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MÓDULO 1

Direitos Sociais - Fundamentos Constitucionais


do Direito do Trabalho e Previdenciário

UNIDADE 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS


FUNDAMENTAIS

Parte 1

Constitucionalismo

Movimento filosófico do aparecimento das


constituições escritas. Insere-se no contexto do estado
moderno.

Características:

- Presença do princípio da legalidade: tanto


governantes quanto governados se submetem à lei;

- Presença do princípio da separação dos poderes:


funções típicas atribuídas a instituições específicas
(legislativo, executivo e judiciário);

Common Law – Origem inglesa. Trabalha com a


perspectiva dos precedentes, que ganha atenção hoje com o
NCPC. Dá maior amplitude ao papel do judiciário. Judiciário
tem função bastante criadora.

Civil Law – Origem francesa. Judiciário não tem


essa força tão grande. Legislativo tem mais força.
Judiciário tem o nome de “boca da lei”; sem margem
criativa, de interpretação. Burguesia tinha medo que o
Judiciário influenciasse na sociedade.

Etapas do Constitucionalismo:
a) Constitucionalismo Clássico ou Liberal

a.1) Contexto sócio-econômico:

Século XVIII e XIX; Revoluções Burguesas; Interesse


da burguesia de destituir a nobreza do poder;

a.2) Características:

- Princípio da Legalidade (governantes e governados


submetendo-se à lei);

- Princípio da Separação dos Poderes; Primeiras


Constituições Escritas (Declaração dos direitos do homem e
cidadão, CF Francesa; Declaração de Virgínia nos EUA, CF
norte-americana);

- Supremacia do Texto Constitucional;

a.3) Paradigma de Estado:

Estado Liberal; Marcar por ser Estado Mínimo


(preocupado com segurança e ordem apenas); Não interfere na
esfera de liberdade do indivíduo. Adota o chamado
liberalismo econômico; Livre mercado; Exploração de mão de
obra de forma violenta, crianças e mulheres trabalhando por
14 a 16 horas; Chamado Status Negativus (Estado se abstém
de atuar).

b) Constitucionalismo Social

b.1) Contexto sócio-econômico:

Mobilizações sociais; Greves; Do ponto de vista


filosófico, o ponto de vista de novas idéias, como o
Marxismo, Anarquismo e Psicanálise.

O Marxismo colocou em xeque o capitalismo. Deu


origem ao comunismo, como sistema econômico. Questiona a
idéia de propriedade privada, trabalho assalariado, lucro.

O Anarquismo questionou o Estado como organização


política. Será que é bom viver dentro do Estado? Ele
precisa existir?

A Psicanálise questionou o ser humano. Dizia que o


homem não tinha consciência plena, onde atuava o
subconsciente.
- Apareceu no início do Século XX.

b.2) Características:

- Fomento de Direitos Sociais. Necessidade de


estabelecer no texto constitucional tais direitos. Não
poderia subsistir trabalhos insalubres, etc., em
observância à dignidade da pessoa humana.

- Direito ao trabalho digno; direito à educação;


saúde, previdência.

- Surgimento das Constituições Sociais.


Constituição de Weimar (1919); Constituição do México
(1917);

b.3) Paradigma de Estado:

- Estado Social ou Estado do bem-estar social;


Abarcou direitos individuais e sociais;

- Existência do chamado Estado Máximo; Postura


positiva do Estado. Fomentava direito à Educação, Saúde,
Trabalho. Status Positivus;

- A preocupação não era apenas em declarar esses


direitos, mas também de materializá-los. Trazer para a
realidade social os direitos. Como materializar o direito à
igualdade, por exemplo?

- Aparecimento do sufrágio universal; Não aparecia


no estado liberal. Permitiu-se o voto feminino;
Materializou-se, pois, nesse aspecto, o direito à
igualdade;

- Do ponto de vista histórico (1ª Guerra Mundial


abrindo o contexto; queda da bolsa de NY 1929; emprego de
pessoas desempregadas em indústrias do estado, como as
bélicas). Alimentou-se uma rivalidade entre os Estados
(nacionalismo exacerbado) que culminou na 2ª Guerra
Mundial.

Parte 2

c) Constitucionalismo Contemporâneo
c.1) Contexto sócio-econômico:

- Estado social tem um embate face à 2ª Guerra


Mundial; Será que os Estados podem proteger direitos se
eles mesmos os atacam na Guerra?

- Instituições colocam em xeque o próprio estado,


como, por exemplo, as Organizações Internacionais (ONU,
OEA); Fortaleceu-se o direito internacional; Novos direitos
aclamados em textos constitucionais;

- Pós 2ª Guerra: Necessidade de novos direitos; A


guerra demonstrou que o ser humano poderia ser cruel,
destruindo a si mesmo e ao próprio ambiente;

c.2) Características:

- Preocupação com os direitos meta-individuais


(trans-individuais); direitos coletivos, difusos e
individuais homogêneos; proteção à paz, ao meio-ambiente;

c.3) Paradigma de Estado:

- Estado Democrático de Direito;

- Ações Afirmativas; Materializar cada vez mais


direitos; direitos das minorias; pluralismo de idéias;

d) Neoconstitucionalismo

- Alguns dizem ser espécie do constitucionalismo


contemporâneo. Professora acredita ser nova etapa.

- Constitucionalismo pós-moderno ou pós-


positivista;

d.1) Contexto sócio-econômico:

- Décadas de 80, 90 e anos 2000 pra frente;

- Redemocratização dos países da América Latina;

- Marco – CF/1988 – texto fundamental;

- Direitos individuais, sociais, meta-individuais e


ordem social;

d.2) Características:
- Superação do positivismo e do legalismo;

- Nova perspectiva em torno dos direitos


fundamentais; teoria dos direitos fundamentais;

- Perspectiva de uma nova hermenêutica


(hermenêutica constitucional); métodos de interpretação
próprios;

- Força normativa do texto constitucional; não é


mais uma constituição política; passou a ser uma norma
fundamental com efetividade máxima;

- Constituição no centro do sistema jurídico;

- Efeito irradiante do texto constitucional


(Constituição irradia seus efeitos para outras áreas); Esse
efeito, nos anos 90 e 2000, conduziu à chamada
Constitucionalização do Direito. Constitucionalização do
direito civil, privado, administrativo, idéia do direito
penal garantista, entre outras. Interpretação do sistema
passou a ser com base na Constituição.

