REVOLUÇÃO FRANCESA E ERA NAPOLEÔNICA

ORIENTADOR METODOLÓGICO DOLPHQWRV 0DV HOD IRL LQWHQVLȴFDGD SHORV JDVWRV

excessivos da corte, a concorrência com os produ-
tos industrializados ingleses, além dos prejuízos
Revolução francesa resultantes da Guerra dos Sete Anos e do apoio
e era napoleônica oferecido aos EUA durante sua luta pela indepen-
dência.

Conteúdo: 3) Um episódio situado logo no início da revolu-

• Principais características da França às véspe- ção em que o pânico se espalhou pelo campo,
ras da Revolução; quando muitos servos invadiram castelos, saque-
• A primeira etapa da Revolução, sob a lideran- ando-os e incendiando-os.
ça da burguesia;
• A Contrarrevolução;
• A Convenção Nacional e o período do Terror;
• A Reação Termidoriana;
• O Diretório;
• A ascensão de Napoleão Bonaparte;
• Principais aspectos do Consulado e do Império;
• O declínio do Império napoleônico;
• O Governo dos Cem Dias;
• O Congresso de Viena.
Objetivos de aprendizagem:
• Conhecer os fatores econômicos, sociais e
políticos que motivaram a Revolução Francesa,
destacando ampla participação popular e a es-
sência burguesa do movimento;
ȏ$QDOLVDURVFRQȵLWRVGHLQWHUHVVHHDVGLVSX-
tas políticas durante a Revolução Francesa;
• Compreender a Era Napoleônica como uma
extensão da Revolução Francesa, já que se man-
teve o apoio à burguesia;
• Conhecer as razões que levaram ao enf-
raquecimento do Império napoleônico.
Sugestões didáticas:
ȏ([LEL©¥RGRȴOPH Danton, que conta a história
do líder revolucionário e do seu confronto com
Robespierre. Outra opção interessante, embora
não focada na revolução, e sim no Absolutismo, é
O homem da máscara de ferro.
Praticando:
1) Porque era uma sociedade fortemente hierar-
quizada, dividida em diferentes grupos (estamen-
tos), em cujo interior existia uma grande diversi-
dade.
2) A crise econômica foi resultado das alterações
climáticas que geraram más colheitas, levando,
consequentemente, ao aumento dos preços dos
1
$PHQL]DUDFULVHȴQDQFHLUDDWUDY«VGRFRQȴVFR
e leilão dos bens da Igreja, além de limitar o po-
der do antigo Primeiro Estado.
5) O voto censitário, a liberdade econômica, a
SURLEL©¥R GDV JUHYHV D LJXDOGDGH MXU¯GLFD R ȴP
da servidão (maior disponibilidade de mão de
obra e mercado consumidor), além da defesa da
propriedade privada.
6) Porque temiam que as ideias revolucionárias
ultrapassassem as fronteiras da França e inspi-
rassem novas revoluções.
7) Os girondinos se sentavam na ala direita da
Convenção. Eles eram representantes da alta bur-
guesia e defendiam os interesses desse grupo. Os
jacobinos, por sua vez, representavam, principal-
mente, as camadas populares, sentavam-se na
ala esquerda e defendiam ideias consideradas ra-
dicais, como a decapitação do rei e a abolição da
escravidão.
8) Porque nesse período milhares de pessoas
foram executadas por serem consideradas inimi-
gas da revolução.
9) Foi o golpe através do qual a burguesia domi-
nou a Convenção Nacional e retomou o controle
sobre a revolução.
10) O Diretório foi o governo formado após a Reação
Termidoriana, sendo composto por cinco indivíduos
eleitos através do voto censitário.
11) Foi o golpe realizado por Napoleão Bonaparte
com o apoio de setores da burguesia e que deu
início à Era Napoleônica.
12) Foi o longo período em que Napoleão este-
ve à frente do governo na França. Ela é dividida
em duas fases: Consulado (1799-1804) e Império
(1804-1815).
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REVOLUÇÃO FRANCESA E ERA NAPOLEÔNICA
13) O principal objetivo da Concordata de 1801
era restabelecer as relações com a Igreja Católica,
que haviam sido rompidas durante a revolução.
14) O Bloqueio Continental foi criado para
enfraquecer a Inglaterra, isolando-a econo-
micamente.
23) A Constituição de 1791 atendia aos interesses
da burguesia, através, por exemplo, do voto cen-
sitário e da Lei de Chapelier, enquanto a Cons-
tituição do Ano I (1793), promulgada durante o
domínio dos jacobinos, defendia medidas popu-
lares, tais como o voto universal masculino.
15) Através da tática da terra arrasada, em que
eles destruíam as próprias cidades antes das
invasões napoleônicas para que o exército fran-
cês não tivesse como suprir suas necessidades,
de modo que muitos soldados morriam de frio,
fome e sede.
16) Foi o período em que Napoleão conseguiu re-
tornar à França e recuperar o poder, depois de ter
sofrido a derrota contra as tropas russas e ter sido
enviado para o primeiro exílio.
7DQWR%DEHXIFRPRRȴOµVRIRLOXPLQLVWD5RVVH-
DXSUHJDYDPRȴPGDJUDQGHSURSULHGDGHHXPD
sociedade baseada na igualdade social.
25) Porque a Inglaterra era a favor da indepen-
dência das colônias americanas para que pudes-
se ampliar o seu mercado consumidor uma, vez
que havia passado pela Revolução Industrial, au-
mentando, portanto, a sua capacidade produtiva.
26) E

