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Capítulo 1
Introdução
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A Psicologia e a Ciência
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não é uma busca direta e lógica como antes se pensava que fosse. Por exemplo,
B. F. Skinner escreveu: “Se estamos interessados na perpetuação das práticas
responsáveis pelo presente corpo de conhecimento científico, devemos reco
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nhecer que algumas partes muito importantes do processo científico náo são
ainda suscetíveis de qualquer tratamento formal lógico ou matemático. Não
sabemos o suficiente sobre o comportamento humano para explicar como o
cientista faz o que faz” (Skinner, 1959, pp. 360-361). Outros ainda advertem
que a psicologia deve manter-se consciente dos novos desenvolvimentos nas
ciências físicas, de modo a não moldar-se de acordo com uma forma de ciência
que não existe mais. Em seu discurso à American Psychological Association, o
físico Robert Oppenheimer advertiu: “O pior de todos os possíveis equívocos
seria a psicologia tomar como modelo uma física ultrapassada, isto é, que já
está totalmente desatualizada” (Oppenheimer, 1956, p. 134).
Considerando o compromisso da psicologia com a ciência (novamente,
no sentido mais amplo desta palavra) como um meio de obter conhecimen
to, com a extensão dos debates e disputas que esse compromisso engendra
e com o moderno debate na filosofia da ciência gerado pela mudança de
certeza para incerteza, não é exagero sustentar que as questões da filosofia
da ciência preocupam a psicologia contemporânea. E são também questões
fundamentais para uma sociedade que acredita nas afirmações psicológicas.
Os especialistas da psicologia estão envolvidos numa ampla série de ativida
des na educação, trabalho social, práticas de seleção industrial e em situações
clínicas onde algum comportamento seja de algum modo “inadequado”, a
ponto de afligir os indivíduos, suas famílias e amigos e as instituições legais
e médicas. Como uma disciplina científica, a psicologia deve se preocupar
com as questões atuais da filosofia da ciência, enquanto continua seu debate
interno sobre a natureza de seu objeto de estudo e dos métodos apropriados
de investigação. Uma sociedade que concede status e valor às asserções cientí
ficas, que confia nas alegações dos psicólogos sobre educação, trabalho social,
ambientes clínicos, entre outras, deve também se preocupar com a natureza
da ciência como é praticada pelos psicólogos e, desse modo, com a natureza
das afirmações científicas da psicologia.
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a psicologia do século XX, dos pontos de vista defendidos por Mach no século
XIX, sobre as interpretações e modelos causais na física e demonstra que as
preocupações de Skinner permanecem relevantes para a psicologia atual.
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