- Poder Judiciário ganhou autonomia, dimensão.


Papel importante do STF. Súmulas vinculantes, informativos,
recursos repetitivos.

- Do ponto de vista filosófico, há preocupação com


minorias, trabalhar ações afirmativas, bioética,
biodireito, questões genéticas.

- Construções normativas feitas pelo Judiciário;


controle abstrato de constitucionalidade;

Parte 3

Estado

- Pessoa Jurídica de Direito Público Internacional;

- Tem autonomia, pois estabelece acordos


internacionais, participa de organismos;

- Sociedade política organizada;

- Autores dividem o momento histórico em 2


momentos: estado antigo e moderno;
Estado na Antiguidade:

- Grécia e Roma – Estado Medieval; Surgimento e


fortalecimento do Cristianismo;

- Não tem organização política, pois o aspecto


religioso predomina;

- No Estado Romano, a figura do chefe da família


prepondera, além do elemento religioso; Existem também
escravos;

- Na Grécia Antiga, existiam os deuses do Olimpo,


paganismo; Existência de uma polis, de um espaço público de
discussão;

- No Estado Medieval, havia o feudalismo, múltiplos


reinos, elemento religioso na figura do Papa, centralizando
um Poder Político.

Estado Moderno

- 03 elementos fundamentais: Povo, Território e


Poder.

- Poder se emerge dentro de um território,


titularizado pelo povo;

- Centralismo do Poder, caracterizado por uma idéia


de moeda única, exército único; idéia de unidade.

- A União Europeia, por exemplo, queria formar um


grande Estado.

- Estado de Direito: Faz repercutir os paradigmas


de Estado: Liberal (garantindo o mínimo); Estado Social e
Estado Democrático de Direito

Observação: Alguns autores, como Boaventura, dizem


que existe o Estado Pós Moderno. Convivência com novos
atores sociais, como as Organizações Internacionais, ONGs,
indivíduos, empresas globais. Tudo proporcionado pela
globalização.

Parte 4
DIREITOS FUNDAMENTAIS

Terminologia:

1. Direitos Humanos: É adequado utilizar essa


expressão quando se está tratando de direitos no âmbito
internacional; Declarações internacionais, tratados.

2. Direitos Fundamentais: Utiliza essa expressão


para tratar do rol de direitos no âmbito interno do Estado.
Constituição Federal.

3. Liberdades Públicas: Fazem parte de direitos


individuais, mas não são sinônimos de direitos
fundamentais. Liberdade de imprensa, direito de associação.

Características:

1. Historicidade: São direitos conquistados pelo


ser humano, não são direitos naturais. São frutos de
conquista social. Não são inerentes ao ser humano (direitos
naturais);

2. Inalienabilidade: Não pode vender, trocar


direitos fundamentais;

3. Irrenunciabilidade: Não pode ser renunciado,


devido ao valor que o direito se estabelece dentro do
Estado;

4. Imprescritibilidade: Não prescrevem, sobretudo


por seu alto valor. A ação poderia prescrever, mas não o
direito fundamental.

- Essas características relacionam ao ponto de


vista tradicional.

Desconstrução dos Direitos Fundamentais


Alguns autores passaram a atacar as características
da inalienabilidade e da irrenunciabilidade. Perspectiva
contemporânea dos direitos fundamentais.

- Direito à imagem, por exemplo, pode ser alienado


(reality show);

- Direito à vida poderia ser renunciado (suicídio,


aborto).

Evolução Histórica dos Direitos Fundamentais

- Geração ou Dimensão dos Direitos Fundamentais;

1ª Geração/Dimensão: Relaciona-se à idéia de Estado


Liberal. Contempla os Direitos Individuais.

- Direito à Vida, Liberdade, Igualdade, Propriedade


e Segurança Jurídica (art. 5º, caput). Começaram a ser
contemplados nas primeiras constituições escritas
(francesas, norte-americanas);

- Predominância do formalismo (aspecto formal).


Procura-se declarar, estabelecer direitos.

2ª Geração/Dimensão: Direitos Sociais. Não se


aproveitam apenas os direitos Sociais, mas sim individuais
e sociais. Não há exclusão da geração anterior.

- Saúde, educação, trabalho, previdência;

3ª Geração/Dimensão: Pós 2ª Guerra Mundial. Novos


direitos.

- Paulo Bonavides: Meio-ambiente (bastante afetado


no pós Guerra); direito à paz e direito ao desenvolvimento;

- Esses direitos não têm destinatário definido.


4ª Geração/Dimensão: Período de redemocratização.
Países da América Latina sofreram muito com Ditaduras.
Novos direitos fundamentais surgiram.

- Paulo Bonavides: Direito à democracia; direito à


informação. Interligados, pois quando tem informação,
fomenta-se à democracia. Direito ao pluralismo (plularidade
de idéias, convicções filosóficas etc.).

Evolução dos Direitos Fundamentais – NO BRASIL

- 1824: 1ª Constituição. Constituição Império. Já


aparecem os direitos individuais (1ª dimensão);

- 1891: Período republicano. Brasil se torna uma


federação. Ainda dentro do constitucionalismo liberal.
Protegeram-se, de maneira mais direta, os direitos
individuais;

- 1934: Estabeleceu direitos sociais. Sufrágio


universal. Materialização do direito de igualdade entre
homens e mulheres;

- 1937: Constituição outorgada, ditatorial.


Estagnação dos direitos sociais;

- 1946: Constituição democrática. Contemplação de


direitos sociais;

- 1967 – Emenda 01/69: Outorgada. Ditadura Militar;

- 1988: Estabelecimento de vários direitos.


Direitos Sociais, ordem social, direitos meta-individuais,
garantias individuais (MS, MI, HC, HD, ACP). Traz rol de
direitos e traz garantias para ajudar a efetivá-los.

- EMENDAS CONSTITUCIONAIS PÓS 1988: Colocaram em


xeque garantias de direitos fundamentais. EC 19, 20.
Restringiram direitos sociais e previdenciários.

Parte 5
EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

1. Eficácia Vertical

- Relação dos direitos fundamentais entre Estado e


cidadão;

- Direitos Previdenciários (RGPS).

