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FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

(art. 1º, CF/88)

A soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a crença nos valores


sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

Fundamentos: devem ser entendidos como o embasamento/estrutura/razão de ser do


Estado; seus valores primordiais, imediatos, que em momento algum podem ser
colocados de lado.

A SOBERANIA
Qualidade que cerca o poder do Estado.
Indica o poder de mando em última instância, numa sociedade política.
Constitui-se na supremacia do poder dentro da ordem interna e no fato de, perante a
ordem externa, só encontrar Estados de igual poder (ordem interna – princípio da
subordinação; na ordem internacional – princípio da coordenação)

• A soberania como fundamento do Estado brasileiro significa que dentro do


nosso território não se admitirá força outra que não a dos poderes
juridicamente constituídos, não podendo qualquer agente estranho à Nação
intervir nos seus negócios.
• Reflexão: no entanto, o princípio da soberania é fortemente corroído pelo
avanço da ordem jurídica internacional (globalização; constituição global
etc.)

A CIDADANIA
É a prerrogativa da pessoa física de exercer direitos políticos (sentido estrito,
stricto sensu)
É também o critério a ser observado como indispensável ao gozo de certas
prerrogativas e garantias constitucionais (ex., o cidadão pode propor ação popular
(art. 5.º, LXXIII), participando do processo de iniciativa das leis complementares e
ordinárias (art. 61, caput).)
Sentido lato, lato sensu: participação política do indivíduo nos negócios do Estado e
mesmo em outras áreas do interesse público.

A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA


É o valor constitucional supremo que agrega em torno de si a unanimidade dos
demais direitos e garantias fundamentais do homem, expressos na Constituição de
1988.
Sua observância é obrigatória para a interpretação de qualquer norma constitucional
devido à força centrípeta que possui, atraindo em torno de si o conteúdo de todos os
direitos básicos e inalienáveis do homem.
Para o saudoso constitucionalista Celso Bastos, esse princípio preocupa-se mais em
proporcionar às pessoas condições para uma vida digna, principalmente no que
tange ao fator econômico. Além do que condenar práticas como a tortura, o racismo
etc.
Coloca a pessoa como fim último de nossa sociedade e do Estado, e não como
simples meio para alcançar certos objetivos, como o econômico.

OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA


O trabalho deve ser livre (banimento do trabalho escravo)
O trabalho deve obrigatoriamente ter seu valor reconhecido por meio de justa
remuneração e de condições razoáveis para o seu desenvolvimento (proteção ao
trabalhador; meio ambiente do trabalho).
Por sua vez, o livre empreendedor, que é aquele que se arrisca no jogo do mercado,
não deve ser “massacrado” pelas mãos quase sempre pesadas (tributos) do Estado.
• o Estado deve intervir na economia de modo a dar significação a esses
fundamentos da República Federativa do Brasil.

O PLURALISMO POLÍTICO
Pluralismo significa participação plural na sociedade.
A democracia impõe formas plurais de organização da sociedade (variedades de
igrejas, escolas, universidades, empresas, sindicatos, organizações culturais e não-
governamentais)
• Fomentar a pluralidade de visões distintas daquelas adotadas pelo Estado.
• Possibilidade de oposição e controle do Estado.

O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA TRIPARTIÇAO DOS


PODERES (art. 2º, CF/88)
A melhor denominação seria tripartição de funções, porque o poder político é uno e
pertence ao povo.
O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são meros órgãos que exercem funções do
Estado (que exerce o poder em nome do povo).

• quem identificou as três funções(divisão) do Estado foi Aristóteles.


Montesquieu apenas demonstrou que essa divisão possibilitaria um maior
controle do poder.
• Ideia de um sistema de “freios e contrapesos” – cada órgão exerce a sua
função (função típica) e controla a do outro.
• A divisão rígida destas funções, no entanto, está superada.
• Cada um destes órgãos é obrigado a realizar atividades que tipicamente não
seriam suas; não são funções inerentes a cada órgão, mas sim secundárias ou
subsidiárias (denominadas funções atípicas).
• Assim, o Legislativo também administra e julga (arts. 51, IV e 52, XIII,
CF/88); o Executivo julga e legisla (art. 62 e 68, § 2.º, CF/88) e o Judiciário
legisla e administra (art. 96, I, a e f, CF/88).

Importante, contudo, é que o dispositivo em tela não permite que um dos “poderes”
invada a esfera de competências alheias

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º, CF/88)

A ideia de objetivos não se confunde com a de fundamentos.


Os fundamentos são inerentes ao Estado, - fazem parte de sua estrutura -, ao passo
que os objetivos consistem em algo exterior à estrutura do Estado e, portanto, devem
ser perseguidos por meio de ações estatais.

O rol do art. 3.º não é taxativo, mas exemplificativo, uma vez que não exaure os
escopos a que se destina a República Federativa do Brasil.
O certo é que o dispositivo traz os objetivos definidos como categorias
fundamentais, que se instrumentalizam por meio dos aludidos princípios.

