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1.

HISTÓRIA DAS CONSTRUÇÃO DAS PIRÂMIDES DO EGITO

A história do Egito, começou por volta de 3.000 a.C., quando o faraó Menes
unificou o alto e o baixo Egito, onde estabelece sua capital em Mênfis. Menes era um
soberano e considerado a manifestação de Hórus, uma divindade dos faraós. Quando
um faraó morria, este era identificado com Osíris, pai de Hórus e senhor do submundo.
Na teologia egípcia, Hórus e Osíris eram associados a Rá, o deus do sol, simbolizado
pela pedra cônica benben (Figura 1), que tinha o estilo de uma pirâmide. Essa pedra
era usada no topo de obeliscos e nas próprias pirâmides simbolizando visualmente a
conexão entre o soberano e o deus-sol (Fazio, Moffett e Wodehouse, 2011).

Figura 1 – Modelo de pedra Benben

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Benben

Segundo Fazio, Moffett e Wodehouse (2011), a história do Egito está dividida


em 30 dinastias que envolvem desde o período da ascensão do faraó Narmer ao trono
à conquista do Egito por Alexandre o Grande. O que mais sabemos desse período,
vem das grandes construções dos monumentos funerários que eram focados na
transição do mundo dos vivos para o mundo dos mortos. Os egípcios acreditavam na
existência de uma vida após a morte, onde a força vital se reunia com a manifestação
física para se tornar um espírito. Para garantir o sucesso dessa transformação,
diversos rituais eram realizados dentro de câmaras mortuárias adequadas, além de
ter a sua disposição objetos cotidianos, servos pessoais, comida e bebida. Quando
esses procedimentos eram realizados de maneira inadequada para a pós vida,
acreditava-se que a força vital de uma pessoa importante, como um faraó, poderia
vagar insatisfeita pelo mundo fazendo maldade para os vivos. Em decorrência disso,
a sociedade preocupava-se em oferecer um bom tratamento ao espirito e corpo de
faraó, levando então a construção de duradouros túmulos para as realezas e a prática
da mumificação para preservar esse corpo.

1.1 As primeiras construções

De acordo com Fazio, Moffett e Wodehouse (2011), os primeiros túmulos foram


construídos como habitação eterna para os mortos com base nos projetos das
construções dos vivos conhecidos como mastabas. Essas construções eram feitas de
blocos de tijolos apoiadas no solo para tivessem uma duração maior, continha uma
sala para oferendas ao espírito do morto e outra para o corpo e a estatua do falecido
(Figura 2).

Figura 2 – Desenho de mastabas

Fonte: Fazio, Moffett e Wodehouse (2011)

Essas construções em pedras além de serem indicadores cronológicos, elas


também mostram os grandes avanços das técnicas aplicadas no aperfeiçoamento da
estrutura direcionada ao sepultamento, a fabricação e acabamento de bens
funerários. A construção desses monumentos, mostram a posição do faraó sobre o
povo, tornando esse poder o grande desenvolvedor da sociedade. A posição do faraó
exercia sobre a sociedade a soberania em diferentes aspectos como, religioso,
administrativo e político. (João, 2015).
De acordo com João (2015), a administração do antigo Egito é entendida
através dos títulos dos oficiais de maior e menor escala hierárquica, sendo os cargos
de alta patente, Chefe dos escribas, Chefe da grande mansão (Corte), Chefe dos
celeiros, Chefes do café, Chefe dos tesouros e Chefe dos trabalhos, além dos
subcargos que estão submetidos aos seis cargos altos apresentados, determinando
assim uma administração egípcia rígida e especializada.

Quanto a construção das tumbas, nas III Dinastia, as tumbas de oficiais e


cortesões, eram erguidas fora do complexo da pirâmide, já na IV Dinastia, a
construção dessas tumbas passaram a ser mais próximas da pirâmide dos faraós. Já
as tumbas que ficavam mais próximas do rei, eram destinadas a família real, pois
estes exerciam os mais altos cargos administrativos, sendo essas decoradas e
construídas por artesões dos ateliês do palácio, trabalho este que foi desenvolvido em
larga escala. A respeito dos ornamentos das calçadas, tumbas, paredes não eram
apenas decorativos, mas tinham como objetivo de expressar conceitos sobre a
realeza divina e provimento das necessidades que pudessem ocorrer na pós vida
(Málek, 2003).

Segundo Fazio, Moffett e Wodehouse (2011), as primeiras pirâmides no início,


tinha o formato escalonada e vertical onde seu pico recebia os primeiros raios solares
pela manhã, representando assim o nascimento diário e anual no decorrer de toda
uma eternidade. O projeto da primeira pirâmide foi atribuído a Imhotep em Saqqara
(Figura 3), arquiteto da III Dinastia, responsável pelo complexo funerário do faraó
Djoser (2630-2611 a.C.)

