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Trabalho de Direito Internacional Público: Relatório.

Professor Mário Savéri Liotti Duarte Raffaele

GRUPO 4 – CARLOS ALMEIDA; CRISTIANO CASTRO; DIOGO CUNHA;


JOSÉ CARLOS FERREIRA.

SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA DE ISRAEL: MOSSAD

Belo Horizonte, 03 de outubro de 2019


Sumário

1 Introdução .................................................................................................................. 3
2 Criação do Mossad ..................................................................................................... 4
3 Estrutura do Mossad................................................................................................... 5
4 Algumas biografias .................................................................................................... 6
4.1 Eli Cohen............................................................................................................. 6
4.1.1 Cronologia dos fatos (fonte: archive.org) ....................................................... 6
4.2 Ashraf Marwan (o anjo) ....................................................................................... 8
5 Operações notáveis .................................................................................................... 9
5.1 Operação Garibaldi .............................................................................................. 9
5.2 Operação Moisés (missão no mar vermelho – judeus etíopes) ............................ 12
5.3 Operação Ira de Deus......................................................................................... 13
6 Bibliografia .............................................................................................................. 13
1 Introdução

O Serviço de Inteligência de Israel foi criado em 1949, um ano após o


reconhecimento
Mossad significa “instituto”. É a abreviação de “Ha-Mōśād le-Mōdī`īn ū-le-
Tafqīdīm Meyūhadīm”, que significa “O Instituto para Inteligência e Operações
Especiais1.”
Muitas missões realizadas pelo Mossad ficaram conhecidas no mundo, dentre elas,
a captura do nazista Eichmann, a retirada de judeus etíopes do Sudão e da Etiópia2. Essas
e outras operações serão abordas neste trabalho.
Alguns nomes também ganharam notoriedade mundial pelo impacto das suas
atuações. Dentre outros, destacamos Eli Cohen e Ashraf Marwan (este, egípcio, um
colaborador ou agente duplo para o Mossad). Esses agentes e colaboradores atuaram na
obtenção de informações sigilosas dos países relacionados e privilegiaram a posição de
Israel em conflitos importantes, como a Guerra dos Seis Dias. Outros agentes atuaram
como assassinos de inimigos de Israel. No documentário “Por Dentro do Mossad” há
diversos relatos sobre esse tipo de operação.
De acordo com John Pike, o Mossad:

has responsibility for human intelligence collection, covert action, and


counterterrorism. Its focus is on Arab nations and organizations throughout the
world. Mossad also is responsible for the clandestine movement of Jewish
refugees out of Syria, Iran, and Ethiopia. Mossad agents are active in the
former communist countries, in the West, and at the UN. (PIKE, sem data).

Assim, podemos enumerar alguns métodos de atuação dos agentes do Mossad:

1. Captura de inimigos;

2. Assassinato de inimigos;

1
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossad
2
Dentre as várias hipóteses sobre a existência de judeus na Etiópia e região, a mais conhecida é a que
relaciona a Rainha de Sabá com o Rei Salomão. Nesse sentido: “Por muitos séculos, acreditou-se na teoria
de que eram descendentes dos israelitas que haviam acompanhado um filho da rainha de Sabá e do rei
Salomão de volta à Etiópia por volta de 950 a.C., contrabandeando a Arca da Aliança, descrita na Bíblia
como o objeto que guardava as tábuas dos Dez Mandamentos.” Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49206063>. Acesso em: 28 de setembro de 2019.
3. Infiltração de agentes e colaboradores nas estruturas de governos de países
inimigos;

4. Recrutamento e treinamento de jovens estudantes;

5. Recrutamento de colaboradores externos.

2 Criação do Mossad

Sheposh (2019) afirma, sobre a criação do Mossad, que:

It was formed in 1949, shortly after the nation of Israel was established by the
United Nations. As is the case with most intelligence organizations, Mossad
operations are highly classified and much of its activities, structure, and
leadership are highly guarded state secrets. (SHEPOSH, 2019).

