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SÁEZ, Oscar Calavia. Por uma antropologia minimalista.

Revista Antropologia em primeira mão programa de Pós-


Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Santa Catarina: 2009

Antropologia em primeira mão / Programa de Pós Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis: UFSC / Programa de Pós Graduação em Antropologia Social, 2009 - v. 112 ; 22cm

Aula Inaugural oferecida à “Primera Cohorte” do Doctorado em Ciencias Sociales da Universidade de Antioquia, em
Medellín (Colômbia) em 31 de agosto de 2009

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Resumo
antropologia tem aspirado desde o seu inicio a um estatuto epistemológico de ciência e a uma relevância política. Mas
essas ambições têm sido submetidas a dura critica
métodos operativos, técnicas de pesquisa, ferramentas conceituais
Brevíssima história das ambições da antropologia
Surgimento do conceito: antropologia é um estudo do outro que nasceu numa época de descoberta, expansão e da
conquista de territórios pelas potências europeias.
Natureza: Estudo humanista e diletante. Seus praticantes costumam ser profissionais de outras áreas, interessados no
contraste, na variabilidade da condição humana, na reflexão sobre a diferença
Método: coleta de dados (descreve, relata, compara) a partir de pesquisa de campo, observação participante,

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empirismo
Objetivos da disciplina: refletir-se no espelho do outro
Malinowski chamava sua atividade de etnologia e não antropologia. Levi-Strauss também se definia como etnólogo
Marcel Mauss cunhou o termo etnografia como sendo uma pesquisa empírica e descrição dos seus resultados,
etnologia como uma primeira elaboração heurística dos resultados de tipo histórico e comparativo, antropologia
desenvolvimento de um arcabouço teórico, conceitos, enunciados, generalizações e leis científicas. Entretanto a
antropologia atual desacreditou dessa hierarquia
Na época da criação do sistema de Mauss, o termo antropologia era dado a uma disciplina de caráter biologicista e de
feições racistas

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No Brasil, a antropologia é fundada com uma tarefa política de levantar a república através de meios intelectuais e
técnicos
a Antropologia da época de Nina Rodrigues pretende ser um saber prático, engajado, aplicado, implicado, proativo
Os arautos da antropologia são uníssonos em dizer que é necessário de deixar de pensar o mundo para mudar o mundo
(quer pelo higienismo, quer pela revolução)
A antropologia atual tem se livrado nas suas histórias desse momento ancestral, e costumam entendê-lo como uma
espécie de aberração inicial da disciplina
Antropólogos tinham lugar obrigatório nos cursos de medicina, educação física, serviço social e odontologia

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A antropologia tinha um papel de agente científico na construção nacional
No Brasil, os antropólogos são ativos e pioneiros na implementação de políticas de igualdade de gêneros ou raça,
direitos de minorias ou povos indígenas, a um regime multicultural
Trocou seu biologismo (afirmação de uma natureza humana estável e qualificável), por um credo multicultural e uma
metafísica do sujeito
Os índios dos etnólogos foram progressivamente integrados na sociedade nacional

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Franz Boas debelador do biologismo raso
Antropologia clássica – reúne funcionalistas britânicos, culturalistas americanos e neokantianos franceses
Pequenos fatos capazes de arruinar grandes teorias
Resultados de análises semióticas são surpreendentes a princípio, depois tornam-se repetitivos e vazios
Tais propostas deixam de interessar após um período de auge
Em 80 Dan Sperber propunha diferenciar antropologia e etnografia

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A antropologia no Brasil está cada vez mais parecida com a etnografia
A medicina está nas ciências naturais e não nas humanas.

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Não devemos ser demasiado previsíveis pela nossa própria segurança
A interpretação das culturas
Clifford Geertz: a antropologia deveria ser avaliada pela sutileza de suas distinções e não pela abrangência de suas
sínteses
Antropologia é interpretação, um saber posterior, não quer prever nada
Evans-Pritchard – A antropologia como ciência natural nas sociedades era um falso projeto – a antropologia deveria se
assemelhar com a história

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Antropologia – um saber sobre o outro e disciplina capaz de intervir positivamente no mundo – processo de
descolonização
Nesses novos estados surgiam ideologias nacionalistas (proclamando diferenças e peculiaridades), enfrentadas ao
velho discurso colonial, mas ao mesmo tempo tendiam a integrar suas populações na nova ordem mundial
Interpretantismo que Geertz erige como direção para a antropologia é a epistemologia para o multiculturalismo
Radicalização do interpretativismo pelos seus discípulos pós-modernos no Seminário de Santa Fé
Incômodo: 1- a antropologia é carente de ambição; 2- ou lhe falta rigor científico.
Não se sabe se os descontentes queriam retornar aos princípios positivistas com o desejo de fazer ciência com
maiúscula ou se eram inovadores com outras concepções
O paradigma interpretativista triunfou e se tornou hegemônico na antropologia