- Estado estabelece regras para fomentar o direito


social;

2. Eficácia Horizontal (Horizontalização dos


Direitos Fundamentais):

- Relação entre particulares (cidadão x cidadão);

2.1 - Teorias:

a) Teoria Direta: O intérprete utiliza o texto


constitucional diretamente em uma relação privada;

b) Teoria Indireta: O intérprete utiliza o texto


constitucional indiretamente em uma relação privada; faz-se
necessária uma norma regulamentadora, uma intermediação; O
texto constitucional até pode contemplar o direito, mas é
necessária outra lei para regulamentá-lo;

- Na seara trabalhista, prepondera-se a teoria


direta.

- União Brasileira de Compositores (UBC). Sócio foi


excluído sem contraditório. STF entendeu que deve ser
aplicado o contraditório às relações privadas;

- Air France. Brasileiro deve tratamento desigual


ao dos franceses. STF disse que não podia ter tratamento
desigual na relação trabalhista. Contrato de trabalho
estabelecia regras que deveriam ser as mesmas, devendo
prevalecer o princípio da igualdade.

UNIDADE 2. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL – DIREITOS


SOCIAIS
Parte 1

I - Hermenêutica Constitucional

Hermenêutica é a ciência da interpretação.

Dentro da hermenêutica existem métodos de


interpretação e princípios de interpretação.

A hermenêutica constitucional contempla novos


princípios e métodos de interpretação.

II – Princípios Constitucionais

Compõem a hermenêutica constitucional.

Normas jurídicas – gênero que compreende duas


espécies: regras e princípios.

Antigamente se acreditava que princípios eram


apenas valores, sem conteúdo normativo.

- Critérios para distinção entre princípios e


regras (CANOTILHO)

1. Grau de abstração. Princípios possuem grau de


abstração maior que as regras. Ex: Dignidade da pessoa
humana; isonomia.

2. Grau de determinalidade no caso concreto. Ex:


procedimento de cassação de deputado e senador; visualiza-
se uma regra, com grau de determinalidade maior no caso
concreto. Princípio da igualdade já não tem essa
determinalidade.

3. Caráter de fundamentalidade nas fontes do


direito. A regra não tem esse caráter, essa densidade
normativa.

4. Natureza normogenética. Princípios são a gênese


do sistema. Princípios que regem a administração pública
(CF, art. 37). Moralidade, por exemplo; dela decorre várias
regras.
- Colisão (conflito) de princípios constitucionais.

Regras: Conflito aparente de regras.

BOBBIO:

- Critério da hierarquia; CF prepondera sobre o


código civil, por exemplo. Tratados internacionais sobre
direitos humanos antes da EC45 – caráter supralegal. Após a
EC45 passaram a ter caráter constitucional.

- Critério da especialidade; relação de consumo,


por exemplo. Não utilizo o código civil, mas a norma
especial.

- Critério cronológico; a norma posterior prevalece


sobre a anterior. CC/16 foi revogado pelo CC/2002.

No âmbito das regras, pois, sempre há uma solução


quando há conflito.

Princípios:

Ex: Liberdade de expressão X Intimidade (imagem,


honra);

Teoria da Ponderação de interesses (Robert Alexy)

3 etapas:

1. Identificar e agrupar os princípios;

2. Análise do contexto, do caso concreto, e de suas


repercussões;

3. Ponderação propriamente dita.

Ex: Pessoa pública em espaço público, paparazzi


tirou foto e publicou em uma revista. Prevaleceria, nesse
caso, a liberdade de expressão.

Princípios constitucionais na CF/88

1 - Dignidade da pessoa humana:


- Autodeterminação do indivíduo. Pessoa escolher
fazer eutanásia em caso de morte iminente, para abreviar
sofrimento.

- Vedação da coisificação. O trabalho escravo fere


o princípio da dignidade da pessoa humana, pois “coisifica”
o ser humano.

- Garantia do mínimo existencial. Ser humano deve


ter ao menos o mínimo de educação, saúde, segurança etc.

2 – Isonomia:

Isonomia formal. Todos são iguais perante a lei.

Isonomia material. Materializar o direito de


igualdade.

3 – Preâmbulo:

1ª Corrente. Preâmbulo contém normas jurídicas;


Autores dizem que contém princípios.

2ª Corrente (STF). Preâmbulo não contém normas


jurídicas. Apenas informaria o sistema. Traria valores.
Cunho filosófico.

Parte 2

Princípios de Interpretação Constitucional

São princípios específicos de interpretação do


texto constitucional.

Decisões do STF – A partir dos casos concretos, os


princípios são aplicados.

A) Princípio da Unidade Constitucional

O texto constitucional é uno. Deve-se buscar


eliminar as possíveis tensões do texto.
Ex: Preservar o pacto federativo. Não posso cobrar
impostos de outro ente. Ao mesmo tempo, devo desenvolver
determinadas regiões. Ao ler dispositivos que contemplem
determinada região, deve ser analisada a Constituição com
unidade. A CF deve ser harmônica.

Ex2: Art. 14, §4º, CF (Analfabetos são


inelegíveis). ADI 4097. Art. 5º (isonomia).

B) Princípio da Máxima Efetividade (Eficiência ou


Interpretação Efetiva)

Deve-se buscar a máxima efetividade da CF,


principalmente dos direitos fundamentais.

Ex: Direito a um medicamente, saúde, a uma


cirurgia. Relacionado ao neoconstitucionalismo.

C) Princípio da Justeza ou da Conformidade


Funcional

Direciona-se ao Poder Judiciário, principalmente ao


STF.

D) Princípio da Concordância Prática ou da


Harmonização

Diante de uma situação concreta (princípios em


aparente colisão), deve-se buscar uma harmonização entre os
princípios.

Ex: Liberdade de expressão X imagem.

Livre manifestação cultural X meio ambiente.

“Farra do boi”. STF entendeu que predomina o meio


ambiente RE 153531/SC.

“Rinha de galo”. STF entendeu também que havia


tratamento cruel dos animais e optou por prevalecer o meio
ambiente. ADI 1856.

E) Princípio da Força Normativa


CF tem força de norma. O texto não é meramente
político ou sociológico. Neoconstitucionalismo.

F) Princípio da Interpretação Conforme a


Constituição

STF. Deve buscar o significado da norma


infraconstitucional que mais se aproxime do texto
constitucional.

Normas infraconstitucionais polissêmicas.

