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Leitura complementar

Por que ética?


"Por que ética? Eo que é a ética? Não poderemos nos quase nem o pode fazer sem contrapor-lhe um outro con-
contentar com uma representação qualquer ou indeter- ceito de justiça. Em verdade as relações de poder de fato
minada. Da mesma forma, pressupondo uma pré-com- são determinantes, mas é digno de nota que elas neces-
preensão completamente indeterminada, desde o início sitem do revestimento moral.
podemos nos perguntar: porque afinal devemos nos ocu- Por fim , existe uma série de discussões políticas re la-
par com a ética? Na filosofia, mas também nos curricula tivas aos direitos de grupos particu lares ou margina li-
das esco las, a ética parece ser um fenômeno da moda. zados, as quais devem ser vistas como questões pura-
Entre os jovens intelectuais, antigamente havia interesse mente morais: a questão acerca de uma lei de imigração
mais pelas assim chamadas teorias críticas da sociedade. limitada ou ilimitada, a questão do asilo, os direitos dos
Ao contrário disto, na ética supõe-se uma reflexão sobre estrangeiros, a questão sobre se e em que medida nos
valores reduzida ao individual e ao inter-humano. E deve ser permitida ou proibida a eutanásia e o aborto;
teme-se que aqui contudo não seria possível encontrar os direitos dos deficientes; a questão de se também
nada de obrigatório, a não ser remontando-se a tradi- temos obrigações morais perante os an imais, e quais.
ções cristãs ou de outras religiões. Éo ético, ou então, ao Acrescentam-se aqui as questões da ecologia e da nossa
contrário, as relações de poder, que são determinantes na responsabilidade moral para com as gerações que nos
vida socia l? Eestas não determinam, por sua vez, as repre- sucederão. Uma nova dimensão moralmente desconcer-
sentações éticas de um tempo? E se isto é assim, ao se tante é a da tecnologia genética.
pretender lidar diretamente com a ética e não a partir de O complexo de questões acima mencionado diz res-
uma perspectiva de crítica da ideologia , não representaria peito a estados de coisas que em parte são novos (por
isto um retorno a uma ingenuidade hoje insustentável? exemplo, a tecnologia genética), e em parte alcançaram,
Por outro lado, não podemos desconsiderar que, através do avanço tecnológico, um luga r de destaque até
tanto no âmbito das relações humanas quanto no polí- agora não existente (por exemplo, a responsabilidade para
tico, constantemente julgamos de forma moral. No que com as gerações futuras, e algumas questões da eutanásia).
diz respeito às relações humanas, basta observar que um Outras questões já estavam desde antigamente presentes,
grande espaço nas discussões entre amigos, na família mas encontram-se fortemente colocadas na consciência
ou no traba lho abrange aqueles sentimentos que pres- geral -e podemos nos perguntar por quê: por exemplo,
supõem juízos mora is: rancor e indignação, sentimentos problemas das minorias, aborto, animais. Não se encontra
de culpa e de vergonha. Também no domínio político aqui pelo menos uma das razões pelas quais a ética nova-
julga-se mora lmente de forma contínua , e valeria a pena mente é tomada de forma importante? A maioria das éti-
considerar que aparência teria uma disputa política não cas antigas - por exemplo, as kantianas - tinham em vista
conduzida pelo menos por categorias morais. O lugar de apenas aquelas normas que desempenhavam um papel
destaque que os conceitos de democracia e de direitos na vida intersubjetiva de adultos contemporâneos e situa-
humanos assumiram nas discussões po líticas atuais tam- dos em uma proximidade espaço-tempora l; e de repende
bém é, mesmo que não exclusivamente, de caráter moral. sentimo-nos desorientados em confronto com os proble-
A discussão sobre a justiça social , seja em âmbito nacio- mas do aborto, da pobreza do mundo, das próximas gera-
nal ou mund ial, é também uma discussão moral. Quem ções ou da tecnologia genética."
rejeita a reivindicação de um certo conceito de justiça, TUGENDHAT, Ernst. Liçõessobreética. Petrópolis: Vozes, 1996. p.11 -13.

