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ANDREA GIL - 4.500 KM DE PALAVRAS EM PORTUGUÊS
Língua Portuguesa
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ANDREA GIL - 4.500 KM DE PALAVRAS EM PORTUGUÊS
Índice
Introdução ____________________________________________ 4
1. Notas prévias ________________________________________ 5
1.1. Noção de Língua materna, Língua Segunda e Língua
Estrangeira. _____________________________________________ 5
1.2. Um percurso pela História da Didáctica das Línguas
Estrangeiras _____________________________________________ 6
2. Planificar um curso de Português para estrangeiros _______ 7
2.1. Caracterização dos destinatários______________________ 7
2.2. Metodologia a utilizar_______________________________ 8
2.3. Planificação de um curso de PLS _______________________ 11
2.3.1. Planificação geral ______________________________________ 12
2.3.2. Planificação de temáticas e conteúdos _______________________ 13
Conclusão ____________________________________________ 16
Bibliografia __________________________________________ 17
Anexos ______________________________________________ 18
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isso, de estranhar que o Português seja uma das línguas mais uma distinção entre os termos «Língua Materna», «Língua Segunda»
País tradicionalmente de partida, Portugal tem-se tornado, O termo «Língua Materna» refere-se, geralmente, à primeira
nos últimos anos, um país de acolhimento, não só para aqueles que, língua que adquirimos, aquela que falamos automaticamente, é a
tendo emigrado, regressam definitivamente às suas origens, mas língua como forma de construção da pessoa e de comunicação
quotidiana do indivíduo 2. Gee (1991) utiliza a expressão “discurso
também para comunidades de imigrantes provenientes sobretudo
de países africanos e da Europa de Leste. primário” para designar a língua materna, em virtude de o processo
Estes movimentos migratórios provocam problemas de de aquisição ter lugar dentro do grupo de socialização primário,
«Língua Segunda” é uma língua oficial, que muitas vezes é Apresentamos em seguida uma breve explicitação das que
adquirida através de imersão, isto é, aprendida no espaço em que é alcançaram maior destaque:
falada, e é também um veículo de escolarização 4. O uso da «língua Abordagem da gramática e da tradução: privilegia a
segunda» ultrapassa em muito o contexto de sala de aula, sendo memorização de palavras e de regras gramaticais, em
usada dentro de um território em que é reconhecida como oficial. detrimento da oralidade; a língua materna é o veículo
Por fim, quando falamos em «Língua Estrangeira», referimo- exclusivo do ensino da língua estrangeira.
nos a uma língua que é aprendida no espaço de uma aula de língua, Abordagem directa: dá ênfase à oralidade, sendo a
numa situação formal, tratando-se de um processo que se vai repetição o exercício mais usado; o uso da língua materna
desenvolvendo em várias fases e, fisicamente, distante do lugar onde é estritamente proibido.
tem reconhecimento oficial. Abordagem para a leitura: orienta o ensino das línguas
Saber distinguir estes termos parece-nos fundamental, na para a compreensão da leitura, considerando-se
medida em que planificar um curso de Português para Estrangeiros fundamental o conhecimento do vocabulário, mas relega
tem naturalmente de partir da definição de objectivos e estes só para segundo plano a comunicação oral.
podem ser estabelecidos em função de se tratar de um curso de Abordagem audiolingual: a tónica é colocada na língua
“Português Língua Segunda” ou “Português Língua Estrangeira”. oral e uma pronúncia correcta torna-se substancial, daí
que as competências “ouvir” e “falar” sejam treinadas
muito antes de “ler” e “escrever”; a forma tem primazia
1.2. Um percurso pela História da Didáctica das Línguas
sobre o significado e o uso da língua materna é permitido.
Estrangeiras
Abordagem comunicativa: dirige toda a atenção para a
competência comunicativa e, portanto, além de ensinar
Ao longo dos tempos, a história do ensino das línguas estruturas linguísticas e vocabulário, abrange o ser capaz
estrangeiras tem passado pela aplicação de diferentes abordagens. de utilizar a língua num determinado contexto.
4
MATEUS, Maria Helena Mira (2002). Op. Cit.
