdo celular compreendido entre o núcleo e a membrana celular. É uma substância viscosa
onde existem várias organelas (órgãos celulares), responsáveis por diversas funções da célula.
c) Núcleo - é um corpúsculo que existe imerso no citoplasma, geralmente no centro da célula. As principais funções
do núcleo são o crescimento e a reprodução celular.
a) Lisossomos - Estruturas ricas em enzimas que degradam moléculas de gorduras, proteínas e outros compostos
presentes na célula, ou seja, são as estruturas responsáveis pela digestão celular.
b) Mitocôndrias - Apresentam-se como partículas arredondadas ou alongadas. São responsáveis pela respiração
celular; por isso seu número é elevado nas células com maior capacidade energética, como as células
musculares e nervosas.
c) Ribossomos - Estão presentes em todos os tipos celulares e são extremamente pequenos, sendo visíveis
apenas pelo microscópio eletrônico. Na célula, participam do processo de elaboração de proteínas.
d) Complexo de Golgi - Apresentam-se sob a forma de vesículas achatadas e superpostas. A função precisa dessa
estrutura é desconhecida. Há indícios de que ela poderia estar relacionada á secreção e ao transporte de
partículas para dentro e para fora da célula.
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Duração das Células
a) Lábeis - São células de ciclo vital curto; pouco especializadas; reproduzem-se intensamente durante toda a vida
do organismo. Ex.: células epiteliais.
b) Estáveis - São células de ciclo vital médio; relativamente especializadas; reproduzem-se apenas na fase de
crescimento do indivíduo ou nos processos degenerativos. Ex.: células hepáticas, células ósseas.
c) Permanentes - São células de ciclo vital longo; muito especializadas; reproduzem-se no período embrionário.
Ex.: células nervosas (neurônio).
TECIDO
O tecido é um conjunto de células de forma e função semelhantes. Principais tipos de tecidos:
1) Tecido epitelial - é constituído por células de forma regular, intimamente unidas, de modo que entre elas quase
não sobram espaços para material extracelular. Geralmente são: cilíndricas, cúbicas ou achatadas.
Revestir o corpo, formando a epiderme. Reveste internamente órgãos ocos (mucosas), como o estomago e o
intestino. E envolve certos órgãos (serosa), como por exemplo, a pleura envolvendo os pulmões.
Formar glândulas - As glândulas são órgãos encarregados de produzir secreções. Algumas lançam seus produtos
para fora do corpo, por meios de condutos, ou para o interior de órgãos, por meio de finos duetos. São chamadas
glândulas de secreção exócrinas. Como exemplo de glândulas exócrinas temos: glândulas lacrimais, mamarias,
salivares, sudoríparas, etc. Outras glândulas liberam suas secreções diretamente no sangue. São as chamadas
glândulas de secreção interna ou endócrinas. Seus produtos de elaboração são chamados de hormônios. Como
exemplos, podemos citar: glândula hipófise, tireóide, paratireóide, testículos, ovários, etc. O pâncreas, por ter
função endócrina e exócrina ao mesmo tempo, é considerado uma glândula mista. Como glândula endócrina. Ele
produz insulina e o glucagon, hormônios que regulam a taxa de glicose no sangue, e como glândula exócrina
produz o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado (duodeno) para auxiliar a digestão.
2) Tecido conjuntivo - Tem como função preencher espaços entre os diversos órgãos, bem como formar a
estrutura geral de sustentação do organismo esqueleto). Classifica-se da forma que se segue:
a) Tecido conjuntivo propriamente dito - é o mais encontrado em todo o organismo, preenchendo espaços entre os
diversos órgãos. Formado por células com capacidade de se proliferar e modificar durante os processos
inflamatórios de cicatrização.
b) Tecido conjuntivo elástico - é encontrado, por exemplo, nas paredes das artérias, permitindo que ocorra
expansão pela passagem do sangue, originando a pulsação. Sua característica é a elasticidade, é encontrado
nas artérias maiores, nos ligamentos vocais da laringe, etc.
c) Tecido conjuntivo fibroso - forma, por exemplo, os tendões, que são fibras que ligam um músculo a um osso.
Sua característica é a resistência à tensão e grande flexibilidade.
d) Tecido conjuntivo adiposo - é formado por células gordurosas que se alojam ao redor de certos órgãos (coração,
rim, intestino etc.) e sob a pele (chamada de "toucinho" em alguns animais). Funciona como reserva alimentar,
como sustentação para os órgãos, proteção contra o frio e ações mecânicas.
e) Tecido conjuntivo cartilaginoso - formado por células arredondadas, chamadas de condroblastos, promovem a
sustentação do corpo, com resistência elástica à pressão. Estrutura maleável, "moldando" certas corpo. Ex.:
orelhas, nariz, traquéia, etc.
f) Tecido hematopoiético - é responsável pela produção dos elementos do sangue. Localiza-se na medula óssea,
nodos linfáticos, baço.
g) Tecido ósseo - constituído pêlos osteócitos e pela substância fundamental (osseína) que, associada aos sais
minerais, faz com que os ossos sejam rígidos, resistentes à pressão e tensão, e suportam determinada carga.
Localiza-se nos ossos, dentina e cimento dos dentes.
3) Tecido muscular -
O tecido muscular é constituído de células com capacidade de contração. As células são alongadas, também
chamadas de fibras musculares.
É responsável pêlos movimentos do organismo, como propriedades de se contrair, ou de se estender, é uma das
principais fontes de energia.
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4) Tecido nervoso - O tecido nervoso é formado por células chamadas neurônios (considerado a unidade
anatômica e funcional do sistema nervoso, é composto pelo corpo celular e seus prolongamentos).
Encontram-se ao cérebro, medula e sistema nervoso periférico, onde dirige todos os processos vitais do organismo
através de recepção, assimilação e distribuição de estímulos.
Os prolongamentos dos neurônios são chamados dendritos (vários e curtos) e axônio (único e longo).
Os neurônios que não apresentam dendritos são denominados unipolares; aqueles que apresentam um único
dendrito são bipolares e os que apresentam múltiplos dendritos são multipolares. O tecido nervoso será estudado no
capítulo sobre sistema nervoso.
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ÓRGÃOS E SISTEMAS
Os órgãos são formados por tecidos ou grupo de tecidos que desempenham funções específicas. Exemplos: o
intestino, o fígado, o cérebro.
Os sistemas são formados por órgãos de um mesmo tecido. Exemplo: o sistema ósseo, o sistema nervoso.
Exercícios
1) O que Robert Hooke observou ao examinar uma lâmina de cortiça e como o que chamou o que viu?
5) Coloque no parêntese o número 1 para glândula exócrina, o número 2 para glândula endócrina e 3 para glândula
mista.
9) Os intestinos, fígado, cérebro, etc, são células, tecidos, órgãos ou sistemas? ______________ .
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A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos tecnológicos os
mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a
olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos.
Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam
para a formação de órgãos).
A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta.
Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento.
Embora não sejam estanques, a complexidade destes grupos torna necessária a existência de estudos específicos.
Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é encontrado na maioria dos casos.
Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo da função. Assim, a artéria braquial mais comumente divide-
se na fossa cubital. Este é o padrão. Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível da axila. Como não
existe perda funcional esta é uma variação.
Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de
uma variação.
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ANATOMIA SISTEMÁTICA
CONCEITOS:
É o estudo da estrutura de um organismo e das relações entre suas partes (SPENCE, 1991).
É ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados
(DANGELO E FATTINI, 1995).
Anatomia macroscópica é o estudo da morfologia por meio de dissecação a olho nu ou com pequeno
aumento, tal como o de uma lente manual. O estudo da anatomia microscópica é o estudo da estrutura com o
auxílio de um microscópio (GRAY, 1988).
POSIÇÃO ANATÔMICA:
- Posição padronizada para o estudo
- A posição anatômica é obtida quando o corpo está:
- ereto;
- pés unidos;
- membros superiores colocados ao lado do corpo;
- palmas das mãos voltadas para frente;
- dedos estendidos e polegares afastados do corpo.
TERMOS DE DIREÇÃO:
- Os termos usados para indicar direção são considerados aos pares, cada um indicando uma direção oposta
- Anterior (ventral) - refere-se à frente do corpo
- Posterior (dorsal) - refere-se à parte posterior, o dorso
- Superior (cranial) - significa voltado para a cabeça
- Inferior (caudal) - significa afastado da cabeça
- Medial – voltado para o plano mediano do corpo
- Lateral – afastado do plano medial do corpo
- Proximal – mais próximo de qualquer ponto de referência
- Distal – afastado de qualquer ponto de referência
- Superficial – localizado próximo ou na superfície do corpo
- Profundo – localizado mais afastado ou mais profundamente da superfície do corpo do que as estruturas
superficiais
TERMOS REGIONAIS:
CAVIDADES DO CORPO:
- O corpo contém duas cavidades principais:
- Dorsal (posterior)
- Cavidade craniana – aloja o encéfalo
- Cavidade vertebral – que contém a medula
- Ventral (anterior)
- Cavidade torácica
- Cavidade abdominal
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PLANOS, EIXOS E MOVIMENTOS DO CORPO:
- No estudo da anatomia é usual visualizar o corpo cortado ou seccionado em vários planos de referência. Três
planos cardinais imaginários dividem o corpo em três dimensões
PLANOS:
- Plano sagital: também conhecido como plano ântero-posterior. Divide o corpo verticalmente em metades
direita e esquerda.
- Plano frontal: também referido como coronal ou lateral. Divide o corpo em metades anterior e posterior.
- Plano horizontal ou transverso: divide o corpo em metades superior e inferior.
EIXOS:
- Eixo vertical ou longitudinal: perpendicular ao plano transverso
- Eixo sagital: perpendicular ao plano frontal
- Eixo frontal: perpendicular ao plano sagital
MOVIMENTOS:
-
- Flexão(braço frente e trás) , extensão, hiperextensão, dorsiflexão e flexão plantar: ocorrem no plano
sagital com eixo frontal
- Abdução (Braco lateralmente ao corpo), adução, elevação, flexão radial e ulnar: ocorrem no plano
frontal com eixo sagital
- Rotação medial e lateral, supinação e pronação: ocorrem no plano transverso com eixo vertical
- *Circundução: combina flexão, extensão, abdução e adução em uma articulação. Ocorre no plano diagonal
(plano de movimento orientado obliquamente aos planos tradicionais.
Como funções do esqueleto podemos citar: proteção para os órgãos; sustentação e conformação para o corpo;
sistema de alavancas que movimentadas pêlos músculos permitem os deslocamentos do corpo; local de armazenamento
de íons Ca e P e, finalmente, local de produção de certas células do sangue.
DIVISÕES DO ESQUELETO
O esqueleto humano consiste de 206 ossos. Os ossos podem ser agrupados no esqueleto axial e no esqueleto
apendicular.
A união entre estas duas porções se faz por meio de cinturas:
ESQUELETO AXIAL
Cabeça
Coluna vertebral
Tórax (costelas e esterno)
ESQUELETO APENDICULAR
Cintura Escapular
Membros Superiores
Cintura Pélvica
Membros Inferiores
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ESQUEMA DO CRESCIMENTO ÓSSEO
- Pressão
- Hormônios (paratireóide – parato-hormônio/osteclastos) (tireóide – calcitonina/osteoblastos)
- Nutrição – Vitamina D – necessária para a absorção de cálcio da corrente sangüínea.
ESTRUTURA ESQUELÉTICA
Homem adulto possui 206 ossos, cuja variedade de forma, tamanho e estrutura interna é decorrente de sua função.
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FUNÇÕES DO ESQUELETO:
-O esqueleto desempenha várias importantes funções: suporte, movimento, proteção, estoque de minerais e
formação de células do sangue (hemopoiese).
Suporte: o esqueleto atua como arcabouço do corpo, dando suporte aos tecidos moles e promovendo pontos de fixação
para a maioria dos músculos.
Movimento: Pelo fato de muitos músculos estarem fixados ao esqueleto, e muitos ossos se relacionarem (articularem) por
articulações móveis, o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do tipo e extensão do movimento que
o corpo é capaz de fazer.
Proteção: O esqueleto protege de lesões muitos dos órgãos vitais internos. Através de sua estrutura aloja e protege o
cérebro, medula, órgãos torácicos, bexiga e órgãos reprodutores.
Reserva de Minerais: Cálcio, fósforo, sódio, potássio e outros minerais são estocados nos ossos do esqueleto. Estes
minerais podem ser mobilizados e distribuídos pelo sistema vascular sangüíneo para outras regiões conforme sejam
requeridas pelo corpo.
Hemopoiese (formação de células do sangue): Após o nascimento, a medula óssea vermelha de certos ossos produz as
células sangüíneas encontradas no sistema circulatório.
a) Ossos longos São aqueles nos quais no comprimento é muito maior que a largura e espessura. Possuem
duas extremidades dilatas chamadas de epífises e um corpo cilíndrico chamado diáfise. A extremidade superior
é denominada epífise proximal e a extremidade inferior, epífise distal. Exemplo: úmero e fêmur.
b) Ossos chatos São aqueles nos quais a largura e o comprimento são maiores que a espessura. São placas
ósseas delgadas e côncavas, como as da caixa craniana. Exemplos: escápula, ossos do crânio.
c) Ossos curtos São aqueles que possuem as três dimensões semelhantes. Possui forma mais ou menos
cúbica, sendo pequenos e irregulares. Exemplos: calcâneo e ossos do punho.
d) Ossos pneumáticos São aqueles que possuem na sua parte interna, cavidades contendo ar. Exemplos: o
osso frontal, maxilar, etmóide, apresentam cavidades ocas fechadas cheias de ar.
e) Ossos sesamóides Vários pequenos ossos distintos, chamados de ossos sesamóides, são encontrados
frequentemente nos pés e nas mãos. Estes ossos adicionais, incrustados em determinados tendões,
frequentemente estão presentes próximos a várias articulações.
f) Osso irregular São aqueles que não tem correspondência em formas geométricas conhecidas. Exemplo:
vértebras.