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Nem a antropologia interpretativista carecia de ambições, nem inaugurava uma época em que podia valer tudo
Algumas das ambições: discutir temáticas complexas como a globalização, o papel das minorias, a indigenização da
modernidade, a falência dos grandes relatos, a fragmentação do sujeito,
A antropologia assumia sua autoridade de oráculo de questões humanas e sociais
A antropologia teve apenas uma mera aparência de anarquista. Descartou a autoridade de um método científico mas
não fez postulados a toa como alguns postularam. Criou sua lógica própria, criando duas leis de mais valor geral: 1-
consenso moral mais diversificado e sensível - atenta para os significados que seus trabalhos assumem para uma rede
de agentes cada vez mais presentes e ativos; 2- da estrutura acadêmica – formação a níveis de pós-graduação da tal
disciplina indisciplinada – uma antropologia mais engajada com seus sujeitos – Não mais pretendia se reduzir à
previsibilidade os seus sujeitos.

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Perguntas que inquietam a antropologia interpretativa:
Precisamos de uma antropologia que interprete? Que diga o que os nativos querem dizer; ou que os traduza?
Os fatos não falam por si sós.. menos ainda quando eles são inesistentes
O antropólogo seria um tradutor, mas raramente cumprem esse papel. Em boa parte, suas atividades se fundam na
colaboração com os nativos, que transmitem sua cultura para o antropólogo. O próprio nativo é um tradutor que
estabelece todo tipo de pontes entre as culturas
Até os trabalhos acadêmicos precisam ser interpretados por seu léxico muito distantes da linguagem comum

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espera-se que o antropólogo interprete, que expresse cientificamente dados sobre a violência, direitos, diversidades,
autenticidades. Espera-se que a sua mensagem seja condizente com as expectativas legítimas dos nativos
O tradutor cultural assume o papel de diplomata
O pior inconveniente da antropologia como interpretação reside no fato de parecer que o público não está interessado
no que os outros dizem, fazem ou pensam, mas sim em ouvir algum discurso vago, esperançoso e conciliador
Interpretatividade da antropologia se restringe ao âmbito simbólico da cultura
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Ambições minimalistas
O que a antropologia tem pra oferecer?
Uma contribuição ambiciosa e minimalista – inclui conhecimento objetivo, passível de debate e não apenas de opiniões
Uso consequente da etnografia
O trabalho etnográfico de campo é diferente do laboratório
No laboratório o pesquisador está no controle
No trabalho de campo etnográfico, o ambiente controla e manipula o investigador, que chega ao campo com perguntas
vagas e sejam constantemente reformuladas. Uma ciência cujo o objeto se define apenas no final da pesquisa, uma
ciência cujo objetivo está em descobrir ou inventar objetos
Descobrir porque o objeto já está ali
Inventar porque só se define no diálogo entre o pesquisador e o nativo
Objetos porque ultrapassa o simples diálogo e se torna uma abstração, uma articulação de interpretação e prática que
acontece... seu raio de ação ultrapassa os limites do discurso teórico
Pesquisas etnográficas razoavelmente desorientadas, onde o pesquisador não sabia bem o que procurava e reagia
como podia aos estímulos do campo... e isto se tornam elementos de descrição do mundo
As pesquisas contribuem para modificar a vida e o próprio objeto

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As ciências humanas não tem a pretensão de criar um quadro teórico que faça a vida humana algo mais previsível,
porque além de ser impossível, não lhes interessa
O que interessa é uma ciência aberta à imprevisibilidade, contínua produção de novos fatos
A antropologia insere na reflexão humana a consciência de uma diversidade de direito e de fato

Antropologia descobre novos objetos que operam transformações mútuas... tanto do nativo quanto do estudioso
Os objetos são descobertos no campo... O sentido da pesquisa vem no final
Diálogo intercultural
Malinowski vai morar com os nativos... o antropólogo como tradutor... o índio sem nome...
O nativo não é mais mero objeto... mas é hoje parceiro da pesquisa
O antropólogo se vê no espelho do outro

Reagregando o Social

A TERCEIRA ONDA – foco na etnografia... estudo de campo... totalmente diferente dos estudos de laboratório
Descobrir ou inventar objetos que é fruto do diálogo com as partes

Pensamento selvagem
Cultura é um objeto criado pelo antropólogo que é utilizado pelos nativos por uma apropriação

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