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Em geral, o surgimento das várias abordagens está 2. Planificar um curso de Português para
relacionado com a tomada de consciência de uma certa insuficiência estrangeiros
ou ineficácia no ensino das línguas estrangeiras. Assim, a tendência
da nova abordagem era, na esperança de se atingir a perfeição, 2.1. Caracterização dos destinatários
contrapor a anterior e assim sucessivamente.
O curso de Português Língua Não Materna, que a seguir
Na verdade, processo ensino/aprendizagem de uma língua
estrangeira envolve factores de natureza variada – relacionados com iremos apresentar, foi pensado para um grupo de crianças russas,
filhas de pais imigrantes.
o professor, com o aluno, com a língua materna do aluno e com a
A faixa etária destes alunos situa-se entre os doze e os quinze
língua estrangeira que se aprende – pelo que o sucesso a alcançar
anos de idade e todos eles estão a frequentar escolas oficiais do
nunca poderá depender única e exclusivamente da escolha de uma
metodologia. O ideal seria uma gestão equilibrada das várias Ensino Básico.
Durante o período de estadia em Portugal, estas crianças
abordagens, já que, como vimos, é fácil nelas identificarmos
russas tiveram contacto com a Língua Portuguesa e, portanto,
vantagens e desvantagens. Nas palavras de Vilson J. Leffa:
integraram já certos elementos do seu modo de funcionamento,
(…) nem a aceitação incondicional de tudo o que é novo embora de forma inconsciente. A realização de um teste diagnóstico
nem a adesão inarredável de uma verdade que, no fundo,
não é de ninguém. Nenhuma abordagem contém toda a e de uma entrevista oral, que seguiu os descritores da escala analítica
verdade e ninguém sabe tanto que não possa evoluir.5
do Quadro 36 do QECR, mostraram que os aprendentes se situavam
no Nível Comum de Referência A2.
Tão essencial como situar os aprendentes num Nível Comum
de Referência, para iniciarmos a nossa planificação de Ensino do
Português Língua Não Materna, é ainda fundamental termos em
5
LEFFA, Vilson J. (1988). “Metodologia do ensino de línguas”, in BOHN, H. I.;
6
VANDRESEN, P. Tópicos em linguística aplicada: O ensino de línguas Ministério da Educação/GAERI (2001). Quadro Europeu Comum de Referência
estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC. P. 230 para as Línguas. Porto: Edições Asa. Pp. 56 a 58.
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vista o facto de se tratar de um Curso de Português Língua Segunda concentração e mesmo a uma não adesão às regras da
sala de aula7.
e não Língua Estrangeira, pois a definição de objectivos está em
muito relacionada com esta distinção. Em relação à metodologia a utilizar, adoptaremos a
No final deste curso, com a duração de 42 horas, os Abordagem Comunicativa, que tem como objectivo levar os alunos a
aprendentes deverão ter atingido o Nível Comum de Referência B1. utilizar a Língua Segunda de forma comunicativa, isto é, para além
de ensinar estruturas linguísticas e vocabulário, pretende-se levar os
aprendentes a utilizar a língua portuguesa num determinado
2.2. Metodologia a utilizar
contexto, ou seja, dotá-los de uma competência comunicativa:
conhecimento das estruturas gramaticais da linguagem oral e a
Antes de planificarmos um Curso de Português Língua Não
capacidade de as usar adequadamente 8.
Materna, devemos definir os objectivos a atingir, ou seja, ter uma
Isto implica o treino de competências linguísticas, de
ideia do que se pretende conseguir, e traçar os procedimentos e
competências sócio-linguísticas e de competências pragmáticas.
estratégias necessários para isso.
A motivação e os interesses dos alunos também serão tidos
No caso deste Curso de Português Língua Segunda, os
em conta na planificação, levando-os a realizar tarefas que
objectivos gerais têm de ser definidos tendo em conta a necessidade
proporcionem a utilização real da língua que estão a aprender e
pragmática que estes alunos sentem de aprender a língua do país em
preparando materiais adequados e relacionados com as suas áreas de
que se encontram e, portanto, a de escolarização, já que não
interesse.
possuindo um domínio da língua, torna-se quase impossível o
acompanhamento de todas as aulas:
Assim, tendo em conta os quatro domínios indicados pelo pois, tendo uma função lúdica, constituem uma fonte de
QECR9, a estes alunos poderá interessar o desenvolvimento de vocabulário, de gramática e até de aspectos culturais.