O ESQUELETO DA CABEÇA
O esqueleto da cabeça é constituído por uma parte superior, denominada crânio, e uma parte inferior denominada
face.
Os ossos do crânio formam uma caixa óssea resistente cuja função principal é proteger o encéfalo. Os ossos da face
formam cavidades para proteger os órgãos dos sentidos: visão, audição, gustação e olfação.
Os ossos formadores do crânio são em número de oito:
1 frontal (testa)
1 occipital parte posterior da cabeça
1 esfenóide, encravado no meio dos ossos da base do crânio
1 etmóide, entre o frontal e esfenóide
2 temporais, parte lateral da cabeça
2 parietais, alto da cabeça
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TRONCO
2. Região dorsal ou torácica - é formada por doze vértebras, as quais se articulam com as costelas:
3. Região lombar - composta de cinco vértebras, dispostas depois da última costela até os quadris.
Essa região é a que suporta a maior carga do peso do corpo, por isso, seus corpos vertebrais são largos e espessos;
4. Região sacral - resultante da soldadura de cinco vértebras achatadas, de modo a formarem um osso triangular:
5. Região coccígea - formada por quatro vértebras rudimentares igualmente soldadas que constituem a ponta da coluna
vertebral. Funções da coluna vertebral:
Constituem o eixo do esqueleto, sustentando o corpo e a cabeça. As vértebras, empilhadas e bem ajustadas, são
fortemente ligadas entre si. Entre as vértebras existem discos intervertebrais cartilaginosos que funcionam como
amortecedores dando flexibilidade a coluna;
Protege a medula espinhal, que fica abrigada no canal formado pêlos orifícios vertebrais: Prende firmemente, os membros
superiores e inferiores;
Possibilita a posição vertical ao ser humano, graças as curvaturas que apresenta e funciona como uma mola. amortecendo
os braços.
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Coluna vertebral em perfil:
- Manúbrio
- Corpo do esterno
- Apêndice xifóide ( ou cartilagem xifóide)
Ás vezes, em casos de acidente, as costelas flutuantes enterram as pontas livres no fígado ou em outros órgãos,
com conseqüências gravíssimas. Por isso é que se deve movimentar com cuidado as pessoas atropeladas
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Esqueleto dos Membros Superiores
Cada membro superior é formado pela cintura escapular e três segmentos: braço, antebraço e mão.
Clavícula - é um osso longo, situado na parte superior do tórax, um de cada lado. Sua extremidade interna se
articula com o manúbrio do esterno, enquanto que a externa se prende à escápula. A clavícula toma possível
afastar e aproximar os braços do corpo, movimentos típicos do homem e impossíveis à maior parte dos
mamíferos não dotados de cinturas;
Escápula - é um osso chato, localizado ao lado da coluna vertebral, na parte posterior do tórax, cuja função
principal é aumentar a amplitude dos movimentos do ombro.
b) Braços primeiro segmento móvel do membro superior, é formado por um único osso, o úmero.
Úmero - é um osso longo cuja epífise articula-se com a escápula e inferiormente articula-se com o rádio e ulna na
região do cotovelo.
c) Antebraço segundo segmento móvel do membro superior, é formado por dois ossos, rádio e ulna.
Rádio - é um osso longo que encontra-se em direção ao polegar. Articular-se superiormente com o úmero e
inferiormente com o carpo;
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c) Perna é o segundo segmento móvel do membro inferior, é constituído por dois ossos: tíbia e fíbula.
Na articulação entre a perna e a coxa aparece um osso arredondado e de forma triangular, denominada patela. A
pateta funciona como um rolamento que desliza sobre as côndilas femurais.
Tíbia: situa-se na parte medial da perna e possui epífise distai e proximal.
Fíbula: é um osso longo também articulado com a tíbia na porção de cima.
E em baixo com a tíbia e o pé. Situa-se lateralmente à tíbia. Na sua extremidade distal, há uma saliência
denominada maléolo lateral, que corresponde à face externa do tornozelo.
Os ossos do pé mantêm-se unidos através de fortes ligamentos que lhe permitem sustentar o peso corporal e
funcionar como alavanca.
d) Pé corresponde ao terceiro e último segmento móvel do membro inferior. Apresenta três partes: tarso, metatarso e dedos.
Tarso: constituído por sete ossos, sendo que o calcâneo o maior deles, constitui o ponto de apoio da arcada plantar na
parte posterior;
Metatarso: é formado por cinco ossos metartasianos, que continuam com os dedos dos pés;
Dedos ou artelhos: possuem cada um três falanges, sendo que o primeiro dedo (halux) também possui somente
duas falanges, distal e proximal.
ARTICULAÇÕES
As articulações são formadas pela junção de dois ou mais ossos. Existem três tipos de articulações:
a) Sinartroses ou articulações imóveis - são articulações fixas encontradas no crânio e na face. Onde as
superfícies ósseas encontram-se unidas entre si por substâncias conjuntivas ou cartilaginosas.
b) Anfiartroses - são articulações semi-móveis, possuem movimentos limitados, tais como as vértebras, que
permitem os movimentos de flexão da coluna.
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FRATURAS
As fraturas são nomeadas de acordo com as várias condições do local da fratura.
Fratura Cominutiva: o osso é quebrado em vários fragmentos que permanecem no local da fratura;
Fratura com Afundamento: a região fratura é comprimida para dentro. Ex. fratura do crânio;
As fraturas ficam sujeitas a três mudanças progressivas durante o processo de consolidação: formação do pró-calo, calo
cartilaginoso e formação de calo ósseo.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - Observe a figura abaixo:
b) frontal __________________________________________________________________________________
c) rádio ___________________________________________________________________________________
d) tíbia ____________________________________________________________________________________
e) falanges ________________________________________________________________________________
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6 – Indique os ossos abaixo:
1 _________________________________________________________
2 _________________________________________________________
3 _________________________________________________________
4 _________________________________________________________
5 _________________________________________________________
6 _________________________________________________________
7 _________________________________________________________
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SISTEMA MUSCULAR
Introdução
As chamadas células musculares especializam-se para a contração e relaxamento. Estas células agrupam-se em
feixes para formar massas macroscópicas denominadas músculos, os quais acham-se fixados palas suas extremidades.
Assim, músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas
extremidades fixadas, ou seja, por contração.
Variedades de Músculos
A célula muscular está normalmente sob o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu nervo motor, o
qual divide-se em muitos ramos para poder controlar todas as células do músculo. As divisões mais delicadas destes
ramos (microscópicas) terminam num mecanismo especializado conhecido como placa motora. Quando o impulso nervoso
passa através do nervo, a placa motora transmite o impulso às células musculares determinando a sua contração.
Se o impulso para a contração resulta de um ato de vontade diz-se que o músculo é voluntário, se o impulso parte
de uma porção do sistema nervoso sobre o qual o indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é
involuntário. Os músculos voluntários distinguem-se histologicamente dos músculos involuntários por apresentar estriações
transversais. Por esta razão são estriados, enquanto os involuntários são lisos. O músculo cardíaco, por sua vez,
assemelha-se ao músculo estriado, histologicamente, mas atua como músculo involuntário, além de se diferenciar dos dois
por uma série de características que lhe são próprias. Também é possível distinguir os músculos estriados dos lisos pela
topografia: os primeiros são esqueléticos, isto é, estão fixados, pelo menos por uma das extremidades, ao esqueleto, os
últimos são viscerais, isto é, são encontrados na parede das vísceras de diversos sistemas do organismo.
OBS.: Tonicidade muscular é a capacidade do músculo de não se manter completamente relaxado ou contraído,
(músculo em repouso - estado normal do músculo).
Estrutura Muscular
Nosso corpo apresenta duas espécies de musculatura, uma lisa e outra estriada.
a) Musculatura lisa - (involuntária) é representada pelas fibras musculares lisas que formam a parede do tubo
digestivo, dos vasos sanguíneos, da bexiga, etc. Os músculos lisos apresentam cor pálida, são relativamente
pequenos e suas fibras são lisas. São denominadas de músculos involuntários, pois suas contrações são lentas
e não dependem de nossa vontade.
b) Musculatura estriada - (voluntária) é constituída por músculos chamados geralmente de "carne", de cor
vermelha e apresentam aproximadamente a metade do peso total do corpo. Suas fibras, têm constituição
específica apresentando estrias transversais. A musculatura estriada pode ser dividida em:
- músculo estriado cardíaco - apresenta fibras estriadas, mas é de ação involuntária, encontra-se na musculatura
do coração:
- músculo estriado esquelético - de ação voluntária, pois se contraem sob impulso de nossa vontade.
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Glicogênio: armazenado em grande quantidade nas células musculares e do fígado, transformando-se em glicose
quando houver necessidade de energia para as células.
Para ocorrer a contração ou relaxamento dos músculos, é necessário a utilização de energia obtida pela degradação
do glicogênio trazido pela corrente sanguínea ou armazenado no próprio músculo.
As enzimas celulares e o O2 participam do processo de decomposição do glicogênio, cuja a transformação química irá
liberar:
- Energia;
- Calor:
- Ácido lático, creatinina e ácido fosfórico - são produtos finais do metabolismo muscular (transportados pela
corrente circulatória para os órgãos de eliminação)
Principais Músculos
Cabeça e Pescoço
I- Frontal: produz as rugas da testa.
II- Orbiculares das Pálpebras: fecham
fortemente os olhos.
III- Risório: provocam riso.
IV- Orbicular dos lábios: responsáveis pela
sucção e pelo assobio.
V- Masseter: movimentam o maxilar inferior.
VI- Esternocleideomastóideo: rotação da cabeça.
VII- Platisma: único músculo da mímica presente
no pescoço.
Tronco
I- Grande peitoral: levanta o braço para frente.
II- Dorsal: levanta o braço para trás.
III- Dentado: localiza-se entre as costelas e auxilia a inspiração.
IV- Reto do abdome: flexiona o tórax para o abdome.
V- Trapézio: situa-se na nuca e nas costas, servindo para elevar os ombros.
VI- Oblíquos externos do abdome: comprimem o intestino e realizam vários movimentos do tronco.
VII- Diafragma: é o principal músculo da respiração. Situa-se entre o tórax e o abdome. Ao se contrair, aumenta a
capacidade interna da caixa torácica, permitindo a expansão dos pulmões.
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Membros Superiores
I- Deltóide: músculo onde se aplicam as injeções; eleva o braço lateralmente.
II- Bíceps: forma o muque; flexiona o antebraço sobre o braço.
III- Tríceps: função contrária à do bíceps, ou seja, estende o antebraço.
IV- Supinador: localiza-se no antebraço e gira a palma da mão para cima.
V- Pronador: também está no antebraço e volta a palma da mão para cima.
VI- Flexores e extensores dos dedos: situam-se no antebraço, flexionam e estendem os dedos da mão.
Membros Inferiores
I- Glúteos: formam as nádegas; servem para afastar as coxas e manter a posição ereta do homem.
II- Quadríceps: situa-se na frente da coxa; serve para flexionar a perna sobre a coxa.
III- Costureiro ou sartório: cruza diagonalmente de fora para dentro e serve para flexionar a perna sobre a coxa.
IV- Adutores da coxa: ficam na parte interna das coxas e servem para aproximá-las.
V- Gêmeos ou gastrocnêmico: formam a barriga da perna: são músculos dotados de grande força, pois permitem
elevar o corpo na ponta dos pés, juntamente com os adutores.
VI- Flexores e extensores dos dedos: servem para flexionar os dedos do pé.
Exercícios de Fixação
2) E os locais de subcutânea?
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SISTEMA NERVOSO
Introdução
O sistema nervoso é constituído principalmente pelo tecido nervoso. Controla e coordena todos os processos
vitais que se desenvolvem involuntariamente nos órgãos internos (atividade visceral) e também as manifestações
voluntárias que promovem o relacionamento do organismo com o meio ambiente (atividades somáticas).
Quando você espeta o dedo com uma agulha, imediatamente você o puxa, por quê? A agulha, ao perfurar o dedo,
estimulou uma célula nervosa receptora que transmitiu este estímulo célula a célula até o cérebro ou a medula. Uma
resposta é mandada de volta também célula a célula, determinando a contração muscular do seu dedo. Isto tudo em fração
de milésimos de segundo.
Os impulsos nervosos sempre são conduzidos em sentido único: passam do axônio de uma célula para os dendritos
de outra. O que garante esse fluxo é a sinapse, ponto de transmissão entre dois neurônios. Dirige todos os processos
físicos e intelectuais, que podem ser provocados voluntariamente e que são capazes de se transformar em sensações
conscientes.
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O sistema nervoso central é um
conjunto de órgãos nervosos contidos na c
aixa craniana, que contínua com a medula
espinhal ou nervosa, contida na coluna
vertebral. O conjunto de órgãos contidos na
caixa craniana forma o chamado encéfalo
(cérebro, cerebelo e bulbo).
