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Texto 4 - A variação linguística e o ensino da língua materna (Luiz Carlos Travaglia – 2009)

 “Para desenvolver a competência comunicativa dos usuários da língua era preciso abrir escola
pluralidade dos discos uma dimensão dessa pluralidade de respeito as variedades linguísticas”
(pág 41)
 “Existe um grande número de variedades linguísticas (...) se acredita que diferentes tipos de
situação tem-se ou deve-se usar a língua de modos variados, não há por que, ao realizar as
atividades de ensino/aprendizagem da língua materna, insistir no trabalho apenas como uma
das variedades, a norma culta, discutindo apenas suas características, buscando apenas o seu
domínio em detrimento das outras forma de uso da língua que podem ser mais adequadas em
determinado situações.”
 Podemos ter 2 tipos de variedade linguística: os dialetos e os registros.
Dialetos são as variedades que ocorrem em função das pessoas que usam a língua. registro
são variedades que ocorre em função do uso que faz da língua depende do recebedor, da
mensagem ou da situação. (P.42)

 Variação dialetal
Existem pelo menos 6 dimensões de variedades dialetal:
Territorial, social, de idade, de sexo, a de geração e a de função.

 Territorial: o dialeto nesta dimensão representa a variação que acontece em que pessoas de
diferentes regiões em que se fala a mesma língua, isso acontece pela influência de cada região
e porque os falantes de uma dada região constitui sua comunidade linguística geograficamente
limitada (político, econômico e cultural). Ex: português brasileiro e de Portugal (a diferença se
da no campo fonético e léxico – um brasileiro talvez não entenda um português porque as
palavras e sentido delas são diferentes para ambos) (P.42 e 43)

 Social : representam as variações que ocorrem de acordo com a classe social a que pertencem
os usuários da língua. É por isso que se consideram como variedades dialetais de natureza
social os jargões profissionais (linguagem dos artistas, professores, médicos, etc). (P.45)

-Os dialetos sociais são mais difíceis de definir e classificar que os dialetos regionais, porque
aqui atuam fatores como nível de escolaridade, quase sempre inter-relacionado com classe
econômica. Na sociedade eles exercem um papel de identificação grupal.

- a gíria e uma forma própria de utilização da língua por um grupo social específico, ela tem
como função, se assim podemos dizer, proteger o grupo do entendimento de outros grupos.
Ex: Bandidos e policia.
 De idade: representam variações decorrentes da diferença no modo de usar a língua de pessoa
de idade diferente. Durante a vida a pessoa passa de um grupo para o outro, dotando as formas
de um grupo e abandonando as do outro.( P.46)

- os estudiosos consideram que a preocupação com a gíria é improcedente, primeiro porque o


essencial e permanente na língua dos falantes jovens já se fixou antes na adolescência e
segundo porque se observa que a gíria só é útil como forma de linguagem privada.

 Sexo: representam as variações de acordo com sexo de quem fala. Ex: homem diz obrigado e
mulher obrigada. // camisa para homem e blusa para mulher. (P.47)

 Geração: representam estágios no desenvolvimento da língua. Alguns estudiosos preferem


falar de variação histórica (preferência também do autor) (P.48)

- as variantes históricas dificilmente coexistem e são mais percebidos na língua escrita, por causa dos
registros, que as faz permanecer no tempo.

-variação histórica -》Termos e formas de dizer hoje já arcaicas e forma de palavras que já sofreram

evolução fonética.

 Função: representam as variações na língua decorrente da função que o falante desempenha.


Um exemplo dessa variação seria o chamado plural majestático em que governantes ou altas
autoridades expressam seus desejos ou intenções com o pronome “nós” sinalizando sua
posição de representante do povo. (P.51)

Variação de registro (P.51)

As variações de registros são classificados como sendo em três tipos diferentes: grau de
formalismo, modo e sintonia.
- o grau de formalismo representa uma escala de formalidade no uso dos recursos da língua (
morfológico, sintático, léxico ..), aproximando-se cada vez mais da língua padrão e culta em seus
usos mais “sofisticados” ( literário obras científicas).