É importante lembrar que o Estado de Israel, tal como existe atualmente, foi criado
(ou recriado) em maio de 1948. Na ocasião, a participação do Brasil foi determinante,
visto que o voto de minerva, no âmbito da Organização das Nações Unidas, foi proferido
pelo então diplomata brasileiro Oswaldo Aranha3.
Ainda de acordo com Sheposh (2019), em relação às origens do povo judeu, o
movimento sionista se iniciou há aproximadamente dois mil anos. Diz o autor que “de
1882 a 1914, estima-se que setenta e cinco mil judeus se estabeleceram na região da
Palestina, que era parte do Império Otomano.”
Dessas ocupações, surgiram os assentamentos judeus chamados Yishuv4.
Informação interessante é que esses assentamentos foram financiados, em parte, por
Rothschild, judeu banqueiro reconhecido como o homem mais rico que já existiu.
No centro da Yishuv, estava o Haganá, braço militar da comunidade. A Haganá
seria, talvez, o equivalente às forças armadas de uma nação. Porém, tal afirmação não
pode ser feita taxativamente, dado que, até então, não havia Israel como nação oficial.
Destaque-se que desses assentamentos (Yishuv) e, mais precisamente, dessas
organizações de defesa (Haganá), resultaram o Estado de Israel e a Mossad.

3
Informação disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/oswaldo-aranha-o-brasileiro-por-
tras-da-criacao-do-estado-de-israel-940c42f3jopv23mfjyys4q2fi/> Acesso em: 29 de setembro de 2019.
4
Significa “assentamento”.
Sobre a situação do povo judeu à época anterior ao reconhecimento pela
Organização das Nações Unidas, e os movimentos de defesa que resultariam, mais tarde,
na criação do Mossad, afirma Sheposh (2019) que:

In the years before Israel became a state, several Jewish intelligence


organizations operated secretly in Palestine. These organizations supported the
Zionist cause and often used violence in pursuit of their goals. When the nation
was established, its first prime minister, David Ben-Gurion, believed Israel
needed a coordinated intelligence operation to oversee these groups and ensure
Israel was protected against the enemies that surrounded it. In 1949, Ben-
Gurion signed an order creating a three-part Israeli intelligence operation. The
Israel Security Agency, or Shin Bet, was the organization assigned control over
intelligence operations within Israel; Aman was given control of military
intelligence; and the Central Institute for Coordination of the Intelligence and
Security Services was formed to oversee foreign intelligence operations. This
agency was reorganized as the Mossad in 1951. (SHEPOSH, 2019).

Quer dizer, mesmo antes da criação ou reconhecimento de Israel como Estado


oficial, grupos de inteligência atuavam secretamente naquela região. O viés sionista era
evidente e seus agentes não hesitavam em usar a força. O primeiro Primeiro-Ministro de
Israel, após o estabelecimento de Israel como nação, foi David Ben-Gurion. A
necessidade de proteção e de coordenação das atuações de defesa do Estado deu origem
ao serviço de inteligência Israelense sob a denominação de Instituto para a Inteligência
e Operações Especiais, o Mossad.
De acordo com Bergman (2018) em dezembro de 1949, o cofundador do Estado
de Israel David Ben-Gurion criou uma agência específica para operações de inteligência
para além das fronteiras nacionais. Segundo o autor: “he later named it the Institute for
Intelligence and Special Operations. More commonly, though, it was known simply as
“the Institute” – the Mossad.”

3 Estrutura do Mossad

O Mossad, segundo John Pike5, possui oito departamentos, porém os detalhes


internos da organização são secretos. Para o autor:

Mossad is headquartered in Tel Aviv. The staff of Mossad was estimated


during the late 1980s to number between 1,500 to 2,000 personnel, with more
recent estimates placing the staff at an estimated 1,200 personnel. The identity

5
O texto não é datado, porém, visto que faz referência a material de 2002, é possível deduzir que foi escrito
no século XXI.
of the director of Mossad was traditionally a state secret, or at least not widely
publicized. (PIKE, sem data).