Estímulo nervoso
Das vias aferentes, ou sensitivas: essas vias nervosas conduzem os impulsos originados nos receptores externos
(visuais, auditivos, olfatórios, gustativos e táteis) ou internos existentes em diversos órgãos sensíveis às
modificações químicas, à pressão ou tensão;
Dos centros nervosos: locais de formação da resposta ao estímulo enviado pelas vias sensitivas;
Da via eferente ou motora: são vias nervosas que conduzem a resposta voluntária ou involuntária dos centros
nervosos para o tecido muscular e glandular;
Este complexo "excitação-resposta", realizado pelas vias sensitivas e motoras e pêlos centros nervosos, constitui o
arco reflexo que é o substrato anatomofuncional do sistema nervoso.
A medula espinhal do encéfalo apresenta três membranas que os protegem e estão situados logo abaixo dos ossos
da coluna vertebral e da caixa craniana. Essas membranas são denominadas meninges:
Dura-máter (externamente);
Aracnóide (média);
Pia-máter (internamente).
Entre a dura-máter e a aracnóide encontramos o espaço
sub-dural e entre a aracnóide e a pia-máter, o espaço sub-
aracnóideo. Neste, encontramos o liquor ou líquido cérebro-
espinhal, cuja principal função é a proteção mecânica do SNC.
Cérebro
Apresenta também um grande sulco chamado de fissura inter-hemisférica, o qual divide o cérebro em dois hemisférios.
Por sua vez, cada um desses hemisférios, divide-se externamente por sulcos ou fissuras menores em quatro lobos.
Cada lobo recebe o nome de acordo com a região em que está localizado: lobo frontal, lobo parietal, lobo occipital e
lobo temporal.
Os lobos cerebrais apresentam três funções principais:
- Desenvolvimento da inteligência;
- Sensibilidade;
- Motricidade.
21
Estas três funções principais estão distribuídas no cérebro da seguinte maneira:
Sintomas
Os sintomas de distúrbios cerebrais e do
sistema nervoso dependem da parte afetada e
muitos deles incluem dor, perda da
sensibilidade e fraqueza. Os distúrbios cerebrais
podem causar uma ampla gama de sintomas
psicológicos e físicos, como dor de cabeça,
entorpecimento, contusão ou mesmo
alucinações.
Há regiões situadas na parte inferior do cérebro denominadas tálamo hipotálamo, relacionadas à regulação da
pressão sanguínea, à temperatura corporal, ao equilíbrio hídrico e metabolismo de carboidratos e gorduras, ao sono, etc.
Cerebelo
O cerebelo situa-se na região posterior e inferior do cérebro. É esse órgão que coordena a harmonia dos
movimentos. Outra função importante do cerebelo é a manutenção do equilíbrio do corpo.
Bulbo
Órgão intermediário entre o cérebro e a medula mede 3 cm de altura e pesa aproximadamente 8g.
Localizam-se no bulbo dois dos mais importantes centros nervosos, ou seja. o centro respiratório e o centro
cardiovascular. Esses centros localizam-se na região do bulbo denominada nó vital. Uma agulha ou estilete.
Constituem o centro nervoso responsável por uma série de atos reflexos, principalmente os relacionados com o
instinto de conservação e defesa. O caminho do impulso nervoso se chama arco reflexo.
O arco reflexo é involuntário porque a resposta
motora não depende do cérebro.
22
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Os órgãos do sistema nervoso são formados por duas substâncias: a substância cinzenta e a substância Branca.
Substância cinzenta: é formada pela reunião de vários corpos celulares das células nervosas (neurônios).
Substância branca: é formada pela reunião de vários axônios dessas células nervosas (neurônios).
A substância branca e substância cinzenta distribuem-se de modos diferentes nos quatro principais órgãos nervosos
do SNC.
O cérebro e o cerebelo são formados de substância cinzenta por fora e substância branca por dentro.
23
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Responsável pela transmissão dos estímulos do corpo ao cérebro, e vice-versa; compreende as fibras motoras e
sensitivas dos nervos espinhais e cranianos, e também os gânglios sensitivos.
Os gânglios sensitivos são formados por acúmulo de corpos celulares, o que permite a condução do impulso
nervoso da periferia ao encéfalo e à medula espinhal.
O sistema nervoso periférico é a parte do sistema nervoso formada pelo conjunto de nervos que partem do encéfalo
denominados nervos cranianos e dos nervos que partem da medula denominados nervos raquianos ou espinhais.
Nervos Cranianos
Os nervos cranianos são os que partem do encéfalo e estão distribuídos no organismo em 12 pares:
Primeiro par: Nervo olfatório - Localiza-se na membrana interna das fossas nasais e sua função
é olfação. É um nervo
sensitivo.
Segundo par: Nervo óptico - Localiza-se dentro do globo ocular, na retina, e sua função é a visão.
É um nervo sensitivo.
Terceiro par: Nervo óculo-motor ou oculomotor - Localiza-se nos músculos do globo ocular e sua função é de
movimento. É um nervo motor.
Quarto par: Nervo nuclear - Localiza-se em outro músculo do globo ocular e também tem a função de
movimento. É um nervo motor.
Quinto par: Nervo trigêmeo (rosto) - Localiza-se na parte superior do rosto, dos dentes superiores e inferiores, e
sua função é de sensibilidade e movimento. É um nervo misto.
Sexto par: Nervo abducente - Localiza-se em mais outro músculo do globo ocular e tem a função de movimento.
É um nervo motor.
Sétimo par: Nervo facial - Localiza-se em músculos da face e tem funções como expressão de alegria, dor,
atenção, secreção salivar e lacrimal. É um nervo misto.
Oitavo par: Vestíbulo coclear - Localiza-se na parte do ouvido denominado ouvido interno; vestíbulo, canais
semicirculares e caracol; tem as funções de audição e equilíbrio. É um nervo sensitivo.
Nono par: Nervo glossofaríngeo (língua) - Localiza-se na faringe e língua. Tem as funções de gustação salivar. É
um nervo misto.
Décimo par: Nervo vago - Localizam-se no coração, pulmão e aparelho digestivo, tem as funções de movimento
e sensibilidade. É um nervo misto.
Décimo primeiro par: Nervo acessório - Localiza-se na nuca, tem as funções de movimento e ajuda à fonação. É
um nervo motor.
Décimo segundo par: Nervo hipoglosso - Localiza-se na língua e tem a função de movimento. É um nervo motor.
Os nervos que conduzem os estímulos recebidos do meio ambiente até os centros nervosos (encéfalo e medula) são
denominados de sensitivos ou sensoriais, e os que transmitem ordens provenientes dos centros nervosos para o
organismo dar resposta aos estímulos são os nervos motores.
Nervos Raquidianos ou Espinhais
Os nervos raquidianos ou espinais são os que se destacam de cada lado da medula. Estão distribuídos no organismo
em 31 pares, de acordo com as regiões da coluna vertebral.
São oito pares de nervos cervicais. Existem somente sete vértebras cervicais. O primeiro nervo cervical (suboccipital)
sai do canal vertebral, abaixo do crânio e acima da primeira vértebra cervical.
Os sucessivos nervos cranianos saem da vértebra numericamente correspondente, exceto o oitavo nervo espinhal
que sai abaixo da sétima vértebra cervical.
Existem ainda doze pares de nervos espinais ou dorsais, cinco pares de lombares e cinco pares de nervos sacros,
cada um deixando o canal vertebral abaixo da vértebra numericamente correspondente. O último par de nervos espinais (o
coccígeo) sai da extremidade terminal do canal sacral.
24
Os oito pares de nervos torácicos ou dorsais se distribuem de maneira a inervar os músculos do tórax, abdômen e
certos órgãos da vida vegetativa. Os outros pares de nervos espinais (lombares, sacrais e coccígeo) ramificam-se para
inervar a porção baixa do tronco e membros inferiores.
Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
Sistema Nervoso Autônomo: Controla as funções da musculatura lisa dos órgãos viscerais. Como o próprio nome diz,
o sistema nervoso autônomo funciona independente da nossa vontade.
Ele controla as funções da vida vegetativa, como o batimento do coração, o funcionamento do estômago, dos
intestinos, e de outros órgãos que não são influenciados pela nossa vontade.
O sistema nervoso autônomo pode ser dividido em dois sistemas de acordo com a localização dos gânglios nervosos:
I - Sistema Nervoso Simpático: Os gânglios se encontram próximos da medula espinal, geralmente distantes dos
órgãos por eles inervados. Seus nervos originam-se nas regiões torácicas e lombares da medula.
II - Sistema Nervoso Parassimpático: Os gânglios se encontram distantes da medula espinal, e muito próximos - ou
às vezes até mesmo no interior - dos órgãos por eles inervados. Seus nervos originam-se no encéfalo e na região
sacral da medula.
De modo geral, as ações do sistema nervoso simpático são antagônicas às do parassimpático, ou seja, realizam
funções contrárias.
Enquanto o sistema nervoso simpático atua sobre as diversas partes do corpo, preparando-as para as reações violentas, o
parassimpático atua antagonicamente sobre essas mesmas partes, causando relaxamento e descanso dos órgãos.
Exercícios de Fixação
1) Elabore um resumo de no máximo uma folha sobre o sistema nervoso tendo como norte:
- O que é;
- Para que serve;
- Importância;
- Principais constituintes;
- Funcionamento;
25
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Introdução
Precisamos de oxigênio existente no ar atmosférico para viver. O oxigênio tem, pois, que penetrar em nosso
organismo, pois todos os tecidos e células precisam dele para viver. O oxigênio penetra em nosso organismo através de
um conjunto de órgãos denominado sistema respiratório e são: cavidades nasais, faringe, laringe, traquéia e
brônquios, bronquíolos e pulmões.
Todas as células do organismo necessitam de oxigênio, algumas são mais sensíveis de que outras a uma falta de
oxigênio. As células nervosas são particularmente sensíveis; poucos minutos de privação do oxigênio podem causar lesão
irreversível das células cerebrais. Períodos mais prolongados de privação de oxigênio, são capazes de provocar a morte
ou ocasionar dano permanente do tecido.
Respiração, é o processo de introdução do oxigênio nos pulmões e eliminação de gás carbônico.
Inspiração, termo empregado para designar a entrada de ar nos pulmões.
Expiração, é o movimento em sentido inverso para eliminar gás carbônico, o aparelho respiratório compreende; nariz,
faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e pulmões.
A passagem do ar da atmosfera para os alvéolos pulmonares, a troca gasosa neles, e subseqüente retorno do ar para
a atmosfera são, em conjunto referidos como ventilação. Durante a ventilação o ar passa através das fossas nasais,
faringe, traquéia, brônquios e bronquíolos para os alvéolos, e então retorna. Na sua passagem para os pulmões, o ar é
umidificado, filtrado de corpos estranhos e aquecido.
A respiração é composta de duas fases, respiração externa e interna. A respiração externa consiste em trazer para os
pulmões o ar rico em oxigênio, eliminando gás carbônico. A respiração interna é o processo que leva o sangue oxigenado
aos tecidos, retirando deles os gases que devem ser eliminados.
O organismo não tem a capacidade de armazenar o
oxigênio, portanto, necessita recebê-lo constantemente. Os
pulmões, isoladamente não são capazes de captar e expelir
o ar. A respiração só se torna possível através dos
movimentos do diafragma e dos músculos intercostais.
O principal mecanismo de controle da respiração
consiste no Centro Respiratório, localizado no bulbo.
A fonação, o ato de respirar e de tossir também são
funções do sistema respiratório. A passagem de ar pelas
cordas vocais provoca sua vibração que origina os sons.
Faringe
26
Laringe
A laringe ou órgão fonador, localiza-se logo abaixo da faringe. É a estrutura tubular que liga a faringe com a traquéia,
sendo formada por cartilagens unidas por uma membrana elástica.
Uma destas cartilagens, a epiglote, forma uma espécie de válvula que fecha o orifício superior da laringe, impedindo a
passagem de alimento para o interior desse órgão.
Os dois pares de pregas, ou cordas vocais, são faixas de tecido fibroso esbranquiçado que se projeta nas paredes
laterais da laringe. Elas contêm no seu interior os ligamentos vocais e o músculo da fonação. O outro par existente acima
destas são as falsas cordas vocais, que há interferem na emissão de sons.
As verdadeiras cordas vocais têm como únicas funções a produção de sons e fonação. O ar proveniente dos pulmões
provoca a vibração das cordas vocais. As variações de tom percebidas na fala ou no canto resultam da mudança na tensão
das cordas que são controladas pela musculatura da laringe.
Os músculos da laringe estão divididos em dois grupos: aqueles que atuam sobre as cordas vocais, abrindo e
fechando a glote, aumentando ou diminuindo a tensão das pregas, e aqueles cuja função é impedir a entrada de alimento
na laringe durante a deglutição.
Traquéia
Pulmões e Brônquios
Os brônquios primários são dois tubos que se originam da bifurcação da traquéia. O brônquio direito é mais curto, mais
calibroso e mais vertical que o da esquerda; Q brônquio esquerdo é mais longo, mais estreito e encontra-se numa posição mais
horizontal.
Esta diferença faz com que os corpos estranhos aspirados localizem-se mais no brônquio direito. Os brônquios também
possuem anéis cartilaginosos e são revestidos internamente por uma mucosa ciliada semelhante a traquéia.
Ao penetrarem nos pulmões, estes brônquios se dividem dando origem aos brônquios secundários, menores que os
primários. Estes continuam a se subdividir no interior dos pulmões, originando tubos cada vez menores, dos quais a
cartilagem vai desaparecendo progressivamente. Estes se subdividem até que seus ramos se transformem em duetos
alveolares, que conduzem aos sacos alveolares, cujas paredes apresentam inúmeras projeções globulosas denominadas
alvéolos, dispostas em grupos.