Ex: ADPF 132. Julgada junto com a ADI 7247. União


homoafetiva. Interpretou-se o Código Civil à luz do texto
constitucional. Direito à família.

G) Princípio da Coloquialidade (Princ. do Sentido


Usual da Constituição)

Ao ser elaborada e interpretada a CF, deve-se


buscar as palavras de uso comum do povo.

Parte 3

Direitos Sociais

CF, art. 6º. Rol de Direitos Sociais.

Direitos de 2ª Geração/Dimensão.

Moradia com EC 26; Alimentação com EC 64.

Emenda 90/2015 – Direito ao transporte.

Art. 7º - Direitos Individuais dos Trabalhadores


Urbanos e Rurais;

Art. 8º ao 11 – Outros direitos trabalhistas.


Associação, greve, sindicalização.

- Ordem Social (Título VIII). Seguridade Social


(previdência, saúde e assistência); educação; ciência e
tecnologia; meio ambiente.
Normas de eficácia limitada. Meio ambiente, por
exemplo. Foi necessário o código florestal, entre outros.

Direitos Sociais no Âmbito da Interpretação


Constitucional

1. Princípio da Vedação ao Retrocesso Social


(Princípio da Proibição da Evolução Reacionária)

Uma vez que o Estado consagra direitos sociais, não


pode eliminar mais. Não se pode retroceder. Não pode ter
postura reacionária. Deve-se aumentar direitos sociais.

Também chamado de efeito cliquet.

2. Políticas Públicas e Direitos Sociais

Poder Executivo deve estabelecer e fomentar


políticas públicas em torno dos direitos sociais.

Poder Judiciário pode implementar políticas


públicas?

Isso foi discutido no ADPF 45. Possibilitou que o


Poder Judiciário implemente políticas públicas em situação
de omissão do Executivo. Ex: Medicamentos, internação
hospitalar.

2.1) Princípio da Reserva do Possível

Deve-se dividir o orçamento/recursos entre o que


deve ser garantido à população. Argumento utilizado pelo
Estado para ponderar a concessão de direitos, como no caso
dos medicamentos, por exemplo.

- 3 Dimensões (Ingo Sarlet):

1. Disponibilidade Fática de Recursos;

2. Disponibilidade Jurídica;

3. Proporcionalidade e Razoabilidade da Prestação.


2.2) Garantia do Mínimo Existencial

Dignidade da Pessoa Humana

UNIDADE 3. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO APLICÁVEIS


AO DIREITO DO TRABALHO

Parte 1

1. Inalterabilidade dos Contratos

Pacta Sunt Servanda

Na seara trabalhista, adaptamos com o “princípio da


inalterabilidade contratual lesiva”, em função da
desigualdade na relação entre empregado e empregador.

O pactuado deve ser cumprido, mas não se pode


causar prejuízo ao empregado.

2. Lealdade e boa-fé

Eticidade, solidariedade e operabilidade.

Boa-fé Subjetiva: Intenção;

Boa-fé Objetiva: Comportamento Adequado.

Funções da Boa-fé

a) INTERPRETATIVA: art. 113, CC. Os negócios


jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os
usos do lugar de sua celebração.

b) FUNÇÃO DE CONTROLE: Impõe limites ao exercício


dos direitos. Art. 187, CC. Também comete ato ilícito o
titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico
ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
c) FUNÇÃO INTEGRATIVA: Deveres anexos. Art. 422,
CC. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios
da probidade e boa-fé. Violação Positiva do Contrato –
violação aos deveres anexos.

- O princípio da boa-fé informa o contrato


trabalhista. Veda-se o abuso de direito.

Art. 482, CLT. Condutas do empregado que violam a


boa-fé: Incontinência de conduta ou mau procedimento;
concorrência desleal à empresa; desídia.

Art. 483, CLT. Condutas do empregador que violam a


boa-fé: exigência de serviços superiores às forças do
empregado; tratamento com rigor excessivo, assédio moral;
redução do trabalho por peça ou tarefa, afetando o salário.

Parte 2

3. Razoabilidade

Aplicável na seara trabalhista.

Envolve sensatez, ponderação, prudência,


verossimilhança.

4. Tipificação Legal de Ilícitos e Penas

Tipificação de sanções.

Art. 482 e 483, CLT. Condutas.

Sanções: Justa causa, rescisão indireta, suspensão.

5. Dignidade da Pessoa Humana

- Valor supremo (art. 1º, III, CF). Informa o


direito do trabalho no plano internacional e interno.

- 3 conteúdos:
a) Mínimo existencial (art. 7º, CF). Deve-se
fomentar, ao menos, o mínimo existencial. Salário mínimo,
por exemplo;

b) Autonomia do Indivíduo (art. 5º, XIII, CF).


Capacidade de se autodeterminar, escolher sobre o próprio
destino. Liberdade de ofício ou profissão.

c) Proibição de coisificação. Trabalho análogo ao


de escravo (art. 149, CP).

6. Não-Discriminação

- Igualdade Formal X Igualdade Material

Formal: Todos são iguais perante a lei (art. 5º,


CF).

Material: Busca reequilibrar forças em situação de


desigualdade. Mulheres historicamente ficaram à margem da
sociedade, por exemplo.

- Dimensões da Igualdade

Discriminação Negativa e Positiva:

Negativa é discriminar propriamente. Preconceito,


por exemplo.

Positiva é, por exemplo, colocar um percentual de


vagas para deficientes. É possível.

Enunciado 2 da Jornada de Direito do Trabalho

Os Juízes do Trabalho, à maneira de todos os demais magistrados, em todos


os ramos do Judiciário, devem cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis, o que
importa no exercício do controle difuso de constitucionalidade e no controle de
convencionalidade das leis, bem como no uso de todos os métodos de
interpretação/aplicação disponíveis.

Parte 3

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO


Enunciado 04 da Jornada de Direito do Trabalho

FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E HERMENÊUTICA DO DIREITO DO


TRABALHO. LEI 13.467/2017. A Lei no 13.467/2017, da Reforma Trabalhista, não
afetou os fundamentos do direito do trabalho positivados na CLT (art. 8º), bem como os
princípios da proteção (Títulos II a IV), da primazia da realidade (arts. 3o e 442), da
irrenunciabilidade (arts. 9o e 468), da norma mais favorável, da imodificabilidade
contratual em prejuízo do trabalhador (art. 468), da supremacia do crédito trabalhista
(arts. 100 da CRFB/88 e 186 do CTN) e dos poderes inquisitórios do juiz do trabalho
(art. 765), dentre outros, cuja observância é requisito para a validade da norma jurídica
trabalhista. (Enunciado Aglutinado n. 4 da Comissão 1).

