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A SOBERANIA
Qualidade que cerca o poder do Estado.
Indica o poder de mando em última instância, numa sociedade política.
Constitui-se na supremacia do poder dentro da ordem interna e no fato de, perante a
ordem externa, só encontrar Estados de igual poder (ordem interna – princípio da
subordinação; na ordem internacional – princípio da coordenação)
A CIDADANIA
É a prerrogativa da pessoa física de exercer direitos políticos (sentido estrito,
stricto sensu)
É também o critério a ser observado como indispensável ao gozo de certas
prerrogativas e garantias constitucionais (ex., o cidadão pode propor ação popular
(art. 5.º, LXXIII), participando do processo de iniciativa das leis complementares e
ordinárias (art. 61, caput).)
Sentido lato, lato sensu: participação política do indivíduo nos negócios do Estado e
mesmo em outras áreas do interesse público.
O PLURALISMO POLÍTICO
Pluralismo significa participação plural na sociedade.
A democracia impõe formas plurais de organização da sociedade (variedades de
igrejas, escolas, universidades, empresas, sindicatos, organizações culturais e não-
governamentais)
• Fomentar a pluralidade de visões distintas daquelas adotadas pelo Estado.
• Possibilidade de oposição e controle do Estado.
Importante, contudo, é que o dispositivo em tela não permite que um dos “poderes”
invada a esfera de competências alheias
O rol do art. 3.º não é taxativo, mas exemplificativo, uma vez que não exaure os
escopos a que se destina a República Federativa do Brasil.
O certo é que o dispositivo traz os objetivos definidos como categorias
fundamentais, que se instrumentalizam por meio dos aludidos princípios.
I – independência nacional;
Entenda-se por independência nacional o mesmo que soberania.
O Estado brasileiro é independente.
Sua vontade não está condicionada a nenhuma outra vontade, inclusive nas relações
de natureza econômica.
Para Celso Bastos: “Não pode ser vista tão-somente como a manutenção de Forças
Armadas para defender o País contra uma invasão estrangeira, que pode, sem
dúvida, simbolizar a forma mais rude da perda da independência nacional”.
• Plano externo: perda da capacidade de auto-determinação.
• Plano interno: as forças que podem colocar em risco a independência
nacional não provém exclusivamente de estrangeiro, podendo advir de forças
desagregadoras (beligerância civil).
IV – não-intervenção;
Perspectiva de abstenção deliberada de interferência nos assuntos internos de outros
Estados.
É a proibição de um Estado imiscuir-se sobre outro em assuntos de natureza interna,
em respeito ao primado da soberania.
O Estado brasileiro deve repelir qualquer tentativa de ameaça à sua organização
interna, que possa prejudicar seu desenvolvimento econômico, político, social e
cultural.
Impedir que outro Estado dite princípios cerceadores de sua independência
(sobretudo, sua liberdade de tomar decisões).