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Conhecimentos Bancários
Aspectos Jurídicos
SIMULADO
A) benéfico.
Errada. Contratos benéficos, também chamados de gratuitos, são aqueles em o en-
cargo contratual recai apenas sobre uma das partes, ao passo que sobre a contraparte
recaem apenas os benefícios do contrato. Exemplo: doação pura.
B) aleatório.
Errada. Contrato aleatório é aquele em que as partes não podem antever, na totalida-
de do contrato, as vantagens e encargos a que serão submetidos. Há o que se chama
de álea contratual – que, por sua vez, pode ser econômica, política, social etc. É justa-
mente o oposto do que referido no enunciado da questão. Exemplos: contratos emptio
spei (compra de “esperança de coisa”) e emptio res sperate (compra de coisa futura).
C) bilateral imperfeito.
Errada. Contrato bilateral imperfeito é aquele que originariamente é unilateral, mas
que, por fato superveniente, passa a ser bilateral. Exemplo: depósito. Apesar de ser
originariamente um contrato unilateral, porque a obrigação recai sobre o depositário,
que deve apenas restituir a coisa, é possível que se torne bilateral na medida em que o
depositante pode ser obrigado a ressarcir o depositário pelos gastos que este fez com
a guarda da coisa (art. 643, CCB).
D) derivado.
Errada. Contrato derivado é aquele que decorre diretamente de um contrato principal.
Exemplo: sublocação, que é contrato derivado do contrato de locação.
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E) comutativo.
Correta. Contratos comutativos são aqueles nos quais as partes podem prever, em maior
grau, os riscos e benefícios decorrentes do negócio jurídico. Não se pode dizer que todo
contrato tem certa aleatoriedade. As externalidades que eventualmente afetem o
contrato não fazem parte do ajuste. Os contratos aleatórios por excelência têm por objeto
uma incerteza; os contratos comutativos têm por objeto uma certeza, mas que pode ser
influenciada por externalidades – que, contudo, não fazem parte do negócio jurídico.
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GABARITO: Certo
Art. 424 CC. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Complementando:
EVICÇÃO
Evicção é uma perda, que pode ser parcial ou total, de um bem por motivo de decisão
judicial ou ato administrativo (art. 447 do Código Civil) que se relacione a causa
preexistente ao contrato.
GABARITO: Certo
Evicção: Perda da coisa diante de uma decisão judicial (sentença) ou de um ato ad-
ministrativo (apreensão administrativa) que a atribui a um terceiro. Pode ser total ou
parcial. – Info. 519 do STJ.
Partes da evicção:
Alienante; – aquele que transfere a coisa viciada de forma onerosa.
Evicto ou Adquirente; – aquele que perde a coisa adquirida.
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6. (2017 – CESPE – TRF – 5ª REGIÃO – Juiz Federal Substituto)
Estabelecido contrato de fornecimento de insumos para empresa que comercializa produtos
químicos, será juridicamente possível o fornecedor pedir, de acordo com a lei civil, a resolução
do contrato, se a sua prestação se tornar excessivamente onerosa,
a) com extrema vantagem para a outra parte, por acontecimento extraordinário, ainda que
previsível.
b) por acontecimento extraordinário, ainda que sem proveito para a outra parte.
c) com vantagem extrema para a outra parte em razão de acontecimento extraordinário e
imprevisível.
d) por acontecimento extraordinário, ainda que não imprevisível.
e) por acontecimento extraordinário, ainda que não imprevisível, provocado por fato do príncipe.
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Gabarito: B
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das
partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em vir-
tude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a reso-
lução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
O artigo deixa claro que a onerosidade excessiva , com extrema vantagem do contra-
tante, ocorreu por conta de acontecimentos extraordinários e imprevisiveis. Na letra
A fala-se em DOLO DO CONTRATANTE, como motivo da onerosodade excessiva, o que
não causa a rescisão ou revisão com base na teoria da imprevisão, mas por apresentar
um defeito do negocio jurídico, levando à anulação.
letra C etaria errada, pois: "não seriam imprevisíveis o aumento do dólar, o desempre-
go ou a escala inflacionária quanto ao último evento: (STJ, REsp 87.226/DF, 3.ª Turma,
Rel. Min. Costa Leite, j. 21.05.1996, DJ 05.08.1996, p. 26.352)."
letra D errada, pois: contrato deve ser de execução diferida ou de trato sucessivo, ou
seja, deve ainda gerar efeitos no tempo (art. 478 do CC).
letra E errada, pois: Exige-se um motivo imprevisível (art. 317) ou acontecimentos im-
previsíveis e extraordinários (art. 478).