I – CONSTRUIR UMA SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA;

A CF/88 quis consagrar a liberdade, o ideário de Justiça e a solidariedade.

II – GARANTIR O DESENVOLVIMENTE NACIONAL;

É termo empregado, sobretudo, no âmbito econômico.


Passagem de uma sociedade agrária para uma sociedade industrial, com aumento do
PIB (produto interno bruto = é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos
por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano) e da renda per capita.
Objetiva por mudanças sociais (melhoria nas condições de vida do homem,
propiciando-lhe estabilidade, educação, saúde, cultura etc.).

III – ERRADICAR A POBREZA E A MARGINALIZAÇÃO E REDUZIR AS


DESIGUALDADES SOCIAIS E REGIONAIS;

Refletir sobre o salário mínimo nacionalmente unificado; políticas públicas


inclusivas de pleno emprego.
IV – PROMOVER O BEM DE TODOS, SEM PRECONCEITOS DE
ORIGEM, RAÇA, SEXO, COR, IDADE E QUAISQUER OUTRAS FORMAS
DE DISCRIMINAÇÃO.

Refletir sobre o princípio da igualdade.

O BRASIL NA ORDEM INTERNACIONAL

Art. 4.º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações


internacionais pelos seguintes princípios:

I – independência nacional;
Entenda-se por independência nacional o mesmo que soberania.
O Estado brasileiro é independente.
Sua vontade não está condicionada a nenhuma outra vontade, inclusive nas relações
de natureza econômica.
Para Celso Bastos: “Não pode ser vista tão-somente como a manutenção de Forças
Armadas para defender o País contra uma invasão estrangeira, que pode, sem
dúvida, simbolizar a forma mais rude da perda da independência nacional”.
• Plano externo: perda da capacidade de auto-determinação.
• Plano interno: as forças que podem colocar em risco a independência
nacional não provém exclusivamente de estrangeiro, podendo advir de forças
desagregadoras (beligerância civil).

II – prevalência dos direitos humanos;


Este dispositivo é inovação da Constituição de 1988.
Nas Constituições anteriores não vinha expresso em nosso ordenamento
constitucional.
• O constituinte atentou para a importância dos direitos humanos, reforçando a
ideia de que o respeito às prerrogativas do homem também devem guiar as
relações exteriores da República Federativa do Brasil.
A discussão que se trava é quanto à prevalência dos direitos humanos na ordem
mundial; relaciona-se ao problema da efetividade das normas que integram os
sistemas internacionais.

III – autodeterminação dos povos;


Veio para afirmar a soberania do Brasil nas suas ligações com outros Estados,
reforçando os preceitos constitucionais dos arts. 1.º e 4.º, I, da Constituição de 1988.
* Embora seja inegável a interdependência cada vez maior entre os Estados, que
diminui a efetiva capacidade de autodeterminação, não se pode negar que eles
mantêm a ilimitação do seu poder.
Para Celso Bastos, “Mesmo os laços mantidos com organismos internacionais não
são de molde a retirar dos Estados este papel de protagonistas por excelência da cena
internacional”.

IV – não-intervenção;
Perspectiva de abstenção deliberada de interferência nos assuntos internos de outros
Estados.
É a proibição de um Estado imiscuir-se sobre outro em assuntos de natureza interna,
em respeito ao primado da soberania.
O Estado brasileiro deve repelir qualquer tentativa de ameaça à sua organização
interna, que possa prejudicar seu desenvolvimento econômico, político, social e
cultural.
Impedir que outro Estado dite princípios cerceadores de sua independência
(sobretudo, sua liberdade de tomar decisões).

V – igualdade entre os Estados;


(do ponto de vista jurídico)
Por meio desse princípio, procurou-se instaurar uma ordem econômica justa e
equitativa, com a abolição de todas as formas de dominação de um Estado por outro.
Significa que o Brasil, em suas relações com outros Estados, não deve sujeitar-se ao
controle econômico, político, social e tecnológico de outras organizações estatais.

VI– defesa da paz;


(exclusão implícita da guerra)
O constituinte considerou a proteção da paz como uma das diretrizes explícitas,
inspiradoras dos relacionamentos internacionais do Brasil com outros Estados da
ordem mundial
Pode-se ainda entender que o dispositivo em tela impõe ao Brasil trabalhar para que
a solução dos conflitos exteriores ocorra a partir de negociações, arbitragem e outros
meios pacíficos, sempre com a cooperação dos organismos internacionais de que o
Brasil tome parte.
* Além de homenagear a defesa da paz, a Constituição de 1988 assegurou a
exploração de serviços e instalações nucleares de qualquer natureza, mas
somente para fins pacíficos e mediante a aprovação do Congresso Nacional (art. 21,
XXIII, a).