A parede dos alvéolos é permeável, permitindo que se realize com facilidade a troca de gases entre o sangue dos
capilares e o ar.
Os pulmões são órgãos da
respiração por excelência. São
esponjosos e elásticos, têm forma
cônica e localizam-se no tórax, na
cavidade pleural. Sua base mantém
contato com a superfície superior do
diafragma.
O pulmão esquerdo é mais
estreito, mais longo e menor que o
pulmão direito, e está dividido em
dois lobos (superior e inferior),
enquanto que o pulmão direito está
dividido em três lobos (superior,
médio e inferior).
Dentro de cada pulmão existem milhões de alvéolos, e duetos alveolares.
Os brônquios primários entram nos pulmões juntamente com os vasos pulmonares através do hilo, uma fenda
existente na superfície medial. Neste ponto, os brônquios, as arteriais, as veias, os vasos linfáticos, os nervos e o tecido
conjuntivo que os envolve formam um pedículo pelo qual o pulmão está suspenso dentro da cavidade torácica.
27
A pleura é uma dupla membrana serosa que envolve os
pulmões e adere à superfície externa deste, à parede do tórax e
ao diafragma. Um líquido lubrifica os dois folhetos pleurais para
que eles possam escorregar mais facilmente um sobre o outro. A
infecção da pleura pode ocasionar pleurisia condição muito
dolorosa, determinada pelo aparecimento de aderência entre os
dois folhetos.
Vários tipos de doenças e lesões podem causar distúrbios
respiratórios. Quando o sangue de uma pessoa carrega menos
oxigênio do que o normal, ele é chamado hipóxido.
Fisiologia da Respiração
O ato de respirar é um fenômeno involuntário. A respiração pode ser controlada, ou voluntária apenas por um curto
período de tempo, após o qual, torna-se novamente automática ou involuntária.
A partir da necessidade que o organismo tem de receber e eliminar outros gases, o cérebro envia estímulo aos
músculos da respiração através dos nervos respiratórios.
O diafragma e os músculos intercostais expandem-se para cima e para fora. A expansão da cavidade torácica
provoca queda da pressão intrapulmonar. Para equilibrar as pressões, o ar exterior penetra pelas narinas e segue as vias
aéreas até entrar nos pulmões.
Esta é a inspiração, que resulta na absorção de oxigênio. Ao se relaxar, o diafragma sobe, e os músculos
intercostais trazem as costelas para dentro, fazendo pressão sobre os pulmões.
A pressão no interior dos pulmões aumenta, e o ar é impulsionado para fora através das vias aéreas, constituindo
este movimento de expiração.
O sangue venoso, rico em dióxido de carbono, sai do ventrículo direito do coração através da artéria pulmonar. Esta
se ramifica distribuindo-se por todas as partes do pulmão. O novo oxigênio inspirado chega no átrio esquerdo, vindo dos
pulmões, através das veias pulmonares.
O exercício ativo constitui um poderoso estimulante da respiração. As emoções, a ansiedade podem causar uma
estimulação respiratória. A dor, o medo e a raiva, usualmente, provocam aumento da freqüência e da profundidade da
respiração.
As doenças que afetam o aparelho respiratório também causam dificuldades respiratórias.
Na velhice, o tórax do indivíduo diminui de volume comprometendo-se a eficiência, sendo os idosos mais
susceptíveis às infecções respiratórias.
28
TERMINOLOGIA
Recém-nascido 40 – 60 / frpm
1 ano de vida 26 – 3 / frpm
2 – 3 anos de vida 20 – 26 / frpm
Adolescente 20 – 22 / frpm
Adultos 16 – 20 / frpm
Idosos 14 – 18 / frpm
29
Exercício De Fixação
30
SISTEMA EPITELIAL – TEGUMENTAR
Introdução
O tegumento comum compreende a pele e seus anexos que desempenham várias funções, tais como:
Epiderme: Constituída por tecido epitelial, cuja camada superior, ao se renovar constantemente é substituída pelas
células novas provindas da camada inferior. Nos locais de ação mecânica acentuada é protegida pela queratina (proteína
que contém enxofre).
Observam-se áreas grossas de queratinização na sola do pé e nas áreas de calos. Na camada epitelial inferior,
localizam-se:
- A melanina: responsável pela coloração da pele, sendo maior a sua quantidade nas raça negra;
- A camada germinativa: responsável pela renovação das células epiteliais.
Resumo
Funções
Sintetizar vitamina D;
Hipoderme ou subcutâneo: possui rede de capilares para a nutrição da pele, participa no equilíbrio térmico e
sanguíneo, possui reserva alimentar e de proteção contra frio e ações mecânicas.
31
Anexos da pele
Unha:
Pêlos: têm função protetora: encontram-se dentro do folículo piloso;
Glândulas sebáceas: secretam o sebo que é drenado para o folículo piloso, mantém a oleosidade e a elasticidade
do pêlo e da pele;
Glândula sudorípara: secreta o suor que mantém o equilíbrio térmico e metabólico: protege a pele contra os
microorganismos;
Glândulas mamarias: formadas por auréola, mamilo, glândulas alveolares, ducto lactífero, seios lactíferos;
Secretam o leite.
Glândulas Mamarias
Inicia-se na menina o desenvolvimento das mamas durante a puberdade, pois os hormônios sexuais femininos provocam
deposição de gordura no tecido subcutâneo, além do crescimento do sistema de duetos e da espessura do tegumento.
Cada mama possui de quinze a vinte glândulas alveolares ou lobos; de cada uma delas parte um dueto lactífero
para a região do mamilo.
Os ductos podem possuir dilatações (seios lactíferos) para o armazenamento de leite durante a amamentação.
O primeiro leite secretado após o parto denomina-se colostro, que contém todos os nutrientes facilmente digeríveis
pelo recém-nascido e rico em substâncias de defesa da mãe.
A porção mais saliente e pigmentada da mama denomina-se se auréola, e do seu centro eleva-se o mamilo, cuja
estrutura facilita a sucção durante o aleitamento.
SISTEMA DIGESTIVO
Introdução
O organismo para se manter vivo e funcionando necessita de suprimentos constantes de material nutritivo. Muitos
dos alimentos ingeridos precisam ser tornados solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos e
assimilados pelo organismo.
Os alimentos sofrerão modificações químicas até que possam ser solúveis e absorvidos pela corrente circulatória do
organismo; os alimentos não absorvidos serão eliminados na forma de fezes.
Conceito
Conjunto de órgãos adaptados para realizar funções de preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos
alimentos e a expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes.
Digestão é a ingestão, a transformação e o aproveitamento dos alimentos pelo organismo, bem como a eliminação
dos resíduos.
Funções
32
Intestino Delgado:
Duodeno jejuno íleo
Intestino Grosso:
Ceco cólon ascendente cólon transverso cólon descendente cólon sigmóide reto
6 – Órgãos anexos
glândulas salivares
parótida
sublingual
submaxilar
- pâncreas
- fígado
1. Boca
2. Faringe
Funções:
33
3. Esôfago
4. Estômago
É uma dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e se contínua no intestino. Situado logo abaixo do m.
diafragma, com sua maior porção a esquerda.
Apresenta dois orifícios: um de comunicação com o esôfago - cárdia, e o piloro que comunica com o duodeno:
porção inicial do intestino delgado.
Cárdia e Piloro - São dispositivos responsáveis pela abertura e fechamento ativos da comunicação respectivamente
com o esôfago e intestino.
Os elementos que compõem o suco gástrico são: Água, Ácido Clorídrico, Muco Gástrico, Enzimas (pepsina -
agem sobre as proteínas e, lipase - age sobre os lipídios).
Função
Secretar o suco gástrico que modifica a estrutura química dos alimentos e impedir o desenvolvimento das
bactérias e a fermentação;
Misturar o alimento com as secreções gástricas através de ondas peristálticas fracas;
Conduzir os aumentos para o intestino delgado através de ondas peristálticas fortes.
5. Intestinos
Intestino Delgado
Funções:
Secretar suco entérico: água, sais minerais, muco e as enzimas (amilase, maltose, sacarose e lactose, lípase,
peptidases);
34
Desdobrar e absorver os elementos
básicos dos nutrientes através das microvilosidades;
Impelir para o intestino grosso os alimentos
não absorvidos.
A parede do intestino delgado é formada por estruturas minúsculas denominadas MICROVILOSIDADES, nas quais
chegam os capilares sanguíneos e linfáticos que se encarregam da absorção dos nutrientes.
Intestino Grosso
É a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado.
Apresenta dilatações - haustros, formações em fita - as tênias, e acúmulos de gordura na serosa da víscera -os
apêndices epiplóicos.
É subdividido nos segmentos: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto.
Ceco: é o segmento inicial em fundo cego, apresenta o apêndice vermiforme ou cecal, no ponto de união das tênias.
Cólon ascendente: segue-se .ao ceco, em direção as últimas costelas e se flete formando a flexura cólica direita.
Cólon transverso: é bastante móvel, inicia-se na flexura cólica direita até a flexura cólica esquerda.
Cólon descendente: inicia-se na flexura cólica esquerda e termina após um trajeto vertical.
Cólon sigmóide: é a continuação do cólon descendente e tem trajeto sinuoso, dirigindo-se para a pelve onde é
continuado pelo reto.
Reto: parte final do canal alimentar, possui parte estreitada denominada canal anal e se abre no exterior, através
do ânus, é o responsável pelo reflexo de defecação.
O intestino grosso recebe os restos alimentares não digeridos e não absorvidos peio intestino delgado.
Funções
Reabsorver a água dos sucos digestivos.
Absorver restos de nutrientes aproveitáveis.
Eliminar as fezes (resto indigerível do bolo alimentar, que sofre ação das bactérias do intestino grosso).
O movimento peristáltico é controlado pelo sistema nervoso, sendo:
Simpático o inibidor;
Parassimpático o estimulador.
Os movimentos são:
Movimentos lentos: sua função é amassar o
conteúdo fecal e misturá-lo com o muco secretado
pela mucosa do intestino grosso.
- Composição:
35
- Características das fezes:
ÓRGÃOS ANEXOS
Glândulas Salivares
São glândulas consideradas anexos do sistema digestivo, sendo responsáveis pela produção de saliva. São elas:
parótidas sublinguais e submaxilares.
Parótidas: situadas lateralmente na face e anteriormente ao pavilhão do ouvido externo. Abre-se na boca na altura
do 2 ° molar superior através do ducto parotídeo.
Sublinguais: é a menor das três, situa-se lateral e inferiormente à língua, sua secreção é lançada na boca, por uma
série de orifícios situados no assoalho da cavidade bucal.
Submaxilar: localiza-se abaixo da parótida, protegida pelo corpo do maxilar inferior, através de seu dueto abre-se
no assoalho da boca.
Essas glândulas secretam 1 a 1,5 litros de saliva por dia e possuem controle nervoso automático, os fatores
psíquicos e químico-físico também interferem na secreção salivar.
É composta por água (para diluir o bolo alimentar) e por enzimas (ptialina) que são responsáveis pelo início da
digestão do amido e carboidratos.
PÂNCREAS
É uma glândula alongada situada posteriormente ao estômago.
O pâncreas apresenta três partes: cabeça, corpo e cauda.
Cabeça: à direita, dilatada, emoldurada pelo duodeno.
Corpo: disposto transversalmente.
Cauda: extremidade esquerda, afilada, situada próxima ao
baço. É uma glândula exócrina (produz suco pancreático) e
endócrina (produz insulina e lança na corrente circulatória).
Insulina: substância que vai diretamente ao sangue e age
sobre a glicose.
Suco pancreático: responsável pela neutralização da acidez do quimo que vem do estômago contendo ácido
clorídrico. O suco pancreático contém enzimas (lípase, amilase, tripsina, etc..) é levado ao duodeno pelo dueto pancreático
(canal de Wirsung) que se encontra com o ducto colédoco e desemboca no duodeno (ampola de Vater).As enzimas do
suco pancreático atuam sobre as proteínas, carboidratos e lipídios, quando associado à bile.
36
FÍGADO
É o órgão mais volumoso do sistema digestivo, localizando-se imediatamente abaixo do diafragma e á direita,
embora pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome.
É uma glândula que desempenha papel importante nas atividades vitais do organismo:
Funções
Secretar a bile;
Interferir no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, transformando-os em elementos que possam ser
transportados pelo sangue e utilizados nos tecidos;
Armazenar vitaminas, sais minerais e carboidratos;
Participar no processo de formação, destruição e regulagem do volume de sangue;
Produzir alguns elementos da coagulação: heparina, protombina;
Destruir o hormônio estrógeno;
Desintoxicar o organismo através da neutralização de substâncias tóxicas pelas células de Küpfer.
É divido em quatro lobos:
Direito Esquerdo Quadrado Caudado.
Os lobos direito e esquerdo são separados por uma prega do peritônio - o ligamento falciforme:
A artéria hepática;
A veia porta;
O dueto hepático comum;
Os nervos;
Os vasos linfáticos.
A bile é produzida no fígado e, é constituída de:
Sais biliares;
Colesterol;
Bilirrubina.
Os Sais biliares são os que realmente atuam no processo digestivo, não alteram os alimentos, ajudam na digestão
das gorduras como poderoso detergente.
O Colesterol é produto final do metabolismo celular de lípides (gorduras), em grande parte efetuado pelo fígado.
A bilirrubina é um produto de destruição das hemácias, dando as fezes a tonalidade marrom, colabora na digestão
e é eliminada com os resíduos alimentares através das fezes.