17) Porque não tinha interesse em reprimir as lutas 27) B

SHODLQGHSHQG¬QFLDQD$P«ULFD$ȴQDOEDVHDGRQD
'RXWULQD 0RQURH R (8$ GHVHMDYD DIDVWDU D LQȵX- 28) A
ência europeia na América para exercer o domínio
sobre o continente. 29) C

30) D
Aprofundando:
18) Porque a Bastilha simbolizava o Absolutismo, 31) B
M£TXHKDYLDVLGRXPDIRUWDOH]DRQGHȴFDYDPRV
presos políticos, ou seja, aqueles que de alguma 32) A
IRUPDGHVDȴDYDPHDPHD©DYDPRSRGHUGRUHL
33) C
19) Não. Muitos integrantes das camadas popu-
lares, por exemplo, desejavam a igualdade so- 34) A
cial, enquanto a burguesia lutava, simplesmente,
pela igualdade jurídica para acabar com os pri- 35) B
vilégios do clero e da nobreza, mantendo o seu
domínio sobre os grupos mais pobres através do 36) C
voto censitário.
37) A
20) A Assembleia Nacional Constituinte foi impor-
tante porque representou o primeiro ato revolu-
2SDQȵHWRPRVWUDDLQVDWLVID©¥RGR7HUFHLUR
cionário, além de mostrar a preocupação em aca-
Estado pelo fato de ser composto pela imensa
bar com o Absolutismo, através da elaboração de
maioria da sociedade francesa, constituindo a
uma Constituição.
parcela produtiva da população que, no entanto,
sentia-se excluída devido a sua alienação política
3RUTXHFRPRȴPGR$EVROXWLVPRQDΖQJODWHU-
e à garantia de privilégios somente aos dois pri-
ra, quem passou a dominar o país foi a burguesia,
meiros estados: clero e nobreza.
a qual temia que as ideias radicais dos jacobinos
inspirassem uma revolução popular no seu ter-
ritório. 39) A charge critica a exploração a que estava
submetido o Terceiro Estado, o qual era o único
22) A elaboração de um novo calendário signi- pagar impostos e, portanto, sustentava as cha-
ficava o rompimento com a sociedade do Anti- madas “classes parasitas”.
go Regime e a inauguração de um novo tempo.
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2
 REVOLUÇÃO FRANCESA E ERA NAPOLEÔNICA

'HVDȴDQGR seriam remunerados pelo Estado.