competências em todos eles, mas sobretudo nos domínios “Público”,
“Privado” e “Educativo”. c) Simulação de situações reais: preparam os alunos para lidar
Vejamos então algumas estratégias que teremos em conta na com a dimensão imprevisível da comunicação. Estas
elaboração de materiais e na planificação propriamente dita: simulações, e mesmo o contacto com textos de vários níveis de
dificuldade linguística, constituem um verdadeiro ensaio das
a) Utilização de materiais autênticos: constituem uma situações que poderão viver fora da sala de aula, pelo que é
oportunidade para os alunos desenvolverem estratégias de desejável que se realizem tarefas com interesse e ligadas às
compreensão da língua, tal como esta é utilizada pelos falantes necessidades dos alunos, para que, desta forma, adquiram a
nativos. Assim, a elaboração de materiais deve ter em conta capacidade de usar a língua portuguesa em situação real e em
tudo a que o falante está exposto diariamente, por exemplo, contextos diversificados, pois, como refere Luiz António
jornais, horários de transportes, formulários, instruções, Marcuschi:
ementas de restaurante, etc.
o entendimento mútuo é possível não porque o sistema
linguístico sustenta a significação, mas porque
b) Criação de materiais adequados: estimulam o interesse e a identificamos condições de interpretação como parte das
nossas próprias práticas sociais10.
motivação do aluno, desde que sejam criados partindo de um
universo que já conhecem ou de temas do seu agrado, Isto porque, segundo o QECR, quando o aprendente realiza
activando os seus conhecimentos prévios. Por exemplo, podem uma tarefa comunicativa, apoia-se, não só na competência de
dar-se textos sobre assuntos da actualidade ou sobre figuras realização, mas também nas competências comunicativas em língua
públicas. Um outro exemplo é o uso de canções portuguesas, (conhecimento linguístico, sociolinguístico e pragmático).
10
MARCUSCHI, Luiz António (1998). “A língua falada e o ensino do português”,
9
Ministério da Educação/GAERI (2001). Quadro Europeu Comum de Referência in Neusa Barbosa Bastos (org.), Língua portuguesa. História, perspectivas,
para as Línguas. Porto: Edições Asa. P. 76 ensino. São Paulo: EDUC. P. 104.
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e) Uso da língua materna: pode funcionar como uma forma de fundamental que os alunos percebam que o erro faz parte do
processo de aprendizagem da nova língua. Cabe depois ao
regular o funcionamento da aula de língua segunda, na medida
professor adoptar estratégias de correcção do erro, como por
em que serve para esclarecer problemas de vocabulário, para
exemplo, incentivar a autocorrecção na oralidade, dando tempo
dar explicações gramaticais e mesmo como forma de estimular
ao aluno para se autocorrigir, e na escrita, assinalando as
a relação pedagógica e incentivar os alunos. Deve adoptar-se
palavras com erros e pedir ao aluno que as corrija; ou criar
uma visão de igualdade entre a língua materna e a língua
tarefas que possam contribuir para a superação de
segunda.
determinados erros, nomeadamente a apresentação de
11
SILVA, Maria do Carmo Pereira de Campos Vieira da (2003).Op. Cit. P. 84
10
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exercícios orais e escritos em que a estrutura correcta se 2.3. Planificação de um curso de PLS
repete em diferentes contextos 12.
A planificação que se segue foi elaborada tendo em conta as
h) Activar conhecimentos: qualquer planificação deve ter em estratégias que apresentámos no ponto anterior e baseia-se nas
conta os conhecimentos que o aluno já possui, de forma a partir orientações dadas pelo QECR, que se revelou um utensílio
do conhecido para o desconhecido. Esta estratégia mobiliza indispensável, tanto na definição dos objectivos a atingir, como na
para a aprendizagem, na medida em que activa saberes já descrição dos conteúdos propriamente ditos.