>Questões
D O autor refere-se ao grande espaço reservado aos temas éticos nas discussões Curricula. Te rmo
com nossos amigos. Você poderia fazer uma lista desses temas? Em seguida, latino para currículos
(no plural).
escolha um deles e posicione-se.
fJ O sentimento de indignação ou de vergonha indica que participamos de uma
comunidade moral. Dê um exemplo e explique por quê.
IJ Qual é a relação entre política e ética? A partir dessa relação, destaque a questão
da justiça como um dos temas centrais da ética.

Leitura complementar Unidade 4


?Revendo o capitulo
D O que significa dizer que "a não indiferença é a
essência do valer"?
IJ Explique esta afirmação: O ser humano, diferen-
temente do animal, é capaz de produzir inter-
dições.
11 Por que não é contraditório afirmar que a moral
autêntica supõe a aceitação livre das normas, ao A Mona Lisa
(século XVI),
mesmo tempo que a moral tem um caráter histó- de Leona rdo
rico e social? da Vinci, é um
quadro que,
IJ Como explicar que na moral convivem polos opos- além do valor
tos como o dever (a obrigação) e a liberdade? monetário, é
um símbolo

?Aplicando os conceitos da cultura


renascentista.

11 Mesmo considerando a tolerância um valor


II!J "Cada um desses homens [Abraham Lincoln,
máximo da convivência humana, qual é a dificul-
dade em aceitar a moral de grupos como Máfia, Mahatma Gandhi e Martin Luther King] sentia
Klu-Klux-Klan ou neonazistas? muito profundamente que o âmago da moralidade
(e o âmago da sociedade) era o igual respeito pela
11 Durante a ditadura militar no Brasil, vários filmes dignidade humana. Cada um deles foi capaz de
foram censurados por serem considerados atenta-
mostrar o respeito mútuo pressuposto pelo ponto
tórios à moral (como o último tango em Paris, de
de vista moral, reconhecendo a exigência moral de
Bernardo Bertolucci), ou à religião (como ]e vaus
se engajar em diálogo com aqueles que discorda-
salue Marie, de Jean-Luc Godard). Discuta a ques-
vam profundamente deles. Foram essas caracterís-
tão da relação entre moral e estética.
ticas que os tornaram não apenas grandes visio-
D Timoty McVeigh foi um terrorista que matou 168 nários morais, mas também grandes educadores
pessoas em um atentado a bomba em Oklahoma morais." (Kohlberg, Boyd e Levine. "O retorno do
City (1995). Foi executado seis anos depois com estágio 6: seu principio e o ponto de vista moral".
injeção letal. Pouco antes de morrer, recitou o Em: Angela M. Brasil Biaggio. Lawrence I<ohlberg:
poema Invictus (o que não foi vencido), do inglês ética e educação moral. São Paulo: Moderna, 2002.
William Emest Henley, e que termina assim: "Eu
p. 128.)
sou o mestre do meu destino e o comandante da
minha alma". Comente essa declaração a partir do Considerando a citação, atenda às questões:
conceito de moral. a) O que é, do ponto de vista moral, respeitar os
11 Explique por que não há moral do desejo, uma vez outros? Em que sentido o respeito não se con-
que só é moral o ato voluntário. funde com submissão e temor?

IJ Imaginemos um museu onde se encontra exposta, b) Como Lincoln, Gandhi e Luther King expressa-
ram de fato o respeito pela dignidade humana,
por empréstimo, a famosa pintura Mona Lisa, e um
incêndio se propaga rapidamente no local. O dire- inclusive aos que deles discordavam?
tor do museu entra no recinto disposto a resgatar c) Em que sentido Kohlberg se refere a eles como
a tela e depara-se com um funcionário desacor- educadores?
dado por causa da fumaça. Só há tempo para uma
escolha: salvar o quadro ou o funcionário. Com a ?Dissertação
metáfora da bússola e da balança, explique o que
ocorre caso o diretor prefira salvar o funcionário
ou escolha resgatar o quadro. E se você fosse o
m (UFMG) "Tudo compreender é tudo desculpar?"
Redija um texto, posicionando-se em relação a
diretor, o que teria feito? essa indagação.

Atividades Capítulo 17

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