A bile sai do fígado pelo ducto hepático comum entra no dueto cístico em direção à vesícula biliar, onde é
armazenada. O esfíncter de Oddi existente no ducto colédoco no duodeno se fecha e a bile retorna à vesícula biliar.
Quando os alimentos chegam ao duodeno contendo partículas de gorduras, as células entéricas lançam na
circulação sanguínea o hormônio colecistoquinina, que faz a vesícula biliar se contrair e expulsar a bile armazenada no seu
interior para o duodeno, através do ducto colédoco, ai o esfíncter de Oddi se abre, deixando a bile fluir para o duodeno.
Resumo
2- Depois da mastigação e insalivação - o alimento passa a se chamar bolo alimentar, que passa da boca à faringe
e desta para o estômago, é a deglutição (ato de engolir);
3- Do esôfago, o bolo alimentar terá que descer e percorrer todo o tubo digestivo;
4- Nossos órgãos estão em posição irregular, são cheios de curvas e tem válvulas. Assim a partir do esôfago a
musculatura do tubo digestivo apresenta ondas de contração, que empurram o bolo alimentar para baixo: são os
movimentos peristálticos;
37
5- No estômago o bolo alimentar se mistura com o suco gástrico. As proteínas (carnes, ovos, leite, soja, etc.) são
decompostas pela pepsina (enzima);
6- Depois desse trabalho do estômago o bolo alimentar recebe o nome de quimo;
7- Chegando ao duodeno, o quimo se mistura com o suco intestinal, recebe também o suco pancreático e a bile,
vindos através do canal colédoco do pâncreas e fígado. As gorduras são emulsionadas, facilitando o trabalho
digestivo. O bolo alimentar recebe agora o nome de quilo;
8- Nesta fase os alimentos já estão digeridos, pois o amido transformou-se em glicose e as proteínas em
aminoácidos e passarão para o sangue;
9- É o trabalho da absorção: no jejuno-íleo, as substâncias alimentares digeridas são absorvidas, isto é penetram na
mucosa intestinal, chegando ao sangue.
A mucosa intestinal possui um numero elevado de saliências cônicas - as vilosidades intestinais, elas possuem
grande quantidade de vasos capilares e são encarregadas da absorção dos alimentos;
10- O trabalho de eliminação: os restos dos alimentos são eliminados pelo intestino grosso.
A parte do bolo alimentar que não é absorvida passa para o intestino grosso, em forma semi-líquida. Corre todo
intestino grosso e vai se tornando pastosa, pois parte da água e dos sais minerais ai existentes, é absorvida durante o
percurso. Essa massa pastosa, que constitui as fezes, passa pelo reto e é eliminada pelo ânus.
EXERCÍCIOS
1) Observe o desenho ao lado e responda ao que se pede:
c) Ele é formado por tecido ___________________, cujas células estão representadas no número ____________.
d) Citar os fenômenos químicos ocorridos em 3 e 4.
Continuação Exercícios:
De acordo com o desenho ao lado, responda:
3- O que é apêndicite?.
38
4- Descreva o que é absorvido no ID e no IG?
a) ID: _____________________________________
b) IG:_____________________________________
( ) A – Fígado ( ) C - Pâncreas
( ) B – Esôfago ( ) D - Glândula hipófise
a a
7- Numere a 2 coluna de acordo com a 1 :
8- Uma alimentação rica em verduras e frutos aumenta o volume das fezes. Com isso, os movimentos peristálticos
do intestino grosso.
39
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Conceito
O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por Tubos, que são
chamados: vasos sanguíneos, por onde circula o Sangue e vasos linfáticos, por onde circula a Linfa, e por um órgão
central, o Coração, que impulsiona o sangue para todas as partes do corpo. É formado também por órgãos
hematopoiéticos onde são produzidas as células sanguíneas.
Função
Conduzir material nutritivo e oxigênio à todas as células do organismo e recolhendo destas, simultaneamente os
produtos finais do metabolismo como: substâncias tóxicas e gás carbônico.
Defesa do organismo através de suas células especializadas, contra substâncias estranhas e microorganismos.
Divisão
O sistema circulatório é dividido por:
1) Sistema Sanguífero:
1.1. Coração
1.2. Vasos sanguíneos: artérias, veias, capilares
1.3. Sangue
2) Sistema Linfático:
3) Órgãos Hematopoiéticos
1 - SISTEMA SANGUÍNEO
1.1 -Coração:
É um órgão muscular, oco, que funciona como bomba contrátil propulsora.
Localizado na região do mediastino (no espaço entre os pulmões, o esterno, a coluna vertebral e o diafragma).
O coração tem a forma aproximada de um cone, com a ponta dirigida para baixo.
Seu tamanho normal no adulto corresponde ao punho fechado de seu portador.
40
Os átrios não se comunicam entre si, estão separados pelo septo interatrial.
Os ventrículos também não se comunicam entre si, estão separados pelo septo interventricular.
Só existe comunicação de átrio para ventrículo, através de uma abertura chamada óstio, que possui um dispositivo
chamado valva, que impede o retorno do sangue.
Do lado esquerdo do coração passa o sangue arterial rico em oxigênio (O2) e no lado direito do coração passa o
sangue venoso, rico em gás carbônico (CO2).
Átrio Direito (AD): a ele chegam a veia cava superior, veia cava inferior e a veia coronária, trazendo sangue
venoso de todo organismo, inclusive do músculo cardíaco. O átrio direito (AD) comunica-se com o ventrículo
direito através da valva tricúspide ou valva átrio - ventricular direita, que impede o retorno do sangue do VD para
o AD.
Ventrículo Direito (VD): é de musculatura mais espessa que a dos átrios, dele parte a artéria pulmonar, que se
divide em Direita e Esquerda, indo cada uma, respectivamente para o pulmão direito e esquerdo, com sangue
venoso proveniente do átrio direito. Entre o Ventrículo Direito e a Artéria Pulmonar existe a valva semilunar.
Átrio Esquerdo (AE): é de parede ligeiramente mais resistente que a do átrio direito, na sua cavidade
desembocam duas Veias Pulmonares Direitas e duas Veias Pulmonares Esquerdas, com sangue arterial.
O átrio esquerdo (AE) comunica-se com o ventrículo esquerdo (VÊ) através da valva mitral ou valva átrio
ventricular esquerda, que também impede o retorno do sangue do VE para AE.
Ventrículo Esquerdo (VE): recebe sangue arterial do átrio esquerdo, desta cavidade parte a artéria aorta. É a
cavidade de musculatura mais espessa. Entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta, existe a valva aórtica.
Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar: é o percurso do sangue do ventrículo direito, passando pelos
pulmões até o átrio esquerdo, cuja função é oxigenar o sangue nos pulmões, através da troca de gás carbônico por
oxigênio.
Descrição: o sangue venoso sai do ventrículo direito pela Artéria Pulmonar, que se ramifica em direita e esquerda,
indo respectivamente para o pulmão direito e esquerdo. Os capilares arteriais contendo sangue venoso envolvem os
alvéolos pulmonares, e a nível dos alvéolos ocorre a troca de gás carbônico por oxigênio.
Grande Circulação ou Circulação Sistêmica: é o percurso do sangue do ventrículo esquerdo, passando por todo o
corpo, até o átrio direito.
Descrição: o sangue arterial é levado do ventrículo esquerdo para todo organismo, a fim de abastecer todas as
células com oxigênio e nutrientes. Após receber o gás carbônico e os excretes das células do organismo, retorna
átrio direito como sangue venoso pelas veias cava superior e inferior.
41
SÍSTOLE: é a contração do músculo cardíaco, quando o coração expulsa o sangue de suas cavidades (Pressão Máxima).
DIÁSTOLE: é o relaxamento do músculo cardíaco, neste momento o coração puxa o sangue, enchendo suas cavidades.
O coração é inervado pelos nervos simpático e parassimpático, que são antagônicos em sua função.
O coração trabalha automaticamente, sob controle do sistema nervoso, mas o impulso da atividade cardíaca origina-
se no coração. Este sistema cardiovetor é composto por:
Nódulo sinusal (nó ou nodo) ou nódulo sinoatrial: é o ponto de origem de todos os músculos. Situa -se no átrio
direito, próximo a desembocadura da veia cava superior.
Nódulo atrioventricular: situa-se próximo ao septo atrial, recebe estímulos do nódulo sinusal e os transmite para a
musculatura ventricular.
Feixe de His: é a continuação do nódulo atrioventricular e transmite os estímulos para as fibras de Purkinge.
Fibras de Purkinge: os estímulos são transmitidos aos ventrículos por meio de seus feixes direito e esquerdo.
F.C ou
Trabalho cardíaco
42
43
ARTÉRIAS
São os vasos sanguíneos mais grossos do nosso
organismo, possuem flexibilidade elástica, transportam e
propagam o sangue para lodo o organismo.
Principais Artérias
todo o corpo.Ex.: artéria renal (rins); artéria hepática
Artéria Coronária: responsável pela oxigenação e (fígado),
nutrição do músculo cardíaco, divide-se em
coronária direita e esquerda. Artéria Pulmonar: é um vaso calibroso que sai do
Artéria Aorta: é a principal, saindo do ventrículo direito e se ramifica em dois e transporta
ventrículo esquerdo e se ramificando em artérias de sangue venoso do coração para os pulmões.
menor calibre, levando sangue arterial (oxigenado) para
VEIAS
São vasos que aumentam gradativamente de calibre em direção ao coração conduzindo sangue venoso.
Apresentam válvulas no seu interior, evitando o refluxo sanguíneo.
Originam-se nos órgãos e vão até o coração.
Os inúmeros capilares venosos juntam-se formando uma vênula e estas unificam-se até formar as veias.
Principais Veias
Veia Cava Superior: recebe sangue venoso dos membros superiores, cabeça, pescoço, da parede e do tórax.
Veia Cava Inferior: recebe sangue venoso dos membros inferiores, da região pélvica e da região abdominal.
Veias Pulmonares: são quatro veias de calibre médio, chegam ao coração pelo lado esquerdo, trazendo
sangue arterial dos pulmões e desembocam no átrio esquerdo.
CAPILARES
São vasos sanguíneos de calibre reduzido, ligam as artérias às veias, fechando o
sistema sanguíneo.
Suas paredes são finíssimas permitindo a passagem de substâncias dos tecidos para
o sangue.
Nos capilares artérias que ocorrem a nutrição e oxigenação dos tecidos (perfusão).
Os capilares venosos recebem os catabólicos e o gás carbônico (reabsorção).
44
ESTRUTURA DAS PAREDES DOS VASOS SANGÜÍNEOS
A variação na espessura das paredes dos vasos sangüíneos se deve à presença ou ausência de uma ou mais da três
camadas de tecido que as constituem, bem como, nas diferenças de espessura entre as camadas.
ARTÉRIAS ELÁSTICAS: grandes artérias e seus principais ramos como a artéria aorta e tronco pulmonar. Suas
paredes são compostas de três túnicas (íntima, média e externa).
A túnica média das artérias de grande calibre e bastante espessa e contem, além de fibras musculares lisas, grande
quantidade de fibras elásticas.
Quando o diâmetro de um vaso é menor que 0,5 mm, ele é chamado de arteríola.
As arteríolas possuem uma luz pequena e uma túnica média relativamente espessa, composta quase que
completamente por fibras musculares lisas, com muito pouco tecido elástico.
As arteríolas desempenham um papel maior na regulação do fluxo sangüíneo para os capilares.
Quando a musculatura lisa da túnica média se contrai, as cavidades internas, os lúmens (ou luz dos vasos) são
obliterados, isto é, os vasos sofrem vasoconstrição, que limitam o fluxo sangüíneo para os capilares.
Quando a musculatura descontrai, a luz das arteríolas aumenta, ou seja, os vasos sofrem vasodilatação, que permite
ao sangue entrar livremente nos capilar
Na maioria dos tecidos, a rede capilar contém dois tipos de vasos: metarteríolas, que conectam diretamente arteríolas
e vênulas, e capilares verdadeiros, que se ramificam e confluem para as metarteríolas.
Um anel de musculatura lisa denominado esfíncter pré capilar, normalmente circunda cada capilar verdadeiro no ponto
onde ele se origina de uma metarteríola. A contração e descontração destes esfíncteres ajudam na regulação do fluxo
sangüíneo através dos capilares.
Os capilares apresentam paredes muito finas, sendo portanto, o local no qual ocorrem trocam de materiais. A estrutura
do capilar varia de um lugar par ao outro, mas de uma maneira geral, o capilar consiste de uma parede simples de
células endoteliais envolvida por uma lâmina basal fina da túnica íntima. A túnica média e a túnica externa não estão
presentes.
Embora um simples capilar possua cerca de 0,5 a 1 mm de comprimento e 0,01 mm de diâmetro, os capilares são tão
numerosos que sua superfície total no corpo tem sido estima em torno de 600 metros quadrados.
As substâncias podem entrar ou sair dos capilares por quatro caminhos possíveis: 1) através das junções
comunicantes; 2) diretamente através da membrana celular; 3) no interior de pequenas vesículas com membranas; ou
4) através dos poros entre as células endoteliais.
Nas vênulas próximas aos capilares, as paredes apresentam um revestimento interno composto de endotélio da túnica
íntima, circundado por uma túnica externa muito fina.
As vênulas maiores, situadas mais afastadas dos capilares são envolvidas por uma quantidade pequena de fibras
musculares lisas que formam uma túnica média fina.