1. DA PROTEÇÃO / TUTELAR / TUITIVO / TUTELAR-


PROTETIVO

Busca-se proteger o empregado, pois,


historicamente, temos um contexto social de prejuízo grave
ao obreiro, de exploração.

Empregado em situação desigual.

Américo Plá Rodriguez: Deve-se buscar uma igualdade


substantiva, material. Desdobra em 3 princípios:

a) Condição mais benéfica:

b) Norma mais favorável:

c) In dubio pro operario:

Godinho: Diz que vai além dos 3 princípios.

2. DA NORMA MAIS FAVORÁVEL

Sempre aplico ao empregado a norma mais favorável.


Não se aplica a pirâmide de Kelsen. A CLT pode prevalecer
frente à CF.

Godinho: Diz que este princípio atua na elaboração


das leis; na hierarquização das normas, no contexto de
normas concorrentes; na interpretação das normas.

Qual a norma mais favorável?


- Teoria da Acumulação (Atomista): Escolhe, dentro
do contexto de normas, todas as favoráveis ao empregado.
Poderia pegar todas as normas favoráveis de um ACT e de uma
CCT e aplicar ao caso concreto. Não é muito aceita, pois
não analisa a sistemática como um todo.

- Teoria do Conglobamento: Escolhe-se o


sistema/conjunto de regras mais favoráveis. Entre um ACT e
uma CCT, utiliza-se integralmente aquele que for mais
favorável.

- Teoria do Conglobamento Mitigado: Pode-se pinçar


normas separadas, desde que se preserve a matéria. Entre as
normas do ACT e da CCT, utilizam-se as mais benéficas por
matéria. Ex: Usa a cláusula de férias de um ACT e a
cláusula de horas extras de uma CCT.

**** A reforma trabalhista alterou o art. 620 da


CLT para estabelecer que o ACT prevalece sobre a CCT. Art. 620.
As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em
convenção coletiva de trabalho.

Para alguns autores, a norma acima trouxe uma


flexibilização do princípio da norma mais favorável. Para
outros (Godinho, por exemplo), o artigo é inconstitucional.

Enunciado 28 da Jornada de Direito do Trabalho

NEGOCIADO SOBRE LEGISLADO: LIMITES. Nos termos do art. 5o, §


2o, da Constituição Federal, as convenções e acordos coletivos de trabalho não podem
suprimir ou reduzir direitos, quando se sobrepuserem ou conflitarem com as convenções
internacionais do trabalho e outras normas de hierarquia constitucional ou supralegal
relativas à proteção da dignidade humana e dos valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa. (Enunciado Aglutinado no 2 da Comissão 3).

Enunciado 29 da Jornada de Direito do Trabalho

NORMAS COLETIVAS: PRINCÍPIO DA NORMA MAIS BENÉFICA. I –


Os acordos coletivos firmados não prejudicarão direitos garantidos pelas convenções
coletivas de trabalho, em respeito à aplicação do princípio da norma mais favorável (art.
7o, caput, CRFB/88). Com efeito, a nova redação do artigo 620 da CLT, dada pela Lei
13.467/2017, não exclui a aplicação do princípio da norma mais favorável, de
orientação e aplicação no direito do trabalho. II – Ademais, prevalece em todo caso, em
relação à matéria negociada, os princípios da proteção, e da inafastabilidade da tutela
jurisdicional. III – A auditoria fiscal do trabalho possui o dever de exigir o cumprimento
das normas laborais mais favoráveis ao trabalhador, o que inclui a possibilidade de
verificação da aplicabilidade ou não de convenções e acordos coletivos de trabalho sob
aquela sistemática. (Enunciado Aglutinado no 3 da Comissão 3)

Parte 4

3. IMPERATIVIDADE DAS NORMAS TRABALHISTAS

Diminui-se a autonomia da vontade. Há uma idéia de


proteção do empregado, garantindo-se o que está previsto em
normas legais.

A reforma trabalhista reforça maior autonomia


privada.

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo


coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando,
entre outros, dispuserem sobre:

Enunciado 30 da Jornada de Direito do Trabalho

NEGOCIADO SOBRE LEGISLADO: LIMITES E ASPECTOS


FORMAIS. Direitos trabalhistas garantidos por normas de ordem pública, relativos a
medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, são infensos à redução ou supressão
mediante negociação coletiva, consoante a interpretação conjunta dos incisos XXII e
XXVI do art. 7o da Constituição. É, portanto, inconstitucional a previsão do art. 611-A,
III e XII, da CLT (com a redação dada pela Lei no 13.467/2017). (Enunciado
Aglutinado no 4 da Comissão 3).

Enunciado 32 da Jornada de Direito do Trabalho

NEGOCIADO SOBRE LEGISLADO: GRAUS DE INSALUBRIDADE.


INSTITUCIONALIDADES, INCONVENCIONALIDADES, RETROCESSO
SOCIAL. As disposições dos incisos XII e XIII do art. 611-A da CLT (possibilidade de
enquadramento de trabalhadores em graus de insalubridade e de prorrogação de jornada
em ambientes insalubres por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho)
perfazem retrocesso social, com prejuízos à vida digna e à saúde do trabalhador, sendo
incompatíveis com os artigos 3o, I e IV, 5o, XXIII, 6o, 7o, XXII, 170, III, 196 e 225 da
Constituição Federal, com o art. 11, a, da Convenção 155 da OIT, com o art. 611-B,
XVII, da CLT, e, no campo processual/decisório, com os artigos 1o, 8o e 489, § 2o, do
CPC. (Enunciado Aglutinado no 6 da Comissão 3)

4. IRRENUNCIABILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS

Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis.

Art. 9º, CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo
de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.

Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das


respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula
infringente desta garantia.

Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre


estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de
proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das
autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere
o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação,
com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso
de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal
igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

Parte 5

5. CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA

Defende a garantia de, ao longo do contrato de


trabalho, preservação de cláusula contratual mais vantajosa
ao trabalhador, que se reveste de direito adquirido
protegido constitucionalmente (art. 5º, XXXIV, CF).

