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Augusto

“Octaviano”, “Otaviano”, “Otávio”, “Augusto com uma região tampão composta por Estados clientes
César” e “César Augusto” redirecionam para e fez paz com o Império Parta via diplomacia. Refor-
este artigo. Para outros usos do nome, veja mou o sistema romano de tributação, desenvolveu redes
Otaviano (desambiguação), Augusto (desambi- de estradas com um sistema de correio oficial, estabele-
guação), Augusto César (desambiguação), ou ceu um exército permanente, bem como a guarda pre-
ainda César Augusto (desambiguação). toriana, criou serviços oficiais de policiais e bombeiros
e reconstruiu muito da cidade de Roma durante seu rei-
nado.
Augusto (em latim: Gaius Iulius Caesar Octavianus
Augustus;[nt 1] Roma, 23 de setembro de 63 a.C. - Nu- Augusto morreu em 14 d.C., com 75 anos. Pode ter mor-
vlana (atual Nola) 19 de agosto de 14) foi o fundador do rido de causas naturais, embora haja rumores não con-
Império Romano e seu primeiro imperador, governando firmados de que sua esposa Lívia Drusa o teria envene-
de 27 a.C. até sua morte em 14 d.C..[nt 2] Nascido Caio nado. Foi sucedido como imperador por seu filho ado-
Otávio, pertenceu a um rico e antigo ramo equestre da tivo Tibério (também enteado e antigo cunhado). Com
família plebeia dos Otávios. Depois do assassinato de seu 41 anos, foi o soberano com maior tempo de mandato
tio-avô Júlio César em 44 a.C., o testamento de César em Roma.[2][3]
nomeou Otávio como seu filho adotivo e herdeiro. Junto
com Marco Antônio e Lépido, formou o Segundo Triun-
virato e derrotou os assassinos de César. Após a vitória 1 Nomes
na Batalha de Filipos, os três dividiram a República Ro-
mana entre si, passando a governar como ditadores mili- Ao longo de sua vida, os historiadores referiram-se a Au-
tares.[nt 3] O triunvirato foi posteriormente posto de lado gusto ( /ɔːˈɡʌstəs/[4] ) por muitos nomes:
sob as ambições conflitantes de seus membros: Lépido
foi exilado e despojado de sua posição e Marco Antônio
cometeu suicídio após sua derrota na Batalha de Áccio • Ao nascer foi chamado Caio Otávio (Gaius Octa-
em 31 a.C.. vius) em homenagem a seu pai biológico. Os histori-
adores tipicamente referem-se simplesmente como
Após o fim do Segundo Triunvirato, Augusto restaurou a Otávio entre seu nascimento em 63 a.C. e sua ado-
fachada externa da república livre, com o poder governa- ção póstuma por Júlio César em 44 a.C.;[5]
mental investido no senado romano, os magistrados exe-
cutivos e as assembleias legislativas. Porém, na realidade, • Com sua adoção por César, levou o nome de seu
manteve seu poder autocrático sobre a república. Por lei, pai adotivo e tornou-se Caio Júlio César Otaviano
reteve um conjunto de poderes garantidos em vida pelo (Caius Julius Caesar Octavianus), em concordância
senado, incluindo o comando militar supremo, e aqueles com o padrão de nomenclatura da adoção romana.
do tribuno e censor. Levou vários anos para desenvol- Embora tenha perdido o “Otaviano” rapidamente e
ver o quadro em que um estado formalmente republicano seus contemporâneos se referissem a ele como “Cé-
poderia ser liderado sob seu governo único. Rejeitou os sar” durante o período, os historiadores chamam-no
títulos monárquicos e em vez disso chamou-se “Primeiro Otaviano entre 44 a.C. e 27 a.C.;[6][7]
Cidadão do Estado” (Princeps Civitatis). O quadro consti-
tucional resultante tornou-se conhecido como principado, • Como parte de suas ações para fortalecer seus la-
a primeira fase do Império Romano. ços políticos com os antigos soldados de César,
em 42 a.C., após a deificação do último, Otaviano
O reinado de Augusto iniciou uma era de relativa paz adicionou “filho do Divino” (Divi Filius) em seu
conhecida como Pax Romana (“Paz Romana”). Ape- nome, tornando-se Caio Júlio César, Filho do Di-
sar de contínuas guerras de expansão nas fronteiras im- vino (Gaius Julius Caesar Divi Filius);[8]
periais e uma guerra civil de um ano sobre a sucessão
imperial, o mundo romano esteve amplamente livre de • Em 38 a.C., Otaviano substituiu seu prenome “Caio”
conflitos em larga escala por mais de dois séculos. Ele e seu nome “Júlio” por “Imperador” (Imperator), o
dramaticamente aumentou o império, anexando Egito, título com o qual as tropas saudaram o seu líder após
Dalmácia, Panônia, Nórica e Récia, expandindo as pos- o sucesso militar, tornando-se oficialmente “Impe-
sessões da África e Germânia e completando a conquista rador César, Filho do Divino” (Imperator Caesar
da Hispânia. Além das fronteiras, protegeu o império Divi Filius).[9]

1
2 2 BIOGRAFIA

• Em 27 a.C., após a derrota de Marco Antônio e construído por Júlio César.[21] De acordo com Nicolau de
Cleópatra, o senado romano votou novos títulos para Damasco, Otávio desejava juntar-se pessoalmente a Cé-
eles, tornando oficial “Imperador César, Filho do sar em sua campanha na África, mas desistiu quando sua
Divino, Augusto” (Imperator Caesar Divi Filius Au- mãe protestou.[22]
gustus). Foi em 27 a.C. que obteve seu nome tradi- Em 46 a.C., Ácia consentiu que se juntasse a Júlio Cé-
cional Augusto, com o qual os historiadores o iden- sar na Hispânia, onde planejava lutar com as forças de
tificaram até sua morte em 14 d.C..[9][nt 4] Pompeu, seu último inimigo, mas Otávio adoeceu e foi
incapaz de viajar. Quando se recuperou, velejou para
a fronte, mas naufragou. Após alcançar a costa com a
2 Biografia ajuda de seus companheiros, cruzou território hostil para
o acampamento de César, impressionando consideravel-
mente seu tio-avô.[15] Veleio Patérculo registra que de-
2.1 Primeiros anos pois desse momento, César permitiu que o jovem com-
partilhasse sua carruagem.[23] César depositou um novo
Enquanto que sua família paterna provinha da cidade de testamento com as virgens vestais ao voltar para Roma,
Velitras, a aproximadamente 40 km de Roma, Otávio nomeando Otaviano como seu primeiro beneficiário.[24]
nasceu na capital em 23 de setembro de 63 a.C., na Ca-
beça do Touro, uma pequena propriedade no Palatino,
muito próxima ao Fórum Romano. A ele foi dado o nome 2.2 Ascensão ao poder
“Caio Otávio Turino”, sendo seu cognome uma possível
alusão à vitória de seu pai em Túrio contra um bando de 2.2.1 Herdeiro de César
rebeldes escravos.[10] Devido à lotação de Roma à época,
Otávio foi levado por seu pai para Velitras. Ele somente
menciona brevemente a família equestre de seu pai em
suas memórias. Seu tataravô foi um equestre, seu bisavô
paterno foi um tribuno militar da província romana da
Sicília durante a Segunda Guerra Púnica, seu avô serviu
em vários ofícios políticos locais e seu pai foi governador
da Macedônia.[11][nt 5] Sua mãe, Ácia, foi sobrinha de Jú-
lio César.[13]

A Morte de César, por Jean-Léon Gérôme (1867). Em 15 de


março de 44 a.C., Júlio César foi assassinado por uma conspi-
ração liderada por Marco Júnio Bruto e Caio Cássio Longino.
Museu de Arte Walters, Baltimore.

Otaviano estava estudando e passando por treinamento


militar em Apolônia, na província romana da Ilíria,
Denário de 44 a.C., mostrando Júlio César no anverso e a deusa
quando César foi morto nos Idos de Março, em 15 de
Vênus no reverso março de 44 a.C.. Rejeitando o conselho de alguns ofici-
ais do exército para refugiar-se com as tropas da Macedô-
Seu pai morreu em 59 a.C., quando ele tinha qua- nia, navegou para a Itália para verificar se tinha alguma
tro anos.[14] Sua mãe casou-se provavelmente em 56 segurança e potencial fortuna política. Após desembar-
a.C. com Lúcio Márcio Filipo, um antigo propretor da car em Lúpias, próximo de Brundísio (atual Brindisi),
Síria.[15][16][17] Filipo alegou descender de Alexandre, o soube do conteúdo do testamento de César e só então
Grande e foi eleito cônsul em 56 a.C..[18] Filipo nunca decidiu tornar-se seu herdeiro político, bem como her-
teve muito interesse pelo jovem Otávio e, por isso, ele deiro de dois terços de seu estado.[21][25][26] César, não
foi criado por sua avó, irmã de Júlio César, Júlia César, tendo filhos legítimos vivos sob a lei romana,[nt 6] ado-
a Jovem. Ela morreu em 52 ou 51 a.C. e Otávio realizou tou seu sobrinho-neto Otaviano como seu filho e principal
a oração fúnebre.[19] A partir deste momento, sua mãe e herdeiro.[27]
seu padrasto desempenharam um papel mais ativo em sua Após a sua adoção, Otaviano assumiu o nome de seu tio-
criação. Ele vestiu a toga viril quatro anos depois[15] e foi avô, Caio Júlio César. Embora os romanos que eram ado-
eleito para o Colégio dos Pontífices em 47 a.C..[20] No tados em uma nova família geralmente mantivessem seus
ano seguinte, foi responsável pelos jogos gregos que fo- nomes antigos na forma de cognome, não há evidência
ram realizados em honra ao Templo de Vénus Genetrix, de que tenha portado o nome Otaviano, pois teria feito
2.2 Ascensão ao poder 3

suas origens modestas muito óbvias.[28][29][30] Contudo, çar seu estatuto como herdeiro de César.[25][37] Em sua
apesar do fato de nunca oficialmente ter portado o nome marcha para Roma através da Itália, a presença de Ota-
Otaviano, para evitar a confusão do ditador morto com viano com fundos recém-adquiridos atraiu muitos, con-
seu herdeiro, os historiadores frequentemente referiram- quistando vários ex-veteranos de Júlio César estaciona-
se ao novo césar – entre sua adoção e sua ascensão, em dos em Campânia.[33] Pelo mês de junho, havia formado
27 a.C. – como Otaviano.[31] Mais tarde, Marco Antônio um exército de 3 000 veteranos leais, pagando para cada
atacou Otaviano com a alegação de que sua adoção teria um salário de 500 denários.[38][39]
ocorrido através de favores sexuais, porém Suetônio, em Chegando em Roma em 6 de maio de 44 a.C., Otaviano
sua obra Vida dos Doze Césares, descreve a acusação de
encontrou o cônsul Marco Antônio, antigo colega de Jú-
Antônio como calúnia política.[32] lio César, em uma inquieta trégua com os assassinos do
Para fazer uma entrada bem-sucedida nos altos escalões ditador; a eles foi garantida uma anistia geral em 17 de
da hierarquia política romana, Otaviano não podia confiar março e Antônio conseguiu conduzir a maioria deles para
em seus fundos limitados.[33] Após uma acalorada recep- fora de Roma. Isto era devido ao discurso “inflamatório”
ção pelos soldados de César em Brundísio,[34] exigiu uma feito por ele no funeral de César, o que criou uma opinião
porção dos recursos que foram repartidos para a preten- pública contrária aos assassinos.[33] Embora Marco Antô-
dida guerra contra o Império Parta no Oriente Médio.[33] nio estivesse acumulando apoio político, Otaviano ainda
Isso equivaleu a 700 milhões de sestércios armazena- tinha a oportunidade de rivalizar com ele como principal
dos em Brundísio, o campo de preparação na Itália para membro da facção dos apoiantes de César. Marco Antô-
as operações militares no Oriente.[35] Uma investigação nio tinha perdido o apoio de muitos romanos e apoiado-
senatorial posterior a respeito do desaparecimento dos res de Júlio César quando inicialmente opôs-se à moção
recursos públicos não levou a ação alguma contra Ota- para elevá-lo ao estatuto divino.[40] Otaviano não conse-
viano, uma vez que subsequentemente usou o dinheiro guiu persuadir Marco Antônio a renunciar ao dinheiro do
para recrutar tropas contra o inimigo do senado, Marco ditador para si. Contudo, durante o verão, conseguiu ga-
Antônio.[34] Otaviano fez outro movimento ousado em 44 nhar apoio dos cesarianos simpatizantes, que viram o jo-
a.C., quando, sem permissão oficial, apropriou-se do tri- vem herdeiro como o mal menor e esperavam manipulá-
buto anual que era enviado da província romana do Ori- lo ou carregá-lo durante seus esforços para livrarem-se de
ente Próximo para a Itália.[33][36] Marco Antônio.[41]
Otaviano começou a fazer causa comum com os
Optimates, os antigos inimigos de Júlio César. Em se-
tembro, o principal orador optimate, Marco Túlio Cí-
cero, começou a atacar Marco Antônio numa série de
discursos retratando-o como uma ameaça para a ordem
republicana.[42][43] Com a opinião em Roma mudando
contra ele e seu ano de poder consular próximo do fim,
Antônio tentou aprovar o empréstimo do controle sobre a
Gália Cisalpina, que tinha sido designada como parte de
sua província, por Décimo Júnio Bruto Albino, um dos
assassinos de César.[44][45] Enquanto isso, Otaviano criou
um exército privado na Itália mediante o recrutamento
de veteranos cesarianos e em 28 de novembro adquiriu
duas legiões de Antônio com a oferta tentadora de ganho
monetário.[46][47] Em face da grande força capaz de Ota-
viano, Antônio notou o perigo de permanecer em Roma
e, para o alívio do senado, fugiu para a Gália Cisalpina,
que devia ser-lhe entregue em 1 de janeiro.[48]