Não encontramos dados oficiais sobre o número de agentes atualmente


pertencentes ao Mossad. Alguns departamentos da organização são: Departamento de
Cobranças, Departamento de Ação Política e Ligação, Divisão de Operações Especiais,
Departamento LAP (Lohamah Psichologit), Departamento de Pesquisa e Departamento
de Tecnologia.
Merece destaque o Departamento de Pesquisa, que, segundo John Pike:

Research Department is responsible for intelligence production, including


daily situation reports, weekly summaries and detailed monthly reports. The
Department is organized into 15 geographically specialized sections or
"desks", including the USA, Canada and Western Europe, Latin America,
Former Soviet Union, China, Africa, the Maghreb (Morocco, Algeria,
Tunisia), Libya, Iraq, Jordan, Syria, Saudi Arabia, the United Arab Emirates
and Iran. A "nuclear" desk is focused on special weapons related issues. (PIKE,
sem data).

Por essa afirmação, conclui-se que o Mossad possui “escritórios” em todo o


planeta e está envolvido direta ou indiretamente com os principais eventos políticos
mundiais. Deve ser mencionado, também, a unidade de nome Kidon, cujas operações de
sua responsabilidade (algumas mencionadas abaixo), ganharam notoriedade mundial. A
Kidon possui legitimidade para praticar sequestros e assassinatos, segundo cada caso
concreto.

4 Algumas biografias

4.1 Eli Cohen

Nome: Eliyahu Ben-Shaul Cohen


Local de nascimento: Alexandria (Egito)
Local da morte: Damasco (Síria)
Data de nascimento: 16 de dezembro de 1924
Data da morte: 18 de maio de 1965

4.1.1 Cronologia dos fatos (fonte: archive.org)

Em 1914, o pai de Eli Cohen migra para o Egito, de Aleppo, na Síria. Em 16 de


dezembro de 1924 Eli Cohen nasce na Alexandria, Egito. Em 1947 Eli tenta ingressar no
exército egípcio, mas foi rejeitado. O motivo da rejeição: lealdade questionável. Ainda
em 1947, Eli foi forçado a deixar a universidade para estudar em casa, em decorrência de
perseguições da irmandade muçulmana. Eli estudava eletrônica, e em 1949 sua família
foi forçada a deixar o Egito, Eli permaneceu na expectativa de concluir os estudos.
Eli é acusado, em 1955, de tentar sabotar acordos entre potências ocidentais e o
Egito. Eli não chegou a ser condenado (não havia provas). Em 1956 Eli é expulso do
Egito pelas autoridades. Nessa ocasião, a inteligência israelense ajudou a realizar a
retirada de barco. Em 1959 Eli se casa com Nadia em Tel Aviv.
No final de 1960, Eli trabalha oficialmente para o Mossad pela primeira vez. Sua
primeira missão foi na Argentina. Realizou diversas missões perigosas, inclusive a
entrega pessoal de informações a agentes escondidos na Síria.
Na Síria, Eli exerceu influência em diversos movimentos políticos. Em 1961 se
tornou membro do partido Baath, que pretendia tomar o poder no país. Em março daquele
ano, o partido Baath realiza um golpe militar e chega ao poder.
O ponto mais importante da vida política de Eli se deu justamente quando da sua
participação como membro do partido Baath. Nessa condição, teve acesso a reuniões e
dados importantíssimos para o serviço de inteligência israelense, principalmente quando
da Guerra dos Seis Dias.
Daí, em 1964, Eli descobre planos sírios para cortar o suprimento de água de
Israel. Também descobre planos de revolucionários palestinos para atacar o país judeu.
Maurice Cohen, irmão de Eli Cohen, era agente do Mossad e recebia diretamente as
informações. Em novembro daquele ano, nasce o terceiro filho de Eli e ele decide realizar
a última missão externa para, então, se mudar permanentemente para Israel.
Ao final de 1964, as informações que Eli fornecia para a inteligência israelense
eram consideradas vitais para a manutenção do Estado e do povo. Em 1965 a Síria já
sabia que havia vazamentos. Em janeiro daquele ano. com a ajuda da Rússia, Eli é
capturado enquanto passava informações e, por isso, foi torturado.
De fevereiro a março de 1965, Eli foi julgado sem direito de defesa. Em 8 de maio
de 1965 a sentença de Eli foi anunciada via rádio. Não caberia apelação da sentença à
pena de morte por enforcamento.
Em 18 de maio de 1965 Eli foi enforcado. Antes, lhe foi permitido ver um rabino
e escrever uma carta à esposa. 10 mil pessoas assistiram seu enforcamento.
Em junho de 1967 Israel derrota os árabes na Guerra dos Seis Dias. As
informações passadas por Eli Cohen foram fundamentais para a vitória.
Os restos mortais de Eli estão ainda na Síria. Sua família ficou proibida por 38
anos de visitar seu túmulo. Atualmente, seus familiares tentam, perante o atual presidente
Bashar Al Assad, trazer os restos mortais de Eli para Israel.
Todas essas informações estão disponíveis a partir de uma parceria entre a família
de Eli Cohen e o site “archive.org”.