- Variação de modo (P.51 e 52): entende-se a língua falada em contraposição a língua escrita.
alguns autores acham que a dificuldade que os alunos têm para escrever não advém do
desconhecimento da Norma culta ou padrão mas antes do desconhecimento dessas
características próprias do escrito. A língua escrita e a falada apresenta uma série de diferenças,
que são elas:
 Na língua falada pode-se usar uma férias e recursos do nível fonológico que no escrito não
podem ser usados, como: entonação, duração dos sons.
 Na língua falada aparecem repetições, correções que não aparecem no escrito mas que
aparece no oral por razões diversas, tais como:
➡️ não sobrecarregar a memória do interlocutor. Por que as construções no oral são mais
simples menos complexos e mais longas
➡️ devido à interação ser Face a Face, no oral é possível: observar as reações do interlocutor
as repetições e reformulações, por exemplo.

A língua escrita e a oral apresentam cada um é um conjunto próprio de variedade no grau de


formalismo. É necessário lembrar sempre que não é válida a distinção que frequentemente
encontramos anunciada por professores de que a língua falada seria informal e a escrita formal.
Isso não é verdadeiro. Podemos ter textos altamente formais na língua falada e texto totalmente
informais na língua escrita.

Cinco graus de formalismo distinto tanto na língua falada quanto na escrita, Bower propõe o
seguinte quadro das variedades de modo e de grau de formalismo p.53

Grau de formalismo em Bower (com algumas modificações, acréscimos..): p.54

1- Oratório
Elaborado, enfeitado, usado quase exclusivamente por especialistas, tais como: advogados, políticos.
E é sempre reconhecido como apropriada para uma situação muito formal.

1-a) hiperformal:
o equivalente escrito do Oratório. Um exemplo seria os texto épicos ( romances de autores como
Machado de Assis)

2- Deliberativo
Usado quando se fala para grupos grandes ou médios, em que se excluem as respostas informais. É
preparado previamente e mantém de propósito uma distância entre falantes e ouvintes.

2-a) Formal : (P.55)


Apresenta características semelhantes ao do imperativo numa forma de linguagem cuidada na
variedade culta e padrão mas dentro do estilo escrito. Ex: é o caso da escrita dos bons jornais e
revistas .

3- Coloquial
Comumente aparece no diálogo entre duas pessoas ativas - falante e ouvinte. É caracterizado por
construções gramaticais soltas, repetições frequentes ,frases bem curtas, léxico constituído de
palavras de uso mais frequente.

3-a) Semiformal
Corresponde na escrita ao coloquial, mas tem um pouco mais de formalidade que este. É a forma de
língua que encontramos em cartas comerciais e declarações, por exemplo.

4- Casual (coloquial distenso)


Neste nível percebe-se uma completa integração entre falante e ouvinte com o uso frequente de gíria.
É caracterizado pela omissão de palavras e pouco cuidado com a sua pronúncia. Exemplo: conversas
entre amigos.

4-a) Informal
É o caso de correspondência entre membros de uma família ou amigos e íntimos. É caracteriza-se
pelo uso de formas abreviadas, ortografia simplificada, entre outros.

5- Íntimo (familiar)
Inteiramente particular usado na vida da família privada. Este grau de formalismo é a língua em que a
a intimidade da afeição.

5-a) Pessoal
Quase sempre nota para uso próprio. Ex: um bilhete que deixamos para avisar alguém da casa.

□ Na prática o registro coloquial pode ser considerado o centro do sistema linguístico e portanto sua
utilização é de grande importância na atividade de ensino-aprendizagem da língua materna.
□ os extremos superiores (adquiridos em sala de aula) da formalidade são o oratório e o hiperformal
logo abaixo temos o deliberativo e o formal os extremos inferiores (adquiridos fora da sala de aula)
da formalidade são o familiar e o pessoal e um pouco acima destes o casual e o informal (P.56)
□ observa-se que dificilmente os usuários da língua desenvolvem uma competência ativa (capacidade
de falar e escrever ) nos níveis Oratório e hiperformal, embora desenvolvam uma competência passiva
(são capazes de entender o que ouvem e leem e de admirar formulação dada pelo falante/escritor). A
situação é diferente nos níveis mais baixos de formalidade