2.2.2 Primeiro conflito com Antônio

Depois de Décimo Bruto recusar-se a entregar a Gália


Cisalpina, Marco Antônio sitiou-o em Mutina.[49] As re-
soluções aprovadas pelo senado para parar a violência fo-
ram rejeitadas por Antônio, uma vez que o senado não
Busto de Otaviano datado de ca. 30 a.C. Museus Capitolinos tinha um exército próprio para enfrentá-lo; isto forneceu
uma oportunidade para Otaviano, que já era conhecido
Otaviano começou a reforçar suas forças pessoais com por ter forças armadas.[47] Cícero também defendeu Ota-
legionários veteranos de César e com tropas designa- viano contra as provocações de Antônio sobre a falta de
das para a guerra na Pártia, coletando apoio para real- linhagem nobre de Otaviano e a imitação do nome de Jú-
4 2 BIOGRAFIA

2.3 Segundo Triunvirato

Ver artigo principal: Segundo Triunvirato

2.3.1 Proscrições

Áureo portando a efígie de Marco Antônio (esquerda) e Otaviano


(direita), emitido em 41 a.C. para celebrar o estabelecimento do
Segundo Triunvirato por Otaviano, Antônio e Lépido em 43 a.C..
Ambos os lados carregam a inscrição “III VIR R P C”, que signi-
Busto de Augusto fica “Um dos três homens para a Regulação da República”[60]
Museus Capitolinos, Roma
Em uma reunião próximo a Bonônia (atual Bolonha) em
outubro de 43 a.C., Otaviano, Marco Antônio e Lépido
formaram uma junta chamada Segundo Triunvirato. Esta
pretensão explícita dos poderes especiais foi reconhecida
lio César; ele alegou “não temos mais exemplo brilhante por cinco anos por lei aprovada pelas plebes, diferente do
de piedade tradicional entre nossa juventude.”[50] não oficial Primeiro Triunvirato de Pompeu, Júlio César e
Por insistência de Cícero, o senado introduziu Otaviano Marco Licínio Crasso.[61][62] Os triúnviros então coloca-
como senador em 1 de janeiro de 43 a.C. e lhe confe- ram em movimento proscrições nas quais 300 (segundo
riu poder de voto ao lado dos ex-cônsules.[48] Além disso, Apiano) ou 130 (segundo Tito Lívio) senadores[63] e 2
foi-lhe garantido imperium (poder de comando), o que fez 000 equestres foram alegadamente estigmatizados como
seu comando de tropas algo legal, sendo enviado então criminosos e privados de suas propriedades; para os que
para aliviar o cerco junto com Hírcio e Pansa (os côn- não conseguiram escapar, também de suas vidas.[64] Este
sules de 43 a.C.).[47][51] Em abril de 43 a.C., as forças decreto emitido pelo triunvirato foi motivado em parte
pela necessidade de levantar dinheiro para pagar os salá-
de Antônio foram derrotadas nas batalhas de Fórum dos
Galos e Mutina e ele foi forçado a se retirar para a Gália rios das tropas para o conflito próximo com os assassinos
de César, Marco Júnio Bruto e Caio Cássio Longino.[65]
Transalpina. Entretanto, ambos os cônsules foram mor-
tos, o que deixou Otaviano como comandante único de Recompensas pela prisão deles deu incentivo aos roma-
nos para capturar aqueles proscritos, enquanto seus bens
seus exércitos.[52][53]
móveis e imóveis foram apreendidos pelos triúnviros.[64]
Depois que Décimo Bruto acumulou mais recompensas
que Otaviano por derrotar Antônio, o senado tentou dar Os historiadores romanos contemporâneos fornecem re-
o comando das legiões consulares para Décimo, o que gistros conflitantes sobre qual triúnviro foi mais respon-
fez Otaviano decidir não cooperar.[54] Ele instalou-se na sável pelas proscrições e assassinatos, embora todas as
planície Padana e recusou-se a ajudar em qualquer outra fontes concordem que promulgar as proscrições foi um
ofensiva.[55] Em julho, uma embaixada de centuriões en- meio para todas as três facções eliminarem inimigos
viada por Otaviano entrou em Roma e exigiu que ele re- políticos.[66] Marco Veleio Patérculo afirmou que Ota-
cebesse o consulado deixado vago por Hírcio e Pansa.[56] viano tentou evitar proscrever oficiais, enquanto Lépido
Otaviano também exigia que o decreto que declarava e Antônio eram responsáveis por iniciá-los. Dião Cás-
Antônio um inimigo público fosse rescindido. Quando sio defendeu Otaviano por tentar poupar o maior número
isto foi recusado, ele marchou sobre a cidade com oito possível, enquanto Antônio e Lépido, que eram mais ve-
legiões.[55] Não encontrou oposição militar em Roma, e lhos e estavam há mais tempo na política, tinham muitos
em 19 de agosto de 43 a.C. foi eleito cônsul com seu pa- inimigos para lidarem.[67]
rente Quinto Pédio como co-cônsul.[57][58] Nesse meio Esta alegação foi rejeitada por Apiano, que sustentou
tempo, Antônio formou uma aliança com Marco Emílio que Otaviano compartilhava um interesse comum com
Lépido, outro proeminente cesariano.[59] os demais triúnviros na erradicação de seus inimigos.[68]
2.3 Segundo Triunvirato 5

Suetônio apresentou o caso de que Otaviano, embora mais terras controladas pelo governo para lotear como as-
relutante de início em proscrever oficiais, na verdade sentamentos para seus soldados, então Otaviano teve que
perseguiu seus inimigos com mais rigor que os outros escolher entre duas opções: alienar muitos cidadãos ro-
triúnviros.[66] Plutarco descreveu as proscrições como manos por meio de confiscos, ou alienar muitos solda-
uma troca cruel e impiedosa de amigos e família entre dos que podiam criar uma considerável oposição contra
Antônio, Lépido e Otaviano. Por exemplo, Otaviano per- ele. Otaviano escolheu a primeira.[73] Houve dezoito ci-
mitiu a proscrição de seu aliado Cícero, Antônio de seu dades romanas afetadas pelos novos assentamentos, com
tio materno Lúcio Júlio César (o cônsul de 64 a.C.) e Lé- populações inteiras sendo expulsas ou pelo menos parci-
pido, seu irmão Paulo.[67] almente despejadas.[74]

2.3.2 Batalha de Filipos e divisão do território 2.3.3 Rebeliões e alianças matrimoniais

Ver artigo principal: Terceira Guerra Civil da Repú-


blica de Roma
Em 1 de janeiro de 42 a.C., o senado postumamente re-

Denário cunhado ca. 18 a.C.. Anverso: César Augusto (CAE-


SAR AVGVSTVS); reverso: “Júlio Divino” (DIVVS IVLIV[S])

conheceu Júlio César como uma divindade do Estado ro-


mano, Júlio Divino (Divus Iulius). Otaviano foi capaz de
promover sua causa ao enfatizar o fato de que era o “Fi-
lho do Divino” (Divi Filius).[69] Antônio e Otaviano en-
Denário de Lúcio Antônio
tão enviaram 28 legiões por mar para enfrentar os exér-
citos de Bruto e Cássio, que tinham construído sua base
de poder na Grécia.[70] Após duas batalhas em Filipos, na
Macedônia, em outubro de 42 a.C. o exército dos triún-
viros foi vitorioso e Bruto e Cássio cometeram suicídio.
Marco Antônio usaria mais tarde os exemplos destas ba-
talhas como um meio para menosprezar Otaviano, pois
ambas foram decisivamente vencidas com o uso das for-
ças de Antônio. Além da reivindicação de responsabili-
dade pelas vitórias, Antônio também estigmatizou Ota-
viano como um covarde por entregar seu controle militar
direto para Marco Vipsânio Agripa.[71]
Depois de Filipos, um novo arranjo territorial foi feito en-
tre os membros do Segundo Triunvirato. Enquanto Antô-
nio colocou a Gália, as províncias da Hispânia e a Itália
nas mãos de Otaviano, ele próprio viajou para o Egito,
onde aliou-se com Cleópatra (r. 51–30 a.C.), a antiga
amante de Júlio César e mãe de seu infante, Cesarião.
Para Lépido restou a província da África. A Otaviano
ficou a missão de decidir onde, na Itália, os 10 000 ve-
teranos da campanha macedônia, que os triúnviros pro- Moeda com efígie de Cleópatra (r. 51–30 a.C.)
meteram exonerar, seriam assentados. Os 10 000 que
lutaram ao lado de Bruto e Cássio, e que poderiam facil- A insatisfação generalizada em função destes assenta-
mente aliar-se com um oponente político de Otaviano se mentos encorajou muitos a unirem-se a Lúcio Antônio, o
não apaziguados, também exigiram terras.[72] Não havia irmão de Marco Antônio apoiado pela maioria do senado.
6 2 BIOGRAFIA

Enquanto isso, Otaviano pediu o divórcio de Cláudia Pul- no final de 40 a.C..[78] Durante o casamento deles, Otávia
cra, filha de Fúlvia e seu primeiro marido Públio Cló- deu-lhe duas filhas, conhecidas como Antônia, a Velha e
dio Pulcro. Alegando que seu casamento nunca foi con- Antônia, a Jovem.[80]
sumado, retornou-a para sua mãe, que agora era esposa
de Marco Antônio. Decidida a agir, Fúlvia, junto com
Lúcio Antônio, levantou um exército na Itália para lutar 2.3.4 Guerra com Sexto Pompeu
pelos direitos de Antônio. Lúcio e Fúlvia fizeram uma
aposta política e marcial em sua oposição, uma vez que o Ver artigo principal: Revolta siciliana
exército romano ainda dependia dos triúnviros para seus Sexto Pompeu ameaçou Otaviano na Itália negando os
salários. Lúcio e seus aliados terminaram cercados na
Perúsia, onde Otaviano forçou-os a se render no começo
de 40 a.C..[74] Ele e seu exército foram poupados, devido
a seu parentesco com Antônio, enquanto Fúlvia foi exi-
lada para Sicião.[75] Otaviano, contudo, não mostrou mi-
sericórdia com seus aliados. Em 15 de março, o aniversá-
rio do assassinato de Júlio César, executou 300 senadores
e equestres por se aliarem a Lúcio.[76] Perúsia também foi
pilhada e incendiada como um aviso para outros.[75] Este
evento sangrento maculou a reputação de Otaviano e foi
criticada por muitos, como o poeta augustano Sexto Pro-
Denário de Sexto Pompeu cunhado por sua vitória contra a frota
pércio.[76]
de Otaviano. No anverso, o Farol de Messina que derrotou Ota-
Sexto Pompeu, filho do triúnviro Pompeu e ainda um ge- viano, no reverso, o mostra Cila
neral renegado após a vitória de Júlio César sobre seu
pai, foi estabelecido na Sicília e Sardenha como parte de carregamentos de cereais da península através do Medi-
um acordo alcançado com o Segundo Triunvirato em 39 terrâneo; seu filho foi nomeado comandante naval em es-
a.C..[77] Tanto Antônio como Otaviano estavam compe- forço para provocar a fome na Itália. O controle de Pom-
tindo por uma aliança com Pompeu, que ironicamente foi peu sobre o mar levou-o a adotar o nome de “Filho de
um membro do partido republicado, não da facção cesa- Netuno" (Neptuni Filius). Um acordo de paz temporário
riana. Otaviano conseguiu uma aliança temporária em foi alcançado em 39 a.C. com o Tratado de Miseno e o
40 a.C. ao casar-se com Escribônia, a filha de Lúcio Es- bloqueio da Itália foi encerrado quando Otaviano garantiu
cribônio Libão, um apoiante de Pompeu. Escribônia deu a Pompeu as províncias da Córsega e Sardenha, Sicília e
à luz a única filha natural de Otaviano, Júlia, que nasceu o Peloponeso, assegurando-lhe também a futura posição
no mesmo dia em que divorciou-se dela para se casar com de cônsul de 35 a.C..[81][82][83]
Lívia Drusa, pouco mais de um ano depois do casamento O acordo territorial entre o triunvirato e Sexto Pom-
deles.[76] peu começou a desmoronar novamente quando Otaviano
Enquanto estava no Egito, Antônio envolveu-se em um divorciou-se de Escribônia e casou-se com Lívia Drusa
caso com Cleópatra e teve três filhos com ela.[nt 7] Ci- em 17 de janeiro de 38 a.C..[84] Um dos comandantes
ente da deterioração de sua relação com Otaviano, Antô- navais de Pompeu o traiu e rendeu a Córsega e Sarde-
nio deixou Cleópatra e navegou para a Itália com uma nha para Otaviano que, ainda assim, carecia dos recursos
grande força para opôr-se a ele, liderando cerco a Brun- necessários para confrontá-lo sozinho. Um acordo foi al-
dísio (atual Brindisi). Este novo conflito provou-se in- cançado e o Segundo Triunvirato foi estendido por outro
sustentável para ambos e seus centuriões, que haviam período de cinco anos começando em 37 a.C..[62][85]
se tornado importantes figuras políticas, recusaram-se a Em apoio a Otaviano, Antônio esperou ganhar apoio em
lutar, enquanto as legiões sob o comando deles segui- sua própria campanha contra o Império Parta, desejando
ram o exemplo. Entrementes, em Sicião, Fúlvia mor- vingar Roma de sua derrota em Carras em 53 a.C..[85]
reu de uma doença súbita enquanto Antônio estava a ca- Em um acordo alcançado em Tarento, Antônio forneceu
minho para encontrar-se com ela. Sua morte e o mo- 120 navios para serem usados contra Pompeu, enquanto
tim dos centuriões levaram os triúnviros a realizar uma Otaviano enviou 20 000 legionários para Antônio usar
reconciliação.[78][79] contra a Pártia. Otaviano enviou apenas um décimo da
No outono de 40 a.C., Otaviano e Antônio aprovaram o quantidade prometida, o que Antônio viu como uma pro-
[86]
Tratado de Brundísio, pelo qual Lépido permaneceu na vocação intencional.
África, Antônio no Oriente e Otaviano no Ocidente. A Otaviano e Lépido lançaram uma operação conjunta con-
península Itálica foi deixada aberta para recrutamento de tra Sexto na Sicília em 36 a.C..[87] Apesar dos contra-
soldados por todos mas, na realidade, esta província era tempos de Otaviano, a força naval de Sexto Pompeu foi
inútil a Antônio. Para cimentar ainda mais as relações quase inteiramente destruída em 3 de setembro pelo ge-
de aliança com Marco Antônio, Otaviano ofereceu sua neral Agripa na Batalha de Nauloco. Sexto fugiu com
irmã, Otávia, a Jovem, em casamento ao colega triúnviro suas forças remanescentes para o Oriente, onde foi cap-
2.3 Segundo Triunvirato 7