4.2 Ashraf Marwan (o anjo)

O Anjo do Mossad, conhecido como Ashraf Marwan, nascido no Egito, foi


importante em momentos de tensão entre os Estados de Israel e Egito.
Ashraf era nada menos que o genro do então presidente do Egito Gamal Abdel
Nasser, que governou até 1970.
Formado em engenharia química pela faculdade do Cairo, Ashraf Marwan, nunca
despertou uma simpatia significativa do seu sogro. Sendo assessor do gabinete
presidencial por alguns anos, começou a ganhar prestígio após a morte de Nasser tornando
se um homem de confiança do então Presidente Sadat, sendo conferido a ele muitas das
vezes o papel nas relações exteriores diretamente com aliados, tendo por exemplos a
Arábia Saudita e a Líbia esta última governada por Muamar Kadafi.
Em 1968 muda- se para Londres com a família para dar continuidade em seus
estudos. Há relatos que por saber que Nasser havia pedido a sua filha Mona para divorciar
de Marwan pelo seu comportamento, Marwan procura a embaixada Israelense, uma fez
que possua informações privilegiadas das estruturas de combate e militares do Egito bem
como também as reais intenções de Nasser e posteriormente de Sadat em reconquistar as
terras perdidas pelo Egito na Guerra dos seis dias em 1967, no qual Israel de forma
esmagadora saiu vencedor do conflito, retomando assim as colinas de Golã e o Sinai.
O Anjo então passou a dar informações diretas ao serviço de inteligência
Israelense (Mossad) recebendo este codinome pela sua atuação. Ashraf por assim dizer
fazia um jogo duplo levando e trazendo informações de Israel e Egito.
As atitudes do anjo de certa forma são impulsionadas em tentar pacificar o conflito
entres os Estados e evitar assim um derramamento maior de sangue. Como já relatado
anteriormente o Egito com apoio da Síria queria recuperar as colinas de Golã e o Sinai,
perdidos na guerra dos seis dias.
Como tinha acesso a todos os planos e intentos dos inimigos de Israel, o Anjo
tornou-se uma espécie de “amuleto” para o Mossad, uma vez que as forças e o serviço de
inteligência Israelense poderiam basear suas estratégias sempre antecipando os passos
dos inimigos.
Em 1971 Ashraf começa a ter acesso maior aos planos, táticas e até conversas
confidenciais de Sadat com a União Soviética que era representada por Leonid Brezhnev.
Ali se preparava para a guerra do Yom kipur.
Como já abordado Israel possui certa vantagem do inimigo fazendo que seu
exército fosse orientado nas formas de ataques, seja por terra ou por mar. Contudo por
duas vezes Ashraf passou informações, dizendo que era para Israel mobilizar as suas
tropas que Sadat iria atacar, mais no fim nestes dois momentos não houve ofensivas por
razões desconhecidas pelo espião.
Em 4 de Outubro de 1973 o anjo pediu para encontrar com o diretor do Mossad,
Zvi Zamir, com um prognóstico que tudo já estava arquitetado por para que Israel fosse
atacado por frentes do Egito, com a informação que haveria muitos produtos químicos,
Zamir resistente em acreditar em Marwan acaba sendo convencido e em 6 de outubro de
1973 Israel horas antes do conflitos começa a mobilizar suas tropas, onde provavelmente
o Egito iria tomar novamente as colinas de Golã e o canal de Suez, enquanto as tropas
Sirias o Sinal.
Uma resolução emitida pela Organização das Nações Unidas, precisamente pelo
seu Conselho de Segurança, pôs termo à Guerra do Yom Kippur. Trata-se da resolução
n. 338.
Esta informação foi tal agregadora que evitou que mais mortes ocorressem dos
dois lados. Após a Guerra Ashraf tornou se secretário das relações exteriores no governo
de Sadat, posteriormente mudou- se para Londres, onde veio se tornar um homem de
negócios.
Em 2007 o “anjo” veio a falecer, por circunstâncias misteriosas, ao cair do seu
apartamento.
Após sua identidade ser confirmada, Ashraf Marwan tornou respeitada, tanto no
Egito e em Israel.

