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15/04/2017 Análise comparativa de ascensão por corda: método mecânico ou manual

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Análise comparativa de ascensão por 
corda: método mecânico ou manual
Análisis comparativo de ascenso por cuerda: método mecánico o manual

Douglas Abrahão de Oliveira  
Acadêmicos em Educação Física
douglas_abrahao@hotmail.com
  Universidade Federal de Uberlândia
Fernando Teixeira dos Santos
(Brasil)
fernando@edf.ufu.br  
 
Resumo
          Ascensão por corda fixa é uma técnica utilizada a fim de o indivíduo ascender por uma corda presa a um determinado lugar (ancorada). Este recurso é
comumente utilizado em técnicas de resgate ou em atividades e esportes de aventura. Para tanto, sabendo que há duas principais técnicas de ascensão por corda fixa
(manual e mecânica), se torna relevante estudar a velocidade e esforço de subida entre cada uma das técnicas a fim de supor qual técnica se torna mais eficiente.
Neste sentido, foram escolhidos três sujeitos não familiarizados com as duas técnicas e, com o uso de um cronometro, foi medido a velocidade de subida e registrado a
frequência cardíaca através de um freqüencímetro; sendo o primeiro a fim de medir a velocidade de cada uma das técnicas; e o segundo a fim de medir o esforço.
Também foi realizada uma análise subjetiva, diante de relatos de sensações dos indivíduos submetidos à prática de ascensão em corda fixa. Segundo relato dos sujeitos
de pesquisa, o método manual possui maior facilidade de execução, pois o mecânico, embora mais eficiente, demanda certa técnica e maior familiarização a fim de
superar  possíveis  medos  ou  receios  com  o  uso  de  um  equipamento  desconhecido  por  parte  do  sujeito  não  familiarizado.  Portanto,  tem­se  como  resultado,  que  o
método  manual  deve  ser  o  primeiro  a  ser  ensinado,  tendo  em  vista  a  facilidade  de  aprendizado  por  indivíduos  não  familiarizados  em  contraposição  ao  método
mecânico, que apresenta maior demanda técnica. Porém, o segundo método após ser apreendido, influi em um menor gasto energético e maior velocidade de subida.
          Unitermos: Ascensão por corda, corda fixa.
 
  Resumen  
          El ascenso por cuerda fija es una técnica utilizada para subir a una persona por una cuerda atada a un lugar determinado (acoplado). Esta característica se
utiliza comúnmente en las técnicas de rescate o de actividades y deportes de aventura. Para ello, sabiendo que hay dos técnicas principales de ascenso por cuerda fija
(manual y mecánica), se hace relevante estudiar la velocidad y el esfuerzo de subida de cada una de las técnicas para averiguar cuál es la técnica se vuelve más
eficiente. En este sentido, fueron elegidos tres sujetos que no están familiarizados con ambas técnicas. Con el uso de un cronómetro, se midió la velocidad y se registró
el  aumento  del  ritmo  cardíaco  a  través  de  un  frecuencímetro;  siendo  el  primero  para  medir  la  velocidad  de  cada  técnica,  y  el  segundo  para  medir  el  esfuerzo.
También se realizó un análisis subjetivo, antes de los informes de los sentimientos de las personas sometidas a la práctica de la ascensión de cuerda fija. Según el
informe de los sujetos de investigación, el método manual posee mayor facilidad de implementación, ya que el mecánico, aunque es más eficiente, conlleva una técnica
más familiar para superar los miedos o preocupaciones con el uso de un dispositivo desconocido por el sujeto que no está familiarizado. Por lo tanto, tenemos como
resultado  que  el  método  manual  debe  ser  el  primero  que  debe  ser  enseñado,  en  vista  de  la  facilidad  de  aprendizaje  de  los  individuos  no  familiarizados,  en
comparación  con  el  método  mecánico,  que  presenta  una  mayor  exigencia  técnica.  Sin  embargo,  el  segundo  método  luego  de  ser  aprendido,  significa  un  menor
consumo de energía y mayor velocidad de ascenso.
          Palabras clave: Cuerda de subida. Cuerda fija.
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com

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1.     Introdução

    Esse artigo tem como tema a ascensão por corda fixa, técnica utilizada para ascender por uma corda presa a um
determinado  lugar  (ancorada).  Este  recurso  pode  serutilizado  em  atividades  onde  são  desempenhadas  técnicas
verticais, em atividades e esportes de aventura, bem como resgates e socorros de urgência.

    Diante disso, elucida­se o seguinte problema, a fim de ser respondido ao longo deste trabalho: A velocidade da
subida e o esforço exigido interferem na eficiência de duas técnicas de ascensão distintas: manual e mecânico?

    Justifica­se realizar tal análise, no sentido de poder comparar duas técnicas distintas, visto que cada uma delas tem
suas  particularidades,  que  dependem  da  familiarização  de  seu  uso.  Essas  técnicas  são  classificadas  como  manual  e
mecânica, que viriam de acordo com os aparelhos utilizados. Supõe­se que não necessariamente uma técnica é mais
eficiente que a outra, portanto, levantamos as seguintes hipóteses:

H0: A velocidade interfere na eficiência e eficácia.