Sarmátia

Oceano
Oceano Britânico

Lutécia
tia foi desastrosa, manchando sua imagem como um lí-
Bélgica Germânia

Cítia Pântano

der, com os meros 2 000 legionários enviados por Ota-


Meote
Atlântico Lugdunense
Récia
Nórica Reino do Bósforo
Gália Panônia Ibéria
Quersoneso
Cólquida Albânia

viano sendo insuficientes para repor suas forças.[91] Por


Lugduno Síscia
Mar Cantábrico Burdígala Dácia Ponto Euxino
Gália Cisalpina Artaxata
Aquitânia
Gênua Trapezos
Mutina
Alpes Mésia Sinope Armênia
Cantábrios Narbonense Dalmácia Ilírico
Massília
Ponto Atropatene
Narbo Perúsia Trácia

outro lado, Cleópatra conseguiu restaurar as forças de seu


Mar Narbonense Itália Bizâncio Nicomédia Tigranocerta
Mar Adriático
Tarraconense Bitínia Sofena
Filipos Propôntida Média
Roma Mázaca Assíria
Hispânia Tessalônica
Cápua Brundísio
Macedônia Galácia
Capadócia
Miseno Pérgamo Comagena
Tarento Ásia
Baleares

exército, e uma vez que já estava envolvido em um caso


Bética Mar Sardo Mar Tirreno
Córduba
Áccio Éfeso Antioquia Mesopotâmia
Atenas Cilícia
Mar Mar Mileto Síria
Messana Jônio Acaia Lícia Ctesifonte
Nova Cartago Egeu
Lilibeu Palmira
Babilônia
Mar Ibérico

romântico com ela, decidiu enviar Otávia de volta para


Útica Siracusa Rodes
Cirta
Mar Sículo
Mauritânia África
Numídia
Arábia

Roma.[92] Otaviano usou isto para espalhar propaganda


Jerusalém
Segundo Triunvirato Sirte Menor
Mar Líbico
Alexandria
Cirene
Otaviano Estados clientes Bloqueio naval
Arábia
Lépido Sexto Pompeu Campanha Cirenaica
de Otaviano Sirte Maior
Senado Império Parta

desfavorável a ele, alegando que estava se tornando me-


Campanha Territórios doados Egito
Marco Antônio Cleópatra de Antônio a Cleópatra

nos que romano, pois rejeitou uma esposa romana legí-


República Romana em 39 a.C. tima por uma “amante oriental”.[93] Em 36 a.C., Otaviano
usou um estratagema político para fazê-lo parecer me-
nos autocrático e Antônio mais vilão ao proclamar que as
turado e executado em Mileto no ano seguinte por um dos
guerras civis estavam chegando ao fim e que deixaria o
generais de Antônio. Como Lépido e Otaviano aceitaram
carto de triúnviro se Antônio fizesse o mesmo; Antônio
a rendição das tropas de Pompeu, Lépido tentou reivindi-
recusou.[94]
car a Sicília para si, ordenando que Otaviano partisse. Po-
rém, suas tropas desertaram em nome de Otaviano, pois Após as tropas romanas capturarem o Reino da Armênia
estavam cansadas de lutar e receberam uma sedutora pro- em 34 a.C., Antônio fez seu filho Alexandre Hélio o go-
messa de dinheiro.[88] vernante da Armênia. Ele também recompensou Cleópa-
tra com o título “Rainha dos Reis”, ato que Otaviano usou
Lépido rendeu-se a Otaviano e a ele foi permitido man-
para convencer o senado que Antônio tinha ambições de
ter o ofício de pontífice máximo (chefe do colégio dos
diminuir a preeminência de Roma.[93] Quando Otaviano
sacerdotes), porém foi removido do triunvirato, encer-
tornou-se cônsul mais uma vez em 1 de janeiro de 33 a.C.,
rando assim sua carreira pública, e efetivamente foi exi-
abriu a sessão seguinte no senado com um ataque vee-
lado para a vila do Cabo Circei, na Itália.[65][88] Os do-
mente a respeito dos títulos e territórios concedidos por
mínios romanos estavam agora divididos entre Otaviano
Antônio a seus parentes e rainha.[95] A rixa entre Antônio
no Ocidente e Antônio no Oriente. Para manter a paz
e Otaviano levou uma grande parcela dos senadores, bem
e estabilidade em sua porção do império, Otaviano as-
como os cônsules daquele ano, a deixar Roma e deserta-
segurou aos cidadãos de Roma seus direitos de proprie-
rem para Antônio, porém, Otaviano recebeu dois deser-
dade. Desta vez, assentou seus soldados exonerados fora
tores chave de Antônio no outono de 32 a.C.,[96] Munácio
da Itália, enquanto retornou 30 000 escravos a seus an-
Planco e Marco Tício. Eles lhe deram a informação que
tigos proprietários romanos que anteriormente fugiram
precisava para confirmar com o senado todas as acusa-
para Pompeu para juntar-se a seu exército e marinha.[89]
ções feitas.[97] Otaviano forçosamente entrou no Templo
Para assegurar sua segurança e a de Lívia e Otávia, retor-
de Vesta e confiscou o testamento secreto de Antônio, que
nou para Roma e recebeu do senado imunidade tribunal,
ele prontamente divulgou. O testamento doava os terri-
ou sacrossantidade (sacrosanctitas).[90]
tório romanos conquistados como reinos para seus filhos,
e designava Alexandria como o sítio para a sua tumba e
2.3.5 Guerra com Antônio de sua rainha.[98][99]

Ver artigo principal: Última Guerra Civil da Repú-


blica Romana
Nesse meio tempo, a campanha de Antônio contra a Pár-

A Batalha de Áccio
Por Lorenzo A. Castro
Museu Marítimo Nacional, Londres

No final de 32 a.C., o senado oficialmente revogou os po-


Antônio e Cleópatra, deres de Antônio como cônsul e declarou guerra ao re-
por Lawrence Alma-Tadema gime de Cleópatra no Egito.[100][101] No começo de 31
8 2 BIOGRAFIA

a.C., enquanto Antônio e Cleópatra estavam temporari-


amente estacionados na Grécia, Otaviano ganhou uma
vitória preliminar quando a marinha sob o comando de
Agripa com sucesso transportou tropas através do Mar
Adriático. Enquanto Agripa cortou as rotas marítimas
de suprimento da força de Antônio e Cleópatra, Otavi-
ano desembarcou no lado oposto do continente na ilha
de Córcira e marchou para sul. Presos por terra e mar,
desertores do exército de Antônio fugiram para o lado de
Otaviano, enquanto as forças de Otaviano estavam sufici-
entemente confortáveis para fazerem os preparativos.[102]
Numa tentativa desesperada de libertar-se do bloqueio
naval, a frota de Antônio navegou através da baía de
Áccio, na costa ocidental da Grécia. Foi lá que, em 2 de
setembro de 31 a.C., a frota de Antônio enfrentou uma
armada muito maior com navios mais manobráveis sob o
comandante Agripa na Batalha de Áccio.[103] Antônio e
suas forças remanescentes foram poupadas devido ao úl-
timo esforço da frota de Cleópatra que estava esperando Áureo de Otaviano cunhado ca. 30 a.C.
nas proximidades.[104]
Otaviano os persuadiu e após outra derrota em Alexan- povo, enquanto confirmando as tradições republicanas de
dria em 1 de agosto de 30 a.C., Antônio e Cleópatra co- Roma, para parecer que não estava aspirando a ditadura
meteram suicídio. Antônio caiu sobre sua própria espada ou a monarquia.[111][112]
e foi levado por seus soldados para Alexandria onde mor-
reu nos braços de Cleópatra. A rainha egípcia morreu
logo depois, supostamente pela mordida venenosa de uma 2.4.1 Primeiro pacto
víbora ou por veneno.[105] Tendo explorado sua posição
como herdeiro de César para promover sua própria car- Marchando sobre Roma, Otaviano e Marco Agripa fo-
reira política, Otaviano estava bem ciente dos perigos em ram eleitos como cônsules. Em 29 a.C., Otaviano fez
permitir que outro o fizesse e, seguindo o conselho de uma exibição ao retornar em plenos poderes para o se-
Ário Dídimo que “dois Césares são um em demasia”, or- nado e abrir mão de seu controle das províncias romanas
denou que Cesarião - filho de Júlio César com Cleópatra - e seus exércitos. Sob seu consulado, contudo, o senado
fosse morto, enquanto poupou os filhos de Cleópatra com tinha pouco poder na iniciativa legislativa através da in-
Antônio, com a exceção do filho mais velho de Antônio trodução de projetos de lei para debate senatorial. Em-
com Fúlvia.[106][107] Devido à sua conduta misericordiosa bora Otaviano não mais estivesse no controle direto das
com seus inimigos após a Batalha de Áccio, Otaviano foi províncias e dos exércitos, manteve a lealdade de solda-
elogiado pelos romanos.[108] dos ativos e veteranos. As carreiras de muitos clientes
e adeptos dependiam de seu patrocínio uma vez que seu
poder financeiro era incomparável na república.[113] De
2.4 Otaviano torna-se Augusto acordo com o historiador Werner Eck: “A soma de seu
poder deriva primeiro de todos os vários poderes de ofí-
Anos de guerra civil deixaram Roma em um estado pró- cios delegados a ele pelo senado e povo, segundo de sua
ximo ao da ilegalidade, mas a república não estava pre- imensa fortuna particular e terceiro de numerosas rela-
parada para aceitar o controle de Otaviano como um dés- ções de clientela estabelecidas com indivíduos e grupos
pota. Ao mesmo tempo, Otaviano não poderia simples- por todo o império. Todos juntos formaram a base de sua
mente desistir de sua autoridade sem arriscar mais guer- auctoritas [autoridade], que ele enfatizou como a funda-
ras civis entre os generais romanos, e ainda que não de- ção de suas ações políticas.”[114]
sejasse qualquer posição de autoridade, sua posição exi-
gia que olhasse para o bem-estar da cidade de Roma e Em grande medida, o público estava ciente dos vastos re-
das províncias. Os objetivos de Otaviano deste ponto em cursos financeiros que Augusto comandou. Quando fa-
diante foram retornar Roma ao estado de estabilidade, lhou em encorajar senadores suficientes para financiar a
legalidade tradicional e civilidade levantando a pressão construção e manutenção das estradas na Itália, assumiu
política ostensiva imposta sobre os tribunais e assegurar a responsabilidade direta por elas em 20 a.C.. Isto foi di-
eleições livres ao menos nominalmente.[109] Após Áccio vulgado na moeda romana emitida em 16 a.C., após doar
e a derrota de Antônio e Cleópatra, Otaviano estava em vastas somas em dinheiro para o erário de Saturno, o erá-
posição de governar a república inteira sob um princi- rio público.[115]
pado não-oficial,[110] porém teria que alcançá-lo através Para H. H. Scullard, o poder de Augusto estava baseado
do aumento do poder adquirido, cortejando o senado e o no exercício de “um proeminente poder militar e [...] a
2.4 Otaviano torna-se Augusto 9

como a Ilíria e Macedônia, duas regiões estratégicas com


várias legiões.[121] Contudo, com o controle de apenas
cinco ou seis legiões distribuídas entre os procônsules se-
natoriais, comparadas as 22 legiões sob controle de Au-
gusto, o controle do senado destas regiões não represen-
tou nenhum desafio político ou militar.[116] O controle do
senado de algumas das províncias ajudou a manter uma
fachada republicada para o principado autocrático. Igual-
mente, o controle de Otaviano sobre províncias inteiras
com o objetivo de assegurar a paz e criar estabilidade
seguiu precedentes republicanos, sob o qual delegou-se
para proeminentes romanos como Pompeu poderes mili-
tares similares em momentos de crise e instabilidade.[111]