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A) Não se trata do Exceptio Doli que, como o próprio nome já sugere, refere-se a uma
exceção de dolo, passibilitando uma das partes a não observar a boa-fé objetiva quan-
do a outra parte vale-se de atitude dolosa com o intuito “não de preservar legítimos
interesses, mas, sim, de prejudicar a parte contrária.” Ela pode ser divida em: a) A ex-
ceptio doli generalis: Como o próprio nome diz, é gênero, podendo recair sobre quais-
quer atos; à b) Exceptio doli specialis: consiste em espécie da exceptio doli genera-
lis, voltada, exclusivamente a ATOS DE CARÁTER NEGOCIAL e a atos dele decorrentes,
quando verificada a presença do dolo. Assim, quando o direito obtido pela atuação
dolosa consistir num negócio jurídico, estaremos diante da especial, caso contrário se
falará na geral.
B) O fato narrado tabmém não pressupõe a supressio que significa a supressão, por
renúncia tácita, de um direito ou de uma posição jurídica, pelo seu não exercício com
o passar dos tempos.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do
credor relativamente ao previsto no contrato.
C) O surrectio nasce como o “outro lado da moeda”, pois é um direito que surge a favor
do devedor que não existia juridicamente até então, mas que decorre da efetividade
social, de acordo com os costumes. Também pode ser retirado do Art. 330 por inter-
pretação contrário sensu.
D) De fato, trata-se de venire contra factum proprium que se resume na máxima pela
qual determinada pessoa não pode exercer um direito próprio contrariando um com-
portamento anterior, devendo ser mantida a confiança e o dever de lealdade, decor-
rentes da boa-fé objetiva.
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Gabarito: C
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma
das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra,
em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir
a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da
citação.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela
pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de
evitar a onerosidade excessiva
10. (2016 – CESPE – TCE-PA – Auditor de Controle Externo – Área Fiscalização – Direito)
A respeito das obrigações, dos contratos e dos atos unilaterais, julgue o item que se segue.
O adimplemento substancial do contrato tem sido reconhecido como impedimento à resolução
unilateral, havendo ou não cláusula expressa.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado
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12. (2015 – CESPE – TJ-DFT – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal)
A respeito dos direitos das obrigações e dos contratos, julgue o item subsequente.
Caso ocorra vício ou defeito oculto em coisa que a torne imprópria ao uso a que se destina ou
que lhe diminua o valor, a coisa poderá ser enjeitada se for recebida em virtude de contrato
comutativo ou doação onerosa.
( ) Certo ( ) Errado
CC, Art. 441. "A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada
por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou
lhe diminuam o valor. Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações
onerosas".
Gabarito: E
a) será extinta caso morra o garantidor. ERRADA.
CC, Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:
I – pela extinção da obrigação principal;
II – pelo perecimento da coisa;
III – pela resolução da propriedade;
IV – pela renúncia do credor;
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Gabarito: CERTO
A promessa de compra e venda pode ser celebrada por instrumento público ou parti-
cular (art. 1.417 do CC).
O contrato principal (compra e venda) que será assinado após o pagamento integral do
preço, se envolver bem imóvel de valor superior a 30 salários mínimos, deverá ser feito
por escritura pública (art. 108 do CC).
A promessa de compra e venda precisa ser registrada em cartório para ser válida?
NÃO. A promessa de compra e venda é válida mesmo sem registro no cartório.
Quando a promessa de compra e venda é registrada em cartório, esse compromisso
passa a ter natureza jurídica de direito real à aquisição.
Gabarito: CERTO
CC
Art. 1.461. Podem ser objeto de penhor os veículos empregados em qualquer espécie
de transporte ou condução.
Art. 1.462. Constitui-se o penhor, a que se refere o artigo antecedente, mediante ins-
trumento público ou particular, registrado no Cartório de Títulos e Documentos do do-
micílio do devedor, e anotado no certificado de propriedade.
Art. 1.466. O penhor de veículos só se pode convencionar pelo prazo máximo de dois
anos, prorrogável até o limite de igual tempo, averbada a prorrogação à margem do
registro respectivo.