H1: A velocidade não interfere na eficiência e eficácia.

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H2: O esforço interfere na eficiência e eficácia.

H3: O esforço não interfere na eficiência e eficácia.

    Para tanto, sugerimos, como método, autilização de sujeitos não familiarizados com as duas técnicas.Com o uso de
um cronometro foi medido a velocidade de subida e registrado a frequência cardíaca através de um freqüencímetro. O
primeiro, a fim de medir a velocidade de cada uma das técnicas; e o segundo, a fim de medir o esforço.

    Também será realizada uma análise subjetiva, diante de relatos de sensações dos indivíduos submetidos à prática
de ascensão em corda fixa.

    Portanto, foram escolhidos, de forma aleatória, três indivíduos para realizar esse trabalho, caracterizando assim um
estudo de caso.

2.     Ascensão por corda fixa

        Entende­se  por  técnicas  verticais,  habilidades  desempenhadas  nos  diversos  tipos  de  escala  (bouer,  artificial,  em
rocha  ou  gelo  ou  para  rapelar).  De  acordo  com  o  referencial  teórico  ou  a  escola  de  formação  do  escalador,  essa
técnica  pode  ser  dividida  em  duas  (ascensão  mecânica  ou  manual)  pressupondo  a  primeira,  a  utilização  de  um
aparelho chamado de Ascensor Mecânico, que prende o escalador à corda, e com o movimento de empuxo para cima
do aparelho faz com que desloque o escalador verticalmente; e a segunda,é realizada com utilização de nós blocantes
presos à corda e ao boldrié (cadeirinha) do escalador e a corda e sapatilha.

Figura 1. Ascensão Mecânica

Figura 2. Ascensão Manual

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3.     Coleta e análise de dados

3.1.     Escolha dos sujeitos

        Foram  selecionados  três  sujeitos  de  forma  aleatória,  tendo  como  requisito  principal  a  não
familiarização  com  as  técnicas  em  questão.  Entende­se  como  “não  familiarizado”  o  sujeito  que  nunca
realizou ascensão por corda no método manual e/ou mecânico.

        Após  selecionados,  os  sujeitos  tiveram  uma  breve  instrução  e  demonstração  visual  das  técnicas  a
serem realizadas, a fim de reproduzir as técnicas para pesquisa.

        Foi  observado  pelos  pesquisadores  durante  a  execução  do  teste,  o  movimento  realizado  pelos
praticantes,  a  fim  de  aperfeiçoar  a  execução,  baseado  no  método  proposto  por  OLIVEIRA  em  Análise
Qualitativa de Hay para: Ascensão por Corda Fixa – Método Manual (2010).
3.2.     Local de realização

    A coleta de dados foi realizada no Ginásio 4 da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal
de Uberlândia.

3.3.     Materiais utilizados na coleta de dados

        Foram  utilizados  para  a  coleta  de  dados  um  freqüencímetro  da  marca  Oregon  Scientific  e  um
cronometro da marca Casio.

    Para a realização das técnicas de ascensão, foi utilizado uma corda com diâmetro de 12mm, boldrié
da marca Kailahs de fita e fivela dupla e mosquetão assimétrico com trava da marca HMS.

        No  método  manual  foi  utilizado  cordelete  de  7mm,  com  nó  blocante  tipo  Machard,  e  no  método
mecânico  foi  utilizado  ascensor  de  punho  da  marca  Athon  e  anel  de  fita  conquista  de  60  cm
concomitantemente à estribo de cordelete de 7 mm com nó blocante tipo Machard.

3.4.     Coleta de dados

        Os  sujeitos  foram  submetidos  aos  testes  duas  vezes,  a  fim  de  tornar  mais  real  e  fidedigno  o
resultado, pois se verifica que em uma segunda experiência com as técnicas esta é realizada com mais
propriedade. Em cada método, foi cronometrado o tempo de subida e registrado a frequência cardíaca
inicial e final a fim de predizer o esforço e tempo empregado em cada uma das técnicas.

        Ao  termino  das  execuções  os  sujeitos  da  pesquisa  relataram  suas  experiências,  através  das
sensações de economia de energia e da facilidade de executar as técnicas.

    Por tanto além dos dados quantitativos consideramos em nossa análise as experiências subjetivas dos
indivíduos através do relato de suas sensações.

4.     Resultados encontrados e discussões

        A  partir  da  análise  dos  resultados,pode­se  afirmar  que  ambas  as  técnicas  exigem  habilidades  especificas  do
método, visto que houve uma diminuição significativa do tempo de execução em todos os indivíduos na repetição do
movimento, conforme Tabela 1.