Augusto como um magistrado. A cabeça em mármore da estátua


foi feita ca. 30-20 a.C., enquanto o corpo no século II. Museu
do Louvre

sansão final de sua autoridade foi na força, por mais que o


fato estava disfarçado.”[116] O senado propôs a Otaviano,
o vitorioso das guerras civis, que mais uma vez assumisse
comando das províncias. A proposta do senado foi a ra-
tificação dos poderes extra-constitucionais de Otaviano.
Através do senado, foi capaz de continuar o aspecto de
uma constituição ainda funcional. Fingindo relutância, Augusto com a coroa cívica
aceitou a responsabilidade de supervisionar por dez anos Gliptoteca de Munique
as províncias que foram consideradas caóticas.[117][118]
As províncias cedidas a ele compunham muito do mundo Em 16 de janeiro de 27 a.C., o senado concedeu-lhe
conquistado e incluíam todas da Hispânia e Gália, Síria, os novos títulos de Augusto e Príncipe.[122] Augusto, da
Cilícia, Chipre e Egito. Além disso, o comando destas palavra latina augure (“aumentar”), pode ser traduzido
províncias lhe permitiu exercer controle sobre a maioria como “o mais ilustre”. Foi um título de autoridade re-
das legiões romanas.[119][120] ligiosa em vez de política. De acordo com as crenças
Enquanto atuou como cônsul em Roma, enviou senadores religiosas romanas, o título simbolizava uma marca de
para as províncias sob seu comando como representantes autoridade sobre a humanidade que ia além de qualquer
para gerir assuntos provinciais e garantir que suas ordens definição constitucional de seu estatuto. Após os méto-
foram executadas. Por outro lado, as províncias que não dos rigorosos empregados para consolidar seu controle,
estavam sob seu controle foram supervisionadas por go- a mudança em seu nome também serviria para demarcar
vernadores escolhidos pelo senado romano.[120] Otaviano seu reinado benigno como Augusto de seu reinado de ter-
tornou-se a figura política mais poderosa da capital e em ror como Otaviano. Seu novo título foi também mais fa-
muitas províncias, mas não teve monopólio sobre o poder vorável que Rômulo, anteriormente estilizado por ele em
político e marcial. O senado ainda controlava o Norte da referência à história de Rômulo e Remo, uma vez que es-
África, um importante produtor regional de grãos, bem tava associado com noções de monarquia e realeza, uma
10 2 BIOGRAFIA

imagem que Otaviano tentou evitar.[108] Príncipe, vindo a


frase latina primum caput, “a primeira cabeça”, original-
mente significou o mais antigo ou mais distinto senador
cujo nome aparece primeiro na lista senatorial; no caso
de Augusto tornou-se um título quase real para um líder
que era o primeiro encarregado.[122]
Augusto também estilizava-se como “Imperador César,
filho do Divino” (Imperator Caesar divi filius). Com este
título não só vangloriava-se de sua ligação familiar com
o deificado Júlio César, como o uso de imperador signi-
ficava uma ligação permanente para a tradição romana
de vitória. A palavra César foi meramente um cognome
para um ramo da família juliana, embora tenha trans-
formado César em uma nova linha familiar iniciada com
ele.[122]
A Augusto foi garantido o direito de pendurar a coroa
cívica (corona civica), feita de carvalho, acima da porta
de sua residência e a de louros nos umbrais.[121] Presente
em várias cerimônias estatais, esta coroa foi geralmente
mantida acima da cabeça do general romano durante um
triunfo e foi dada a campeões de atletismo, corrida e
concursos dramáticos. Porém, Augusto renunciou exi-
bir insígnias de poder como o cetro, a diadema, a co-
roa dourada ou a toga púrpura de seu predecessor Júlio
César.[123] Embora tenha se recusado a simbolizar seu
poder com tais itens, o senado recompensou-o com um
escudo dourado disposto no salão de reuniões da Cúria,
no qual havia a inscrição “valor, piedade, clemência e jus- Busto de Augusto com características idealizadas
tiça” (virtus, pietas, clementia, iustitia).[121][124] Museu de Arte Walters, Baltimore

2.5 Segundo pacto republicanismo. Ele preparou-se para legar seu anel de
sinete para Agripa,[134] seu general favorito. Contudo,
Ao longo de 23 a.C., algumas das implicações do esta- entregou a seu co-cônsul Pisão todos os seus documentos
belecimento de 27 a.C. foram se tornando evidentes. A oficiais, um registro das finanças públicas e autoridade
conservação de um consulado anual por Augusto desde sobre tropas listadas nas províncias enquanto seu sobri-
31 a.C. fez sua dominância sobre o sistema político ro- nho supostamente favorecido, Marcelo, permaneceu de
mano muito óbvia, enquanto ao mesmo tempo reduziu mãos vazias.[135] Isto foi uma surpresa para muitos que
pela metade as oportunidades para alcançar o que ainda acreditavam que ele o nomearia como herdeiro de sua
era suposto para ser o chefe do Estado romano.[125] Além posição como um imperador não-oficial.[136] Augusto ou-
disso, seu desejo para ter seu sobrinho Marco Cláudio torgou apenas propriedades e possessões para seus her-
Marcelo em seus passos e posteriormente assumir o prin- deiros designados, com um sistema óbvio de herança im-
cipado estava causando problemas políticos[nt 8] e alie- perial institucionalizado que teria provocado resistência
nando seus três maiores apoiantes - Agripa, Mecenas e e hostilidade entre os romanos de espírito republicano
Lívia.[128] Sentindo pressão de seu grupo central de apoi- que temiam a monarquia.[112] Com relação ao principado,
antes, Augusto virou-se para o senado em uma tenta- foi óbvio para Augusto que Marcelo não estava pronto
tiva de reforçar seu apoio lá, especialmente com os re- para tomar sua posição.[137] Outrossim, ao dar seu anel
publicanos; após sua escolha para co-cônsul em 23 a.C., de sinete a Agripa, intencionava sinalizar para as legiões
Aulo Terêncio Varrão Murena, morrer antes de assu- que ele seria seu sucessor, e que não importasse o que as
mir ofício[129][130][131] ele nomeou o distinto republicano leis constitucionais eram, eles continuariam a obedecer
Cneu Calpúrnio Pisão, que havia lutado contra Júlio Cé- Agripa.[126][138]
sar e apoiado Cássio e Bruto.[132] Logo após sua luta com a doença diminuir, Augusto de-
No final da primavera, Augusto sofreu duma severa sistiu de seu consulado permanente. As únicas ocasiões
doença, e em suposto leito de morte fez disposições que serviria novamente como cônsul seriam os anos 5
que assegurariam a continuidade do principado de al- e 2 a.C.,[135][139] ambas para introduzir seus netos na
guma forma,[126][133] enquanto ao mesmo tempo colo- vida pública.[132] Embora tenha abdicado como cônsul,
cou em dúvida as suspeitas dos senadores de seu anti- manteve seu imperium consular, levando-o a um segundo
2.5 Segundo pacto 11

compromisso, conhecido como “segundo pacto”, com o quiriu imperium único dentro da cidade de Roma: todas
senado.[140] Esta foi uma manobra inteligente: ao dei- as forças armadas da cidade, formalmente sob o controle
xar o cargo de cônsul, permitiu a senadores aspirantes dos prefeitos e cônsules, estavam agora sob sua autori-
uma chance melhor de preencher a posição, enquanto dade única.[149] Com maius imperium proconsulare, era o
ao mesmo tempo poderia “exercer patrocínio mais am- único indivíduo capaz de receber um triunfo, pois foi le-
plo dentro da classe senatorial.”[141] Augusto não estava galmente o chefe do exército romano. Em 19 a.C., Lúcio
mais em uma posição oficial para governar o Estado, Cornélio Balbo, governador da África e conquistador dos
ainda que sua posição dominante sobre as províncias ro- garamantes, foi o primeiro homem de origem provin-
manas permaneceu inalterada uma vez que tornou-se um cial a receber esta recompensa, bem como o último.[150]
procônsul.[135][142] Quando foi cônsul teve o poder para Cada vitória seguinte dos romanos foi creditava a Au-
intervir, quando considerou necessário, com os assuntos gusto, uma vez que os exércitos romanos eram coman-
dos procônsules provinciais nomeados pelo senado.[143] dados pelos legados, que eram delegados do príncipe nas
Como um procônsul, ordinariamente perdeu seu poder, províncias.[149] Seu filho mais velho por seu casamento
porém, o senado lhe concedeu “poder sobre todos os com Lívia, Tibério, foi a única exceção a esta regra,
procônsules” (imperium proconsulare maius).[140] A exis- quando recebeu um triunfo por vitórias na Germânia em
tência do imperium maius é debatido pelos estudiosos, 7 a.C..[151] Assegurando que seu estatuto de maius impe-
e também é sugerido que a ele foi concedido imperium rium proconsulare fosse renovado em 13 a.C., Augusto
aequum, ou poder igual ao dos governadores, mas sua permaneceu em Roma durante o processo de renovação
influência suprema permitiu-o controlar os assuntos das e forneceu aos veteranos doações pródigas para ganhar o
províncias.[144] apoio deles.[139]
Muitas das sutilezas políticas do segundo pacto parecem
ter evadido à compreensão da classe plebeia. Quando
Augusto falhou em concorrer às eleições para cônsul em
22 a.C., temores de que estava sendo arrancado do poder
pelo senado aristocrático surgiram. Em 22, 21 e 19 a.C.,
as pessoas revoltaram-se em resposta, e apenas permiti-
ram que um único cônsul fosse eleito para cada um destes
anos, ostensivamente para deixar a outra posição aberta
Afrescos presentes dentro da Casa de Augusto, sua residência para ele.[152] Em 22 a.C., houve escassez de alimentos
durante seu reinado como imperador em Roma, o que desencadeou pânico, enquanto muitos
plebeus urbanos chamaram-o para assumir poderes dita-
A Augusto também foi garantido o poder vitalício de toriais para pessoalmente sanar a crise. Após uma exibi-
um tribuno (tribunicia potestas), embora não o título ofi- ção teatral de recusa perante o senado, finalmente acei-
cial de tribuno.[140] Legalmente tal poder era exclusivo tou a autoridade sobre o suprimento de cereais de Roma
para patrícios, um estatuto que ele adquiriu anos antes “pela virtude de seu imperium proconsular”, e terminou
quando adotado por Júlio César.[141] Isto permitiu-o con- a crise quase imediatamente.[139] Não foi até 8 d.C. que
vocar o senado e povo à vontade e estabelecer negócios uma crise alimentar deste nível incitou-o a estabelecer o
diante dele, veto em ações da assembleia e do senado, prefeito das provisões (praefectus annonae), um prefeito
presidir eleições e o direito de falar primeiro em qual- permanente que esteve encarregado com a aquisição de
quer reunião.[142][145] Também incluso em sua autoridade suprimentos de alimentos para Roma.[153]
tribunícia estavam os poderes geralmente reservados aos
censores. Eles incluíam o direito de supervisionar as mo- Havia alguns que estavam preocupados com a expansão
rais públicas e escrutinar leis para assegurar que eles fos- dos poderes concedidos a Augusto pelo segundo pacto,
sem de interesse público, bem como a habilidade de man- e isto veio a tona com a aparente conspiração de Fânio
ter um censo e determinar os membros do senado.[146] Cépio e Lúcio Lucínio Varrão Murena.[154][155] No co-
Não havia precedência no sistema romano para combi- meço de 22 a.C., acusações foram trazidas contra Marco
nar os poderes tribunícios e censoriais em uma pessoa, e Primo, o antigo procônsul da Macedônia, de travar, sem
nem Augusto havia sido eleito para o ofício de censor.[147] aprovação prévia do senado, uma guerra contra o Reino
A Júlio César haviam sido concedidos poderes similares, Odrísio da Trácia, cujo rei foi um aliado romano.[130]
entre os quais havia a supervisão da moral do Estado, Ele foi defendido por Murena, que disse no julgamento
contudo esta posição não se estendeu para a habilidade que seu cliente havia recebido instruções específicas do
do censor de realizar um censo e determinar a lista se- príncipe ordenando-o a atacar o Estado cliente.[126] Mais
natorial. O ofício de tribuno da plebe começou a per- tarde, Primo testemunhou que as ordens vieram do recen-
der prestígio devido ao acúmulo de poderes tribunais do temente falecido Marcelo.[156] Sob o pacto constitucional
príncipe, então ele reviveu sua importância ao fazer uma de 27 a.C., tais ordens teriam sido consideradas uma vio-
nomeação mandatória para qualquer plebeu desejando o lação da prerrogativa do senado, pois a Macedônia estava
pretorado.[148] sob a jurisdição do senado, e não do príncipe. Tal ação te-
ria arrancado o verniz da restauração republicana promo-
Em complemento à autoridade tribunícia, Augusto ad-
12 2 BIOGRAFIA

bora Primo tenha sido considerado culpado, alguns jura-


dos votaram por sua absolvição, significando que nem to-
dos acreditavam no testemunho de Augusto.[130][131] En-
tão, em algum momento antes de 1 de setembro de 22
a.C., um certo Castrício forneceu a Augusto informações
sobre uma conspiração liderada por Fânio Cépio contra
o príncipe.[158][159] Murena foi nomeado entre os cons-
piradores. Julgado à revelia, com Tibério agindo como
promotor, o júri considerou os conspiradores culpados,
mas não foi um veredicto unânime.[130] Sentenciados à
morte por traição, todos os acusados foram executados
logo após serem capturados sem mesmo darem testemu-
nho em sua defesa.[160] Augusto garantiu que a fachada de
governo republicano continuasse com o efetivo pretexto
dos eventos recentes.[161]
Em 19 a.C., o senado votou para permitir a ele vestir as
insígnias consulares em público e diante do senado,[149]
bem como sentar na cadeira simbólica entre os dois côn-
sules e segurar o fasces, um emblema da autoridade con-
sular. Como sua autoridade tribunícia, esta garantia de
poderes consulares foi outra detenção do poder dum ofí-
cio que não possuía.[162] Isso parece ter amenizado a po-
pulação. Independente ou não do fato de Augusto ser
um cônsul, a importância foi que aparecia como se o
fosse diante do povo. Em 6 de março de 12 a.C., após
a morte de Lépido, adicionalmente assumiu a posição
de pontífice máximo, o mais alto sacerdote do Colégio
dos Pontífices, a mais importante posição da religião
romana.[163][164][nt 9] Em 5 de fevereiro de 2 a.C., também
recebeu o título de pai da pátria (pater patriae).[166][167]