adquiridos. Também os textos a abordar em aula devem ser Em primeiro lugar (2.3.1.), apresentaremos uma planificação
escolhidos de forma a activar conhecimentos prévios, que geral, que define os objectivos gerais a atingir e apresenta os
permitem fazer as inferências necessárias à compreensão de conteúdos a abordar. Em seguida (2.3.2), será exibida a planificação
um texto. Assim, uma estratégia a utilizar em aula poderá ser, pormenorizada do curso de português língua segunda, que descreve
por exemplo, a realização de uma tarefa prévia, indirectamente os objectivos específicos e todo o processo de operacionalização a
relacionada com o texto a ser lido, ou o início de uma conversa seguir. Nas “Estratégias” não serão referenciados os exercícios de
sobre o assunto, que funcionam como estímulo para que o funcionamento da língua, já que estão implícitos na realização de
aluno crie expectativas, sinta vontade de ler o texto e acumule várias actividades.
conhecimentos, já que, como refere Ângela Kleiman: Alguns dos materiais pedagógicos a usar serão anexados no
final do trabalho e referenciados na própria planificação.
(…) a leitura desmotivada não conduz à aprendizagem
(…), material irrelevante para um interesse ou propósito
passa desapercebido e é prontamente esquecido.13
12
ARAÚJO, Luísa (2004). “A correcção do erro”, in Idiomático – revista digital
de didáctica de PLNM, nº 1, Abril de 2004.
13
KLEIMAN, Ângela (1989). “Objectivos e expectativas de leitura”, in Texto e
leitor. Aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes. P.35
11
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12 H
UNIDADE 1. A escola
SUB TEMA ÁREA ÁREA OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS RECURSOS
LEXICAL ESTRUTURAL FUNCIONAIS
Ser capaz de escrever Partindo da Mapa de uma
1.1. Divisões da Salas de aula, recreio, Tempos Simples e diferentes tipos de texto observação do mapa, escola
escola ginásio, laboratório, Compostos do Modo escrever um texto
cantina/refeitório, Indicativo (revisão) Descrever lugares e descritivo Imagens de
biblioteca, corredores, objectos escolas
sala de professores, Simular diálogos
papelaria, reprografia … Verbos transitivos e Perguntar e dar informações Lista de
intransitivos acerca da orientação do Peddy Paper numa indicações a
espaço Biblioteca (Anexo 1) seguir
1.2. As profissões Professor, Auxiliar da
da escola acção educativa, Determinantes Ser capaz de seguir e de Jogos; Palavras Artigos e
Bibliotecário, Pessoal do demonstrativos pedir instruções Cruzadas… classificados
refeitório/da limpeza, de jornais
Porteiro, Secretária, Ser capaz de comparar e Trabalho de pares
Psicólogo… Preposições e contrastar alternativas (Anexo 2) Cartões com
locuções prepositivas falas retiradas
de lugar e de tempo Ser capaz de comunicar Contar um episódio de situações do
1.3. Os órgãos da Conselho Executivo, sobre assuntos que lhe são quotidiano
escola Conselho Pedagógico, familiares Análise do
Associação de Estudantes, Advérbios regulamento interno Regulamento
Associação de Pais, circunstanciais de Contactar com diferentes de uma escola Interno de uma
Secretaria… lugar, tempo e modo tipos de textos escola
Leitura de artigos
Fichas de
Grau dos Adjectivos: Ser capaz de falar de forma Escrever um leitura
casos especiais de confiante, adequando o requerimento dirigido
comparativos e discurso ao contexto ao Presidente do Exemplos de
superlativos situacional Conselho Executivo requerimentos
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21 H
UNIDADE 2. Os tempos livres
SUB TEMA ÁREA LEXICAL ÁREA OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS RECURSOS
ESTRUTURAL FUNCIONAIS
2.1. Passatempos Colecções, associações, Conjugação Relacionar imagens Revistas e
jogos, jardinagem, Pronominal Reflexa Falar de hábitos pessoais com experiências jornais
culinária, Internet… pessoais nacionais
Ser capaz de descrever uma
2.2. Cinema, Filme, actor, realizador, Determinantes experiência/ um Visionamento de um Artigos sobre
Teatro e Televisão produtor, guionista, banda interrogativos acontecimento filme português e cinema
sonora, audiência, realização de uma português
bilheteira, comédia, Pronomes relativos Manifestar preferências ficha de trabalho
