estado de necessidade, a legítima defesa e o REVISÃO estrito cumprimento do dever legal. 1. A analogia constitui meio para suprir lacuna do 10. Um policial, ao cumprir um mandado de direito positivado, mas, em direito penal, só é condução coercitiva expedido pela autoridade possível a aplicação analógica da lei penal in judiciária competente, submeteu, embora bonam partem, em atenção ao princípio da temporariamente, um cidadão a situação de reserva legal, expresso no artigo primeiro do privação de liberdade. Nessa circunstância, a Código Penal. conduta do policial está abarcada por uma 2. No caso de entrar em vigor lei penal que inove excludente de ilicitude representada pelo o ordenamento jurídico ao prever como crime exercício regular de direito. conduta até então considerada atípica, será 11. A embriaguez completa provocada por caso aplicada a retroatividade. fortuito é causa de inimputabilidade do agente. 3. Em razão do princípio da legalidade penal, a 12. Comprovado que o acusado possui tipificação de conduta como crime deve ser desenvolvimento mental incompleto e que não feita por meio de lei em sentido material, não era inteiramente capaz de entender o caráter se exigindo, em regra, a lei em sentido formal. ilícito de sua conduta, é cabível a condenação 4. A norma penal deve ser instituída por lei em com redução de pena. sentido estrito, razão por que é proibida, em 13. Será excluída a imputabilidade penal do caráter absoluto, a analogia no direito penal, indivíduo que tenha praticado crime no seja para criar tipo penal incriminador, seja momento de emoção, por se considerar que ele para fundamentar ou alterar a pena. não estava inteiramente capaz de entender o 5. Aquele que for fisicamente coagido, de forma caráter ilícito da ação. irresistível, a praticar uma infração penal 14. Como a relação de causalidade constitui cometerá fato típico e ilícito, porém não elemento do tipo penal no direito brasileiro, foi culpável. adotada como regra, no CP, a teoria da 6. Situação hipotética: Joana contratou Antônia causalidade adequada, também conhecida para servir de curadora de sua mãe, uma pessoa como teoria da equivalência dos antecedentes idosa. Certo dia, enquanto Antônia dormia, a causais. mãe de Joana, ao caminhar pela sala, caiu e 15. O arrependimento posterior incide apenas nos fraturou o fêmur da perna esquerda. crimes patrimoniais e sua caracterização Assertiva: Nessa situação, Antônia não será depende da existência de voluntariedade e responsabilizada pela lesão sofrida pela mãe de espontaneidade do agente. Joana: a conduta omissiva de Antônia é penalmente 16. No que concerne à punibilidade da tentativa, o irrelevante. Código Penal adota a teoria objetiva. 7. Joaquim, penalmente imputável, praticou, sob 17. O crime é dito impossível quando não há, em absoluta e irresistível coação física, crime de razão da ineficácia do meio empregado, extrema gravidade e hediondez. Nessa violação, tampouco perigo de violação, do situação, Joaquim não é passível de punição, bem jurídico tutelado pelo tipo penal. porquanto a coação física, desde que absoluta, é causa excludente da culpabilidade. 18. Situação hipotética: Uma pessoa cometeu crime contra alguém, sem violência nem grave 8. Conforme a doutrina pátria, uma causa ameaça. Posteriormente, antes do recebimento excludente de antijuridicidade, também da denúncia, essa pessoa se arrependeu e denominada de causa de justificação, exclui o reparou o dano. Assertiva: Nessa situação, próprio crime. ficou caracterizado o arrependimento eficaz do 24. Nos crimes culposos, é dispensável a produção autor do delito, que, assim, não poderá ser do resultado naturalístico involuntário. punido pelo ato praticado. 25. O crime culposo advém de uma conduta 19. Mesmo quando o agente, de forma espontânea, involuntária. desiste de prosseguir nos atos executórios ou 26. Ocorre crime preterdoloso quando o agente impede a consumação do delito, devem ser a pratica dolosamente um fato do qual decorre ele imputadas as penas da conduta típica um resultado posterior culposo. Para que o dolosa inicialmente pretendida. agente responda pelo resultado posterior, é 20. A fim de garantir o sustento de sua família, necessário que este seja previsível. Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para 27. Segundo o Código Penal, no caso de erro de posteriormente revendê-los. Certo dia, execução, devem-se considerar, para fins de enquanto expunha os produtos para venda em aplicação da pena, tanto as condições ou determinada praça pública de uma cidade qualidades da pessoa contra a qual se deseja brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, praticar o delito quanto as condições ou que apreenderam a mercadoria e o conduziram qualidades da pessoa contra a qual coercitivamente até a delegacia. efetivamente se praticou o crime. Com referência a essa situação hipotética, julgue o 28. Situação hipotética: Um agente, com a livre item subsequente. intenção de matar desafeto seu, disparou na Se a conduta de Pedro não se consumar em razão direção deste, mas atingiu fatalmente pessoa de circunstâncias alheias à sua vontade, ele diversa, que se encontrava próxima ao seu responderá pelo crime tentado, para o que está alvo. Assertiva: Nessa situação, configurou-se prevista a pena correspondente ao crime o erro sobre a pessoa e o agente responderá consumado diminuída de um a dois terços. criminalmente como se tivesse atingido a pessoa visada. 21. O direito penal brasileiro não admite a punição de atos meramente preparatórios anteriores à 29. No direito penal brasileiro, as penas previstas fase executória de um crime, uma vez que a para os crimes consumados são as mesmas criminalização de atos anteriores à execução previstas para os delitos tentados. de delito é uma violação ao princípio da 30. Configura-se tentativa incruenta no caso de o lesividade. agente não conseguir atingir a pessoa ou a 22. Age com dolo eventual o agente que prevê coisa contra a qual deveria recair sua conduta. possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de evitá-los. 23. Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, detonou, por mecanismo remoto, uma bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo do qual sabia que Maurício se encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave morreram. Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com dolo Gabaritos: direto de primeiro grau no cometimento do delito 1-C; 2-E; 3-E; 4-E; 5-E; 6-E; 7-E; 8-C; 9-E; 10-E; 11-C; contra Maurício e dolo direto de segundo grau no 12-C; 13-E; 14-E; 15-E; 16-C; 17-C; 18-E; 19-C; 20-C; 21- do delito contra todos os demais passageiros do E; 22-E; 23-C; 24-E; 25-E; 26-C; 27-E; 28-E; 29-E; 30-C. avião.