45
PRINCIPAIS ARTÉRIAS SISTÊMICAS
46
2- SANGUE
É um líquido viscoso de cheiro peculiar, ligeiramente salgado, coloração vermelha claro ou escuro. Seu volume, em
um adulto que pesa 60 a 70 kg, é de aproximadamente 5,0 litros de sangue.
A quantidade de sangue varia de acordo com a idade, sexo, atividade física, musculatura, etc. Em estado patológico
pode aumentar ou diminuir.
a) Sangue Arterial: é o sangue carregado de oxigênio, que já passou nos pulmões e que se dirige às células.
b) Sangue Venoso: é o sangue carregado de gás carbônico, que já passou nas células e que volta aos pulmões.
Funções
O sangue leva para todas as células do nosso corpo substâncias nutritivas, hormônios de que as células
necessitam para viver e realizar suas funções (transporte).
O sangue recebe o oxigênio nos pulmões para levá-lo às células. E recebe das células ou tecidos, gás carbônico
e leva para os pulmões para que seja eliminado este gás do nosso organismo (respiração).
O sangue recebe das células de todo nosso corpo, resíduos ou escórias e deixa nos rins, que os elimina através
da urina (excreção).
Artérias Veias
Possuem pulsação; Não possuem pulsação;
Saem do coração; “Chegam” ao coração;
Carregam sangue com oxigênio, de cor vermelho Carregam sangue venoso escuro (devido ao CO2);
vivo; São visíveis na superfície da pele;
Não são visíveis na superfície da pele Possuem válvulas
Não possuem válvulas.
A única exceção em relação á condução de O2 e CO2, é a circulação pulmonar: o sangue que vai do "coração
direito" a caminho dos pulmões leva gás carbônico e é conduzido pelas artérias pulmonares; o sangue já oxigenado, de
volta ao "coração esquerdo" é conduzido pelas veias pulmonares.
Na grande circulação, duas grandes veias, transportando sangue venoso chegam ao coração: as veias cavas. Esse
sangue venoso é bombeado pelo coração, e entra na pequena circulação, em direção aos pulmões, pelas f artérias
pulmonares. As artérias pulmonares transportam, portanto, sangue venoso. Nos pulmões ocorrem as trocas y gasosas,
transformando o sangue venoso em arterial. Essa transformação é chamada hematose.
Componentes do Sangue
1- Parte Líquida
2- Elementos Sólidos
Glóbulos vermelhos ou Hemácias ou Eritrócitos
São células sem núcleo, tem forma escavada no centro, vivem em média de 100
a 130 dias.
47
Hemólise
É a destruição das hemácias por água destilada, soros sanguíneos estranhos, venenos, substâncias tóxicas, etc..
As células do baço, fígado e medula removem da circulação os glóbulos vermelhos desintegrados, o ferro é
reaproveitado para novas hemácias e ao mesmo tempo forma-se a bilirrubina (pigmento biliar), se houver destruição
excessiva das hemácias, a bilirrubina é encontrada em maior quantidade no plasma sanguíneo e no líquido tecidual
surgindo neste caso a icterícia, caracterizada pela cor amarela da pele e mucosas.
Tipos de Leucócitos
Os neutrófilos, eosinófilos e basófilos: tem função de fagocitose, contém heparina e histamina e participam
nos processos alérgicos.
3- Plaquetas ou Trombócitos
Apresentam-se como pequenos grãos, menores que os glóbulos vermelhos.
Cada milímetro cúbico de sangue possui aproximadamente 300 000 plaquetas.
São pegajosas com tendência a aderir em superfícies ásperas. Por isso aderem às paredes de um vaso lesado,
onde se desintegram, liberando uma substância chamada tromboquinase, a qual inicia o fenômeno da
coagulação do sangue.
Fatores - acessórios ou secundários - estes mecanismos de ação ainda na forma bem esclarecidas.
Estas substâncias reagem em conjunto formando uma enzima a trombina, que atua sobre o fibrinogênio do
plasma, transformando-se em fibrina.
As fibrinas constituem uma rede que retém as células sanguíneas, constituindo o coágulo.
Coagulação: tromboquinase + protrombina + cálcio + fatores acessórios = trombina.
Grupos Sanguíneos
Na espécie humana existem quatro tipos de sangue: grupo A, grupo B, grupo AB e o grupo O.
Na maioria dos glóbulos vermelhos existem dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio B. Assim
o sangue foi classificado de acordo com estas proteínas.
No plasma sanguíneo existem outras duas substâncias, chamadas aglutininas.
Uma reage com o aglutinogênio A, recebendo o nome de aglutinina A; a outra reage com o aglutinogênio B e é
chamada aglutinina B.
As aglutininas não podem ficar com seus respectivos aglutinogênios.
Ex.: o sangue que tem aglutinogênio A não pode conter aglutinina anti-A, do contrário ocorrerá a aglutinação.
Aglutinação: significa a união dos glóbulos vermelhos do sangue de pessoas diferentes numa transfusão.
A aglutinação pode até provocar a morte da pessoa.
48
No quadro abaixo verifique o tipo de aglutinogênio e o tipo de aglutinina de cada grupo sanguíneo.
De acordo com essa distribuição, verifique como podem ocorrer as transfusões de sangue:
A transfusão consiste em passar o sangue de uma pessoa para outra, apenas em tipos de sangue que se
combinam.
Fator Rh
Aproximadamente 85% da população são Rh+, ou seja, possuem o aglutinogênio Rh, enquanto 15% restantes são
Rh -. ou seja, possuem aglutininas contra o aglutinogênio Rh.
É uma doença do recém nascido, caracterizada pela aglutinação e hemólise progressiva dos glóbulos vermelhos.
Na maioria dos casos a mãe é Rh negativa e o pai Rh positivo, a criança herdou a característica Rh -positivo do pai,
e a mãe desenvolve aglutininas anti-Rh, que se diferenciam no feto, causando a aglutinação dos glóbulos vermelhos.
3 - SISTEMA LINFÁTICO
É um sistema aberto, sem órgão central bombeador, formado por capilares linfáticos que transportam a linfa, possui
também nódulos que são chamados de gânglio linfáticos.
Função
Ser uma via acessória para o líquido intersticial fluir para o sangue.
Transportar substâncias dos espaços intercelulares que não podem ser removidos pêlos capilares sanguíneos.
Ex.: proteínas e outras partículas grandes.
Ser uma barreira à disseminação das bactérias, vírus e células cancerígenas.
O sistema linfático e composto por:
Linfa: é um liquido semelhante ao plasma sanguíneo, que não contém plaquetas, contém raras hemácias e é
rico em leucócitos, principalmente linfócitos.
A linfa circula lentamente pêlos vasos linfáticos através da contracão muscular dos músculos que rodeiam os
vasos. É de coloração amarelo - leitoso.
Rede de capilares linfáticos: iniciam se em fundo cego, pois drena a linfa dos espaços intercelulares.
a) Vasos Linfáticos: se originam da reunião de vários capilares linfáticos e conforme vão recebendo outros vasos
linfáticos, vão aumentando de calibre e diminuindo de número até formarem dois coletores principais - dueto
torácico e dueto - linfático direito.
b) Gânglios Linfáticos, nodos ou linfonodos: formados por tecido linfóide onde os vasos linfáticos penetram e
saem em menor numero.
São importantes barreiras contra os processos infecciosos, podendo ser encontrados esparsamente ou em grupos,
destacando-se os cervicais, axilares, inguinais e mesentéricos. Produz linfócitos, elementos de defesa.
49
Órgãos Hematopoiéticos
São órgãos responsáveis pela
produção de células sanguíneas.
a) Baço
Função
b) Timo
É um órgão linfóide, localizado na frente da traquéia e atrás do esterno. Diminui de tamanho após a puberdade,
permanecendo um mínimo de tecido no indivíduo adulto. Produz leucócitos.
c) Medula óssea: Está localizada no interior dos ossos, alojada no canal medular. Produz hemácias, leucócitos e
plaquetas.
Gânglios Linfáticos
São nódulos formados por córtex e por medula. O córtex é constituído de tecido linfóide e produz linfócitos. A
medula é um espaço por onde passa a linfa. Funcionam como um verdadeiro filtro para as impurezas.
Ataque Cardíaco
Sinal Vermelho
1. Uma pressão desconfortável no peito ou nas costas, que demora mais do que alguns minutos para ir embora;
2. A dor se espalha para os ombros, pescoço ou braços;
3. A dor no peito vem acompanhada de tonturas, suor, náuseas, respiração curta ou falta de ar e sensação de
plenitude gástrica.
Mas atenção:
Nem todos esses sintomas ocorrem em cada ataque do coração. Algumas vezes podem ir e voltar. Peça auxílio urgente
sempre que algum deles se manifestar. Avise a outras pessoas. Não espere.
Tenha sempre à mão o endereço de um Pronto-Socorro.
50
EXERCÍCIOS:
Este esquema bastante simplificado do coração indica as
artérias e veias que saem e chegam até ele. Observe-o e faça o
seguinte:
51
SISTEMA URINÁRIO
Conceito
São os órgãos responsáveis pela formação e eliminação
da urina. A urina é um dos veículos de excreção do organismo.
Funções
Participar na eliminação dos produtos finais do metabolismo e no controle do equilíbrio hídrico, salino e ácido -
básico.
Filtrar o sangue, retirar dele substâncias tóxicas em excesso para serem eliminadas do organismo.
Divisão
Apresenta:
52
Túbulo coletor: desemboca em um cálice
renal, recebe a urina e conduz para o
bacinete ou pelve renal. A pele renal é um
conduto afunilado, que inicia no interior do rim.
Sai pelo hilo renal e termina no ureter.
Urina:
É composta de 95% de água e 5% de substâncias
sólidas: cloreto de sódio, uréia, ácido úrico, açúcar
(diabético);
Densidade 1005 a 1025;
É amarelada, transparente, levemente ácida;
Secretada entre 1300 a 1500 ml nas 24 horas;
A urina normal não contém proteínas, lipídios,
glicídios, vitaminas e hormônios, pois essas
substâncias são totalmente retidas pelo organismo;
Odor característico;
PH 6 (ácido), pode variar de pH 4,6 a 7,5.
Uretra
É um canal que conduz a urina da bexiga para o meio
exterior. O esfíncter interno da uretra na sua porção inicial é de
contração involuntária, impedindo a saída da urina da bexiga.
O esfíncter externo é de contração voluntária.
A uretra termina em um orifício denominado meato
urinário, por onde é eliminada a urina para o meio exterior.
Ureteres
É um tubo de musculatura lisa que une o rim à bexiga. Levam a urina secretado do rim para a bexiga pelo efeito da
gravidade e palas ondas peristálticas regulares.
Bexiga
É uma bolsa muscular lisa e elástica situada posteriormente à sínfises púbica e que funciona como reservatório da
urina. Sua capacidade de reserva varia de indivíduo para indivíduo, podendo chegar até 1 litro, mas após o enchimento de
250 a 300 ml, ocorre a necessidade de urinar, provocando a saída da urina.
O sistema nervoso autônomo controla a atividade involuntária da musculatura lisa da bexiga e das vias urinárias.
O simpático estimula o enchimento da bexiga e o parassimpático o seu esvaziamento.
53
Nesse trajeto o rim executou todas as suas funções:
Os rins filtram 125 ml de líquido por minuto ou 180 litros em 24 horas. Porém o volume urinário em 24 horas é de
1000 a 1500 ml.
Através dessa filtração seletiva, o rim colabora para a manutenção do equilíbrio orgânico, mantendo a taxa de
eletrólitos e ajudando a manter o pH dos líquidos sanguíneos.
+
"pH é a taxa de íons hidrogênio (H ) presente nos
líquidos orgânicos. Determina-lhes a acidez ou alcalinidade."
O equilíbrio ácido - base ou manutenção da homeostase da concentração de íons hidrogênio nos líquidos do corpo é
vital para o funcionamento do organismo, qualquer desvio do valor normal pode significar graves problemas e até a morte
do indivíduo.
Os rins atuam na regulação da excreção da água (H2O), sódio (Na) e potássio (K).
O sódio (Na) excretado está na dependência do hormônio aldosterona, liberado pela glândula supra-renal, que
produz a excreção de pêlos nos rins. O mesmo acontecendo com o K (potássio), neste caso, a diferença é que a
aldosterona aumenta a excreção do K pêlos rins.
O corpo humano é composto por 70% de água. O volume de absorção de água está sob controle do hormônio
antidiurético, secretado pela hipófise. O HAD é secretado de acordo com a de maior ou menor necessidade de água no
organismo, isto é, detectando quando o sangue passa pela hipófise.
Após todo esse processo a urina é eliminada com todas as suas características.
Terminologia
- Cistite: infecção das vias urinárias baixas (bexiga e uretra)
- Pielonefrite: infecção das vias urinárias altas (ureteres e rins)
- Anúria: volume urinário inferior a 50 ml nas 24 horas
- Disúria: micção difícil e desconfortável, pode ser acompanhada de dor
- Oligúria: volume urinário inferior a 400 ml, em 24 horas
- Polaciúria: freqüência urinária aumentada
- Poliúria: volume urinário acima do normal em 24 horas
- Hematúria: presença de sangue na urina
- Glicosúria: presença de glicose na urina
- Piúria: presença de piócitos na urina
EXERCÍCIO
De acordo com o desenho responda:
54
SISTEMA REPRODUTOR
Introdução
Os sistemas genitais masculinos e femininos são responsáveis pela perpetuação da espécie. Eles produzem gametas
que, ao se encontrarem, unem-se, completam-se, multiplicam-se uma infinidade de vezes, originando um novo ser. No ser
humano a reprodução é sexuada e realizada por células especiais:
- o gamela feminino é o óvulo.