2.6 Guerra e expansão

Oceano Ibérnico Albis Saxões Lemóvicos


Camuloduno Prisos Caucos Lombardos Galindas
Visurges Helveones Golones
Batavos Vístula
Londínio
Bructeros Queruscos Semnones Venedas
Aliso Suevos Burgúndios
Vetera
Mar Britânico Vândalos
Atuatuca
Sugambros
GERMÂNIA
BÉLGICA Colônia
Albis Silingas
Augusta dos Tréveros Catos Lúgios Amadocos
Moeno
Durocortoro Vladua Sarmátia
Moguntíaco Hermunduros
LUGDUNENSE Hípanis
Lutécia Marcomanos Bastarnas
Liger Agêndico Argentorato Varistos Borístenes
Reno Quadros Buros
Tiras Alanos
Alésia Costóbocos Tánais
Mar Cantábrico Avárico Carnunto
Bibracte Augusta dos
GÁLIA Vindelícios Juvano Lauríaco Anartes Tísia Hieroso Roxolanos Ólbia Meotas
Matisco RÉCIA NÓRICA Aquinco Jaziges Udon
Aunedónaco Lugduno Noreia
Viruno PANÔNIA Panticapeu
Burdígala Dacos Hípanis
Luco dos Gergóvia
Astúrica Porto Vitória Petóvio
Augustos
Augusta AQUITÂNIA Mediolano Aquileia Celeia Tiras Siraces Alônia
Juliobrigênsio Peninos Patávio
Julióbriga Emona
Brácara Galécia Cócios Síscia
Sarmizegetusa Troesmis Quersoneso
Augusta Vélica Aráusio Gênua Cáucaso
Petavônio Lância Tolosa Marítimos Bonônia Singiduno Táurica
Segisamo Íbero NARBONENSE Águas Ravena Getas Dioscúrias Albânia
Dúrio Sêxtias Sirmio
Narbo Florência Arímino Jaziges Tômis Ibéria
LUSITÂNIA Clúnia Numância Pisas Salona Danúbio
Emínio Márcio Massília PONTO EUXINO Liro
HISPÂNIA Ilerda Arécio
Lichnitis
César Augusta Mar da Ligúria Ancona Naísso Sinope
Nicópolis
Olisipo Tago Emérita Narona Amisos Trapezo ARMÊNIA
Augusta TARRACONENSE Tarraco Filipópolis Carana Artaxata Araxes
Aléria Armavira
Córsega Mar Adriático Escupi PONTO
Anas Roma TRÁCIA Heracleia
Estobi Paflagônia Armênico MÉDIA
BÉTICA Sagunto Bizâncio Amásia Polemão
Baleares Filipos Nicomédia
Córduba Sardenha Cápua Dirráquio Anfípolis Tóspitis
Benevento Lisimáquia GALÁCIA

Augusto da Via Labicana - Augusto como pontífice máximo


Bétis Pitiúsas MACEDÔNIA Matiano
Neápolis Brundísio Apolônia Niceia
Híspalis Ancira
Tessalônica
Munda
Mar Baleárico Mar Tirreno Tarento Frígia Menor Péssimo Cesareia Melitene SOFENA
Tigranocerta Gázaca
Gades ÉPIRO ATROPATENE
Mar Egeu CAPADÓCIA Amida
Tingis Nova Cartago Caralis Farsalos Pérgamo ÁSIA IMPÉRIO
Zilis
MAR Nicópolis Frígia Licônia Tiana
Comagena
Samósata
Mar Ibérico Sardes Nísibis Ecbátana
Lixo Lídia Icônio Edessa Arbela
Mar Jônico

Museu Nacional Romano


Cartena Panormo Delfos
Baba Iol Cesareia Messana Esmirna Carras Singara PARTA
Sala Banasa Igilgili Hipo Diárrito Régio Pisídia Cirro
Rusadir Siga Útica Corinto Éfeso Nicéforo Portas de
Volubilis Cilemate Sicília Catana Cária PANFÍLIA Tarso
Agrigento Argos Atenas Halicarnasso Antioquia MESOPOTÂMIA Zagros
CILÍCIA
Cirta Hipona Siracusa Selêucia Tápsaco Circeso ASSÍRIA
MAURITÂNIA Lambésis
Cartago
Sica Zama Esparta Lícia
Ataleia
Piéria
Apameia
Mar Sículo PALMIRENE Ctesifonte
Régia
Hadrumeto Rodes SÍRIA Eufrates Tigre
Amedara ACAIA Chipre Salamis
Malua Teveste Palmira Selêucia
Tapso Melisa CRETA Trípoli
ÁFRICA Fapo Babilônia
INTERNO Berito Damasco
NUMÍDIA Sirtes Menor Gortina
Tiro
Girba
Gétulos NOSSO Cesareia
ARÁBIA
Mar Líbico Gerasa
Oea PALESTINA
Sabrata JUDEIA Jerusalém
Léptis Magna
Gaza
Cirene Catabátmo
PROCONSULAR Sirtes Maior Maior Alexandria
Cidamo
Império Romano: 31 a.C. - 6 d.C. Paretônio
Nicópolis
Sais Pelúsio Nabateus
Petra
Catabátmo
Boreu
Menor Mênfis
Arábia Elana
Heliópolis
Território romano até 31 a.C. Aras dos CIRENAICA Babilônia
Filenos
Conquistas de Augusto:

vida por Augusto, e exporia sua fraude de ser meramente De 31 a 19 a.C.


De 19 a 9 a.C.
De 9 a.C. a 6 d.C. Garamantes
Augila
Amônio

Oásis
Menor
Hermópolis
Magna
EGITO

Ptolemaida Hérmia
Miosormo

o primeiro cidadão. Ainda pior, o envolvimento de Mar- Reinos e povos clientes


Fortalezas legionárias
Oásis Maior
Tebas

Apolinópolis
Maior

Dode
Siene
Berenice

Cascoeno

celo forneceu de alguma forma a prova de que sua política


Hierasicâmico

era para que o jovem tomasse seu lugar como príncipe, A expansão do Império Romano sob Augusto.
instituindo uma forma de monarquia - acusações que já
tinham sido jogadas fora durante a crise de 23 a.C..[137] Imperador César, Filho do Divino, Augusto escolheu Im-
A situação era tão séria que Augusto apareceu em pes- perador (“comandante vitorioso”) para ser seu primeiro
soa no julgamento, mesmo embora não tivesse sido cha- nome, uma vez que queria fazer a noção de vitória as-
mado como uma testemunha. Sob juramento, declarou sociada a ele enfaticamente clara. Pelo ano 13, ostentou
que não deu tal ordem. Murena, incrédulo do testemunho 21 ocasiões onde suas tropas proclamaram “imperador”
e ressentido de sua tentativa de subverter o julgamento como seu título após uma batalha bem-sucedida. Quase
ao usar sua auctoritas (autoridade), rudemente exigiu sa- o quarto capítulo inteiro de suas publicamente lançadas
ber por quê apareceu se não havia sido chamado. Ele memórias de realizações conhecidas como o Res Gestae
respondeu que veio no interesse público.[157][154][156] Em- foi devotado às suas vitórias e honras militares.[168] Au-
2.6 Guerra e expansão 13

ANGLOS

gusto também promoveu a ideia de uma civilização ro- Tibério


5 d.C.

mana superior com o objetivo de governar o mundo, um


RÚGIOS
SAXÕES

VIRUNOS

sentimento embebido em palavras que o poeta contem-


ANSÍVAROS
FRÍSIOS Tibério
Tibério CAUCOS 5 d.C.
5 d.C.

CHASUAROS CAUCOS

porâneo Virgílio atribuiu ao lendário ancestral de Au-


FRÍSIOS CARIDOS

BURGÚNDIOS
ANGRÍVAROS
Enobarbo 3-1 a.C.
LOMBARDOS
FRÍSIOS 4 d.C. Tibério

gusto: “Romano, lembre, por sua força, de governar os


CAMAVOS
5 d.C.
Féctio 4 d.C. 4 d.C.
Tibério 4 d.C.
BRÚCTEROS
BATAVOS
4 d.C. USIPETOS QUERUSCOS
5 d.C.

povos da Terra!"[169][nt 10] O impulso para o expansio-


CANINEFATOS SENONES
Noviômago XIX Legião Enobarbo
Aliso
1 a.C.

Vetera MARSOS
Oberaben Andrépia
4-5 d.C.

nismo, aparentemente proeminente entre todas as classes


XIX Legião
SIGAMBROS VÂNDALOS
Novésio
ANGILOS

Atuatuca Colônia
Enobarbo

de Roma, é concedido por sanção divina pelo Júpiter de


CATOS 2 a.C.
Bona ERMUNDUROS
TENCTEROS LÚGIOS
Waldgirmes

Coblença Rodgen

Virgílio, que no Livro I da Eneida promete “soberania em


CATOS
MATIACOS

fim”.[nt 11][170]
Moguntíaco VANGIÕES
Augusto dos
5 d.C.
Durocortoro Tréveros Markbreit
Saturnino MARCOMANOS
ERMUNDUROS
6 d.C.
(com 2-3 legiões)
Divoduro NEMETOS
NARISTAS

Pelo fim de seu reinado, os exércitos de Augusto conquis- TRIBOCOS


II Legião
Enobarbo 2.a.C.

MARCOMANOS Tibério 6 d.C.


e IV Legião

taram o norte da Hispânia (atuais Espanha e Portugal),


Argentorato da Récia
6 d.C.
QUADOS

Noviômago Augusta dos


Vindelícios

as regiões alpinas da Récia e Nórica (atuais Suíça, Andematuno

Alésia
Augusta
Ráurica
Brigâncio
VINDELICOS
Carnunto

Baviera, Áustria, Eslovênia), Ilíria e Panônia (atuais


Vindonissa
Augustoduno

Albânia, Croácia, Hungria, Sérvia, Montenegro e Bósnia


Campanhas de Enobarbo (3–1 a.C.), Tibério e Saturnino (4–6
e Herzegovina) e estendeu as fronteiras da província da d.C.) na Germânia
África para leste e sul.[171] Quando as tribos rebeldes da
Cantábria (na Espanha) foram dominadas em 19 a.C., o
território caiu sob as províncias da Hispânia e Lusitânia.
Esta região provou ser um grande ativo em recursos registrado que o pio Tibério caminhou à frente do corpo
para futuras campanhas, dado que era rica em depósi- de seu irmão por todo o caminho de volta a Roma.[176]
tos minerais que poderiam ser adquiridos em projetos de Nenhum esforço militar foi necessário em 25 a.C. quando
mineração romana, especialmente os muito ricos depósi- a Galácia (na Turquia) foi convertida em província ro-
tos auríferos em Las Médulas, por exemplo.[172] mana logo após o rei Amintas ser assassinado pela viúva
vingativa de um príncipe escravo de Homonada. Após o
SAXÕES reinado do rei cliente Herodes, o Grande (r. 73–4 a.C.),
VIRUNOS a Judeia foi incorporada à província da Síria quando Au-
FRÍSIOS
AMSIVAROS

12 a.C.?
12 a.C.
gusto depôs seu sucessor Herodes Arquelau. Como o
FRÍSIOS
CASUAROS
CAUCOS Egito que havia sido conquistado após a derrota de Marco
Antônio em 30 a.C., a Síria foi governada não por um
12 a.C.
ANGRIVAROS
LOMBARDOS
FRÍSIOS
12 a.C.
Féctio
CAMAVOS

BRÚCTEROS
procônsul ou legado, mas por um alto prefeito da classe
equestre.[171]
BATAVOS
USIPETOS QUERUSCOS
11 a.C. SENONES
Noviômago 12 a.C. 11 a.C. (SUEVOS)
8 a.C. 9 a.C.
Haltern
Vetera 11 a.C. MARSOS
Oberaben
11 a.C.
Andrépia
Arbalo?
Mácio?
Para proteger os territórios romanos orientais do Império
SIGAMBROS
Novésio

Colônia
12 a.C.
(Niedenstein)
ANGILOS Parta, Augusto convocou os Estados clientes do Oriente
Atuatuca

Bona
13-10 a.C.

TENCTEROS
CATOS
HERMUNDUROS para agirem como territórios tampão e áreas que pode-
Waldgirmes

Coblença
CATOS
Rodgen
MATÍACOS
riam recrutar suas próprias tropas para defesa. Para au-
Heidetrank
10 a.C. QUADAS mentar a segurança do flanco oriental do império, esta-
9 a.C.