Tabela 1. Freqüência cardíaca coletada

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    Segundo relatado pelos praticantes, o método manual possui maior facilidade de execução, transmitindo também
maior segurança ao individuo enquanto o método mecânico exige maior demanda técnica, e transmite a sensação de
insegurança devido à lida com o material desconhecido. (OLIVEIRA, 2010)

        Não  foi  possível  predizer  o  esforço  através  da  frequência  cardíaca,  pois  em  ambos  os  métodos  estas  se
aproximaram,  o  que  pode  ser  explicado  pela  altura  de  subida  exigida  dos  sujeitos  (4  metros),  que  em  situações  de
subidas de maiores alturas, provavelmente iriam sentir menor desgaste físico, devido à facilidade com que o aparelho
desloca pela corda, (enquanto o nó trava na corda), evitando também as queimaduras nas mãos devido ao atrito com
a corda. (OLIVEIRA, 2010)

        Durante  todo  o  teste,  a  frequência  cardíaca  dos  sujeitos  esteve  elevada  devido  à  tensão  pré­teste  e  o  desgaste
físico pelo esforço da realização dos métodos, como pode ser observado na Tabela 1 na realização do teste dois.

        Um  dos  sujeitos  relatou  que  sua  alteração  da  frequência  cardíaca  foi  desencadeada  pelo  medo  e  num  segundo
momento pelo esforço.

        Sendo  assim,  corrobora  a  hipótese  do  trabalho  de  que  o  método  manual  exige  menor  demanda  técnica,  porém
maior  esforço  físico,  que  não  necessariamente  resultado  em  um  menor  tempo  de  subida,  pois  agregado  a  estes
fatores  se  encontram  aspectos,  como:  altura  de  subida,  técnica  de  realização  do  movimento,  força  e  peso  do
individuo, envergadura, flexibilidade dentre outras. (OLIVEIRA, 2010)

    Outro aspecto observado no método manual é a diminuição da frequência e aumentando da amplitude, ao contrario
do método mecânico.

5.     Conclusão

    Sendo assim, podemos concluir que este trabalho se apresenta relevante, pois a literatura cientifica sobre a área de
aventura e principalmente de Técnicas Verticais se apresenta escassa, sendo encontrados apenas estudos referentes
a análises antropométricas ou meramente técnicas que não exemplificam de forma acadêmica e científica os aspectos
engajados nestas modalidades.

        Outro  ponto  que  deve  ser  levado  em  consideração  na  análise  é  a  forma  correta  de  execução  do  ato  motor
“ascensão em corda”, tendo em vista que há outras tantas variáveis necessárias na validação da técnica mais eficiente
e eficaz, apresentados conforme fluxograma:

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Fluxograma 1. Análise qualitativa Modelo Hay (OLIVEIRA, 2010)

    Portanto podemos concluir a partir das hipóteses; que a velocidade interfere na eficiência e eficácia, tendo em vista
que maior velocidade de subida pode imprimir um maior ritmo de subida e ao término da tarefa primeiro, entretanto a
execução de forma mais rápida leva ao desgaste antecipado.

    Hipóteses:

H0: A velocidade interfere na eficiência e eficácia.

H1: A velocidade não interfere na eficiência e eficácia.

H2: O esforço interfere na eficiência e eficácia.

H3: O esforço não interfere na eficiência e eficácia.

    Desmistificando a hipótese H1, pois se sabe que a velocidade interfere diretamente na eficiência e eficácia, apesar
de poder proporcionar maior desgaste.

    O esforço interfere diretamente nas duas variáveis (Eficácia e Eficiência), pois quanto mais cansado o indivíduo se
apresenta, menor será seu tempo de subida. Desmistificando também a hipótese H3, de que o tempo não interfere na
subida. (Conforme Tabela 1)

    Ainda podemos concluir que o método manual deve ser o primeiro a ser ensinado, tendo em vista a facilidade de
aprendizado por indivíduos não familiarizados em contra posição ao método mecânico, que apresenta maior demanda
técnica.

    Mas que com o aprendizado do primeiro método o segundo deve ser apreendido, pois influi em um menor gasto
energético e maior velocidade de subida.

    Deve ser ressaltado que os praticantes devem saber aplicar os dois métodos, a fim de evitar falhas e imprevistos.

Referências

http://www.efdeportes.com/efd159/analise­comparativa­de­ascensao­por­corda.htm 5/6
15/04/2017 Análise comparativa de ascensão por corda: método mecânico ou manual

Ascensão  por  corda  fixa.  Disponível  em:  http://www.marski.org/component/content/article/32­tecnicas/224­


ascensao­por­corda­fixa, acessado em 02/04/2011.

BECK, Sérgio.  Com unhas e dentes. São Paulo, copyrigth. 1995.
DAFLON, Cintia e Flávio.  Escale Melhor e Com Mais Segurança. Rio de Janeiro, C.A.A. 2007.
HAY, J. & REID, J.  As bases anatômicas e mecânicas do movimento humano. Rio de Janeiro. Prentice Hall do
Brasil, 1985.

OLIVEIRA,  D.  A.  Análise  qualitativa  de  Hay  para:  ascensão  por  corda  fixa.  Método  manual. Anais  do  I
Congresso  Científico  Internacional  de  Educação  Física,  Esporte,  Saúde  e  Educação  do  Triangulo  Mineiro.
Uberaba. 2010. pág. 151­156.

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