5 Operações notáveis

5.1 Operação Garibaldi

A Segunda Guerra Mundial, ocorrida em 1939 a 1945, despertou uma enorme dor
ao povo judeu em razão do genocídio causado pelos nazistas de cerca de seis milhões de
judeus que ficou conhecido na história como o Holocausto. Esse extermínio gerou um
grande sentimento de vingança que foi considerada uma norma tácita do Estado de Israel
em agir contra seus inimigos. E desde a criação do Mossad na década de 50, o serviço de
inteligência israelense tinha como objetivo perseguir os inimigos de Israel em qualquer
lugar do planeta. Havia um grupo que dedicava na perseguição de nazistas, conhecidos
como nokmin (“vingadores”), formada por Karmi, Maier Shorea e Haim Harkov e o
executor Shev Kerem, o grupo recebia os alvos dessa lista e executava sem deixar nenhum
rastro. Eles obtiveram ajuda dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e do governo
britânico ao conseguir uma lista de membros dos membros da organização nazista
Schutzstaffel (SS). E com essa lista, eles conseguiram encontraram uma casa de um
centro administrativo da Gestapo, a polícia secreta nazista. Nesta casa, havia um casal
que resolveram repassar informações para os judeus de antigos membros da Gestapo e da
SS, tais como datas de nascimento, missões, funções e formação.
Uma de suas maiores operações foi a conhecida como Operação Garibaldi, que
foi a primeira missão autorizada politicamente pelo David Ben-Gurion, primeiro chefe de
governo de Israel. A ordem dada ao diretor do Mossad daquela época, Isser Harel, para
sequestrar e transferir Adolf Heichmann para Israel, militar da Alemanha Nazista que foi
um dos principais envolvidos na formulação do plano chamado Solução Final, que visava
a dizimação da população judaica. Essa operação foi comandada pelo Rafael “Rafi” Eitan,
um jovem que criou uma subunidade chamada Kidon (“Baioneta”) na qual era um grupo
de operações especiais para assassinatos, na qual foi bastante temida. Com uma regra
básica de atuação na qual poderia matar lideranças políticas e nem inocentes, tão pouco
a família dos terroristas e com a devida autorização do então primeiro-ministro. As
decisões precisam ser tomadas de forma burocrática, escrita e formal.
E com isso, uma pista do paradeiro do nazista Adolf Eichman foi obtida por um
informante, Jules Lemoine, que trabalhou no Escritório Central de Segurança do Terceiro
Reich e foi antigo tripulante do iate Djeilan, onde a proprietária ajudava nazistas a escapar
após o fim da Segunda Guerra na Operação Convento ou Corredor Vaticano. Ele
informou aos judeus que um nazista importante estava esperando na Cidade do Vaticano
para receber salvo-conduto de refugiado para a Argentina no verão de 1950, em Buenos
Aires, com o nome de Ricardo Clemente. Todavia, o nome não constava nos relatórios de
inteligência israelense. Somente anos depois que conseguiram descobrir que Adolf
Eichmann e Ricardo Clemente era a mesma pessoa.
Fritz Bauer, funcionário do governo alemão de origem judaica condenado como
inimigo do Estado alemão, ajudou o Mossad na localização de Eichmann.
Assim, havia propósito de fazer justiça divina, seguir a lei de talião, olho por olho,
dente por dente. Pois essa operação uma alternativa que o Estado israelense buscou em