Refere-se às condições contratuais, às cláusulas do


contrato, a todas as vantagens que aderiram ao contrato.

Para Godinho, seria princípio da cláusula mais


benéfica.
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula
infringente desta garantia.

Súmula nº 51 do TST: NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E


OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a
Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do
regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973) II - Havendo a
coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem
efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 -
inserida em 26.03.1999)

Súmula nº 288 do TST: COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA


APOSENTADORIA (nova redação para o item I e acrescidos os itens III e IV em
decorrência do julgamento do processo TST-E-ED-RR-235-20.2010.5.20.0006 pelo
Tribunal Pleno em 12.04.2016) - Res. 207/2016, DEJT divulgado em 18, 19 e
20.04.2016 I - A complementação dos proventos de aposentadoria, instituída,
regulamentada e paga diretamente pelo empregador, sem vínculo com as entidades de
previdência privada fechada, é regida pelas normas em vigor na data de admissão do
empregado, ressalvadas as alterações que forem mais benéficas (art. 468 da CLT).

6. INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA

Advém do pacta sunt servanda;

Alteração lesiva não é válida. Permitem-se


alterações favoráveis ao obreiro.

Alteração lesiva é nula.

Godinho diz que não é absoluto, pois há


modificações lesivas permitidas por lei, como ocorre com a
reversão (art. 468, §1º, CLT) ou mesmo franqueada por norma
coletiva negociada (art. 7º, I, CF).

7. INTANGIBILIDADE CONTRATUAL OBJETIVA

Mantém-se o contrato, mesmo diante de mudança no


pólo empregatício.
A mudança subjetiva (alteração do sujeito
empregador), não seria apta a promover mudanças no contrato
de trabalho.

8. INTANGIBILIDADE SALARIAL

Natureza alimentar do salário. Mínimo existencial.

Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários


do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de
contrato coletivo.

Imposto de renda, contribuições previdenciárias,


pensão alimentícia – podem ser descontados, conforme
dispositivo acima.

Não é um princípio absoluto. Descontos previstos em


lei ou por meio de negociação coletiva trazem exceções.

Enunciado 36 da Jornada de Direito do Trabalho

NEGOCIADO SOBRE LEGISLADO E REDUÇÃO SALARIAL.


NEGOCIAÇÃO COLETIVA. CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO.
OBJETO ILÍCITO. SALÁRIO MÍNIMO NORMATIVO. ART. 611-B, IV, DA CLT.
As convenções coletivas, os acordos coletivos de trabalho e os acordos individuais de
trabalho devem respeitar o salário mínimo normativo em qualquer modalidade de
contratação, nos termos do art. 7o, inciso IV, da Constituição Federal. (Enunciado
Aglutinado no 10 da Comissão 3)

9. PRIMAZIA DA REALIDADE SOBRE A FORMA

Princípio do contrato-realidade; Funda-se na boa-


fé.

Plá Rodriguez afirma que a realidade reflete a


verdade.

No caso do desvio de função, por exemplo, deve


prevalecer o contrato-realidade. Faxineira do prédio que
ficava no lugar do porteiro aos finais de semana. Recebia
salário menor, em desvio de função.

Enunciado 33 da Jornada de Direito do Trabalho


ENQUADRAMENTO DO GRAU DE INSALUBRIDADE:
IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO. Considerando o princípio da primazia da
realidade, e sendo a saúde um direito de todos e dever do estado, e considerando ainda a
ilicitude da supressão ou redução dos direitos provenientes de normas de saúde, higiene
e segurança no trabalho, prevalecerá o acordado sobre o legislado sempre que se tratar
de pagamento de percentual superior àquele determinado na NR-15, não sendo possível
a redução do referido adicional. (Enunciado Aglutinado no 7 da Comissão 3)

10. CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO

Vínculo empregatício deve se dar em continuidade.

Godinho: Há 3 repercussões.

a) Tendência de proteção aos direitos trabalhistas,


com avanço da legislação ou da negociação coletiva.

b) Empregador está mais propício a realizar


investimentos no empregado, seja capacitação, seja formação
educacional, possibilitando elevar, por outro lado, a sua
produtividade.

c) Há afirmação social desse indivíduo (empregado)


favorecido pelo longo contrato.

Súmula nº 212 do TST DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida)


- Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O ônus de provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador,
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao
empregado.

Parte 6

HISTÓRICO DO TRABALHO E DO DIREITO DO TRABALHO

HISTÓRIA DO TRABALHO

1. Pré-História – 4.000 a.C.


Caça, pesca, colheita de frutos. Sobrevivência. Não
existia a função do trabalho como hoje pensamos. Apenas
havia a atividade de ocupação. Homem passou a construir
instrumentos para facilitar a caça, o ambiente doméstico;

2. Antiguidade Clássica

- Cultivo de grãos, rebanho.

Atividades ainda para subsistência, mas começou a


haver preocupação com propriedade.

- Gregos: vida privada e pública.

Na vida privada, exerciam agricultura, vida


familiar, atividades domésticas;

Na vida pública, participavam da pólis, havia


diálogo, debates.

- Produção Escravagista.

Em 310 a.C., havia em Atenas 400.000 escravos para


20.000 cidadãos livres.

3. Idade Média

- Feudalismo; Servos trabalhando para senhores


feudais;

- Agricultura prepondera;

- Cristianismo. Trabalho como punição,


responsabilidade;

- Início do comércio;

- Desenvolvimento das cidades; Trabalho urbano


(padeiros, vendedores);

- Artesões; Corporações de ofício. Mestres


(proprietários), companheiros (artesãos), aprendizes.
Aqueles que faziam os produtos também os negociavam e
comercializavam.
4. Idade Moderna (Século XV a XVIII)

- Renascimento Cultural; Descobrimento de novas


terras;

- Mercantilismo, início da manufatura.

- Início do trabalho assalariado;

- Revolução Industrial (Final do Séc. XVIII);


Trabalho em máquinas;

- Negociante e fabricante se distinguem.

5. Idade Contemporânea (Final Séc. XVIII até hoje)

- Capitalismo se consolida. Desenvolvimento


industrial;

- Exploração da energia e do trabalho assalariado.

