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ESTRUTURAS EM AÇ O SEGUNDO A
NBR 8800: 2008
Curitiba, 2010
1
SUMÁRIO
ABNT NBR 7007 ABNT NBR 6648 ABNT NBR 6649 / ABNT NBR 6650
Aços-carbono e microligados para Chapas grossas de aço- Chapas finas (a frio/a quente) de
uso estrutural e geral carbono para uso estrutural aço-carbono para uso estrutural
Denominaçã o fy fu Denominaçã o
fy fu Denominaçã o
fy fu
MPa MPa MPa MPa MPa MPa
MR 250 250 400-560 CG-26 255 410 CF-26 260/260 400/410
AR 350 350 450 CG-28 275 440 CF-28 280/280 440/440
AR 350 COR 350 485 CF-30 ---/300 ---/490
AR 415 415 520
ABNT NBR 5000 ABNT NBR 5004 ABNT NBR 5008
Chapas grossas e bobinas grossas,
Chapas grossas de aço de baixa Chapas finas de aço de baixa de aço de baixa liga, resistentes à
liga e alta resistência mecânica liga e alta resistência mecânica corrosã o atmosférica, para uso
estrutural
Denominaçã o fy fu Denominaçã o
fy fu Denominaçã o
fy fu
MPa MPa MPa MPa MPa MPa
F-32/Q-32 310 410
G-30 300 415
F-35/Q-35 340 450 CGR 400 250 380
G-35 345 450
Q-40 380 480 CGR 500 e
G-42 415 520
Q-42 410 520 CGR 500A 370 490
G-45 450 550
Q-45 450 550
ABNT NBR 5920/ABNT NBR 5921 ABNT NBR 8261
Chapas finas e bobinas finas (a frio/a
Perfil tubular, de aço-carbono, formado a frio, com e sem
quente), de aço de baixa liga, resistentes à
costura, de seçã o circular ou retangular para usos
corrosã o atmosférica, para uso estrutural
estruturais
Seções quadrada e
Seçã o circular
fy fu retangular
Denominaçã o Denominaçã o
MPa MPa fy fu fy fu
MPa MPa MPa MPa
CFR 400 ---/250 ---/380 B 290 400 317 400
CFR 500 310/370 450/490 C 317 427 345 427
a Para limitações de espessura, ver norma correspondente.
2 AÇ ÕES E SEGURANÇ A
Diretas
Peso próprio de
estruturas
Peso Peso próprio de
Combinações Peso moldadas no Peso próprio
próprio elementos
próprio local e de de elementos
de construtivos
de elementos construtivos Indiretas
estruturas industrializados
estruturas construtivos em geral e
pré- com adições in
metálicas industrializados equipamentos
moldadas loco
e empuxos
permanentes
1,25 1,30 1,35 1,40 1,50 1,20
Normais
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
Especiais ou de 1,15 1,20 1,25 1,30 1,40 1,20
construçã o (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
1,10 1,15 1,15 1,20 1,30 0
Excepcionais
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
ad
Ações variáveis (q)
Demais ações variáveis,
Ações incluindo as decorrentes
Efeito da temperatura b Açã o do vento e
truncadas do uso e ocupaçã o
Notas: a) Os valores entre parê nteses correspondem aos coeficientes para as ações permanentes
favoráveis à segurança; ações variáveis e excepcionais favoráveis à segurança nã o devem ser
incluídas nas combinações.
b) O efeito de temperatura citado nã o inclui o gerado por equipamentos, o qual deve ser
considerado açã o decorrente do uso e ocupaçã o da edificaçã o.
c) Nas combinações normais, as ações permanentes diretas que nã o sã o favoráveis à segurança
podem, opcionalmente, ser consideradas todas agrupadas, com coeficiente de ponderaçã o igual a
1,35 quando as ações variáveis decorrentes do uso e ocupaçã o forem superiores a 5 kN/m 2, ou
1,40 quando isso nã o ocorrer. Nas combinações especiais ou de construçã o, os coeficientes de
ponderaçã o sã o respectivamente 1,25 e 1,30, e nas combinações excepcionais, 1,15 e 1,20.
d) Nas combinações normais, se as ações permanentes diretas que nã o sã o favoráveis à
segurança forem agrupadas, as ações variáveis que nã o sã o favoráveis à segurança podem,
opcionalmente, ser consideradas também todas agrupadas, com coeficiente de ponderaçã o igual
a 1,50 quando as ações variáveis decorrentes do uso e ocupaçã o forem superiores a 5 kN/m 2, ou
1,40 quando isso nã o ocorrer (mesmo nesse caso, o efeito da temperatura pode ser considerado
isoladamente, com o seu próprio coeficiente de ponderaçã o). Nas combinações especiais ou de
construçã o, os coeficientes de ponderaçã o sã o respectivamente 1,30 e 1,20, e nas combinações
excepcionais, sempre 1,00.
e) Ações truncadas sã o consideradas ações variáveis cuja distribuiçã o de máximos é truncada por
um dispositivo físico, de modo que o valor dessa açã o nã o possa superar o limite correspondente.