Augusta dos
Tréveros
Moguntíaco VANGIÕES
cionou um exército na Síria, enquanto seu habilidoso en-
MARCOMANOS
teado Tibério negociou como diplomata com os partas.
Tibério foi responsável pela restauração de Tigranes V
Divoduro
NEMETOS NARISTAS

(r. 6–12) no trono do Reino da Armênia. No entanto,


Campanhas de Nero Cláudio Druso na Germânia (12–9 a.C.) sem dúvida, sua maior conquista diplomática foi a ne-
gociação com Fraates IV da Pártia (r. 37–2 a.C.) em
Conquistar os povos dos Alpes em 16 a.C. foi outra vi- 20 a.C. para o retorno dos estandartes de guerra perdi-
tória importante para Roma uma vez que forneceu um dos por Crasso na batalha de Carras, uma vitória sim-
grande território tampão entre as cidades romanos da bólica de grande impulso à moral romana.[176][177][178]
Itália e os inimigos da Germânia ao norte.[173] O poeta Werner Eck afirma que isso foi uma grande decepção
Horácio dedicou uma ode à vitória, enquanto o monu- para os romanos que procuraram vingar a derrota de
mento Troféu de Augusto, próximo de Mônaco, foi cons- Crasso por meios militares.[179] Contudo, Maria Brosius
truído em honra à ocasião.[174] A captura da região al- explica que ele usou o retorno dos estandartes como pro-
pina também serviu para a próxima ofensiva, em 12 a.C., paganda para simbolizar a submissão da Pártia à Roma.
quando Tibério começou uma investida contra as tribos O evento foi celebrado na arte como no peitoral da está-
panônias e ilírias e seu irmão Nero Cláudio Druso con- tua de Augusto de Prima Porta e em monumentos como
tra as tribos germânicas na Renânia ocidental. Ambas o Templo de Marte Ultor construído para abrigar os
as campanhas foram bem-sucedidas, com as forças de estandartes.[180][181]
Druso alcançando o rio Elba pelo ano 9 a.C., ainda que te- Embora a Pártia sempre colocou uma ameaça aos ro-
nha morrido pouco depois após cair de seu cavalo.[175] Foi manos no Oriente, o verdadeiro fronte de batalha foi ao
14 2 BIOGRAFIA

longo dos rios Reno e Danúbio.[177] Antes da batalha final fosse sucedê-lo em sua posição não-oficial de poder, te-
com Antônio, Otaviano fez campanha contra as tribos na ria que fazê-lo por meio de seus próprios méritos com-
Dalmácia, o que configura o primeiro passo para a expan- provados publicamente.[185] Alguns historiadores augus-
são dos domínios romanos para o Danúbio.[182] A vitória tanos argumentam que indícios apontam para o filho de
em batalha não foi sempre um sucesso permanente, com sua irmã, Marcelo, que foi rapidamente casado com Júlia,
os territórios recém-conquistando sendo constantemente a Velha.[186] Outros historiadores disputam isso devido o
retomados pelos inimigos romanos da Germânia.[177] Um testamento de Augusto lido em voz alta pelo senado en-
primeiro exemplo das perdas romanas em batalha foi a quanto estava seriamente doente em 23 a.C.,[187] que in-
Batalha da Floresta de Teutoburgo em 9 d.C., quando três dicava uma preferência por Marco Agripa, que foi o se-
legiões inteiras lideradas por Públio Quintílio Varo fo- gundo em comando e indiscutivelmente o único de seus
ram destruídas com poucos sobreviventes por Armínio, associados que poderia ter controle das legiões e manter
líder dos queruscos, um aparente aliado romano. Au- o império unido.[188]
gusto, em retaliação, enviou Tibério para a Renânia para
Após a morte de Marcelo em 23 a.C., Augusto casou sua
pacificá-la, o que gerou alguns sucessos, embora a ba- filha com Agripa. Esta união produziu cinco crianças,
talha de 9 d.C. representou o fim da expansão romana
três filhos e duas filhas: Caio César, Lúcio César, Júlia, a
na Germânia.[183] O general romano Germânico tomou Jovem, Agripina e Agripa Póstumo, assim nomeado por
vantagem de uma guerra civil querusca entre Armínio ter nascido após a morte de Marco Agripa. Logo após
e Segestes; eles derrotaram Armínio, que fugiu, mas foi o segundo pacto, a Agripa foi garantido um mandato de
morto depois, em 21, devido a uma traição.[184] cinco anos na administração da porção oriental do impé-
rio com o imperium de um procônsul e o mesmo poder
de tribuno garantido a Augusto (embora isso não tenha
2.7 Morte e sucessão colocado em cheque a autoridade de Augusto), com uma
sede de governo estabelecida em Samos, no mar Egeu
oriental.[188] Embora esta garantia de poder tenha mos-
trado o favor do príncipe a Agripa, foi também uma me-
dida de agradar os membros do partido cesariano ao per-
mitir que um de seus membros compartilhasse um quan-
tidade considerável de poder com ele.[189]
A intenção de Augusto de fazer Caio e Lúcio César seus
herdeiros foi evidente quando adotou-os como seus pró-
prios filhos.[190] Ele apossou-se do consulado em 5 e 2
a.C., e assim poderia pessoalmente inaugurá-los em suas
carreiras políticas,[191] e eles foram nomeados como os
cônsules de 1 e 4 d.C..[192] Augusto também mostrou fa-
vor a seus enteados, os filhos do primeiro casamento de
Lívia, Nero Cláudio Druso Germânico (doravante refe-
rido como Druso) e Tibério Cláudio garantido-lhes co-
mandos militares e ofício público, embora parece que
preferiu Druso. Após a morte de Agripa em 12 a.C., Ti-
bério foi ordenado a divorciar-se de sua esposa Vipsânia
Agripina e casar com a viúva de Agripa - assim que um
período de luto para ele terminou. Enquanto o casamento
de Druso com Antônia (filha de Marco Antônio e Otávia)
foi considerado um assunto inquebrantável, Vipsânia foi
“apenas” a filha do primeiro casamento de Agripa.[193]
Tibério partilhou dos poderes tribunícios de Augusto a
partir de 6 a.C., mas logo depois partiu em aposentado-
ria, declaradamente não querendo mais papel na política
Busto de Tibério, Gliptoteca Ny Carlsberg enquanto exilou-se para Rodes. Embora nenhuma razão
específica seja conhecido para sua partida, poderia ter
A doença de Augusto em 23 a.C. trouxe o problema de sido uma combinação de razões, incluindo um casamento
sucessão para o primeiro plano dos assuntos políticos e falho com Júlia,[151][194] bem como um sentimento de in-
públicos. Para assegurar estabilidade, precisava desig- veja e exclusão devido ao aparente favorecimento de Caio
nar um herdeiro para sua posição única na sociedade e e Lúcio, que juntaram-se ao colégio dos pontífices em
governo romanos. Isto era para ser alcançado de forma tenra idade, foram apresentados para os espectadores de
pequena, não dramática e incremental que não provo- uma forma mais favorável e introduzidos no exército na
casse os temores senatoriais de monarquia. Se alguém Gália.[195][196] Após as mortes precoces de Lúcio e Caio
15

Em 19 de agosto de 14, Augusto morreu enquanto vi-


sitava o túmulo de seu pai biológico em Nuvlana (atual
Nola), na Campânia. Tanto Tácito como Dião Cássio
escreveram que Lívia levou-o à morte pelo envenena-
mento de figos frescos, embora esta alegação permaneça
não comprovada.[200][201] Tibério, que estava presente no
leito de morte de Augusto ao lado de Lívia, foi nomeado
seu herdeiro. Suas famosas últimas palavras foram: “Eu
desempenhei meu papel bem? Então aplaudam quando
eu morrer” - referência à autoridade régia que desempe-
nhou como imperador. Publicamente, contudo, suas úl-
timas palavras foram, “Eis que encontrei Roma de barro,
e deixo-a de mármore para vocês”. Uma enorme procis-
são funeral de pranteadores viajou com o corpo de Au-
Mausoléu de Augusto gusto de Nuvlana a Roma, e no dia de seu enterro todos
os negócios públicos e privados fecharam.[202] Tibério e
seu filho Druso prestaram um elogio enquanto de pé no
topo de dois rostras. O corpo de Augusto foi cremado em
uma pira próximo a seu mausoléu e foi proclamado que
ele juntou-se a companhia dos deuses como um mem-
bro do panteão romano.[203] Em 410, durante o Saque de
Roma de 410, o mausoléu foi saqueado pelos visigodos
de Alarico (r. 395–410) e suas cinzas dispersas.[204]
O historiador D. C. A. Shotter afirma que sua política em
favor da família juliana sob a claudiana pode ter proporci-
onado a Tibério causa suficiente para mostrar aberto des-
dém a ele após sua morte; em vez disso, Tibério foi sem-
pre rápido para repreender aqueles que o criticavam.[205]
Shotter sugere que a deificação de Augusto, unido à ati-
tude “extremamente conservadora” de Tibério a respeito
de religião, obrigou-o a suprimir qualquer sentimento
aberto que pudesse ter nutrido.[206] Também, o histori-
ador R. Shaw-Smith cita cartas de Augusto para Tibério
que exibem afeição a Tibério e alta consideração por seus
méritos militares.[207] Shotter alega que Tibério focou sua
raiva e criticismo em Caio Asínio Galo (por casar-se com
Augusto deificado paira sob Tibério e os demais júlio-claudianos Vipsânia após Augusto forçá-lo a divorciar-se) bem como
no Grande Camafeu da França os dois jovens césares Caio e Lúcio, os reais arquitetos de
seu divórcio e rebaixamento imperial.[206]

em 2 e 4 d.C. respectivamente, e a morte anterior de seu


irmão Druso em 9 a.C., Tibério foi convocado para Roma
em junho de 4, onde foi adotado por Augusto sob a condi- 3 Legado
ção que, em troca, adotaria seu sobrinho Germânico.[197]
A prática de apresentar ao menos duas gerações de her- O reinado de Augusto lançou as fundações de um regime
deiro tornou-se uma tradição.[193] Naquele ano, a Tibério que durou, no Ocidente, até o declínio final do Império
foi garantido os poderes de tribuno e procônsul, emissá- Romano do Ocidente em 476, e no Oriente, até a Queda
rios de reis estrangeiros tiveram que saldar seus respei- de Constantinopla em 1453. Tanto seu sobrenome César
tos a ele, e por 13 foi recompensando com seu segundo como seu título Augusto tornaram-se títulos permanen-
triunfo nível de imperium semelhante ao de Augusto.[198] tes dos governantes do Império Romano pelos 14 séculos
O único reclamante possível como herdeiro foi Agripa seguintes à sua morte. Em muitas línguas, César tornou-
Póstumo, que tinha sido exilado no ano 7. Seu banimento se a palavra para imperador, como no alemão cáiser e
tornou-se permanecente após decreto senatorial, e Au- no búlgaro e subsequentemente no russo czar. O culto
gusto oficialmente o desonrou. Ele certamente caiu do fa- do “Divino Augusto” (Divus Augustus) continuou até a
vor como um herdeiro e o historiador Erich S. Gruen nota religião do Estado ser mudada para o cristianismo em
que várias fontes contemporâneas afirmam que Agripa 391 por Teodósio I (r. 378–395). Consequentemente,
Póstumo foi um “jovem homem vulgar, brutal e bestial, há muitas estátuas e bustos excelentes do primeiro im-
e de caráter depravado.”[199] perador. Muitos o consideram como o maior imperador
16 3 LEGADO

Embora o mais poderoso indivíduo do Império Romano,


Augusto desejava incorporar o espírito da virtude e nor-
mas republicanas. Para tal, com seus poderes censoriais,
apelou para as virtudes de patriotismo romano proibindo
todos os outros trajes além da toga clássica ao entrar no
Fórum.[169] Além disso, outorgou leis acerca do casa-
mento, uma vez que a aristocracia estava desenvolvendo
uma desinclinação pelo matrimônio, contra o celibato e
contra a ausência de prole, todos eles com punições pe-
cuniárias, especialmente a respeito das qualificações para
ser mencionado em um testamento.[217]

A Virgem e o Menino, a profetiza Sibila Tiburtina à esquerda e


o imperador Augusto à direita,
no Les très riches heures du duc de Berry

romano; suas políticas certamente estenderam o tempo


de duração do império e iniciaram a Pax Romana (“Paz
Romana”) ou Pax Augusta (“Paz de Augusto”).[208] O se-
nado romano desejou que os imperadores subsequentes
fossem "mais afortunados que Augusto e melhores que
Trajano".[209] Ele foi inteligente, decidido, e um político
astuto, mas talvez não foi tão carismático quanto Júlio
César,[210] e foi influenciado por sua terceira esposa Lí-
via (às vezes para a pior).[211] No entanto, seu legado foi
mais duradouro.
Ele tinha composto um registro de suas realizações, o Res Augusto.
Gestae Divi Augusti, para ser inscrito em bronze na frente Relevo no Templo de Kalabsha, Núbia
de seu mausoléu.[212] Cópias do texto foram inscritas atra-
vés do império após sua morte.[213] As inscrições em la- Ele também queria se conectar com os assuntos dos ple-
tim exibiram traduções em grego, e foram inscritas em beus e pessoas desfavorecidas, algo que alcançou através
muitos edifícios públicos, tais como o Monumento de de várias ações de generosidade e uma redução de exces-
Ancira, em Ancara, chamada a “rainha das inscrições” sos. No ano 29 a.C., Augusto pagou 400 sestércios para
pelo historiador Theodor Mommsen.[214] Algumas das cada 250 000 cidadãos, 1 000 sestércios para cada 120
obras escritas por Augusto sobreviveram. Elas incluem 000 veteranos nas colônias e gastou 700 milhões de ses-
seus poemas Sicília, Epífano e Ajax, uma auto-biografia tércios na aquisição de terras para que seus soldados se
em 13 livros, uma tratado filosófico, e sua contestação assentassem. Ele também restaurou 82 templos diferen-
por escrito do Elogio de Catão de Bruto.[215] Além des- tes para demonstrar seu cuidado com o panteão de deida-
tes, os historiadores, através de suas cartas existentes, des romanas. Em 28 a.C., derreteu 80 estátuas de prata
buscam fatos ou pistas adicionais a respeito de sua vida erigidas em sua honra, na tentativa de parecer frugal e
pessoal.[207][216] modesto.[218]
17