expor os crimes que os nazistas causaram aos judeus como também revelar o poder da
agência de inteligência do Mossad em busca de respeito internacional.
Eichmann buscava uma vida simples, para que não tivesse atenção, mas ao mudar
de profissão e mudar de cidade, despertou o serviço de inteligência argentino em alerta
sob continua vigilância pois os argentinos haviam descoberto a verdadeira identidade do
nazista. Essa manobra complicou ainda mais a atuação do grupo israelense.
Desta forma, o primeiro ministro de Israel precisava ter certeza da identidade
verdadeira de Ricardo Clemente para autorizar o sequestro de Adolf Eichman. Assim O
líder do nokmin, ordenou buscar a certidão de óbito dele com sua esposa em Viena, Vera
Eichmann que relatou que ele foi morto durante um bombardeiro, entretanto, ela
despareceu e voltou a aparecer na Argentina casada com Ricardo Clemente.
O extenso relatório de investigação de Ricardo continha fotos que foram
mostradas a israelenses que haviam conhecido Eichmann em campos de concentração e
mesmo assim, eles não reconheceram Ricardo e Eichmann como a mesma pessoa.
Acontece que um dia 21 de março, um agente informou que o Clemente havia
parado numa floricultura e comprou um grande ramalhete de flores e a informação num
papel constava a data 21 de março. Houve uma extensa investigação e descobriram que
Vera e Adolf Eichmann se casaram no dia 21 de março de 1935 e Vera Clemente, seu
segundo suposto marido, casado em 11 de agosto de 1958.
Mas ainda os judeus precisavam de mais pistas, e a segunda foi um informante
judeu na Argentina tinha uma filha que tinha uma amizade com Nicolas Clemente, que
com certeza era filho de Eichmann. Foi relatado quando ela estava em grupo de amigos,
Nicolas disse abertamente que Hitler deveria ter acabado com todos os judeus e que o pai
dele pensava o mesmo. A terceira pista foi uma amante de Eichmann que veio também
para a Argentina, mas foi abandonada e conseguiu um emprego de garçonete.
Foram descobertos pela argentina e um pro-nazista e assessor do presidente e Juan
Domingo Perón, ajudou Eichmann entregando um passaporte com contados para ficar na
Bolívia ou Paraguai.
Assim, foi dada a ordem para a grande operação do sequestro de Adolf Eichmann
que seria retirado do país com um avião da Britannia com os distintivos da El Al, que
havia uma cela especial dentro dele. A operação foi planejada no dia 11 de maio na rua
da casa do Eichmann. O nazista tinha mudado a rotina, e apareceu 20h10 saindo de um
ônibus que levava ele para o trabalho na fábrica da Mercedes-Benz. Enquanto um carro
de portas abertas o seguia, um agente, Peter Mlakin, se aproximou disse: “Um momento,
senhor” e o homem tropeçou no sapato, mas foi agarrado pelos agentes e levado por eles
para um apartamento de segurança máxima. Lá um agente começou a ler características
físicas de uma pessoa. Ele dizia que chamava Ricardo, mas os judeus pediam o nome
alemão. E com insistência ele respondeu “Adolf Eichmman”. Perguntou se haviam
executado seus familiares, mas foi negado pelo serviço secreto.
Eichmann foi disfarçado de piloto de companhia área e foi dado uísque e foi
sedado. Um agente forçou vômnito e passou despercebido pelos soldados.
E por fim, Adolf Eichmann apareceu em um tribunal de Israel, onde foi condenado
à morte por enforcamento.