tragédia, espaço cénico, DVD
canais portugueses, Discurso Fazer sugestões Analisar o excerto de
noticiário, documentário, directo/indirecto um noticiário Televisão
telenovela… Convidar alguém
Visitar o Museu Cartaz do
2.3. Música Bandas, concertos, Conjunções e Aceitar/recusar um convite Nacional do teatro “Fantasporto”
festivais, instrumentos Locuções
musicais... Coordenativas e Ser capaz de seguir registos Tomar notas a partir CD áudio
Subordinativas orais, retendo informação da audição de textos
2.4. Desporto Desporto-rei; desportos relevante. (Anexos 3 e 4) Agenda
aquáticos, aéreos, cultural de
terrestres, de montanha… Presente do Ser capaz de estabelecer Pesquisar sobre o Lisboa
Conjuntivo relações de sentido entre desporto (Anexo 5)
2.5. Ler, escrever, Literatura, jornais, texto e imagem Internet
desenhar/pintar revistas, cartas, correio Pretérito Imperfeito do Descrever imagens e
electrónico, diários, tela, Conjuntivo Ser capaz de exprimir uma outros documentos Imagens de
papel, lápis, pincel, opinião e de a fundamentar Portugal
aguarelas… Concordância do Debate: os tempos através dos
verbo com o sujeito Ser capaz de concordar e de livres de antes e de anos
discordar agora
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9H
UNIDADE 3. À descoberta de Portugal
SUB TEMA ÁREA LEXICAL ÁREA OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS RECURSOS
ESTRUTURAL FUNCIONAIS
Ser capaz de conversar Formular hipóteses a Ficha de
3.1. Os costumes Folclore, santos Registos de língua acerca da cultura partir de títulos, trabalho a
populares, cozinha portuguesa segmentos de texto… partir de um
tradicional, artesanato, (Anexo 6) texto sobre
contos tradicionais, Hipónimos e Ser capaz de localizar Portugal
lendas, provérbios, música hiperónimos informação num texto Detectar
popular, o fado, feriados palavras/organizar CD Áudio,
nacionais… Ser capaz de escrever a informação (Anexo 7) Retroprojector
Pretérito Perfeito do descrição de um e acetato com
Fazer exposições orais
Conjuntivo acontecimento real ou imagens
com e sem guião
3.2. As regiões Geografia, distritos, imaginário ilustrativas da
clima, turismo, locais lenda ouvida
Audição de uma lenda
históricos, meios de Conjugação
sua reconstituição
transporte… Perifrástica Ser capaz de reorganizar Fotografias de
através da de
informação ouvida. paisagens e
ordenação de imagens.
monumentos
3.3. Referências Figuras públicas, o Plural dos nomes Ser capaz de escrever portugueses
Escrever uma carta a
actuais. governo, a educação, a compostos cartas pessoais
falar de Portugal
saúde, a economia, o Mapa de
cinema português, a Mobilizar conhecimentos Portugal
Planear uma viagem a
música portuguesa, a Futuro do Conjuntivo
uma região do país
febre do Mundial… Tomar consciência das Guias
diferenças mais turísticos
Enriquecimento do significativas entre Simular entrevistas
léxico: sinónimos e costumes, usos, valores e Artigos e
antónimos atitudes da comunidade Exposição de reportagens
portuguesa e da sua trabalhos alusivos à actuais
Rússia e a Portugal
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Bibliografia
- MATOS, A. Joel (s.d.). Enciclopédia Geral da Educação. Vol. 5.
Alcabideche: Oceano MM Liarte.
- ARAÚJO, Luísa (2004). “A correcção do erro”, in Idiomático – revista
digital de didáctica de PLNM, nº 1, Abril de 2004. - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Currículo Nacional do Ensino Básico.
- ALMEIDA, Mário Sérgio Pinheiro Moreira de. (2004). “Ensino de - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/GAERI (2001). Quadro Europeu
português língua estrangeira – P.L. E. – língua global”in, Revista Virtual Comum de Referência para as Línguas. Porto: Edições Asa.
de Estudos da Linguagem – ReVEL. Ano 2, n. 2.
- Schütz, Ricardo. "O que É Talento para Línguas?" English Made in
- CORREIA, João de Araújo (s.d.). A língua portuguesa. Lisboa: Verbo. Brazil <http://www.sk.com.br/sk-talen.html>. Online. 16 abril 2004.
- FARIA, Isabel Hub. “Diversidade linguística e ensino das línguas numa - SILVA, Benedicto (s.d.). A língua portuguesa na cultura mundial. Porto:
fase inicial da escolarização” in, Educação & Comunicação, 7, 10-18. Fundação Eng. António de Almeida.