VII – solução pacífica dos conflitos;


Este princípio abrange duas categorias de soluções:
a) soluções de caráter diplomático ou não jurisdicionais, como negociações diretas,
congressos, conferências, mediação, consulta, conciliação;
b) soluções jurisdicionais, como arbitragem, recurso à Justiça Internacional,
comissões de inquérito e de conciliação, comissões mistas.
O intuito é extirpar medidas violentas, quiçá, coativas, donde emerge o debate
“sobre quais mecanismos de política exterior são aceitáveis nos marcos do
paradigma do compromisso com a solução pacífica dos conflitos(...).”
Questão: E os embargos econômicos, como método utilizado na esfera das relações
internacionais para induzir a mudanças na política externa ou interna de um Estado?
Não estaria havendo, caso o Brasil aderisse aos embargos dessa natureza, a não
observância do princípio constitucional em tela? Ou ainda, não haveria uma
desconsideração, de forma mais ampla, do princípio da prevalência dos direitos
humanos, já que, os embargos atingem, em última análise, a população do território
do Estado embargado? Fica a reflexão.

VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;


Este princípio deriva da concepção democrática e asseguradora das liberdades
públicas, segundo a qual todos são iguais etnicamente, sem qualquer distinção.
A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão (art. 5.º, XLII), enquanto o terrorismo é tido como crime inafiançável e
insuscetível de graça ou anistia, por ele respondendo os mandantes, os executores e
os que, podendo evita-lo, se omitirem (art. 5.º, XLIII).
O terrorismo, em sentido amplo, é o emprego intencional e sistemático dos meios e
das formas de se provocar o terror junto aos detentores do poder, ao próprio governo
ou, simplesmente, a uma administração pública. Abrange até dirigentes
empresariais.
*Caracteriza-se pela intenção deliberada de provocar alarme ou dano à coletividade
e aos indivíduos particularmente, no intuito de intimidá-los, bem como um governo
de um país ou de diversos países.

IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;


O seu objetivo é, antes de tudo, salientar as diferenças e as disparidades, para
constatar as causas que tolhem o progresso da humanidade, tendo em vista a Carta
das Nações Unidas de 1945 (art. 1.º), que apregoa a cooperação internacional entre
os povos, a fim de resolver os problemas internacionais de caráter econômico,
social, cultural ou humanitário, buscando promover e estimular o respeito aos
direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos sem qualquer distinção de
raça, sexo, língua ou religião.

X – concessão de asilo político;


“Asilo político é o acolhimento, pelo Estado, de estrangeiro perseguido alhures –
geralmente, mas não necessariamente, em seu próprio país patrial – por causa de
dissidência política, de delitos de opinião, ou por crimes que, relacionados com a
segurança do Estado, não configuram quebro do direito penal comum (...). O asilo
político, na sua forma perfeita e acabada, é territorial: concede-o o Estado àquele
estrangeiro que, havendo cruzado a fronteira, colocou-se no âmbito espacial de sua
soberania, e aí requereu o benefício. Em toda parte se reconhece a legitimidade do
asilo político territorial, e a Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU
1948) faz-lhe referência” (J. F. Rezek, Direito internacional púlbico: curso
elementar, 5 ed. Ver. e atual., São Paulo, Saraiva, 1995, p. 219)

• A finalidade é proteger a pessoa contra atos violentos e discriminadores do


Estado. Proibiu-se, com a consagração expresse deste inciso, todo e qualquer
ato arbitrário e imotivado, comprometedor da intimidade, do conforto e da
segurança das pessoas que possuem nacionalidade diversa da brasileira.
• O estrangeiro, por essa determinação constitucional, que se encontrar
perseguido por autoridades de outros Estados, bem como por pessoas ou
grupos que se achem fora do controle estatal, poderá valer-se do asilo
político.
• A expressão asilo político deve ser interpretada com vastidão de sentido,
abrangendo:
a) o asilo diplomático – concedido a estrangeiros nas legações, nas sedes de
missões diplomáticas ordinárias, na residência de chefes de missões, em
navios de guerra e aeronaves militares que se encontrem no espaço territorial
do Estado;
b) o asilo territorial – recebimento de estrangeiros perseguidos por motivos
políticos em outros países;
c) o asilo neutro – concedido por um Estado, que não esteja participando da
guerra, a membros das forças armadas dos Estados beligerantes.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração


econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações.

O Estado brasileiro, por essa determinação, ficou autorizado a se integrar em uma


comunidade latino-americana de nações.

Objetivo deste parágrafo:

*estabelecer a homogeneidade entre os povos da América Latina em relação à


economia, à política, aos cultos, aos costumes etc.; o MERCOSUL foi o primeiro
passo.

* agregar os países latino-americanos para cooperarem com os povos do mundo,


buscando o progresso da humanidade e abrindo as discussões em torno do Mercosul
e das normas editadas a estatuir sua efetiva consolidação.

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