A longevidade do reinado de Augusto e seu legado para o


mundo romano não devem ser negligenciados como um
fator chave em seu sucesso. Como Tácito escreveu, as ge-
rações jovens vivas em 14 d.C. nunca conheceram outra
forma de governo além do principado.[219] O atrito das
guerras civis sobre a velha oligarquia republicana e a lon-
gevidade de Augusto, portanto, podem ser vistos como
grandes fatores contribuintes para a transformação do Es-
tado romano numa monarquia de facto nestes anos, em-
bora sua experiência, paciência, tato e perspicácia polí-
tica também desempenharam sua parte. Seu legado fi-
nal foi a paz e prosperidade do império desfrutada pe-
los próximos dois séculos sob o sistema que iniciou. Sua
memória foi consagrada no ethos político da época im-
perial como um paradigma do bom imperador.[220] Cada
imperador de Roma adotou seu nome, César Augusto,
que gradualmente perdeu seu caráter como um nome e
posteriormente tornou-se um título.[203] Os poetas augus-
tanos Virgílio e Horácio louvaram-o como um defensor
de Roma, um sustentáculo da justiça moral, e um indiví-
duo que suportou o peso da responsabilidade de manter
o império.[221]
Contudo, para seu governo de Roma e o estabelecimento
do principado, também esteve sujeito ao criticismo atra-
vés das eras. O jurista contemporâneo Marco Antístio Estátua equestre fragmentada de Augusto, século I
Labeão, apaixonado pelos dias da liberdade republicana
pré-augustana nos quais nasceu, abertamente criticou seu
regime. No começo de seus anais, o historiador Tá-
cito escreveu que o príncipe tinha astuciosamente subver-
tido a Roma republicana em uma posição de escravidão.
Ele continuou dizendo que, com a morte de Augusto e
o juramente de lealdade a Tibério, as pessoas de Roma
simplesmente trocaram um proprietário de escravos por
outro.[222] Tácito, contudo, registra duas visões, contra-
ditórias, de Augusto:
De acordo com uma segunda opinião oposta:
Numa recente biografia sobre o imperador, Anthony Eve-
ritt afirma que, através dos séculos, julgamentos sobre o
reinado de Augusto oscilaram entre estes dois extremos,
mas salienta que:
Tácito era da crença que Nerva (r. 96–98) com sucesso
“misturou duas ideias anteriormente alienígenas, princi-
pado e liberdade”.[226] O historiador do século III Dião
Cássio reconheceu Augusto como um governante mo-
derado e benigno e, como muitos outros historiadores
após sua morte, viu-o como um autocrata.[222] O po-
eta Lucano era da opinião que a vitória de Júlio Cé-
sar sobre Pompeu e a queda de Catão, o Jovem mar-
cou o fim da liberdade tradicional em Roma. O histo-
riador Chester G. Starr escreve de sua evasão de criticá-
lo: “talvez Augusto era uma figura demasiado sagrada
para acusar diretamente”.[226] O escritor anglo-irlandês
Jonathan Swift, em seu “Discurso sobre as competi- Escultura fragmentada de Augusto, em Arles
ções e dissenções em Atenas e Roma”, criticou-o aberta-
mente por instalar tirania sobre Roma e comparou o que
acreditava da virtuosa monarquia constitucional da Grã- Bretanha com a república moral de Roma do século II
a.C.. Em seu criticismo a Augusto, o almirante e histori-
18 3 LEGADO

ador Thomas Gordon comparou-o com o tirano puritano dos que levantavam os impostos foram a norma durante
Oliver Cromwell.[227] Thomas Gordon e o filósofo polí- a república, e alguns cresceram suficientemente no po-
tico francês Montesquieu reconhecem que um covarde der para influenciar a quantidade de votos dos políticos
em batalha. Em suas “Memórias da Corte de Augusto”, em Roma. Os fazendeiros fiscais (publicanos) ganha-
o estudioso escocês Thomas Blackwell considerou-o um ram grande infâmia por suas depredações, bem como
governante maquiavélico, “um usurpador vingativo e se- grande fortuna privada, por adquirirem o direito de ta-
dento de sangue”, “perverso e sem valor”, “um espírito xarem áreas locais.[229] A receita de Roma foi a soma das
médio” e um “tirano”.[228] propostas vencedoras, e os lucros dos fazendeiros fiscais
consistiu de quantias adicionais que eles podiam forçosa-
mente espremer da população com a bênção de Roma. A
3.1 Reformas na receita falta de supervisão efetiva, combinado com o desejo dos
fazendeiros fiscais de maximizar seus lucros, produziu
um sistema de exações arbitrárias que foi com frequência
barbaramente cruel para os contribuintes, amplamente (e
com precisão) percebida como injusta e muito prejudicial
para investimento e a economia.

Moeda de Augusto encontrada no tesouro de Puducotai (atual


Tamil Nadu, Índia) pertencente ao Império Pandia.
Atualmente no Museu Britânico

A reformas de Augusto na receita pública tiveram um


grande impacto sobre o sucesso subsequente do império. Moeda do Reino Himiarita, ao sul da Arábia. É também uma
Trouxe uma parcela muito maior da base territorial ex- imitação de uma moeda de Augusto, século I
pandida do império sob uma taxação direta e consistente
de Roma, em vez dos tributos variáveis, intermitentes e Os rendimentos fiscais da província do Egito foram em-
de certa forma arbitrários por cada província como seus pregados para financiar as operações do império e re-
antecessores tinham feito. Esta reforma grandemente au- sultaram na mudança da forma romana de governo.[231]
mentou a receita líquida romana por suas aquisições ter- Como foi efetivamente considerado uma propriedade pri-
ritoriais, estabilizou seu fluxo, e regularizou a relação fi- vada do imperador e não uma província imperial, tornou-
nanceira entre Roma e as províncias, em vez de provocar se parte do patrimônio de cada um dos imperadores
novos ressentimentos com cada nova exação arbitrária de sucessores.[232] Em vez de um legado ou procônsul, Au-
tributo.[229] As medidas de taxação de seu reinado foram gusto instalou um prefeito da classe equestre para admi-
determinadas pelo censo populacional, com cotas fixas nistrar o Egito e manter seus portos marítimos lucrati-
para cada província. Os cidadãos de Roma e Itália pa- vos; esta posição tornou-se a mais alta conquista política
garam tributos indiretos, enquanto os tributos diretos fo- para qualquer equestre além da de prefeito da guarda pre-
ram exigidos das províncias. Dentre os tributos indiretos toriana.[233] O território agrícola altamente produtivo do
havia uma taxa de 4% sobre o preço de escravos, uma Egito rendeu enormes receitas que estavam disponíveis
taxa de 1% sobre bens vendidos em leilão e uma taxa de para ele seus sucessores pagarem por obras públicas e ex-
5% sobre a herança de propriedades avaliadas acima de pedições militares.[231]
10 000 sestércios por pessoa que não os parentes mais
próximos.[230]
3.2 Mês de agosto
Outra importante reforma foi a abolição do imposto agrí-
cola privado, que foi substituído pelo serviço civil as- O mês de agosto (em latim: Augustus) foi nomeado em
salariado de coletor de impostos. Contratantes priva- honra a Augusto. Até seu tempo era chamado sextil (sex-
3.4 Projetos de construção 19

tilis em latim) devido ao fato de ter sido o sexto mês do ca- institucionalização da primeira força policial (coortes ur-
lendário romano original. Comumente se diz que Agosto banos; cohortes urbanae) e de bombeiros (vigiles urba-
tinha 31 dias, pois Augusto quis que seu mês coincidisse nos, vigiles urbani) da cidade e com o estabelecimento do
em tamanho com o julho de Júlio César, mas isso foi prefeito municipal (praefectus municipii) como um ofício
uma invenção do estudioso do século XIII João de Sa- permanente. A força policial foi dividida em coortes de
crobosco. Sextil tinha 31 dias antes de ser renomeado, 500 homens cada, enquanto as unidades de bombeiros va-
e não foi escolhido por seu comprimento (ver calendário riaram de 500 a 1 000 homens cada, com sete unidades
juliano). De acordo com o senatus consultum citado por atribuídas para cada um dos 14 setores da cidade criados
Macróbio, sextil foi renomeado em honra a Augusto, pois por ele.[240] Um prefeito dos vigiles (praefectus vigilum)
vários dos eventos significativos de sua ascensão ao po- foi colocado como encarregado dos vigiles urbanos.[241]
der, culminando com a queda de Alexandria, ocorreram
Uma das instituições mais duradouras de Augusto foi
naquele mês.[234] a guarda pretoriana, estabelecida em 27 a.C., original-
mente como uma unidade de guarda pessoal no campo
3.3 Forças armadas de batalha e que evoluiu para uma guarda imperial bem
como uma importante força política de Roma.[242] Ela
teve o poder de intimidar o senado, instalar novos im-
peradores, e depor aqueles que desgostava. O último
imperador a quem serviu foi Maxêncio (r. 306–312) e
sob Constantino (r. 306–337) esta unidade foi deban-
dada e seus quartéis, o acampamento pretoriano, foram
desmantelados.[243]

3.4 Projetos de construção

Camafeu de Augusto presente na Cruz de Lotário


Panteão
Com o fim das guerras civis, Augusto também foi capaz
de criar um exército permanente para o Império Romano,
fixado num tamanho de 28 legiões e cerca de 170 000
soldados[235] que foram apoiados por numerosas unidades
auxiliares de 500 soldados cada, frequentemente recruta-
das nos territórios recém-conquistados.[236] Além disso,
com suas finanças assegurando a manutenção das estradas
através da Itália, ele também instalou um sistema oficial
de mensageiros com estações de retransmissão supervisi-
onadas por um oficial militar conhecido como prefeito
dos veículos (praefectus vehiculorum).[237] Ademais do
advento duma comunicação mais rápida entre os políticos
italianos, sua extensiva construção de estradas também
permitiu que os exércitos romanos marchassem rapida-
mente e num ritmo sem precedentes através do país.[238]
No ano 6, Augusto estabeleceu o erário militar, doando
170 milhões de sestércios para o novo tesouro militar que
Altar da Paz
proveu soldados ativos e aposentados.[239]
Sob Augusto, Roma foi totalmente transformada com a Na esfera da arquitetura, Augusto promoveu um extenso
20 3 LEGADO

programa de construção que incluiu construções, res-


taurações e decorações, financiadas com seus recursos
privados.[220] Tal programa torna-se expresso na céle-
bre frase proferida em seu leito de morte: “Encontrei
uma Roma de tijolos; dei uma de mármore para vocês”.
Embora há alguma verdade no significado literal disso,
Dião Cássio afirma que foi uma metáfora para a força
do império.[244] Mármore pode se encontrado em edi-
fícios de Roma anteriores a Augusto, mas não era ex-
tensivamente usado como um material de construção até
seu reinado.[245] Embora isso não se aplique às favelas de
Subura, que ainda eram tão frágeis e propensas a incêndio
como sempre, ele deixou uma marca sobre a topografia
monumental do centro e do Campo de Marte.[246]
O estilo augustano pode ser entendido como uma mistura
de conservadorismo e inovação, frequentemente associ- Templo de Augusto e Lívia em Vienne, final do século I a.C.
ado a um olhar grego[220] por meio do emprego da ordem
coríntia, que tornou-se o estilo arquitetônico dominante
a partir de Augusto. Suetônio certa vez comentou que
Roma era indigna de seu estatuto como uma capital im-
perial, uma vez que o príncipe e Agripa desmantelaram
este sentimento ao transformar a aparência de Roma num
modelo grego clássico.[245] Para celebrar sua vitória na
Batalha de Áccio, um Arco de Augusto foi erguido em 29
a.C., sendo erguido outro, em 19 a.C., no Vico Vestal en-
tre o Templo de César e o Templo de Castor e Pólux, para
celebrar sua reconquista dos estandartes de guerra perdi-
dos por Crasso em 53 a.C. para o Império Parta.[247] Era
no segundo que originalmente encontrava-se os Fastos
Capitolinos.[248] Augusto também construiu o Altar da
Paz (Ara Pacis), com inúmeros relevos que represen-
tam os cortejos imperiais dos pretorianos, as vestais e
os cidadãos de Roma,[249] um relógio monumental, cujo
gnômon central foi um obelisco tomado do Egito,[246] o
Diribitório, o Templo de César, a Biblioteca e o Templo
de Apolo Palatino[250] e o Fórum de Augusto com seu
Templo de Marte Ultor.[251]
Outros projetos também foram encorajados, tais como
a reforma do Septa Júlia de Júlio César, que tornou-
se palco de lutas de gladiadores,[252] e a construção do
Teatro de Balbo, o Panteão, as Termas, o Estagno e o
Euripo de Agripa,[220] ou fundados em nome de outros,
frequentemente parentes, como por exemplo o Pórtico
de Otávia, o Macelo de Lívia e o Teatro de Marcelo.
Mesmo seu mausoléu foi construído antes de sua morte
para abrigar os membros de sua família.[253] Há tam- Busto de ca. 20 a.C. encontrado na villa de Chiragan, Gália.
bém muitos edifícios construídos fora da cidade de Roma Atualmente no Museu de São Raimundo, Toulouse
que portam seu nome e legado, tais como o Teatro
de Mérida,[254] na atual Espanha, o Maison Carrée de
Nîmes[255] e o Templo de Augusto e Lívia de Vienne, perador organizou um sistema onde o senado designou
ambos na França, e o Troféu de Augusto em La Turbie, três de seus membros como os principais comissários en-
próximo de Mônaco.[174] carregados do suprimento de água e de assegurar que os
aquedutos da cidade não caíssem em desuso. No final da
Após a morte de Agripa em 12 a.C., uma solução tinha era augustana, a comissão de cinco senadores chamada
que ser encontrada para a manutenção do suprimento de curatores locorum publicorum iudicandorum (“superviso-
água de Roma. Tal discussão se deveu ao fato de Agripa res da propriedade pública”) foi encarregada da manuten-
supervisionar a questão quando serviu como edil e de, ção dos edifícios públicos e templos do culto estatal.[240]
como cidadão privado, financiá-lo. Naquele ano, o im- Augusto também criou o grupo senatorial dos curadores
21

viários (curatores viarum) para conversação das estradas.


