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Vítimas da maldade

Michele Vaz Pradella

"Criança de cinco anos é estuprada e morta em Santa Maria"

"Criança pula do primeiro andar para não ser estuprada pelo pai"

"Criança de nove anos teria sido estuprada por pai e tios em Morro Reuter"

Estas são notícias apenas da última semana. Isso sem contar os casos não denunciados, nunca
descobertos, os crimes silenciosos que acontecem diariamente em vários lares do país. Ler
esse tipo de história acaba com meu dia, me tira o que ainda resta de fé na humanidade,
indigna, causa horror, ódio e outros sentimentos horríveis. Não vejo perdão para quem abusa
sexualmente de crianças. Não à toa, esse tipo de crime é hediondo até para os presidiários,
que julgam, condenam e castigam colegas de cela acusados de pedofilia.

O que é ainda mais absurdo é a ideia de muitos governantes atuais de que educação sexual
deve passar longe das escolas. "Crianças devem conversar sobre sexo com os pais", dizem.
Mas o que fazer quando o abusador está sob o mesmo teto? Professores, diretores e colegas
podem ser a única esperança de menores vítimas de abuso sexual.

Estatísticas mostram que 70% dos casos de abuso sexual acontecem dentro de casa. Os
criminosos são aqueles que, a princípio, teriam o dever de proteger, como pais, padrastos,
avôs, tios, primos ou amigos da família. O "lobo mau" costuma estar bem perto, e não na
floresta. Então, não adianta orientar as "chapeuzinhos" a não falarem com estranhos na rua.
Não é o desconhecido que representa o perigo maior, mas o desconhecimento do próprio
corpo.

Minha indignação é enorme quando penso que continuarei lendo notícias de abuso infantil,
que as leis são brandas para quem comete esse tipo de crime, que muitas vezes as famílias são
coniventes com essas atrocidades. E me revolto ainda mais ao ver que os políticos estão mais
interessados em proibir livros e produções artísticas, enquanto é no cotidiano real que a
maldade toma forma.

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