5.2 Operação Moisés (missão no mar vermelho – judeus etíopes)

Muitos judeus etíopes foram resgatados pelo Mossad, na década de 1980, quando
sofriam grandes perseguições de natureza religiosa. A origem dos judeus etíopes não é
certa, mas as principais hipóteses são: (1) em aproximadamente 950 a.C., alguns judeus
teriam retornado à Etiópia juntamente com pessoas da parte da rainha de Sabá6; (2)
fugitivos de guerras civis ocorrentes em Israel; (3) exilados após a invasão e destruição
de Jerusalém por volta de 586 a.C7. O nome dado a esses grupos é Beta Israel.
Da Etiópia, alguns do grupo foram para o Sudão e, em 1977, um desses integrantes
enviou mensagens pedindo ajuda ao governo de Israel. O Primeiro-Ministro era
Menachem Begin.
A autoridade israelense, então, determinou que o Mossad atuasse no caso. De
acordo com Raffi Berg (2019) “A Mossad instruiu um de seus agentes, Dani, a localizar
Ferede e encontrar formas de transportar quaisquer judeus etíopes no Sudão para Israel.”
Ferede era um daqueles membros que haviam fugido para o Sudão.
A solução mais viável era utilizar o mar vermelho. E, durante as pesquisas, o
Mossad descobriu os resorts litorâneos. O local estava abandonado e foi retratado como
uma “miragem” por Dani.

6
Ver: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49206063
7
Ibid.
Agentes do Mossad negociaram com o governo sudanês os investimentos na
região e Israel garantiu o financiamento de reformas e equipamentos. Permaneceram na
administração do resort por 5 anos. Os agentes realizaram 28 vôos de retirada de judeus
etíopes do Sudão. Apesar dos riscos, a operação foi considerada exitosa. Foram resgatadas
6.380 pessoas, todos judeus etíopes. A missão recebeu o nome de Operação Moisés.

5.3 Operação Ira de Deus

A operação Ira de Deus foi realizada pelo Mossad após o ataque terrorista a judeus
em Munique, em 1972, durante as Olimpíadas. 11 judeus foram mortos na ocasião. Os
terroristas invadiram a Vila Olímpica de madrugada e fizeram os judeus reféns, depois os
mataram.
O Mossad, sob comando da Primeira-Ministra Golda Meir, enviou agentes à
Europa afim de assassinar os terroristas palestinos.
Será reproduzido um vídeo sobre essa operação específica, e a apresentação se
baseará principalmente no filme Munique (2005) de Steven Spielberg. Por essa razão,
este trabalho escrito está limitado a este breve resumo.
Isso porque o material de referência para essa operação é principalmente
composto por notícias e outras mídias, como vídeos e filmes.

6 Bibliografia

Archive.org. Cronologia da vida de Eli Cohen. Disponível em:


<https://web.archive.org/web/20110719050640/http://www.elicohen.org/resources/chro
nology.php>. Acesso em: 03 de out. de 2019.

BERGMAN, Ronen. The Secret History of Mossad, Israel’s Feared and Respected
Intelligence Agency. New Statesman America, 15 de Ago. de 2018. Disponível em:
<www.newstatesman.com/world/middle-east/2018/08/secret-history-mossad-israel-s-
feared-and-respected-intelligence-agency>. Acesso em: 29 de set. de 2019.

FRATTINI, Eric. Mossad: os carrascos de Kidon. Adaptação Alessandra Miranda de


Sá 1. ed. São Paulo: Seoman, 2014.

Judeus da Etiópia. Revista Morashá. Edição 40, março de 2003. Disponível em:
<http://www.morasha.com.br/comunidades-da-diaspora-1/judeus-da-etiopia.html>.
Acesso em: 01 de outubro de 2019.

PIKE, John. Mossad: The Institute for Intelligence and Special Tasks. Federation of
American Scientists. Disponível em: <fas.org/irp/world/israel/mossad/>. Acesso em 01
de out. de 2019.
Raffi Berg. O resort usado por espiões da Mossad para resgatar judeus 'perdidos' no
Sudão. BBC Brasil. 8 de agosto de 2019. Disponível em: <
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49206063>. Acesso em: 24 de setembro
de 2019.

SHEPOSH, R. Mossad. Salem Press Encyclopedia, [s. l.], 2019. Disponível em:
<http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=ers&AN=133861168&lang=p
t-br&site=eds-live>. Acesso em: 3 out. 2019.

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