40) Assembleia dos Estados Gerais – diante da
grave crise econômica e política pela qual a Fran-
ça passava, o rei Luís XVI autoriza a convocação
da Assembleia dos Estados Gerais. Contudo o im-
passe entre os membros dos Estados Gerais e as
insatisfações populares resultaram em revoltas
nas ruas, que culminaram com a tomada da Bas-
tilha e a formação da Assembleia Nacional.
Assembleia Nacional – nesse período, a As-
sembleia Nacional é liderada pelos girondinos,
que estabelecem uma monarquia constitucional.
Ao mesmo tempo, são criadas a Constituição Civil
do Clero e a Declaração do Direito do Homem e
do Cidadão.
Convenção Nacional – após a prisão do rei,
a França passa a ser uma república, governada
pelos jacobinos. É um momento marcado pela
instabilidade e a radicalização do movimento
revolucionário. O rei é condenado por traição e
executado.
Convenção Termidoriana – marcada pela der-
rubada dos jacobinos e pela criação da Constitui-
ção de 1795, que estabelecia o voto censitário.
Diretório – governo marcado pela corrupção
e instabilidade. O exército francês reprimiu várias
revoltas contra o governo dentro e fora da Fran-
ça, saindo fortalecido. O general de maior des-
taque foi Napoleão Bonaparte que, com o apoio
da burguesia e do exército, liderou o Golpe do 18
Brumário.
41) A Revolução Francesa resultou na derrubada
do Antigo Regime e dos privilégios da nobreza e
do clero, garantindo o fortalecimento da burgue-
sia e inspirando movimentos revolucionários em
diferentes partes do mundo.
42) A
Habilidades da BNCC
43) Através do poderio militar, o exército francês
FRQTXLVWDYD WHUULWµULRV H LQȵX¬QFLD HQTXDQWR DV
principais nações europeias se organizavam para
enfrentá-lo, impedindo, assim, a disseminação de
ideias revolucionárias.
45) E
46) Michelet se refere à Marcha a Versalhes (1789),
protagonizada pelas mulheres, a qual alcançou o
objetivo de trazer o rei Luís XVI e sua família para
Paris.
47) As mulheres fundaram clubes políticos, discur-
saram na Assembleia Nacional, participaram das
jornadas revolucionárias e pegaram em armas para
protestar, tal como ocorreu na Marcha a Versalhes.
48) A
'HVDȴDQGR
49) O hino foi composto pelo capitão do exército
francês Claude Joseph Rouget de Lisle, em 1792,
depois que tropas da Prússia e Áustria invadiram
a França com o propósito de reprimir a Revolução
Francesa.
50) O hino enfatiza a luta pela liberdade e o direito
de rebelião contra governos tiranos e opressores
(liberalismo político).
51) B
Pesquisando:
É importante que o aluno destaque o fato dos
grupos de “esquerda” defenderem, de um modo
geral, uma interferência mais ativa do governo, tan-
to na economia, como nos setores da vida social,
buscando promover a desconcentração da renda.
Em contrapartida, é importante esclarecer que os
partidos de “direita” defendem mais os direitos in-
dividuais e a intervenção mínima do Estado, além
de geralmente colocarem o patriotismo e os va-
lores religiosos e culturais tradicionais acima de
quaisquer outros projetos.

44) Napoleão favoreceu a burguesia através da

criação do Código Civil, o qual assegurava as con-
TXLVWDVGHVWHJUXSRVRFLDO-£RFOHURIRLEHQHȴFLD-
do com a criação da Constituição Civil do Clero, por
PHLR GD TXDO ȴFDYD HVWDEHOHFLGR TXH RV FO«ULJRV
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3
INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

ORIENTADOR METODOLÓGICO ocupar cargos políticos importantes.

Independência da América 3) Através da valorização da liberdade e da

Espanhola crítica ao sistema colonial.

Conteúdo: 4) Porque elas temiam que o mesmo ocor-

• A crise do antigo sistema colonial; resse em seu domínio, resultando na perda
do controle da situação e radicalização dos
• Principais motivações internas e ex-
movimentos de emancipação.
ternas para as lutas pela independência da
América espanhola;
5) Durante as guerras napoleônicas, a Es-
• O processo de independência da
panha acabou sendo invadida e dominada,
América espanhola;
o que impossibilitou a manutenção do seu
ȏ 6LJQLȴFDGRGDHPDQFLSD©¥R controle sobre as colônias localizadas na
América, as quais passaram a desfrutar da
Objetivos de aprendizagem: VLJQLȴFDWLYD DXWRQRPLD DWUDY«V GDV -XQWDV
ȏ&RPSUHHQGHUDVRULJHQVGRVFRQȵLWRV Governativas, o que estimulou as lutas pela
H DV LQȵX¬QFLDV H[WHUQDV TXH GHsencadear- independência.
am o processo de emancipação das colônias
espanholas na América; 6) “A América para os americanos”. Seu obje-
• Analisar as fases do processo de inde- WLYRHUDDIDVWDUDLQȵX¬QFLDHXURSHLDGRFRQ-
pendência da América espanhola; tinente, possibilitando a dominação dos EUA
ȏ5HȵHWLUVREUHDVOLPLWD©·HVGDLQGH- sobre o território.
pendência. 7) Porque não queriam a formação de na-
ções grandiosas e fortes, que ameaçassem
Sugestões didáticas: o seu poderio.
• Atividade individual ou em grupo
onde os alunos sejam orientados a confec- 8) Não. Os países recém-formados acabaram
cionar um mapa da América atual, identi- se tornando dependentes economicamente
ȴFDQGR RV SD¯VHV TXH QR SDVVDGR ȴ]HUDP da Inglaterra ou dos Estados Unidos.
parte da América espanhola.
Aprofundando:
Praticando:
9) Porque, embora possuísse poder econô-
2VLVWHPDFRORQLDOSRGHVHUGHȴQLGRFRPR
mico, não dispunha de poder político, já que
o conjunto de medidas implantado pelas
não podia ocupar os cargos mais importan-
metrópoles europeias nas suas colônias, no
tes, restritos aos peninsulares.
sentido de controlá-las e explorá-las.

