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ENTENDENDO A
VIOLÊNCIA SEXUAL
CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
INTRODUÇÃO permitem visualizar o quão a
experiência da violência
sexual, pode representar um
A infância esteve na grave fator de risco para o
obscuridade por muito desenvolvimento emocional,
tempo até que a sua cognitivo e comportamental
construção pode ser de suas vítimas, evidenciando
evidenciada, mesmo que em um problema social de
situações delicadas, onde a extensa magnitude.
criança era vista como um
objeto sem direitos, nem O abuso sexual contra
pela sua própria vida. É crianças e adolescentes é
recente a sua definição considerado um grave
como um sujeito em problema de saúde pública.
sociedade, especialmente, Os efeitos desta forma de
com direitos garantidos. violência são negativos para o
desenvolvimento cognitivo,
A violência contra crianças e afetivo e social, de diferentes
adolescentes, em suas mais formas e intensidade.
variadas formas, ocorre na
humanidade desde tempos O seu impacto está
remotos. Por razões de sua relacionado a três conjuntos
vulnerabilidade física e de fatores: fatores intrínsecos
desenvolvimental, são alvos à criança, tais como
fáceis, principalmente da vulnerabilidade e resiliência
violência sexual. pessoal; fatores extrínsecos,
Suas causas estão envolvendo a rede de apoio
associadas a fatores sociais, social e afetiva da vítima; e,
políticos, históricos, nãos fatores relacionados com a
sendo possível analisá-los violência sexual em si, como
separadamente. A por exemplo, duração, grau
complexidade do tema de parentesco/confiança
também nos leva a entre vítima e agressor,
compreender em aspectos reação dos cuidadores
amplos, como médicos, nãoabusivos na revelação e
psicológicos, jurídicos, presença de outras formas de
sociais e educacionais, que violência, como a física,

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psicológica e emocional.   ocorre no contexto da família
Devido à complexidade e à e é perpetrado por pessoas
quantidade de fatores afetivamente próximas da
envolvidos no impacto da criança ou daqueles que
violência sexual para a desempenham um papel de
criança, esta experiência é cuidador ou responsável.
considerada um importante
fator de risco para o Por outro lado, tem-se o
desenvolvimento de abuso sexual extrafamiliar,
psicopatologias. que ocorre fora do ambiente
familiar e, que envolve
O abuso sexual é o segundo situações nas quais o
maior tipo deviolência em agressor é um estranho, bem
crianças de 0 a 9 anos. Ela como os casos de pornografia
também ocupa o segundo e de exploração sexual.
lugar na faixa etária de 10 a O abuso sexual dentro da
14 anos, ficando atrás apenas família é desencadeado e
da violência física. Na faixa mantido por uma dinâmica
de 15 a 19 anos, esse tipo de complexa. O agressor utiliza
agressão ocupa o terceiro de seu papel de cuidador, da
lugar. confiança e do afeto que a
criança tem por ele para
A agressão sexual contra iniciar, de forma sutil, a
crianças e jovens, ocorrem, violência.
em sua maioria, na
residência da criança. A criança, na maioria dos
Grande parte dos agressores casos, não identifica que a
são homens e alguém do interação é abusiva e, por esta
convívio muito próximo da razão, não a revela a ninguém.
criança e do adolescente, À medida que o abuso se
como pai, padrasto, amigos e torna mais explícito e que a
vizinhos. vítima percebe a violência, o
perpetrador utiliza barganhas
O abuso sexual pode ser e ameaças para que a vítima
definido em duas categorias. mantenha a situação em
O abuso sexual intrafamiliar segredo. Dessa forma, ela se
ou incestuoso, aquele que  sente  vulnerável, acredita nas

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ameaças e de que é culpada
pelo abuso, sentindo
vergonha e medo da
revelação e ser punida.

Assim, adapta-se à situação,


acreditando manter a
estabilidade nas relações
familiares.