- Globalização; avanço tecnológico; revolução


tecnológica;

- Menos vagas de trabalho;

- Crise econômica: mudança no trabalho.

Parte 7

HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO

- Inicia-se com a revolução industrial;

Mulheres e crianças trabalhando em extensas


jornadas.

- Necessidade de mudanças pós revolução industrial;

Passou a ser necessária uma legislação a respeito


das questões trabalhistas.

- Encíclica Rerum Novarum (1891); Encíclica


Quadragesimo Anno (1931);
- Constituição do México (1917);

- Constituição de Weimar (1919);

Essas constituições representaram um marco no


constitucionalismo social.

- OIT 1919 - Proteção internacional ao Direito do


Trabalho. PJ de Direito Internacional. Brasil integra desde
a origem.

- Declaração da Filadélfia (1944) – Integra-se à


Constituição inicial da OIT. Quase no final da 2ª Guerra
Mundial.

- 1946 – OIT tornou-se Agência Especializada da


ONU.

Convenções e Recomendações.

DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL

- Constituição de 1824 – Aboliu as Corporações de


Ofício. Instituiu uma liberdade profissional;

- Trabalho escravo – Abolido com a Lei Áurea


(13.05.1888);

- Constituição Republicana – CF 1891 – Liberdade de


Associação;

- CF 1934 – Constitucionalismo Social – Maior


preocupação com o Direito do Trabalho;

- CF 1937 – Retrocesso. Aboliu-se o direito de


greve;

- 1943 – Criação da CLT (DL 5452/43) – Junção de


várias normas de proteção; Avanço importante;

- CF 1946 – Restabeleceu o direito de greve;

- CF 1967 – Acrescentou o FGTS (já estava na Lei


5.107/66);

- EC 01/69 – Manteve os direitos trabalhistas;


Surgiram algumas normas infraconstitucionais;
- CF 1988 – Contemplou de maneira sistemática os
direitos sociais, especialmente os trabalhistas.
Preocupação com o direito do trabalho;

- Lei 13.467/17 – Promoveu a reforma trabalhista.

UNIDADE 4. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO


PREVIDENCIÁRIO

Parte 1

Princípios Específicos da Previdência Social

a) Princípio da Filiação Obrigatória

CF, Art. 201. A previdência social será organizada


sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de
filiação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da
lei, a:

Lazzari e Castro afirmam que a obrigatoriedade da


contribuição é mais ampla que a filiação.

Um servidor público possui filiação ao RPPS, mas


contribui para a seguridade social. Ex: Servidor Público
que tem empregada doméstica e, portanto, contribui.

b) Princípio do Caráter Contributivo

Tanto para RGPS quanto para RPPS;

A previdência básica segue o sistema de repartição


simples entre segurados que necessitam;

c) Princípio do Equilíbrio Financeiro e Atuarial

- Visa Superávit;

- Ex: Fator Previdenciário.


d) Princípio da Garantia do Benefício Mínimo

CF, Art. 201, § 2º Nenhum benefício que substitua o


salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

Ex: Aposentadoria, pensão por morte, salário


maternidade. Princípio da Dignidade.

Alguns podem ser inferiores ao salário mínimo,


como, por exemplo, salário família.

e) Princípio da Preservação do Valor Real dos


Benefícios

- Art. 201, § 4º É assegurado o reajustamento dos


benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o
valor real, conforme critérios definidos em lei.

Não se fala apenas de valor nominal, mas de valor


real.

f) Princípio da Facultatividade da Previdência


Complementar

A previdência complementar é autônoma e


facultativa.

CF, Art. 202. O regime de previdência privada, de


caráter complementar e organizado de forma autônoma em
relação ao regime geral de previdência social, será
facultativo, baseado na constituição de reservas que
garantam o benefício contratado, e regulado por lei
complementar.

REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – Complementar

CF, Art. 40, § 14 e 15.

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios, desde que instituam regime de previdência
complementar para os seus respectivos servidores titulares
de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de
que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que
trata o art. 201.

§ 15. O regime de previdência complementar de que


trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do
respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art.
202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de
entidades fechadas de previdência complementar, de natureza
pública, que oferecerão aos respectivos participantes
planos de benefícios somente na modalidade de contribuição
definida.

Parte 2

HISTÓRICO DA SEGURIDADE SOCIAL

1. Fase Assistencialista

Inicia-se na Inglaterra, em 1601. Lei de combate à


pobreza.

2. Fase Previdenciarista (Bismarckiano)

Otto Von Bismarck

Modelo de seguro obrigatório. Pós Revolução


Industrial. Muitos acidentes de trabalho. Seguro básico.

3. Fase da Seguridade Social

Plano Beveridge;

Sistema Universal de Luta contra a Pobreza.

Na fase anterior, o trabalhador contribuía e ele


mesmo recebia o benefício, se necessário.

Aqui, várias pessoas contribuem para o sistema


previdenciário (tributação). Contribuição global, Sistema
Universal de Luta contra a Pobreza.
4. Reformas Previdenciárias

Séc. XX e XXI;

Reforma Estrutural - Sistema público e um sistema


privado de previdência (prev. complementar);

Reforma Não Estrutural – Não traz o âmbito privado


para o público. Ao contrário, estabelece políticas para
melhorar o plano público (mexer na alíquota para ter
superávit; aumentar a idade para obter aposentadoria);

EVOLUÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

1. Lei Eloy Chaves (Decreto 4.682/23): Inauguradas


as caixas de aposentadorias e pensões das empresas que
trabalhavam com ferrovias.

2. Institutos de Aposentadorias e Pensões (ocorreu


posteriormente) através de categorias profissionais.

Caráter Autárquico desses institutos, organizado


por categoria profissional.