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16. (2017 – FGV – OAB – Exame de Ordem Unificado – XXIV – Primeira Fase)
Miguel e Paulo pretendem constituir uma sociedade do tipo limitada porque não pretendem
responder subsidiariamente pelas obrigações sociais.
Na consulta a um advogado previamente à elaboração do contrato, foram informados de que,
nesse tipo societário, todos os sócios respondem
a) solidariamente pela integralização do capital social.
b) até o valor da quota de cada um, sem solidariedade entre si e em relação à sociedade.
c) até o valor da quota de cada um, após cinco anos da data do arquivamento do contrato.
d) solidariamente pelas obrigações sociais.
Gabarito: A
17. (2016 – FGV – OAB – 2016 – OAB – Exame de Ordem Unificado – XXI – Primeira Fase)
Paula, sócia administradora de Nova Trento Serviços Automotivos Ltda., cujo capital encontra-
-se parcialmente integralizado, comunica aos demais sócios que pretende se afastar da ad-
ministração e indicar sua mãe Maria para a administração. O sócio Dionísio consulta seu(sua)
advogado(a) para saber a legalidade da indicação e eventual eleição, porque Maria não integra
o quadro social.
O (A) advogado(a) respondeu corretamente que a indicação é
a) legal, desde que seja aprovada pela unanimidade dos sócios diante da não integralização
do capital social.
b) ilegal, porque não existe no contrato cláusula de regência supletiva pela Lei de Sociedades
por Ações.
c) legal, desde que seja inserida no contrato previamente a possibilidade de a administração
ser exercida por não sócio.
d) ilegal, pois o capital social deveria estar integralizado para que a indicação seja aprovada
por maioria de três quartos do capital.
Gabarito: A
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18. (2014 – FGV – OAB – Exame de Ordem Unificado – XV – Tipo 1 – Branca)
Na cláusula décima do contrato social de Populina Comércio de Brinquedos Ltda., ficou estabe-
lecido que: “A cessão qualquer título da quota de qualquer dos sócios depende da oferta prévia
aos demais sócios (direito de preferência) nas mesmas condições da oferta a não sócio. Caso,
após o decurso de 30 (trinta) dias, não haja interessado, o cedente poderá livremente realizar a
cessão da quota a não sócio''Tendo em vista as disposições do Código Civil acerca de cessão de
quotas na sociedade limitada, assinale a afirmativa correta
A) A cláusula é integralmente válida, tendo em vista ser lícito aos sócios dispor no contrato
sobre as regras a serem observadas na cessão de quotas.
B) A cláusula é nula, porque não é lícito aos sócios dispor no contrato sobre a cessão de quo-
tas, eis que ela depende sempre do consentimento dos demais sócios.
c) A cláusula é ineficaz em relação à sociedade e a terceiros, porque o sócio pode ceder sua
quota, total ou parcialmente, a outro sócio, independentemente da audiência dos demais.
d) A cláusula é válida parcialmente, sendo nula na parte em que autoriza a cessão a não sócio,
eis que ela depende sempre do consentimento de três quartos do capital social
Gabarito: A
Comentário: Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total
ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou
a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Gabarito: B
Comentário: Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, ca-
bendo uma ou diversas a cada sócio.
§ 2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
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Gabarito: C
Comentário: Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas
designadas no contrato social ou em ato separado.
Gabarito: B
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22. (2008 – CESPE – OAB-SP – Exame de Ordem – 1 – Primeira Fase)
No que se refere ao capital da sociedade a ser constituída por Joaquim e Torquato, bem como a
sua divisão em quotas, assinale a opção correta.
a) O contrato social poderá admitir que Torquato realize suas quotas com prestação de
serviços.
b) Caso um dos sócios se torne remisso, ao outro caberá, apenas, cobrar em juízo o valor
faltante para a integralização da participação inadimplida.
c) O capital poderá ser dividido em duas quotas de valores desiguais.
d) O capital da limitada não se orienta pelo princípio da intangibilidade.
Gabarito: C
Comentário: Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, ca-
bendo uma ou diversas a cada sócio.
§ 1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidaria-
mente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
§ 2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
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Gabarito: A
Gabarito: A
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25. (2008 – CESPE – OAB-SP – Exame de Ordem – 1 – Primeira Fase)
Gabarito: A
Comentário: Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total
ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou
a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Como Joaquim possui mais de um quarto do capital social, poderá opor-se a eventual
alienação a terceiros da participação de Torquato.
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