Outro fator frequentemente


associado ao abuso sexual,
que dificulta que seja
rompido, é a presença de
outras formas de violência
intrafamiliar, tais como
negligência, abusos físicos e
emocionais.
Esse ambiente, onde
predominam
sentimentos de medo e de
desamparo, contribuem para
que o abuso sexual seja
mantido em segredo pela
própria vítima e por outros
membros da família.  

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NOTAS um espectro amplo de
comportamentos, podendo
TÉCNICAS E ser de contato ou não.
CONCEITUAIS Dessa forma, pode ser
caracterizado desde um
encontro sexual somente a
Abuso Sexual comportamentos de
exibicionismo, voyeurismo,
O abuso sexual infantil é uso de pornografia, uso de
definido pelo contato de linguagem ou gestos sexuais,
crianças e adolescentes com aliciamento virtual ou não,
uma pessoa mais velha e, masturbação, carícias nos
que esta tenha uma relação genitais ou seios e,
de poder. O objetivo dessa penetração.
relação é a gratificação de
necessidades e/ou desejos Exploração
sexuais.
sexual
É um crime grave de
violação dos direitos A exploração sexual de
humanos. Ocorre, em geral, crianças e jovens se refere à
quando a criança fica comercialização do corpo de
sozinha com o agressor, em crianças e jovens, em sua
sua própria casa ou na  casa maioria meninas, para
de outras pessoas, dessa atividades sexuais. As
maneira, a violência é crianças e jovens se
classificada como submetem a essa violência,
intrafamiliar ou extrafamiliar, muitas vezes, em troca de
ou seja, sendo o agressor pagamentos em dinheiro,
dentro da própria família da objetos, roupas, comida,
vítima (pai, padrasto, avô, tio, moradia ou apenas por
irmão, primo, mãe, madrasta) ameaça, por não terem aonde
ou não (vizinho (a), amigo (a) ir ou ficar.
da família, desconhecido (a).
Existem algumas modalidade
O abuso sexual contra de exploração sexual, a saber:
crianças e jovens envolve   • Prostituição infantil – onde a

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atividade sexual exercida exibição, compra, venda, seja
pela criança ou jovem é para posse e utilização de
negociada mediante material com conteúdo de
pagamento, não pornografia infantil, que
necessariamente monetário, represente este público em
mas pela troca de alimento, atividade sexual., com fotos e
vestuário, abrigo, diversão, vídeos das partes genitais ou
entre outros. de sexo explícito de crianças
e adolescentes.
Os jovens com idades entre
12 e 18 anos estão entre os
que mais praticam esta
Pedofilia
modalidade de violência
sexual, além de serem em A Organização Mundial da
sua maioria Saúde classifica a pedofilia
afrodescendentes. como uma psicopatologia, um
transtorno de preferência
• Turismo sexual – sexual, onde, um adulto,
modalidade em que se homem ou mulher, que possui
comercializa o sexo o transtorno, tem atração,
infantojuvenil nas regiões fantasias sexuais compulsivas,
turísticas do país. Além da excessivas e repetitivas que
prática de comércio sexual, envolvem crianças,
tal ‘serviço’ também prevê geralmente as que se
shows eróticos e até mesmo encontram no período da
o tráfico de meninas para puberdade ou que ainda não
fins sexuais. Para esta a atingiram.
prática, são atraídos turistas
nacionais e estrangeiros a O conceito médico de
uma rede bastante pedofilia aponta para um tipo
articulada que envolve de parafilia, onde o indivíduo
agências de turismo, hotéis, só sente prazer com um
restaurantes, boates, determinado objeto, as
taxistas, etc. crianças. Ele pode se
relacionar com outros objetos
• Pornografia – referese a de prazer, mas sua energia
produção, divulgação,  sexual está diretamente 

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voltada para esse único
objeto, do qual não
consegue se desprender.

A necessidade sexual do
pedófilo, em sua maioria, fica
apenas no plano da fantasia,
entretanto, pode se
materializar levando à
cometer violência sexual.
Para que o pedófilo se
alimente de seu desejo e se
satisfaça sexualmente, sem
ter de abusar sexualmente
uma criança, ele utiliza
imagens fotográficas
evídeos com conteúdo
pornográfico infantil.