IAPM – IAP Marítimos; IAPB – IAP Bancários;

3. CF 1934 – Estabeleceu contribuição tripartite


(Poder Público, empregados e empregadores);

4. 1942 – LBA: Legião Brasileira de Assistência;

5. 1960 – Lei Orgânica da Previdência Social (Lei


3.807/60); Unificação das leis previdenciárias;

6. 1966 – INPS (Unificação dos Institutos);


7. 1977 – SINPAS (Sistema Nacional de Prev. e
Assistência Social): INPS e IAPAS (Inst. De Adm. Financeira
da Prev. e Assist. Social); INPS – Prestação dos
Benefícios; IAPAS – Custeio e arrecadação;

INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica


da Prev. Social;

CEME – Central de Medicamentos;

LBA – Legião Brasileira de Assistência;

FUNABEM – Menores;

DATAPREV – Dados do sistema de Seguridade Social;

8. CF/1988 –

9. 1990 – INSS: IAPAS + INPS;

10. 1991 – Lei 8.212/91 e 8.213/91;

11. 1993 – LOAS – Lei 8.742/93;

12. 2004 – INSS – Passou a cuidar apenas dos


benefícios previdenciários; Custeio foi para a Secretaria
da Receita Previdenciária, que em 2007 passou para se
chamar Secretaria da Receita Federal.

Parte 3

INTRODUÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL


CF, Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção
à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.

Direitos sociais – de 2ª Dimensão;

CF, Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do


Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; (princ. da


solidariedade);

(...)

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades


sociais e regionais;

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho


humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como
objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

CF, art. 7º.

CF/88 trouxe no título VIII a Ordem Social; No


capítulo II, a Seguridade Social.

Art. 194: A seguridade social compreende um


conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

SEGURIDADE SOCIAL
Sistema de proteção social amplo, com 3 segmentos:
saúde, assistência social e previdência social.

DIREITO À SAÚDE

CF, Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.

- As ações de saúde são de responsabilidade do


Ministério da Saúde, sendo realizadas por meio do SUS (art.
198, CF), regulamentado pela Lei n. 8.080/90;

Julgado STF – Informativo 810: SUS e atendimento


por diferença de classe. STF entendeu que, dentro do SUS,
mesmo mediante pagamento de diferenças, não pode haver
tratamento diferenciado. Entendeu ser constitucional a
regra que veda o tratamento melhor, em acomodações
superiores. Isonomia.

Parte 4

DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL

CF, Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

- A assistência social não tem caráter


contributivo.

- É necessário comprovar alguns requisitos:


hipossuficiência, por exemplo.

- LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) – Lei


8.742/93.

- Julgado STF – Informativo 861 (RE 587.970/SP):


Estrangeiros residentes no país são beneficiários da
assistência social, bastando preenchimento dos requisitos
constitucionais e legais. Dignidade humana, solidariedade
social, erradicação da pobreza, assistência aos
desamparados.

DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL

CF, Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei.

- Regime Geral;

- Caráter Contributivo;

- Filiação Obrigatória;

- Ações efetivadas pelo INSS: quem administra os


benefícios.

- Proteção básica (RGPS e RPPS);

Regime Complementar:

Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e


organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social,
será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício
contratado, e regulado por lei complementar;

Parte 5

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações


de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a
seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações
urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a
participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados

1. Universalidade de Cobertura: Seguridade deve


alcançar todos os riscos sociais;

2. Universalidade de Atendimento: amplitude e


atendimento a todas as pessoas possíveis.

- Há quem diga que o princípio é mitigado, pois a


previdência é contributiva, ou seja, aos que não
contribuem, não há universalidade.

- Aspecto subjetivo: acesso das pessoas;

- Aspecto objetivo: benefícios e serviços; máximo


de riscos sociais;

- Crítica: deve observar o equilíbrio das contas;

3. Uniformidade e Equivalência de Benefícios e


Serviços às Populações Urbanas e Rurais: Decorre do
princípio da igualdade;

- Idênticos benefícios e serviços (uniformidade)


para os mesmos eventos cobertos pelo sistema
(equivalência);

- Não cabe mais discriminação negativa dos rurais;

- Contudo, pode haver tratamento diferenciado


(discriminação positiva):

- Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário


rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão
para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei

- RURAL: aposentadoria por idade com redução de 05


anos;

4. Seletividade e Distributividade na Prestação dos


Benefícios e Serviços.

- Seletividade: critério utilizado pelo sistema


para distinguir a escolha das prestações que serão
disponibilizadas. A quem realmente necessita: salário-
família;

- Distributividade: respeito à solidariedade que


rege o sistema de proteção social; redução de
desigualdades. Salário-família, auxílio-reclusão.
Distribuir a renda.

- Relação direta com o art. 195, § 5º: Nenhum


benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem
a correspondente fonte de custeio total.

5. Irredutibilidade do Valor dos Benefícios

- Veda o retrocesso securitário;

- Decorre da segurança jurídica;

- Não pode haver redução nem em momento de crise;

- 2 tipos: Nominal (valor contábil) e Real


(inflação);

- No âmbito da seguridade social, garante-se a


irredutibilidade nominal;

- No âmbito da previdência social, garante-se a


irredutibilidade real;

- Art. 201, § 4º: É assegurado o reajustamento dos benefícios para


preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em le;
Parte 6

6. Equidade na Forma de Participação no Custeio

- Relaciona-se à Isonomia;

- O custeio deve ser amplo e isonômico. Aqueles que


tiverem maior capacidade financeira devem contribuir mais
para o sistema. Capacidade contributiva.

- Há a progressividade de alíquotas (8 a 11%).

7. Diversidade da Base de Financiamento

- Financiamento da seguridade deve contemplar uma


variedade de fontes;

- Visa solvibilidade do sistema;

- Art. 195, CF: A seguridade social será financiada por toda a


sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais;

8. Princípio do Caráter Democrático e


Descentralizado da Administração – GESTÃO QUADRIPARTITE

- Trabalhadores;

- Empregadores;

- Aposentados;

- Governo;

Promove-se uma gestão ampla, com vozes diferentes,


montando um sistema democrático;

Existência de órgãos colegiados, com participação


desses entes;
CF, Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais
ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

- Conselho Nacional da Previdência Social;

9. Princípio da Solidariedade

Art. 3º, I, CF: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da


República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

- Socialização dos riscos com toda a sociedade;

- Ex: Direito à Saúde; auxílio-doença por


incapacidade por acidente;

- No RPPS há também previsão da solidariedade no


art. 40 da CF: Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo.

- ADI 3105-8 – Constitucionalidade da contribuição


dos Inativos.

10. Princípio da Precedência da Fonte de Custeio

- Art. 195, § 5º: Nenhum benefício ou serviço da seguridade


social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio
total.

11. Princípio do Orçamento Diferenciado

Art. 165, § 5º, III: A lei orçamentária anual compreenderá: III - o


orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

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