- o gamela masculino é o espermatozóide
Desde o nascimento, a mulher possui os óvulos formados, porém em forma inativa. Na puberdade, pelo Estímulo de
hormônios gonadotróficos na hipófise, os óvulos começam a ser ativados e mensalmente, alguns -amadurecem, mas apenas um
se desprende do ovário. Ao desprender-se é capturado pelas fímbrias de uma das trompas de Falópio, caminhando dentro desta
até o útero. Se durante o trajeto o óvulo se encontra com o espermatozóide, dentro da trompa, ao chegarem ao útero, já unidos
se fixarão à parede deste órgão (nidacão), ocorreu então fecundação. Caso não encontre o espermatozóide, o óvulo é eliminado
através da vagina. Este processo acorre todo mês, a partir da puberdade, até por volta dos 45 anos, quando não haverá mais
produção de óvulos. É a menopausa, fim do período fértil da mulher.
Os espermatozóides começam a ser produzidos entre os 10 e 14 anos, ficando; inativos até a puberdade, e continuam
sendo produzidos até o fim da vida. Os hormônios gonadotróficos, são responsáveis pelo estímulo que dá início à produção dos
espermatozóides na puberdade. Continuamente formados nos testículos, ficam armazenados nos testículos e no epidídimo, até
serem eliminados através do pênis, na ejaculação.
Todas as células do corpo humano (menos os gametas) possuem 46 cromossomos, estruturas das características
genéticas do ser humano como: cor dos olhos e cabelos, formato do rosto, sexo. Etc..
Quando os gametas se unem, formam o ovo, ou zigoto, com 46 cromossomos - 23 do óvulo e 23 do espermatozóide.
Como se vê, na espécie humana a reprodução necessita da participação de dois indivíduos - masculino e feminino.
Em relação ao fator sexo o óvulo tem o determinante X. Os espermatozóides têm o determinante X ou Y. Se o
espermatozóide for X - O bebê será do sexo feminino, e se for Y - será do sexo masculino,
Conceito de Reprodução
É a capacidade do ser vivo de gerar outro ser vivo da mesma espécie, isto é, com as mesmas características.
Composição
Compreende os órgãos produtores de células sexuais e as vias condutoras dos sistemas genitais masculinos e femininos.
Ducto ejaculatório é um canal que começa no dueto deferente, atravessa a próstata e abre-se na uretra, conduzindo o
espermatozóide por este trajeto.
Vesícula seminal - são duas pequenas estruturas em forma de saco, localizada à direita e a esquerda da bexiga.
Secretam material mucóide, que ajuda a conservar o espermatozóide vivo e móvel (sêmen), protegendo-o da acidez da
urina.
Próstata - é uma estrutura localizada logo abaixo da bexiga atravessada pela uretra e pelo dueto ejaculatório. Secreta
líquido alcalino para estimular a mobilidade dos espermatozóides e ajudam a compor o sêmen e também neutralizar a
acidez da mucosa vaginal.
Pênis -e o órgão masculino da cópula, contém parte da uretra, dividido em corpo e glande. Internamente é constituído
pêlos corpos cavernosos (que enchem-se de sangue arterial) e pelo corpo esponjoso que envolve a uretra e são as
estruturas eréteis.
Glande: dilatação na extremidade do pênis, é a parte mais sensível, responsável pelo estímulo da ereção.
Prepúcio: recobre a glande, pele móvel que expõe a glande, quando isto não acontece e a glande fica encoberta
permanentemente, ocorre a fimose (correção através de cirurgia - circuncisão).
55
Glândulas bulbo - uretrais: secretam muco durante o ato sexual, localizadas na extremidade superior da uretra,
possuem formação arredondada.
Esperma: consiste de espermatozóides e líquido leitoso da próstata e muco das vesículas seminais. Os testículos
produzem bilhões de espermatozóides durante o ciclo vital. Os espermatozóides tem cabeça, colo, corpo e cauda.
Conceito
E o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher. E formado por órgãos internos e externos. A pelve
contém os órgãos reprodutores, bexiga e reto e faz parte do canal do parto.
56
ANATOMIA E FISIOLOGIA FEMININA
Órgãos genitais femininos
Ovários: são duas glândulas situadas uma em cada lado do útero, na cavidade pélvica. Produzem os gametas
femininos (óvulos) e hormônios.
Tubas uterinas: está inserida na borda superior do útero, é um tubo de luz estreita cuja extremidade medial (óstio)
se comunica com a cavidade uterina e cuja extremidade lateral se comunica com a cavidade peritoneal. A tuba é dividida
em quatro partes indo do útero para o ovário: istmo, ampola e infundíbulo. O infundíbulo em sua base é dotado de uma
série de franjas irregulares - as fímbrias.
O óvulo fecundado ocasionalmente pode fixar-se na tuba uterina, ocorrendo a gravidez tubária.
Função:
- fundo; - istmo
- corpo; - cérvix (colo do útero);
Função
Vagina: é um tubo cujas paredes normalmente se tocam, comunicam-se superiormente com o colo do útero e
inferiormente abre-se no vestíbulo da vagina, fechada parcialmente nas virgens por uma membrana – o hímen.
Função:
Dar passagem ao fluxo menstrual;
Ser o órgão da cópula;
Dar passagem ao feto.
57
O que é Mioma Uterino?
É um tumor benigno que se desenvolve nas camadas do útero. Geralmente, pode vitimar as mulheres entre 20 e 40 anos de
idade.
Quais os sintomas?
Os mais evidentes são o sangramento (fora da menstruação ou em excesso durante esse período), a dor no baixo ventre
e, em alguns casos, aumento do volume abdominal.
O que causa esse Mioma?
As causas não são precisas, mas sabemos que o tumor surge com mais freqüência na fase reprodutiva, ou seja, quando o
organismo feminino produz maior quantidade do hormônio estrógeno.
- Monte púbico: é uma elevação constituída principalmente de tecido adiposo e recoberta de pêlos espessos após
a puberdade. Situa-se sobre a sínfise púbica.
- Lábios maiores: são duas pregas cutâneas alongadas, que delimitam entre si uma fenda (rima), externamente
cobertos de pêlos e internamente lisas e sem pêlos.
- Lábios menores: são duas pequenas pregas cutâneas, localizadas medialmente aos lábios maiores, sua pele é
lisa, úmida e vermelha.
- No espaço entre os lábios menores encontramos o vestíbulo da vagina, o óstio externo da uretra, o óstio da vagina
e os orifícios dos duetos das glândulas vestibulares.
Estruturas eréteis:
Clitóris: é uma estrutura rudimentar, só é visível a glande do clitóris, onde superiormente se fundem os lábios
menores. É uma estrutura extremamente sensível e ligada a excitabilidade sexual feminina;
Bulbo do vestíbulo: se dispõe como uma ferradura ao redor do óstio da vagina, não sendo visíveis. Quando cheios
de sangue dilatam-se permitindo maior contato entre o pênis e a vagina.
Glândulas vestibulares: são em número de duas situadas profundamente e nas proximidades do vestíbulo da
vagina. Durante o ato sexual são comprimidos e secretam muco, que serve para lubrificar a porção inferior da vagina.
Períneo
É um conjunto de estruturas (músculos, aponeuroses, vasos, etc.) entre o ânus e a vagina na mulher, ou entre o
ânus e o escroto no homem.
Mamas
São anexos da pele, formada de glândulas que se especializam na produção de leite após a gestação, situam-se
ventralmente a músculos da região peitoral. É uma glândula exócrina.
É constituída de:
Tecido glandular ou glândulas mamarias: são 15 a 20 lobos piramidais que formam o corpo da mama.
Estroma: tecido conjuntivo que envolve cada lobo, predominando o tecido adiposo, que é sustentado por
trabéculas de tecido conjuntivo denso.
Pele: dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas, muito fina e onde se notam veias superficiais.
Morfologia externa
Pápila mamaria (bico do seio): é uma projeção onde desembocam os 15 a 20 duetos lactíferos é abundantemente
inervada e ao redor da papila há uma área de maior pigmentação - a auréola mamaria.
Durante a gravidez as glândulas mamárias se preparam para lactar, através da ação de hormônios, principalmente
estrogênio e progesterona.
Ao final da gestação as mamas começam a secretar uma substância aquosa chamada "colostro", mas só após o
nascimento, com a expulsão da placenta, cessa o efeito inibitório desses hormônios sobre prolactina, que é o hormônio
responsável pela secreção do leite.
Ao sugar, o recém-nascido estimula as terminações nervosas existentes no mamilo que enviam uma ordem a
hipófise, para liberar os hormônios prolactina e ocitocina.
A ocitocina é responsável pelo reflexo da descida do leite.
Esse folículo produz grande quantidade de hormônio estrógeno, que estimula a hipófise a secretar o hormônio
luteinizante que acelera a maturação final do folículo.
O folículo maduro se rompe, expulsando o óvulo para a cavidade abdominal - ovulação. Esse período dura por volta
a
de 14 dias e é denominado fase proliferativa ou estrogênica (1 fase).
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Nesta fase ocorre, o espessamento do endométrio por ação do estrógeno. As células do folículo rompido passam a
apresentar uma coloração amarelada e são chamados de corpo amarelo ou lúteo.
O corpo lúteo secreta principalmente os hormônios estrógeno e progesterona sob o controle do hormônio lúteotrófico
secretado pela hipófise.
Devido principalmente à estimulação da progesterona, a mucosa uterina torna-se mais solta, aumenta a irrigação
sanguínea e o armazenamento de nutrientes e sua duração é geralmente 14 dias.
O óvulo, lançado na cavidade abdominal, é captado pelas fímbrias da trompa de Falópio e levado através de
movimentos peristálticos e ciliares da trompa para o útero.
Se não ocorrer a fecundação, o corpo amarelo regride, deixando uma cicatriz no ovário e inicia-se a fase de
descamação do endométrio com a eliminação sanguínea através da vagina.
Esse fenômeno é conhecido como menstruação e dura de três a seis dias.
Reinicia-se o ciclo com o início da maturação do óvulo de outro ovário, sendo normalmente de 29 a 30 dias o
intervalo entre uma menstruação e outra.
Ciclo menstrual
É o período que se inicia em uma menstruação e termina imediatamente antes da menstruação seguinte.
Fecundação
Através de uma relação sexual ocorre a união do óvulo com o espermatozóide, geralmente no terço distai da
trompa.
As glândulas da região do vestíbulo e da vagina devem produzir (antes do ato sexual) uma secreção que mantenha
as estruturas úmidas e propícias à relação sexual.
Após a ejaculação, o sêmen alcalina deverá migrar da vagina em direção à trompa, a fim de fecundar o óvulo.
O espermatozóide, vive no máximo 72 horas e o óvulo 24 horas. O espermatozóide fecundará o óvulo somente no
período de ovulação da mulher (período fértil), ou seja, mais ou menos 14 dias antes do 1° dia da menstruação.
Se ocorrer a fecundação, o corpo lúteo persiste até mais ou menos o 4° mês de gestação, secretando, juntamente
com a placenta, os hormônios estrogênio e progesterona, que provocam alterações orgânicas fundamentais para a
gestação e o trabalho de parto.
Esses hormônios impedem a menstruação
durante a gravidez.
Fecundação é a fusão de uma célula
sexual feminina (óvulo) com a masculina
(espermatozóide). Para que isso ocorra, milhões
de espermatozóides viajam no corpo da mulher
pela trompa de Falópio. Onde um deles se une ao
óvulo.
Fisiologia
Coito e Fertilização
A estimulação sexual e estímulos nervosos, fazem com que maiores volumes de sangue penetrem no tecido erétil
do pênis, aumentando seu tamanho e produzindo ereção O pênis ereto é introduzido na vagina e movimentos rítmicos
levam ao orgasmo e à ejaculação do sêmen (200 a 300 milhões de espermatozóides em um fluido nutriente).
Os espermatozóides armazenados no epidídimo são lançados no dueto deferente e através de contrações
peristálticas, são levados em direção a uretra, recebendo neste trajeto as secreções produzidas pelas vesículas seminais,
próstata e glândulas bulbo-uretrais.
Este produto denominado sêmen (3 a 4 ml) é expulso durante a ejaculação pelo meato urinário.
Após a ejaculação, ocorre o relaxamento do pênis e sua volta a posição normal (estímulos nervosos).
Os espermatozóides nadam através de rápidos movimentos de suas longas caudas filiformes e energia para o longo
nado até o óvulo (gameta feminino) é fornecida por glicose, armazenada na cabeça do espermatozóide.
O primeiro a atingir o óvulo juntará seus 23 cromossomos com os 23 cromossomos do óvulo. Ocorre a fecundação
que é a união do óvulo com o espermatozóide, surgindo o ovo, que se transforma em embrião, depois em feto e por fim
em recém-nascido.
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EXERCÍCIOS
1. De acordo com o desenho identifique, escrevendo os aparelhos reprodutores masculino e feminino nos espaços
adequados.