O coeficiente de ponderaçã o mostrado nesta Tabela se aplica a este valor-limite.
3 PEÇ AS TRACIONADAS
Barras prismáticas, exceto barras com extremidade rosqueada e barras ligadas por
pinos:
Ag . f y
3.1 Escoamento da Seção Bruta: Rdt =
a1
Ae . f u
3.2 Ruptura da Seção Líquida: Rdt =
a2
Ae = Ct . An
furo = d + 3,5mm (furo padrão)
An = Ag − A furos
s2
An = b − ( furo ) + .t (para chapas)
4g
sendo: Ag = área bruta, An = área líquida, d = diâmetro do conector, b = largura da chapa
e t = espessura da chapa.
Fator de Redução Ct :
a) Quando a força de tração for transmitida diretamente para todos os elementos da seção
transversal da barra, por soldas ou parafusos:
C t = 1,00
c) Barras com seções transversais abertas quando a força de tração for transmitida somente
por parafusos ou somente por soldas longitudinais ou ainda por uma combinação de
soldas longitudinais e transversais para alguns (não todos) elementos da seção transversal:
ec
Ct = 1 − 0,90
lc
ec = excentricidade da ligação, igual à distância do centro geométrico (G) ao plano de
cisalhamento da ligação;
Para ligação soldada: lc = comprimento da solda na direção da força axial;
d) Chapas planas quando a força de tração for transmitida somente por soldas longitudinais
ao longo de ambas as suas bordas:
C t = 1,00 para l w 2b
C t = 0,87 para 1,5b l w 2b
C t = 0,75 para b l w 1,5b
Corte do Conector:
Força de cisalhamento (corte) resistente de cálculo, por plano de corte:
- Parafusos de alta resistência (A325 ou A490) e barras rosqueadas, quando o plano
de corte passa pela rosca e para parafusos comuns em qualquer situação:
0,4. Ab f ub
Rdv =
a2
- Parafusos de alta resistência (A325 ou A490) e barras rosqueadas, quando o plano
de corte não passa pela rosca:
0,5. Ab f ub
Rdv =
a2
.d 2
Ab = b
= área bruta, baseada no diâmetro do parafuso ou no diâmetro externo da rosca
4
da barra rosqueada, db.
db = diâmetro do conector;
lf = distância, na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo
adjacente ou a borda livre;
fu = resistência à ruptura do aço da parede do furo.
A força resistente total é igual à soma das forças resistentes à pressão de contato
calculadas para todos os furos.
Tração do Conector:
(0,75. Ab ). f ub
Rdt =
a2
Diâmetro FTb
db kN
1/2 53 66
5/8 85 106
16 91 114
3/4 125 156
20 142 179
22 176 221
7/8 173 216
24 205 257
1 227 283
27 267 334
1 1/8 250 357
30 326 408
1 1/4 317 453
36 475 595
1 1/2 460 659
Pega longa:
Denomina-se pega do conector o comprimento de seu fuste, entre as faces internas das
cabeças. Exceto nos casos dos parafusos de alta resistência montados com protensão
inicial, quando o comprimento de pega excede 5 db, a força de cisalhamento resistente de
cálculo dos parafusos ou barras redondas rosqueadas deve ser reduzida em 1 % para cada
1,5 mm adicionais de pega (NBR 8800 item 6.3.7).
Ligações de grande comprimento:
Dimensionamento de elementos de estruturas em aço segundo a NBR8800: 2008
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2. Ai
t=
a
b t f
Equilíbrio de forças: f c . . y c = f t . .( h − y c ) , com f t = c (h − y c )
2 2 yc
b. y c3 t
Momento de inércia da seção composta: I = + (h − y c ) 3
3 3
M
Tensão de tração no parafuso: f ti = yi
I
5 ELEMENTOS DE LIGAÇ ÃO
Elementos Tracionados
Valem os estados limites para peças tracionadas, sendo que para chapas de emendas
parafusadas: Ae = An 0,85Ag .
Elementos Comprimidos
KL Ag . f y
- Para esbeltez 25 : Rdc =
r a1
KL
- Para esbeltez 25 : valem os estados limites para peças comprimidas.
r
onde KL é o comprimento de flambagem e r o raio de giração do elemento.
Cisalhamento de Bloco
Conforme descrito no formulário para peças tracionadas.