10) O sistema colonial começou a entrar em

2) Peninsulares eram nobres nascidos na
crise devido às suas próprias contradições, já
Espanha e enviados pelo rei para ajudar na
que para continuar explorando as riquezas
administração colonial, enquanto os criollos
das colônias, as metrópoles precisaram es-
eram descendentes de espanhóis, nascidos
timular certo crescimento das mesmas, for-
na América, que, por esta razão, não podiam
talecendo as elites coloniais, que logo passa-
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4

riam a liderar as lutas pela independência.
Além disso, a manutenção das práticas co-
loniais mercantilistas começou a se chocar
com os interesses capitalistas, fortalecidos a
partir da Revolução Industrial.
11) Porque quando conquistou a indepen-
dência, o Uruguai, então chamado de pro-
víncia Cisplatina, não estava sob o domínio
da Espanha e sim do Brasil, que na época
também já havia se emancipado.
12) As lutas pela emancipação do México ti-
veram um caráter extremamente popular e
contaram com a liderança de dois padres:
Hidalgo e, posteriormente, Morelos. Essas
primeiras rebeliões, porém, foram reprimi-
das e as que aconteceram alguns anos de-
pois deveriam ter sido sufocadas por Au-
gustín Itubide que, no entanto, acabou se
aliando aos revolucionários e proclamando
a independência do México.
13) Porque nas lutas pela independência
das treze colônias, as elites se mantiveram
o tempo todo no controle do movimento, o
que não aconteceu na Revolução Francesa,
já que em uma das suas etapas as camadas
populares assumiram o poder e tomaram
medidas consideradas populares e extrema-
mente radicais.
14) E
15) B
16) A
17) E
18) A
5
INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
19) a) Transformar a América espanhola,
após a independência, num só país.
b) Cristóvão Colombo. Chamando a futura
nação de Colômbia.
c) As disputas políticas entre os criollos,
além da oposição da Inglaterra e dos EUA.
'HVDȴDQGR
20) Enquanto na América espanhola a in-
dependência resultou na fragmentação do
território e na implantação de repúblicas, no
Brasil manteve-se a unidade territorial e a
monarquia.
21) O fato do movimento ter sido liderado
por escravos.
22) B
23) Segundo o autor, já havia uma divisão
administrativa na América espanhola duran-
te o período colonial. Portanto, pelo fato de
já se tratar de um território fragmentado, ele
acabou dando origem a várias nações dife-
rentes.
24) Porque o sistema de capitanias heredi-
tárias não deu certo, mantendo-se, assim,
a unidade administrativa do Brasil, antes e
após a independência.
25) D
26) As pinturas muralistas seriam, segundo
o autor, um exemplo de arte revolucionária
cujo objetivo seria despertar a consciência
política das massas e levar a uma ação de
sentido social.
27) As obras destacam o simbolismo em tor-
no dos heróis que teriam liderado as lutas
pela independência do México.
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INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

28) C sociados. Seu objetivo é integrar a economia

dos países-membros, através, por exemplo,
Habilidades da BNCC: da comercialização de determinadas merca-
dorias sem tarifas alfandegárias. Não se pre-
29) A principal diferença entre a Independên-
tende, portanto, formar uma única nação na
cia do Haiti e as demais colônias do conti-
América Latina, mas a “livre” comercialização
nente americano reside no fato do processo
entre esses países – e, consequentemente, o
ser conduzido por escravos e seus descen-
seu fortalecimento diante de outros blocos,
dentes.
como o Mercado Comum Europeu – pode, em
parte, ser relacionado ao bolivarismo.
30) Elas temiam que o exemplo da rebelião
de escravos se espalhasse continente afora.
Por isso, as potências europeias e os Estados
Unidos não reconheceram a independência
da nova nação e ainda interromperam todas
as relações comerciais com o Haiti.