- GROSSO, Maria José dos Reis e outros. “O papel da representação do - SILVA, Maria do Carmo Pereira de Campos Vieira da (2003).
mundo na aprendizagem do português como língua estrangeira”. Actas do «Discriminatio subtilis»: Estudo de três classes multiculturais (dissertação
encontro Português Língua de Cultura. de doutoramento não publicada). Lisboa: Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.
- KLEIMAN, Ângela (1989). “Objectivos e expectativas de leitura”, in
Texto e leitor. Aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes. - SIM-SIM, Inês (1995). “Desenvolver a linguagem, aprender a língua”, in
Adalberto Dias de Carvalho (org.), Novas metodologias em educação.
- LEFFA, Vilson J. (1988). “Metodologia do ensino de línguas”, in BOHN, Porto: Porto Editora.
H. I.; VANDRESEN, P. Tópicos em linguística aplicada: O ensino de
línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC.
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Anexos
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1. Lê os títulos que se seguem. Há directores de escolas do Reino Unido que já tentaram tudo para recrutar
professores: ir buscá-los à Austrália, pagar regalias extra-salariais ou pôr
anúncios engraçados. É que os professores ingleses são cada vez menos e o
1 REINO UNIDO PROCURA PROFESSORES NA RÚSSIA problema tem vindo a agravar-se, ao ponto de estabelecimentos de ensino
terem de mandar miúdos para casa por falta de docentes. Farto de pôr
anúncios nos jornais e não ter resposta, o director de uma escola primária
O PREÇO DA VITÓRIA APRENDER LATIM AJUDA A PENSAR teve uma ideia: tentar na Europa de Leste, nomeadamente na Rússia.
Público, 29 de Junho de 2001
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Anexo 4.
4500 km de Palavras em Português Já não tenho mais assunto p’ra ________
Curso de Português Língua Segunda Cumprimentos ao nosso pessoal
Um _________ deste que tanto vos quer
Unidade 2. Os tempos livres
Objectivo: Inferir sentidos pelo contexto. Sou ________ de ir aí pelo Natal.”
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Anexo 5.
4500 km de Palavras em Português
Curso de Português Língua Segunda
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1
2
3 10
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1. Tendo em conta o que conheces de Portugal, faz Eis as velhas províncias deste
corresponder os elementos da coluna da direita aos da velho Portugal. Elas Têm as cores do
coluna da esquerda e preenche a tabela A. arco-íris: o Minho é verde tenro; o
Douro fragoso, violáceo; as Beiras dos
olivedos, polvilha-as de verde mesto
1. Norte de Portugal a) Com chapadas de cal. das cinzas peneiradas; a Estremadura
ribatejana é um poente alaranjado; e
b) Verde tenro.
o Algarve, todo azul, com chapadas de
c) É uma horta. cal, por entre o verde-negro das
2. Centro de Portugal d) Usa chapelão negro. figueiras.
No Norte e no Sul o pintor enche a paleta de branco,
e) Amêndoa e alfarroba.
de verde cru, de azul; no Centro de verde sombrio, e de
f) Verde sombrio. violeta.
3. Sul de Portugal g) É uma charneca. A luz do Norte e do Sul é um clarim; a do Centro, um
violoncelo. Nos extremos, metais; no meio, cordas.
i) Verde negro.
O Minho é uma horta; o Douro, uma serrania; Trás-
os-Montes, montados; a Estremadura, uma lezíria; o
Alentejo, uma charneca; e o Algarve, um pomar. Aqui, a
Tabela A couve e o milho; ali, a vinha; além, o centeio; acolá, o
a) b) c) d) e) f) g) h) i) trigo; lá em baixo, a amêndoa e a alfarroba. (…)
O Norte usa chapelão negro, calado e triste; o Sul,
carapuça garrida de cores e agitada pelo vento. O minhoto
acompanha-se de um cão; o serrano de rebanhos; o
trastagano, de manadas. (…)
Antero de Figueiredo
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Anexo 7.
2. Lê a receita da “Tigelada”, um doce da Cozinha Regional
4500 km de Palavras em Português
Portuguesa, e encontra para as palavras sublinhadas um
Curso de Português Língua Segunda
sinónimo na receita russa.
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