2. Escreva, nas linhas correspondentes, o nome dos órgãos que fazem parte dos aparelhos reprodutores.
3. Pinte com as cores diferentes cada um dos órgãos reprodutores masculinos e femininos.
4. Escreva, nos espaços adequados, o nome da célula reprodutora masculina e da célula reprodutora feminina.
5. Escreva, nas linhas correspondentes, o nome de cada uma das estruturas das células reprodutoras.
6. Pinte com cores diferentes cada uma das estruturas do óvulo e do espermatozóide.
7. Ligue com uma seta o espermatozóide e o óvulo aos órgãos onde são produzidos.
9. Ligue com uma seta o quadro ao local onde se dá a união do óvulo com o espermatozóide.
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SISTEMA ENDÓCRINO
As células do corpo comunicam-se entre e através de dois mecanismos básicos: o sistema nervoso e o sistema
endócrino, que consiste de glândulas espalhadas por todo corpo e que produzem substâncias químicas (hormônios)
transportadas pelo sangue até os tecidos distantes, cujas atividades elas modificam.
Hormônios
São substâncias extraídas da corrente sanguínea e transformadas em novas e mais complexas substâncias.
Os hormônios exercem efeitos em quatro grandes áreas biológicas:
Reprodução
Crescimento e desenvolvimento
Controle do meio interno
Regulação da produção de energia
Os hormônios são absorvidos e transportados pelo sangue, que passa pêlos capilares existentes dentro das
glândulas.
Glândulas Endócrinas
São também chamadas de glândulas sem dueto ou glândulas de secreção interna, estão representadas por órgãos
pouco volumosos e localizados em diversas partes do corpo.
Hipófise intermediária
Infância
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Adulto
Excesso: causa Acromegalia que é o crescimento exagerado das mãos, pés, nariz e mandíbulas.
- Hormônios Gonadotróficos: hormônio folículo estimulante (F.S.H.) e hormônio luteinizante (L.H.). São liberados
em maior quantidade na puberdade e sua função é atuar sobre os órgãos da reprodução.
- Hormônio Lactogênico: promove o crescimento das glândulas mamarias durante a gravidez e a secreção do leite
após o parto, estimula também a secreção de progesterona.
- Hormônio Tireotrófico (TSH): estimula o crescimento normal da tiróide e controla a secreção do hormônio
tireóideano.
- Hormônio adrenocorticotrófico: atua sobre o córtex da glândula supra renal, desencadeando e estimulando a
produção de seus hormônios.
Serve que os nomes dos hormônios têm a ver com os órgãos sobre os quais atuam.
Hipófise Intermediária
Produz o hormônio melanotrófico, que controla a melanina - pigmento relacionado com a coloração da pele.
Produz:
- Oxitocina: que estimula a musculatura lisa do intestino e das glândulas mamarias e favorece as contrações
uterinas no parto.
- Hormônio antidiurético (ADH): atua sobre o rim, provocando alterações no volume urinário, e causa constrição
de capilares e arteríolas.
Produção exagerada causa oligúria (redução do volume de urina)
Ausência ou produção insuficiente provoca poliúria (elevação exagerada do volume urinário)
Glândula Tireóide
Consiste em dois lobos, situados na parte anterior e inferior do pescoço. A função da tireóide é controlada pelo
hormônio da hipófise. Produz tiroxina.
Glândulas Paratireóides
São quatro pequenas glândulas colocadas na parede posterior, atrás da tireóide e segregam o hormônio.
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Problemas decorrentes de alterações da glândula paratireóide:
Hipoparatireoidismo: não funcionamento ou perda da glândula, ocorre a redução do cálcio no sangue, que é
essencial ao funcionamento muscular, o paciente apresenta espasmos musculares, cefaléia e ansiedade;
Hiperparatireoidismo: o excesso de produção do hormônio provoca excessiva retirada de cálcio dos ossos,
dentes, tornando-os fracos, em conseqüência podem ocorrer:
PÂNCREAS
É uma glândula situada no abdome, atrás do estômago, é considerada mista, porque têm uma porção exócrina, que
secreta enzimas digestivas, e uma porção endócrina, que produz o hormônio insulina, o qual é lançado diretamente no
sangue.
Essas células agrupam-se em pequenos núcleos - as ilhotas de Langerhans. As células alfa produzem o hormônio
glucagon; as células delta produzem o hormônio somatostatina. Ambos ainda em estudo. As células beta produzem o
hormônio insulina.
A insulina é liberada pelas células beta das ilhotas de Langerhans. logo após a ingestão de alimentos. É essencial
para o equilíbrio que deve ser mantido entre a produção e a utilização da glicose, favorece a entrada de glicose nas
células.
A falta de ação da insulina pode provocar a diabetes mellitus (aumento da taxa de glicose no sangue).
SUPRA-RENAIS
Situam-se sobre o pólo superior de cada rim, por isso recebem este nome. Cada uma pesa aproximadamente seis
gramas e é formada por duas regiões distintas: córtex e medula.
Córtex é a porção mais externa da glândula, secreta os hormônios adrenocorticais (esteróides corticais) é controlada
peio hormônio adrenocorticotrófico da hipófise. Os hormônios desta região são:
- Aldosterona que tem a função de regular os eletrólitos, sódio e potássio, aumenta a reabsorção de sódio pêlos
rins, absorção de água e eliminação de potássio.
- Cortisona ou Hidrocortisona que tem função anti-inflamatória, estimula a produção de açúcar, provoca retenção
de sódio e água e perda de potássio pêlos rins.
- Andrógenos são hormônios que provocam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos,
produzem pequena quantidade já que os testículos é que os produzem primariamente.
Medula é a porção mais interna da glândula e secreta os hormônios adrenalina e nor-adrenalina, que são
ativados pelas emoções do indivíduo: alegria, susto, medo...
-Adrenalina causa o aumento da pressão arterial, taquicardia, dilatação dos músculos dos brônquios, regula o
metabolismo dos açucares e sua deficiência causa o contrário.
-Nor-adrenalina tem ação semelhante à adrenalina.
Glândulas Sexuais
-Estrógeno: estimula a proliferação do endométrio, na puberdade estimula o aparecimento dos caracteres sexuais
femininos, atua no desenvolvimento dos órgãos reprodutores e mamas.
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SISTEMA SENSORIAL
Conceito
O sistema sensorial é formado por órgãos específicos que captam estímulos meio interno e externos para serem
encaminhados ao sistema nervoso. Estes órgãos que formam o sistema sensorial (órgãos do sentido), percebe como
imagem, cheiro, tato, som e gosto.
Divisão
O sistema sensorial é formado por cinco órgãos do sentido. São eles:
Visão: Audição:
Receptor externo: olhos; Receptor externo: ouvido;
Sistema de transmissão: fibras nervosas; Sistema de transmissão: fibras nervosas;
Receptor interno: cérebro. Receptor interno: cérebro.
Tato: Gustação:
Receptor externo: pele; Receptor externo: língua;
Sistema de transmissão: fibras nervosas; Sistema de transmissão: fibras nervosas;
Receptor interno: cérebro. Receptor interno: cérebro.
Olfação:
Receptor externo: mucosas das fossas nasais;
Sistema de transmissão: fibras nervosas;
Receptor interno: cérebro.
O sistema de transmissão e recepção interna é o mesmo para os cinco órgãos, diferindo apenas quanto ao receptor
externo: olhos, ouvido, pele, língua e nariz.
As fibras nervosas conduzem as impressões percebidas pelo receptor externo de cada sentido até o cérebro que as
identificam como sensações de frio, calor, pressão, gosto, cheiro, cor, tamanho, forma, etc.
Órgão da Visão
Os olhos são os órgãos da visão, ficam situados na face, em cavidades ósseas chamadas órbitas e têm forma de
esferas pouco achatadas.
A visão é o sentido que nos permite receber a luz, as cores, a forma e tamanhos dos objetos, bem como seus
movimentos.
Olho
O olho ou bulbo ocular apresenta três camadas:
Camada externa ou túnica fibrosa: é a mais externa e compreende a córnea e a esclerótica ou esclera;
Camada média ou túnica vascular: contém numerosos vasos sanguíneos e compreende três partes: coróide,
corpo ciliar e íris;
Camada interna: também chamada de retina e apresenta uma estrutura microscópica complexa para poder
captar os estímulos luminosos, o fundo do olho, que contém células especiais foto-receptoras, os cones e
bastonetes (estruturas sensitivas), a mácula (que é o ponto de maior acuidade visual) e o disco do nervo ótico,
que leva os estímulos até o cérebro.
Os olhos possuem ainda uma câmara anterior e outra posterior ocupadas pelo humor aquoso (líquido claro). O
restante do globo ocular é preenchido pelo humor vítreo (substância gelatinosa e transparente).
Anexos do Olho
Compreendem os anexos do olho: os elementos de proteção (pálpebras, cílios, supercílios ou sobrancelhas e
glândulas lacrimais) e os músculos motores extrínsecos do olho.
Elementos de Proteção
Pálpebras: apresenta em sua superfície interna uma membrana rósea, delgada - a conjuntiva. As pálpebras
superior e inferior evitam a entrada de objetos estranhos nos olhos, protegem os olhos contra o excesso de luz.
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Cílios: implantados na borda livre das pálpebras, protegem os olhos contra a penetração de poeira e também
contra o excesso de luz.
Supercílios ou sobrancelhas: impedem que o suor escorrendo pela fronte atinja os olhos.
Glândulas lacrimais: secretoras de lágrimas, situadas na porção superior, anterior temporal da órbita. A função da
lágrima é lubrificar e limpar os olhos, facilitando a movimentação das pálpebras e olhos, removendo a sujeira e
levando-a para o canto dos olhos.
As lágrimas são produzidas constantemente e drenadas para o nariz através do canal lacrimal.
Músculos Motores Extrínsecos do Olho
São seis músculos motores fixados na esclera que permitem a movimentação do olho em todas as direções, e o
músculo elevador da pálpebra superior que levanta a pálpebra.
Fisiologia da Visão
O olho funciona como uma máquina fotográfica que precisa de filme, lente e luz. O "filme" do olho é a retina
(camada interna do olho) que fixa a imagem do que vemos. A "lente" do olho é o cristalino.
A luz é importante também, a retina é excitada por raios luminosos, que atravessam os meios transparentes do olho
- córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítreo. Os raios luminosos levam a imagem até a retina, onde é fixada invertida
(de cabeça para baixo), o nervo óptico leva a imagem ao cérebro, onde é corrigida e interpretada.
Terminologia
Miopia - dificuldade de ver objetos que estão de longe, correção com lentes côncavas.
Hipermetropia - dificuldade de enxergar de perto, correção com lentes convexas.
Presbiopia - perda da capacidade do cristalino de acomodar-se, corrigido com lentes bifocais, parte superior para
longe e inferior para perto.
Astigmatismo - a imagem não é nítida, devido a deformação da córnea, correção com lentes cilíndricas.
Catarata - doença em que o cristalino fica turvo, dificultando a passagem dos raios luminosos. Pode causar
cegueira. Correção cirúrgica.
Conjuntivite - é uma inflamação da conjuntiva, ficando os olhos hiperemiados (vermelhos) e lacrimejantes. O
tratamento é feito com limpeza constante e antibióticos.
Órgãos da Audição
O pavilhão auditivo: é uma dobra cutânea em forma de concha sustentada por uma placa de cartilagem.
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O conduto auditivo ou meato acústico externo: é um canal de aproximadamente 3 cm, estende-se do pavilhão até
o tímpano. As paredes do conduto auditivo possuem pêlos, glândulas sebáceas e ceruminosas que um
mecanismo de proteção contra penetração de corpos estranhos. As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão e
vão pelo meato acústico até a membrana do tímpano, fazendo-a vibrar.
Mecanismo da Audição
Os movimentos da cabeça agitam a endolinfa, estimulando os receptores específicos que se localizam no vestíbulo
(sáculo e utrículo) e os canais semicirculares.
Os impulsos ai originados são levados ao cerebelo através do nervo vestibular.
A manutenção do equilíbrio e da postura do indivíduo é obtida através de informações recebidas do aparelho
vestibular (sáculo, utrículo, canais semicirculares, endolinfa e receptores sensoriais),dos órgãos da visão e dos receptores
localizados nos tendões e cápsulas articulares, produzem uma resposta muscular reflexa que mantém o equilíbrio.
O tato
Permite reconhecer a forma, a superfície, as dimensões e a temperatura dos objetos. O sentido do tato é
desenvolvido através das terminações nervosas livres, espalhadas por todo o corpo.
Através dos corpúsculos: receptores que definem as sensações de tato e pressão. São os corpúsculos de Meissner, Krausse,
Vater-Paccini e Ruflini.
O sentido do tato é exercido pela pele, que possui três camadas: epiderme, derme e hipoderme. Na derme e na hipoderme
existem receptores capazes de perceber os estímulos táteis e transmiti-los, através dos nervos, ao cérebro.
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Olfação
A olfação é a capacidade de perceber
e distinguir odores. O órgão receptor desse
sentido é a mucosa pituitária olfativa, que
reveste as partes mais profundas das fossas
nasais. Estas possuem em sua parte
superior células olfatórias capazes de
perceber odores.
Essas células transmitem informações
ao nervo olfativo, que as conduz ao cérebro
(através do nervo olfativo), onde serão
interpretadas como um odor.
Gustação
São quatro as sensações gustativas primárias: amargo, azedo, doce e salgado; porém o indivíduo pode perceber
vários sabores diferentes em decorrência da combinação das quatro sensações e da interligação com o sentido do olfato.
Os receptores gustativos distribuem-se pela língua na forma de papilas filiformes, fungiformes, folhadas e valadas.
Essas papilas colhem as impressões gustativas das
substâncias dissolvidas na saliva que são transportadas pelos
ramos dos nervos glossofaríngeo e facial até o cérebro.
Mecanismos da Gustação
2 – ácido ou azedo;
3 – amargo;
4 – salgado.
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