31) D

'HVDȴDQGR
32) O combate às injustiças sociais e a defesa
do esclarecimento popular e da liberdade.

33) Nos países comunistas, os meios de

SURGX©¥R ȴFDP QDV P¥RV GR (VWDGR Q¥R
havendo liberdade política ou pluralidade
partidária, sendo, assim, inaceitável pensar
diferentemente da ideologia dominante do
governo. Já nos países considerados boli-
varianos isso não acontece, havendo, por-
tanto, liberdade de expressão, entrada de
capital estrangeiro e parceria com empresas
privadas nacionais e estrangeiras.

34) D

Pesquisando:
Mercosul (Mercado Comum do Sul) é o
nome dado ao bloco econômico, criado em
1991, que reúne o Brasil, o Paraguai, a Argen-
tina, o Uruguai e a Venezuela (que passou a in-
tegrar o bloco em 2006), além do Chile, Bolívia,
Equador, Colômbia e Peru, como membros as-
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6

ORIENTADOR METODOLÓGICO
Independência do Brasil e
Primeiro Reinado
Conteúdo:
• A transferência da Família Real portuguesa
para o Brasil e as suas consequências;
• A Revolução Pernambucana de 1817 e a Re-
volução do Porto (1820);
• As disputas políticas no Brasil às vésperas da
emancipação;
• A Proclamação e consolidação da indepen-
dência;
• A Assembleia Constituinte de 1823 e a Cons-
tituição de 1824;
• Fatores que impulsionaram a abdicação de
D. Pedro I.
Objetivos de aprendizagem:
• Destacar as transformações resultantes da
transferência da Família Real portuguesa para
o Brasil e os diferentes interesses que estimula-
ram o movimento pela independência do Brasil;
• Interpretar a emancipação do Brasil como
um processo e não como um ato heroico de D.
3HGURHVHXVLJQLȴFDGR
ȏ ΖGHQWLȴFDU DV SULQFLSDLV FDUDFWHU¯VWLFDV GD
Constituição de 1824, destacando-se o Poder
Moderador;
• Analisar as causas da crescente impopularida-
de do imperador e o contexto da abdicação.
Sugestões didáticas:
ȏ $SUHVHQWDU DOJXPDV FHQDV GR ȴOPH Carlo-
ta Joaquina, princesa do Brasil, especialmente a
parte que se refere à transferência da Família
Real portuguesa para a América, buscando rea-
lizar uma crítica à tão difundida imagem de uma
fuga desorganizada.
Praticando:
1) Durante muito tempo, a partida da Família Real
portuguesa para o Brasil foi representada, sim-
plesmente, como uma fuga, ou seja, um ato de
covardia. Recentemente, no entanto, tal fato tem
sido interpretado como uma sábia e planejada
decisão do príncipe regente D. João, que, agindo
dessa forma, preservou a sua dignidade e desmo-
ralizou Napoleão.
7
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E PRIMEIRO REINADO
2) A solução foi elevar o Brasil à categoria de Rei-
no Unido a Portugal.
3) A Revolução Pernambucana foi motivada pela
insatisfação em relação à concentração do poder
no Rio de Janeiro e pelo aumento dos impostos
que serviam para sustentar o luxo da corte por-
tuguesa. Tal movimento, entretanto, foi rapida-
mente derrotado, devido à heterogeneidade da
sua composição e à divergência de interesses
GRVVHXVSDUWLFLSDQWHVFRPRȴFRXFODURQRDIDV-
tamento das elites que, diante da ampla partici-
pação popular, começaram a temer a radicaliza-
ção do movimento.
4) Através da Revolução, os rebeldes exigiam a
recolonização do Brasil, o retorno do rei para
Portugal e a limitação do seu poder através de
uma constituição.
5) O Partido Brasileiro era favorável à Indepen-
dência do Brasil, enquanto o Partido Português
desejava a sua recolonização.
6) Em primeiro lugar, porque D. Pedro também
era um membro da elite, o que afastaria a par-
ticipação popular. Ele era também o príncipe
regente, não sendo, portanto, necessário lutar
FRQWUD R JRYHUQR DO«P GH VHU ȴOKR GR SUµSULR
rei, fato que diminuía as chances de haver um
confronto armado contra Portugal.
7) O 7 de setembro, na verdade, é apenas uma
data simbólica, pois a independência não ocor-
reu de uma hora para outra, sendo resultado de
um longo processo que teve início com a trans-
ferência da família real para o Brasil. Mesmo
depois daquela data, houve lutas em algumas
províncias do país contra grupos que resistiam
e se opunham a independência. Além disso, o
reconhecimento externo não foi imediato, tendo
ocorrido somente nos anos seguintes.
8) Porque o projeto de constituição elaborado
pela Assembleia limitava o poder do imperador.
9) O sistema eleitoral se baseava no voto censitá-
rio, sendo estabelecida uma renda mínima para
que o indivíduo tivesse direito à participação po-
lítica.
EF2HIS806
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E PRIMEIRO REINADO

