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DE 137CS
Avacir Casanova Andrello*, Carlos Roberto Appoloni*, Paulo Sérgio Parreira*, Melayne Martins Coimbra*,
Maria de Fátima Guimarães**
*
Universidade Estadual de Londrina - CCE - Departamento de Física/PR
Caixa Postal 6001
86051-970, Londrina, Brasil
**
Universidade Estadual de Londrina - CCA - Departamento de Agronomia/PR
Caixa Postal 6001
86051-970, Londrina, Brasil
RESUMO
Localização e Classe de Solo. Com objetivo de verificar a Análises Químicas e Físicas. Foram realizadas análises
possibilidade da utilização desta metodologia no Estado do químicas e físicas no Laboratório de Fertilidade de Solos
Paraná, foi escolhida uma bacia hidrográfica localizada no do Departamento de Construção Civil da Universidade
município de Cambé, deste estado. A área estudada Estadual de Londrina. O método do torrão foi utilizado
para determinação da densidade do solo. Para - m é a massa da amostra em kg
determinação da densidade de partículas foi utilizado o
método do picnômetro. Para a análise granulométrica do - A é a atividade específica da amostra em Bq/kg
solo foi utilizado o método do densímetro. O conteúdo de - N é a área líquida do fotopico do 137Cs, obtida a partir da
matéria orgânica do solo foi determinado a partir do análise dos espectros gama da amostra e do fundo,
conteúdo de carbono. Para medida da concentração de realizadas no programa MCA2 [6], que fornece a opção de
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Cs, as amostras de cada local foram preparadas escolha automática ou manual para definição da largura do
misturando-se os perfis de maneira a representar um perfil pico. Cálculos realizados utilizando a opção automática
médio de 0 - 30 cm. As amostras foram secas ao ar, apresentaram algumas estimativas inconsistentes com os
destorroadas, passadas em peneira de 2 mm e picos de 137Cs nos espectros, de maneira que decidiu-se
acondicionadas em recipientes plásticos tipo béquer utilizar a opção manual que apresentou alterações nas
Marinelli de 1 litro. As medidas de atividade gama foram áreas dos picos e conseqüentemente na constante de
realizadas no Laboratório de Física Nuclear Aplicada do calibração α. A média obtida para as doze medidas deste
Departamento de Física da Universidade Estadual de coeficiente (Tabela 1) foi de 291 Bq/cps, com um desvio
Londrina. O arranjo experimental constitui-se de : detetor total de 7,2%, onde estão considerados e propagados todos
plano de Ge(HP), multicanal de 1024 canais, eletrônica os desvios experimentais envolvidos.
nuclear padrão de espectrometria gama, recipientes
plásticos tipo béqueres Marinelli de 1 litro e blindagem de
concreto, chumbo e alumínio. Os espectros de fundo e das III. RESULTADOS
amostras foram tomados por um tempo não inferior a 3600
minutos e a resolução em energia dos espectros medidos foi
de 2,9 KeV. O limite mínimo de detecção do sistema foi As atividades específicas das amostras dos diferentes
determinado como sendo de 0,29 Bq/kg. transectos e da amostra de referência foram determinadas
pela equação:
Eficiência de detecção. Para determinação da eficiência
de detecção do sistema de medidas foram preparadas
quatro amostras de solo com quantidades conhecidas de α. N
137
Cs, cujas atividades variavam de 3 Bq/kg a 3500 Bq/kg A= em Bq/kg (2)
(Tabela 1). A eficiência de detecção, fator α [5], para cada
m
padrão foi calculada pela equação:
sendo as variáveis desta equação as mesmas definidas na
m. A
α= em Bq/cps (1) equação (1). Foram realizadas sete repetições da medida da
N amostra da referência, fornecendo um valor médio de área
líquida sob o pico de 137Cs de 0,00682 cps (contagens por
onde:
TABELA 1. Fator α determinado para as quatro amostras de solo calibradas resultando num valor médio de
α = 291 ± 21 Bq/kg.
Y1 = 0,88. X 118 N a
, mb
ma − N b
(3)
2640
Y2 = × (7)
onde: Nb 32
- Y1 é a perda de solo em ton/ha
- X é a redistribuição do 137Cs na região de amostragem, A terceira equação empregada foi desenvolvida por Elliott
dado em percentual pela equação: et al. [12] :