Figura 3 – Pirâmide escalonada de Saqqara, Egito, cerca de 2.630 a.C.

Fonte: Fazio, Moffett e Wodehouse (2011)


A primeira pirâmide de Saqqara, foi a primeira monumental construção em
pedra no Egito. A construção da planta na parte baixa, tem a forma de um retângulo
que cobre 14 hectares cercada por uma muralha de 10 metros de altura e 1.600
metros em sua extensão. Para chegar na forma atual, sua construção se deu em
várias etapas até chegar ao volume de seis níveis. Desde seu primeiro surgimento em
Saqqara, a evolução das pirâmides passou por três gigantescos projetos antes de
chegar a sua eminência dos túmulos da IV Dinastia, em Gisé, Cairo. Essas três
pirâmides de Gisé (2550 – 2460 a.C.) são obras dos descendentes de Sneferu. A
maior pirâmide dentre as três, foi planejada e construída primeiro para ser uma
pirâmide verdadeira, com sua base de 230,1 x 230,1, chegando a uma altura de 146,6
metros. Grande parte dessa construção foi feita em calcário e sua câmara em granito.
Conforme imagem abaixo (Figura 4), a pirâmide de Queóps é que está ao fundo, logo
à direita está a pirâmide de Quéfren e em frente fica a pirâmide de Miquerinos (Fazio,
Moffett e Wodehouse, 2011).

Figura 4 – Pirâmide, Gisé, Egito, cerca de 2550 – 2460 a.C.

Fonte: Fazio, Moffett e Wodehouse (2011)

Segundo Eves (2004), a pirâmide de Queóps levou em média 30 anos para ser
construída, envolvendo a organização do trabalho de 100.000 homens. Nessas
construções foram envolvidos diversos problemas matemáticos e de engenharia,
tamanha a perfeição dessas construções. As informações desses problemas eram
inscritas em papiros e a resolução, envolvia o uso de operações aritméticas. O sistema
numérico utilizado pelos egípcios eram símbolos que presentavam um valor específico
independente da ordem escrita (Figura 5).

Figura 5 – Sistema numérico egípcio

Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br

De acordo com Pinsky (2011), as pirâmides foram construídas em imensos


blocos de pedras, através do imenso esforço de grande parte da população. Na
construção da pirâmide de Queóps, as pedras que foram utilizadas para edifica-la,
eram trazidas de longa distância, pois Gisé, onde foi levantada a pirâmide, trata-se de
uma área deserta onde não há existência desse material. As pedras vinham de Tura
que ficava a margem do rio Nilo, essas eram trazidas em balsas, rio abaixo e depois
arrastadas por uma espécie de rampas até onde estava localizada a pirâmide. Toda
a população que trabalhava nessa grande empreitada, não usavam ferramentas,
apenas o básico. Essas pedras de Tura eram cortadas, polidas com areia e em
seguida, erguida por manivelas e colocadas em seu devido lugar. O sucesso da
construção não se resumia apenas na questão do trabalho, mas também da
competência de seus arquitetos e da organização. Por não se tratar de um edifício
qualquer, pois conteria a tumba de faraós, portanto questões místicas envolvidas
nessas construções, suas proporções deveriam ser respeitadas e suas medidas
minunciosamente controladas. Segundo a história, o projeto levou cerca de dez anos
para ser preparado e vinte para sua execução utilizando cerca de cem mil homens
trabalhando constantemente, por turnos e muitos até morrendo devido ao peso das
imensas pedras.
Ainda segundo o autor, forma utilizados métodos científicos para essas grandes
construções como: a matemática, geometria, mecânica entre outras fontes de
conhecimento sem a qual não seria possível tal empreendimento. Apesar da
grandiosidade dos monumentos, tal construção provocou o esgotamento do povo,
sendo necessária o constante envio de mão-de-obra para manter a construção em
atividade. Foi necessária uma administração rígida a custas de muito esforços e
submissão massacrante, porém esse foi o primeiro modelo de administração
centralizada do mundo que se tornou patrimônio da humanidade.

REFERÊNCIAS

EVES, H. Introdução à História da Matemática. 1. Ed. Campinas: Editora da


UNICAMP, 2004.

FAZIO, Michael, MOFFETT, Marian, WODEHOUSE, Lawrence. A história da


arquitetura mundial. 3 ed. Porto Alegre: Amgh, 2011.

JOÃO, Maria Thereza David. Estado e Elites Locais no Egito do final do III Milênio
a.C). 2015. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em História Social,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

MÁLEK, Jaromir. The Old Kingdom (.c2686-2160 BC). In: SHAW, Ian (ed.) The
Oxford History of Ancient Egypt. Oxford: Oxford University Press, 2003.

PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. 25 ed. São Paulo: Contexto, 2011.

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