10) A abdicação de D. Pedro I foi impulsionada
pela crescente insatisfação da população com
relação ao seu governo devido ao seu autorita-
ULVPR¢LQWHQVLȴFD©¥RGDFULVHHFRQ¶PLFD¢UH-
pressão violenta à Confederação do Equador, ao
envolvimento do Brasil na Guerra da Cisplatina,
que estudamos, já que nela a emancipação pa-
rece ter sido realizada num único dia e D. Pedro
aparece como herói, aclamado por diferentes se-
tores da população.
D6LJQLȴFDTXHHODIRLLPSRVWDQ¥RKDYHQGR
à vida pessoal do imperador, que era considera-
portanto, votação para a aprovação das leis.
da imoral, além da sua excessiva preocupação
com a sucessão do trono português. b) Quer dizer que o país seria governado por
XPPRQDUFDUHLFXMRSRGHUSDVVDULDSDUDRȴOKR
mais velho, e assim sucessivamente.
Aprofundando:
11) A transferência da Família Real para o Brasil
resultou em profundas transformações urbanas,
administrativas e culturais, especialmente no Rio
de Janeiro. Ruas foram calçadas, pântanos dre-
nados e terrenos baldios transformados em pra-
ças. Vários órgãos públicos foram criados, como
D &DVD GD 0RHGD H R %DQFR GR %UDVLO D ȴP GH
empregar as elites portuguesas que chegaram à
colônia juntamente com a família real. Além dis-
so, para favorecer o desenvolvimento cultural,
foram fundados, por exemplo, o Teatro Real, a
Imprensa Régia, a Academia Real de Belas Artes
e a Biblioteca Real. Essas medidas, no entanto,
não favoreceram a todos os grupos sociais, visto
que o seu objetivo não era melhorar as condi-
ções de vida das camadas populares.
12) A transferência da Família Real para o Brasil,
a centralização do poder no Rio de Janeiro (trans-
formada em capital do Império) e a preservação
da dinastia de Bragança – com a ascensão de
D. Pedro I ao poder – foram os principais fatores
que ajudaram a evitar a fragmentação política e
a preservar o regime monárquico.
F 6LJQLȴFD TXH D DXWRULGDGH GD ΖJUHMD HVWDYD
submetida a do governo.
16) O episódio foi caracterizado pelo confronto
direto entre os adeptos do Partido Brasileiro e
os do Partido Português, que haviam preparado
um festejo para receber o imperador após uma
viagem mal sucedida, em que D. Pedro I havia
tentado recuperar o seu prestígio.
17) Porque era considerada pelo povo uma guer-
ra desnecessária que só gerou mortes e aprofun-
dou a crise econômica pela qual o Brasil passava.
18) Porque D. Pedro I demonstrou uma preocu-
pação maior com a sucessão do trono português
do que com os problemas internos do Brasil, que
foram agravados com os gastos para derrotar o
seu irmão D.Miguel e preservar a Coroa para sua
ȴOKD'0DULDGD*OµULD
19) A renovação dos Tratados de 1810, os em-
préstimos externos, os gastos para combater a
Confederação do Equador e a Guerra da Cisplati-
na, além da cunhagem de uma grande quantida-
 6LJQLȴFD TXH HOH HUD FRPSRVWR SRU JUXSRV de de moedas, o que gerou a sua desvalorização
variados, com interesses diversos. Apesar de HFRQVHTXHQWHPHQWHXPDV«ULDLQȵD©¥R
todos serem favoráveis à independência, eles
possuíam projetos diferentes para a sua consoli-
dação. Alguns, por exemplo, inspirados na Ingla- 20) Porque o imperador dava um duvidoso
terra, desejavam a formação de uma Monarquia exemplo de conduta moral, sendo constante-
3DUODPHQWDU HQTXDQWR RXWURV LQȵXHQFLDGRV mente encontrado em lugares frequentados por
pelo exemplo dos Estados Unidos, pretendiam bêbados e prostitutas, além de manter um longo
instaurar uma República. Havia, ainda, grupos e escandaloso romance com Domitila, a marque-
que lutavam pela manutenção da escravidão e VDGH6DQWRVFRPTXHPWHYHFLQFRȴOKRVHPER-
pelo afastamento das camadas populares em ra fosse casado.
relação às decisões políticas, enquanto outros
optavam pela abolição da escravatura e pela im- 21) D
plantação do voto universal masculino.
22) C
14) A pintura apresenta uma imagem da Procla-
mação da Independência bastante diferente da
23) B
EF2HIS806