Dimensões do filete:
b1 .b2
Garganta: t w = 0,7.bw tw =
b12 + b22
Espessura da garganta efetiva:
te = t w
Exceto para soldas de filete com pernas ortogonais executadas pelo processo de arco
submerso:
t e = bw se bw 10 mm
t e = t w + 3 mm se bw 10 mm
t 6,35 mm bw,mбx = t
t 6,35 mm bw,mбx = t − 1,5 mm
Combinações w1 w2
Normais 1,25 1,35
Especiais ou de construção 1,25 1,35
Excepcionais 1,05 1,15
b) Soldas Transversais:
7 PEÇ AS COMPRIMIDAS
Resistência de cálculo:
.Q. Ag . f y
Rd =
a1
onde Q é o fator de redução associado à flambagem local e é o fator de redução
associado à resistência à compressão, obtido a partir do índice de esbeltez reduzido.
Q = 1,0 para seções cujos elementos têm relações b/t iguais ou inferiores às dadas na
Tabela 1. Não se cumprindo esta condição, tem-se Q < 1,0 (ver Anexo F da NBR
8800/2008);
0,877
= para 0 1,5
20
N eyz =
N ey + N ez
1− 1−
4 N ey N ez 1 − ( y 0 r0 )
2
2 1 − ( y 0 r0 )
2
(N ey + N ez )
2
onde Ney e Nez são obtidas conforme item (a). Caso o eixo x seja o eixo de simetria, basta
substituir x por y, y por x e y0 por x0.
4
kc = , sendo 0,35 k c 0,76
h0 t 0
onde t0 é a espessura da alma e h0 é a altura da alma.
Estados limites de flambagem local da mesa (FLM) e flambagem local da alma (FLA):
- Se p (seção compacta): M n = M p
− p
- Se p r (seção não compacta): M n = M p − .( M p − M r )
r − p
- Se r (seção esbelta) : M n = M cr (não aplicável à FLA)
Notas:
M p = M pl = Z . f y , onde Z é o módulo plástico da seção em relação ao eixo considerado.
h : altura da alma, tomada igual à distância entre faces internas das mesas nos perfis
soldados e igual a esse valor menos os dois raios de concordância entre mesa e alma nos
perfis laminados, e igual ao comprimento da parte plana nas seções tubulares
retangulares.
Cb é o coeficiente que leva em conta o efeito favorável de o momento fletor não ser
uniforme no segmento Lb, e é dado por:
12,5.M max
Cb = Rm 3,0 ,
2,5.M max + 3.M A + 4.M B + 3.M C
onde Mmax é o momento fletor máximo solicitante de cálculo, em módulo, no
comprimento destravado Lb; MA, MB e MC são os momentos fletores solicitantes de
cálculo, em módulo, nas seções situadas a Lb 4 , Lb 2 e 3.Lb 4 da extremidade
h0 E
a) Vigas de Alma Não Esbelta ( 5,7 ):
t0 fy
h0 E
b) Vigas de Alma Esbelta ( 5,7 ):
t0 fy
Nestes casos o índice de esbeltez da alma b = h0 t 0 não pode ultrapassar os valores
dados por:
b 260
0,42.E a
b , se 1,5
fy h0
E a
b 11,7. , se 1,5
fy h0
sendo a = espaçamento entre enrijecedores.
Para determinação do momento fletor resistente nominal (Mn), utiliza-se o parâmetro
kpg abaixo:
Dimensionamento de elementos de estruturas em aço segundo a NBR8800: 2008
33
ar h E h0 .t 0
k pg = 1 − . 0 − 5,7. 1,0 , com ar =
t0
1200 + 300.a r fy b f .t f
A viga não pode ter a r superior a 10.
- Se b br : Mn = k pg .W x . f y .
b2
Vn h0 k v .E k v .E
VdRES = = p = 1,10. r = 1,37. ,
a1 t0 fy fy
sendo:
2
a a 260
k v = 5,0 , para almas sem enrijecedores transversais, 3 ou ;
h0 h0 (h0 t 0 )
5
kv = 5 + , para todos os outros casos.
(a / h0 ) 2
com a = distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores transversais adjacentes.
- Se r : Vn = 1,24. .0,6. Aw . f y .
Aw = 2b.t
onde b é a altura total da seção (largura da aba) e t é a espessura da aba de uma das
cantoneiras, desde que b t 260 .
N Sd N Sd M x , Sd M y , Sd
1,0
b) para 0,2 : + +
N Rd 2 N Rd M x , Rd M y , Rd
Para atuação de força cortante na direção de um dos eixos centrais de inércia a verificação
deve ser feita da mesma forma que para este efeito isolado (vigas).
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PFEIL, M.; PFEIL, W.; Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2009.
QUIMBY, T. B.; A beginner’s guide to the steel construction manual. Eagle River:
Quimby & Associates, 2009.