Esta comissão senatorial trabalhou com oficiais locais e
contratantes para organizar reparos regulares.[237]

3.5 Literatura

No período augustano, a literatura prosperou enorme-


mente no mundo romano. Muito da literatura produ-
zida nesta época provém de homens que construíram suas
carreiras durante os anos do Segundo Triunvirato, por
meio do patrocínio de particulares, alguns deles associ-
ados com Augusto. A prática do patrocínio dos círculos
literários foi comum, porém desde o século II a.C. havia
sido praticamente abandonada. Em torno de Caio Cílnio
Mecenas, um dos mais próximos associados do príncipe,
formou-se um círculo que promoveu Virgílio e Horácio,
enquanto outro formou-se em torno de Marco Valério
Messala Corvino e promoveu Ovídio e Tibulo. Além de- O camafeu Blacas, em ônix, retratando Augusto trajando um
gorgoneion. Ca. 20-50
les, autores como Marco Vérrio Flaco, Propércio, Tito
Lívio e Higino também estiveram ativos.[220]
A literatura augustana produziu os mais amplamente li-
dos, influentes e duradouros poetas romanos. Os poe-
tas republicanos Catulo e Lucrécio foram reconhecidos
como seus predecessores, ao passo que Lucano, Marcial,
Juvenal e Estácio figuram como seus herdeiros da cha-
mada “Idade de Prata” da literatura latina. Embora Vir- 4 Aparência física e imagens ofici-
gílio por vezes é considerado um “poeta cortesão”, sua ais
Eneida, a mais importante das épicas latinas, permite lei-
turas complexas sobre a fonte e significado do poder de
Roma e as responsabilidades de um bom líder. Os traba-
lhos de Ovídio foram amplamente populares, mas o poeta
foi exilado por Augusto em um dos grandes mistérios da Seu biógrafo Suetônio, escrevendo cerca de um século
história da literatura. Entre os trabalhos em prosa, a his- após sua morte, descreve sua aparência como:
tória monumental de Tito Lívio é preeminente para seu Sua imagens oficiais eram muito firmemente controla-
escopo e realização estilística. A obra em vários volumes das e idealizadas, extraídas de uma tradição do retrato
Sobre Arquitetura de Vitrúvio, um arquiteto patrocinado real helenístico em vez do tradicional realismo do retrato
pelo próprio imperador, permanece de grande interesse romano. Ele aparece pela primeira vez em moedas aos
informacional.[256] 19 anos, e de ca. 29 a.C., “a explosão em número de
Questões pertinentes ao tom, ou a atitude dos escritores retratos augustanos atestam uma combinada campanha
em relação a seu assunto, são ponto de grande interesse de propaganda destinada a dominar todos os aspectos da
entre os estudiosos que estudam o período. Em particu- vida civil, religiosa, econômica e militar com a pessoa de
lar, o esforço de entender a extensão do avançar, apoiar, Augusto”.[259] As primeiras imagens de fato descreveram
criticar ou minar as atitudes políticas e sociais promul- um homem jovem, mas embora houve mudanças gradu-
gadas pelo regime, formas oficiais que foram frequente- ais, suas imagens mantiveram-o juvenil até sua morte aos
mente expressas em media estética.[257] Para os historia- 70, altura em que tinha “um distanciado ar de majestade
dores, a literatura augustana enveredou para uma propa- sempre jovem”. Dentre os melhores dos muitos retratos
ganda ao regime, não por algum tipo de controle estatal, conhecidos estão o Augusto da Prima Porta, a imagem
mas por um sentimento de gratidão e alívio da parte dos sobre o Altar da Paz e o Augusto da Via Labicana, que
patronos e escritores ao fato de Augusto ter trazido esta- mostra-o como um sacerdote. Vários camafeus retratís-
bilidade e paz para os assuntos públicos.[220] ticos incluem o Camafeu Blacas e a Gema Augusta.
22 7 REFERÊNCIAS

5 Ancestrais e descendência [9] Birley 2012, p. 12

[10] Suetônio 121a, 5-7


6 Notas [11] Rowell 1962, p. 14

[1] Em latim clássico:IMPERATOR CAESAR DIVI F [12] Suetônio 121a, 1-4


AVGVSTVS
[13] Suetônio 121a, 4.1
[2] As datas de seu reinado são datas contemporâneas. Viveu [14] Chisholm 1981, p. 23
sob dois calendários, o republicano até 45 a.C. e o juliano
após 45 a.C.. Devido aos desvios das intenções de Júlio [15] Suetônio 121a, 8.1
César, Augusto restaurou o calendário juliano em 8 a.C.,
e a correspondência entre o calendário juliano proléptico [16] Nicolau de Damasco 14, 3
e o calendário observado em Roma é incerta antes de 8
[17] Southern 1998, p. 9
a.C..[1]
[18] Everitt 2006, p. 12
[3] Como parte do acordo do triunvirato, Otávio governou as
províncias ocidentais, Marco Antônio as províncias ori- [19] Quintiliano 95, 12.6.1
entais e Lépido a África.
[20] Nicolau de Damasco 14, 4
[4] O nome final de Augusto teve um sentido equivalente de
“Comandante César, Filho do Divino, o Imperador”. [21] Rowell 1962, p. 16

[5] O “Marco Otávio” que vetou a reforma agrária suge- [22] Nicolau de Damasco 14, 6
rida por Tibério Graco em 133 a.C. pode ter sido seu
[23] Veleio Patérculo século I, 2.59.3.
ancestral.[12]
[24] Suetônio 121b, 83
[6] Sua filha Júlia morreu em 54 a.C.; seu filho Cesarião com
Cleópatra não foi reconhecido pela lei romana e não foi [25] Eck 2003, p. 9
mencionado em seu testamento.[24]
[26] Apiano século II, 3.9–11.
[7] Seus filhos foram Alexandre Hélio, Cleópatra Selene II e
Ptolemeu Filadelfo [27] Rowell 1962, p. 15

[8] Se o testemunho de Marco Primo proferido durante seu [28] Eck 2003, p. 10
julgamento em 22 a.C. por ilegalidade em sua guerra na [29] Mackay 2004, p. 160
Trácia pode ser acreditado, ele atuou sob ordens de Mar-
celo e Augusto.[126][127] [30] Southern 1998, p. 20–21

[9] A data é fornecida por calendários inscritos; ver também [31] Southern 1998, p. 21
Res Gestae 10.2. Dião Cássio 27.2 registra o evento em
13 a.C., provavelmente o ano em que Lépido morreu.[165] [32] Suetônio 121a, 63; 71

[10] Em latim: tu regere imperio populos, Romane, memento. [33] Eck 2003, p. 9-10

[11] Em latim: Rome imperium sine fine [34] Rowell 1962, p. 19

[35] Rowell 1962, p. 18

[36] Eder 2005, p. 18


7 Referências
[37] Apiano século II, 3.11–12.
[1] Blackburn 2003, p. 670-671
[38] Chisholm 1981, p. 24; 27
[2] «Riley Collection: Roman Emperors: Emperor Augus-
[39] Rowell 1962, p. 20
tus» (em inglês). Consultado em 14-08-2014.
[40] Eck 2003, p. 11
[3] «Those Wacky Emperors» (em inglês). Consultado em
14-08-2014. [41] Syme 1939, p. 114–120
[4] Wells 1990 [42] Chisholm 1981, p. 26
[5] Forsyth 2003, p. 14 [43] Rowell 1962, p. 30
[6] Shelton 1998, p. 58 [44] Eck 2003, p. 11-12

[7] Brice 2014, p. 101 [45] Rowell 1962, p. 21

[8] McCullough 2013, p. 457 [46] Syme 1939, p. 123–126


23

[47] Eck 2003, p. 12 [83] Southern 1998, p. 134

[48] Rowell 1962, p. 23 [84] Eck 2003, p. 23

[49] Rowell 1962, p. 24 [85] Eck 2003, p. 24

[50] Chisholm 1981, p. 29 [86] Eck 2003, p. 25

[51] Syme 1939, p. 167 [87] Eck 2003, p. 25–26

[52] Syme 1939, p. 173–174 [88] Eck 2003, p. 26

[53] Scullard 1982, p. 157 [89] Eck 2003, p. 26-27

[54] Rowell 1962, p. 26–27 [90] Eck 2003, p. 27-28

[55] Rowell 1962, p. 27 [91] Eck 2003, p. 29

[56] Chisholm 1981, p. 32–33 [92] Eck 2003, p. 29-30

[57] Eck 2003, p. 14 [93] Eck 2003, p. 30

[94] Eder 2005, p. 20


[58] Rowell 1962, p. 28
[95] Eck 2003, p. 31
[59] Syme 1939, p. 176–186
[96] Eck 2003, p. 32–3
[60] Sear, David R. «Common Legend Abbreviations On Ro-
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[61] Eck 2003, p. 15
[99] Eder 2005, p. 21-22
[62] Scullard 1982, p. 163
[100] Eck 2003, p. 35
[63] Southern 1998, p. 52–53
[101] Eder 2005, p. 22
[64] Eck 2003, p. 16
[102] Eck 2003, p. 37
[65] Scullard 1982, p. 164
[103] Eck 2003, p. 38
[66] Scott 1933, p. 19–20
[104] Eck 2003, p. 38–39
[67] Scott 1933, p. 19
[105] Eck 2003, p. 39
[68] Scott 1933, p. 20
[106] Green 1990, p. 697
[69] Syme 1939, p. 202
[107] Scullard 1982, p. 171
[70] Eck 2003, p. 17
[108] Eck 2003, p. 49
[71] Eck 2003, p. 17–18
[109] Eck 2003, p. 44–45
[72] Eck 2003, p. 18 [110] Gruen 2005, p. 34–35
[73] Eck 2003, p. 18-19 [111] CCAA, p. 24–25
[74] Eck 2003, p. 19 [112] Gruen 2005, p. 38–39
[75] Rowell 1962, p. 32 [113] Eck 2003, p. 45
[76] Eck 2003, p. 20 [114] Eck 2003, p. 113
[77] Scullard 1982, p. 162 [115] Eck 2003, p. 80
[78] Eck 2003, p. 21 [116] Scullard 1982, p. 211
[79] Eder 2005, p. 19 [117] Eck 2003, p. 46
[80] Berwick 1813, p. 166 [118] Scullard 1982, p. 210

[81] Eder 2005, p. 19 [119] Gruen 2005, p. 34

[82] Eck 2003, p. 22 [120] Eck 2003, p. 47


24 7 REFERÊNCIAS

[121] Eder 2005, p. 24 [159] Syme 1939, p. 483

[122] Eck 2003, p. 50 [160] Davies 2010, p. 260

[123] Eder 2005, p. 13 [161] Holland 1976, p. 301

[124] Eck 2003, p. 3 [162] Gruen 2005, p. 43

[125] Wells 1990, p. 51 [163] Bowersock 1990, p. 380

[126] Southern 1998, p. 108 [164] Eder 2005, p. 28

[127] Eck 2003, p. 55 [165] Bowersock 1990, p. 383

[128] Holland 1976, p. 294 [166] Eck 2003, p. 129

[129] Ando 2000, p. 140 [167] Mackay 2004, p. 186

[130] Wells 1990, p. 53 [168] Eck 2003, p. 93

[131] Raaflaub 1993, p. 426 [169] Eder 2005, p. 30

[132] Davies 2010, p. 259 [170] Eck 2003, p. 95

[133] Holland 1976, p. 295 [171] Eck 2003, p. 94

[134] Eder 2005, p. 25 [172] Eck 2003

[135] Eck 2003, p. 56 [173] Eck 2003, p. 98

[136] Gruen 2005, p. 38 [174] Eck 2003, p. 98–99

[137] Stern 2006, p. 23 [175] Eck 2003, p. 99

[138] Holland 1976, p. 294-295 [176] Bunson 2009, p. 416

[139] Eder 2005, p. 26 [177] Eck 2003, p. 96

[140] Eck 2003, p. 57 [178] Brosius 2006, p. 96–97, 136–138

[141] Gruen 2005, p. 36 [179] Eck 2003, p. 95–96

[142] Gruen 2005, p. 37 [180] Brosius 2006, p. 97

[143] Eck 2003, p. 56–57 [181] Bivar 1983, p. 66–67

[144] Sherk 1984, p. 100 [182] Rowell 1962, p. 13

[145] Eck 2003, p. 56–57 [183] Bunson 2009, p. 417

[146] Eck 2003, p. 57–58 [184] Bunson 2009, p. 31

[147] Bunson 2009, p. 80 [185] Gruen 2005, p. 50

[148] Bunson 2009, p. 427 [186] Eck 2003, p. 114–115

[149] Eck 2003, p. 60 [187] Eck 2003, p. 115

[150] Eck 2003, p. 61 [188] Gruen 2005, p. 44

[151] Eck 2003, p. 117 [189] Eck 2003, p. 58

[152] Dião Cássio século III, 54.1; 6; 10 [190] Syme 1939, p. 416–417

[153] Eck 2003, p. 78 [191] Scullard 1982, p. 217

[154] Southern 1998, p. 109 [192] Syme 1939, p. 417

[155] Holland 1976, p. 299 [193] Eck 2003, p. 116

[156] Holland 1976, p. 300 [194] Gruen 2005, p. 46

[157] Syme 1939, p. 333 [195] Gruen 2005, p. 46-47

[158] Swan 1967, p. 241 [196] Eck 2003, p. 117-118


25

[197] Eck 2003, p. 119 [233] Bunson 2009, p. 145

[198] Eck 2003, p. 119–120 [234] Macróbio século V, 1.12.35

[199] Gruen 2005, p. 49 [235] Eck 2003, p. 85–87

[200] Tácito século II, 1.5 [236] Eck 2003, p. 86

[201] Dião Cássio século III, 55.22.2; 56.30 [237] Eck 2003, p. 81

[202] Eck 2003, p. 123 [238] Chisholm 1981, p. 122

[203] Eck 2003, p. 124 [239] Bunson 2009, p. 6

[204] Jarzombek 2011, p. 159 [240] Eck 2003, p. 79

[205] Shotter 1966, p. 210–212 [241] Bunson 2009, p. 345

[206] Shotter 1966, p. 211 [242] Bunson 2009, p. 341

[207] Shaw-Smith 1971, p. 213 [243] Bunson 2009, p. 341–342

[208] Jannuzzi 2005, p. 80 [244] Dião Cássio século III, 56.30.3

[209] Eutrópio século IV, 8.5.3 [245] Bunson 2009, p. 34

[210] Hart 1978, p. 97 [246] Eck 2003, p. 122

[211] «Livia (Wife of Augustus)» (em inglês). Consultado em [247] Sear 2000, p. 316-318
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[217] Mommsen 2005, p. 108
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28 10 LIGAÇÕES EXTERNAS

9 Ver também

10 Ligações externas
• Testamento de Augusto, Res Gestae (em espanhol)
29

11 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem


11.1 Texto
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