8

24) B
25) E
26) D
27) A
28) A
29) E
30) C
31) a) A grande quantidade de produtos ingleses
no Brasil após a transferência da corte foi resul-
tado da abertura dos portos do Brasil às nações
amigas, em 1808.
b) Os produtos importados da Inglaterra pa-
gavam impostos mais baixos do que as merca-
dorias trazidas de todos os países, inclusive de
Portugal.
32) Por meio do Poder Moderador o imperador
WHULD VHPSUH D SDODYUD ȴQDO R TXH QD SU£WLFD
acabava invalidando os poderes Legislativo, Exe-
cutivo e Judiciário.
'HVDȴDQGR cia, voltada para a exaltação dos sentimentos
33) Independente da condição social, as mulhe- nacionalistas e a heroicização de D. Pedro I, con-
res são servidas por escravas e ambas realizam o siderado o líder da independência.
característico trabalho feminino: costurar, cuidar
GDFDVDHGRVȴOKRV
34) Segundo Debret, o cabelo mais longo e pen-
teado de uma das escravas demonstra que ela Pedro;
gozava de prerrogativas quando comparada a
outa escrava cujo cabelo extremamente curto mitiva;
revela o seu nível inferior.
35) c) as imagens foram feitas com base nas ob-
servações do artista da vida cotidiana do Rio de
Janeiro;
36) Ficava determinado a abertura do portos do
Brasil a todas as nações que conservassem paz e
harmonia com a Coroa portuguesa.
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INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E PRIMEIRO REINADO
37) A abertura dos portos do Brasil representou
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importante passo para que o Brasil alcançasse
sua autonomia anos mais tarde.
38) a) O Bloqueio Continental imposto por Napo-
leão Bonaparte;
Habilidades da BNCC:
39) Na época da chegada da Corte Portuguesa,
D. João procurou adequar o Rio de Janeiro à con-
dição de sede da Coroa. O objetivo era transplan-
tar as instituições portuguesas para o Brasil, ser-
vindo às necessidades da Corte portuguesa.
40) A criação da Impressão Régia tinha como
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leis, alvarás, decretos, cartas régias, editais. Mas
além de atender a demanda do governo real, a
imprensa passou a imprimir um pouco de tudo,
inaugurando, inclusive o romance e a novela no
Brasil.
41) d)Algumas atividades antes proibidas passa-
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42) Segundo ela, Pedro Américo não teve a inten-
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Brasil. Em seu quadro, ele simplesmente repre-
sentou uma imagem idealizada da independên-
43) A utilização de cavalos ao invés de jumentos
e mulas;
O tamanho da comitiva que acompanhava D.
Os uniformes de gala dos integrantes da co-
A postura ereta de D. Pedro, que segundo as
fontes, estaria indisposto;
A retratação da casa no fundo da tela, a qual
não existia na época.
A possível representação do próprio Pedro
Américo no quadro, o qual ainda não havia nasci-
do na época da proclamação da independência.
44) e) preservou os interesses básicos dos pro-
prietários de terras e de escravos que manteve
o governo monárquico como garantia de seus
privilégios.
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