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Há uma intensa discussão acerca das teorias Monista e Dualista diante do Direito

Internacional e o Direito Interno, levando doutrinadores a se debruçarem em


explicações de qual é a adotada no Brasil. Sabe-se que a questão é deveras
importante, tendo em vista o vultoso destaque que o Direito Internacional vem
adquirindo, porém a discussão tem se mostrado bastante polêmica, uma vez que a
Constituição Federal é silente quanto à teoria adotada no país.

Os doutrinadores defensores da Teoria Monista, também conhecida como Monismo,


alegam que existe apenas um Direito regulando as relações entre os Estados e este
com a sociedade, onde há uma única ordem jurídica contendo normas internacionais
e internas, uma derivando da outra. Para essa teoria há ainda uma subdivisão, onde
o Monismo internacionalista aduz que em casos de dúvidas entre aplicar uma norma
internacional ou uma de direito interno, prevalece à primeira situação, já para o
Monismo nacionalista, aplica-se a norma de direito interno frente a internacional.

O maior propagador dessa teoria foi Hans Kelsen que defendia a coexistência do
direito internacional e o direito interno, sendo apenas uma única norma. Vejamos:

“Se esta norma, que fundamenta os ordenamentos jurídicos de cada


um dos Estados, é considerada como norma jurídica positiva – e é o
caso, quando se concebe o Direito Internacional como superior a
ordenamentos jurídicos estatais únicos, abrangendo esses
ordenamentos de delegação – então a norma fundamental, no
sentido específico aqui desenvolvido, de norma não estabelecida,
mas apenas pressuposta, não mais se pode falar em ordenamentos
jurídicos estatais únicos, mas apenas como base do Direito
Internacional”.

Já os doutrinadores da Teoria Dualista, ou Dualismo, argumentam que se trata de dois


sistemas totalmente distintos e independentes, não havendo a possibilidade de
aplicação de uma norma sobre a outra. Dessa forma não há de se falar em conflitos
entre si, uma vez que para haver aplicação da norma internacional no direito interno,
faz-se necessário que aquela tenha sido recepcionada no ordenamento nacional.
Outra importante diferença defendida pelos adeptos da teoria dualista é o fato de que
a norma internacional está voltada para as vontades dos Estados, enquanto as
normas do Direito Interno se voltam para a soberania nacional.

Segundo Valério de Oliveira Mazzuoli,


“As fontes e normas do Direito Internacional (notadamente os tratados)
não têm, para os dualistas, qualquer influência sobre questões
relativas ao âmbito do Direito interno e vice-versa, de sorte que entre
ambos os ordenamentos jamais poderia haver conflitos. Segundo essa
construção, sendo o Direito Internacional e o Direito interno dois
sistemas de normas diferentes, independentes um do outro, que não
se tocam por nenhum meio, impossível seria a existência de qualquer
antinomia entre eles”. (2015, p. 93)

Dessa forma, por haver um grande crescimento por parte da doutrina acerca das
teorias apresentadas, o fortalecimento da Teoria Monista e o silêncio da Constituição
Federal, o Supremo Tribunal Federal se manifestou em adotar a Teoria Dualista como
sendo a aplicada no Brasil, aplicando ao Tratado Internacional o status de Lei
Ordinária, salvo os Tratados sobre Direitos Humanos que receberam eficácia
supralegal pela Constituição.

É o que se pode inferir no julgado da ADI nº 1480-DF de relatoria do Ministro Celso


de Mello. Vejamos:

“Mercosul - Carta rogatória passiva - Denegação de exequatur -


Protocolo de medidas cautelares (Ouro Preto/MG) - Inaplicabilidade,
por razões de ordem circunstancial - Ato internacional cujo ciclo de
incorporação, ao direito interno do brasil, ainda não se achava
concluído à data da decisão denegatória do exequatur, proferida pelo
presidente do supremo tribunal federal - relações entre o direito
internacional, o direito comunitário e o direito nacional do brasil -
Princípios do efeito direto e da aplicabilidade imediata - Ausência de
sua previsão no sistema constitucional brasileiro - Inexistência de
cláusula geral de recepção plena e automática de atos internacionais,
mesmo daqueles fundados em tratados de integração - Recurso de
agravo improvido. A recepção dos tratados ou convenções
internacionais em geral e dos acordos celebrados no âmbito do
Mercosul está sujeita à disciplina fixada na Constituição da República.
- A recepção de acordos celebrados pelo Brasil no âmbito de
MERCOSUL está sujeira à mesma disciplina constitucional que rege
o processo de incorporação, à ordem positiva interna brasileira, dos
tratados ou convenções internacionais em feral. É, pois, na
Constituição da República, e não em instrumentos normativos de
caráter internacional que reside a definição do iter procedimental
pertinente à transposição, para o plano do direito positivo interno do
Brasil, dos tratados, convenções ou acordos – inclusive daqueles
celebrados no contexto regional do MERCOSUL – concluídos pelo
Estado brasileiro”.
Referencias:

KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8˚ ed., São Paulo: Martins Fontes, 2009.

MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de direito internacional público. 9ª ed. rev.


atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015.

Disponível em: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2201877/quais-as-teorias-acerca-


da-relacao-do-direito-internacional-com-o-direito-interno-e-qual-e-adotada-pelo-
brasil-caroline-silva-lima. Acesso em 30 de ago. de 2019.

Disponível em: https://jus.com.br/artigos/67497/dualismo-e-monismo-teorias-acerca-


da-aplicacao-do-direito-internacional-em-face-do-direito-interno-estatal. Acesso em
30 de ago. de 2019.

Disponível em: https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/740696/agregna-carta-


rogatoria-cr-agr-8279-at. Acesso em 31 de ago. de 2019.

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