Dessa maneira, podemos


dizer que nem todo o
pedófilo é abusador sexual e
nem todo abusador sexual é
necessariamente pedófilo.

A pornografia existe
principalmente para o
consumo dos pedófilos.
Se não existissem
pedófilos, não haveria
pornografia infantil.

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LEGISLAÇÃO
RELACIONADA

Nossa sociedade vem construindo e transformando


legislações, no sentido de coibir as práticas desta violência e,
que representam soluções para a transformação social deste
cenário.

Após a chegada da globalização, a sociedade vem


caminhando em passos largos, junto dela as leis vem sendo
aprimoradas, outras revogadas. Percebe-se que os avanços na
legislação brasileira referentes a crimes contra a infância e
adolescência eram comumente realizados conforme os
avanços ocorridos em outros países.

Hoje, a sociedade brasileira já reivindica suas próprias


transformações, um movimento de avanço em alterar nosso
próprio cenário, sem necessitar de reflexo externo.

Dessa forma, os crimes de natureza sexual definidos pela lei


penal são:

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• Estupro: Art. 213 – “Constranger alguém, mediante violência
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.” Pena:
reclusão de 6 a 10 anos.

• Violação sexual mediante fraude: Art. 215 – “Ter conjunção


carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação de vontade da vítima.” Pena: reclusão de 2 a 6
anos. Parágrafo único – “Se o crime é cometido com o fim de
obter vantagem econômica, aplica-se também multa.”

• Assédio sexual: Art. 216-A. “Constranger alguém com o intuito


de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se
o agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função.” Pena: detenção de 1 a 2 anos. Parágrafo único –
(VETADO) Parágrafo 2º – “A pena é aumentada em até um
terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.”

• Estupro de vulnerável: Art. 217-A – ”Ter conjunção carnal ou


praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.” Pena:
reclusão de 8 a 15 anos.  Parágrafo 1º – ”Incorre na mesma
pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.”
Parágrafo 3º – ”Se da conduta resulta lesão corporal de
natureza grave.” Pena – reclusão, de 10 a 20 anos. Parágrafo 4º
– ”Se da conduta resulta morte.” Pena: reclusão de 12 a 30
anos.

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• Corrupção de menores: Art. 218 – ”Induzir alguém menor de
14 anos a satisfazer a lascívia de outrem.” Pena: reclusão de 2 a
5 anos. Parágrafo único – (VETADO).

• Art. 218-A – ”Praticar, na presença de alguém menor de 14


anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato
libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem.”
Pena: reclusão de 2 a 4 anos. Favorecimento da prostituição ou
outra forma de exploração sexual de vulnerável.

• Art. 218-B –  ”Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou


outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos ou
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la,
impedir ou dificultar que a abandone.” Pena: reclusão de 4 a 10
anos.
Parágrafo 1º –  ”Se o crime é praticado com o fim de obter
vantagem econômica, aplica-se também multa.”  Parágrafo 2º
– Incorre nas mesmas penas: I – quem pratica conjunção
carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior
de 14 anos na situação descrita no caput deste artigo. II – o
proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se
verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
Parágrafo 3º –  ”Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito
obrigatório da condenação a cassação da licença de
localização e de funcionamento do estabelecimento.

• Art. 226 – A pena é aumentada: I – de quarta parte, se o crime


é cometido com o concurso de 2 ou mais pessoas. II – de
metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, 

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irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou
empregador da vítima ou por qualquer outro título tem
autoridade sobre ela. Mediação para servir a lascívia de
outrem.

• Art. 227 – Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem.


Pena: reclusão de um a três anos. Parágrafo 2º – Se o crime é
cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude.
Pena: reclusão de dois a oito anos, além da pena
correspondente à violência.
Parágrafo 3º – Se o crime é cometido com o fim de lucro,
aplica-se também multa. Os artigos do Código Penal
referentes à “Sedução” (art. 217) e ao “Rapto” (art. 219 a 222)
foram revogados pela Lei nº 11.106/2005

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