□ Terceira dimensão de registro: SINTONIA. (P.56)


Esta pode ser descrita como o ajuntamento na estruturação de seus textos que o falante faz com
base em informações específicas que tem sobre o ouvinte a pelo menos quatro dimensões distintas
de sintonia: status, a tecnicidade, cortesia e a norma

Status:
Diz respeito sobre o status da pessoa a quem se dirige o falante pode trazer grandes diferenças no
uso das formas e recursos da língua. Exemplo: um aluno não fala com diretor da escola da mesma
maneira que falaria com o Garçom da lanchonete.

Tecnicidade: p.57
É a variação que ocorre em função do volume de informações e conhecimentos que o falante supõe
ter o ouvinte sobre o assunto. Exemplo: um professor de língua usar numa conferência profissional
para os colegas certos termos de sua área que não usará, digamos, ao falar sobre o mesmo assunto
com os pais de seus alunos.

Cortesia:
variação que acontece devido à dignidade que o falante considera apropriada ao seu ouvinte ou à
ocasião.

Norma:
É aquela que usamos uma determinada variedade linguística porque a julgamos apropriada para falar
com aquele ouvintes em particular. Pode ser uma variedade social, geográfica, técnica. Obs: é a
adequação. Ex: um jovem pode falar a mesma coisa com a avó e a amiga adequando-se a idade de
ambos.

◇ importa lembrar que todas as formas de variação linguística (dialetos e registros em qualquer
dimensão) estão sempre a refletir variações socioculturais de algum tipo. P.61

Quando se fala em ensino aprendizagem da língua materna é preciso entender que o professor
poderá, deverá ou terá de abordar a variantes históricas:

 Ao trabalhar com os alunos a questão da história da língua mostrando suas principais fases
 nos estudos da literatura de língua materna quando os alunos leem textos de diferentes épocas
 ao apresentar texto de diferentes épocas para os alunos, visando despertar neles a consciência
de que a língua não é algo rígido mas algo que se modifica com o passar do tempo em função
das alterações socioculturais de cada comunidade.

Atitude embutida no conceito de Norma culta ou padrão, que vigora nas gramáticas normativas que
têm sido a base do ensino, advém de uma postura ideológica que acabou gerando os preconceitos
a que aludimos e que segundo Castilho seriam basicamente os seguintes: p.62

1- a norma ( culta da classe de prestígio) constitui o português correto; tudo que foge à Norma
representa um erro. Isso representa um preconceito porque, na verdade, não há português certo ou
errado todas as variedades são igualmente eficazes em termos comunicacionais nas situações em
que são de uso esperado e apropriado. O que há na verdade são modalidades de prestígio
modalidades prestigiadas em função do grupo social que a utiliza.
➡️ para nós é inadmissível a atitude de querer que o aluno Apague a variedade de seu grupo de origem
ou a substitua por outro.

2 – o bom português é aquele praticado em determinada região. Esse é um preconceito que deixa
desloca a questão de seu verdadeiro caráter social para o caráter Regional. Assim , atitude corrente
de dizer que o português de Portugal é mais correto que o português do Brasil, é vestígio, ainda, do
maior Prestígio que tinha as coisas da Metrópole em relação as coisas da colônia.

3- “o bom português é aquele simplificado nas chamadas épocas de Ouro da literatura”. “Depois dos
clássicos veio a decadência da língua”. Aqui há vários equívocos. O primeiro limitar o português culto
a variedade escrita, quando se tem o falado. O segundo é ligar o português culto apenas a variedade
literária, como se não existentes outras variedades que pudessem ser escritas com o português culto
também. O terceiro é querer que o português culto seja o mesmo de épocas passadas p.65

Como se vê, imbuída de cuidar desses preconceitos, a escola tem de esconder a relação entre língua
e grupos sociais, sobretudo entre Norma culta e padrão e classe social privilegiada ; a relação entre
alterações socioculturais e mudanças em linguística. Isso precisa acabar de vez. E é preciso
substituir Definitivamente a ideia de uso certo ou errado pelo uso adequado ou não adequado. P. 66

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