Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
O conceito geral de que “o médico é quem sabe” faz com que a maioria
dos pacientes submeta-se à perícia e à experiência de seu médico. Mas
quão sutilmente perigoso seria o médico proceder como se esta frase
fosse um fato científico, e ele tratasse os pacientes de acordo com isso.
Na verdade, nossa formação médica, nossa licença de clinicar, e nossa
experiência nos dão notáveis privilégios na área médica. Nossos
pacientes, porém, têm direitos. E, como estamos provavelmente
cônscios, a lei (até mesmo a Constituição) dá maior peso aos direitos.
Nas paredes da maioria dos hospitais [dos EUA], vê-se a “Carta dos
Direitos do Paciente”. Um destes direitos é o consentimento
conscientizado, que poderia ser mais exatamente chamado de escolha
conscientizada. Depois de o paciente ser informado dos resultados
potenciais de diversos tratamentos (ou de não se tratar), cabe-lhe
decidir a que se submeterá. No Hospital Albert Einstein, no Bronx,
Nova Iorque, EUA, declarava uma diretriz formulada quanto a
transfusões de sangue e as Testemunhas de Jeová: “Qualquer paciente
adulto que não seja declarado incapaz tem o direito de recusar o
tratamento, não importa quão prejudicial tal recusa possa ser para sua
saúde.” 2
3. Bouvia v Superior Court, 179 Cal App 3d 1127, 225 Cal Rptr 297 (1986);
In re Brown, 478 So 2d 1033 (Miss 1985).
10. Office of the General Counsel: Medicolegal Forms with Legal Analysis.
Chicago, American Medical Association, 1973, p 24.
12. Vercillo AP, Duprey SV: Jehovah's Witnesses and the transfusion of
blood products. NY State J Med 1988; 88:493-494.
13. Wons v Public Health Trust, 500 So 2d 679 (Fla Dist Ct App) (1987);
Randolph v City of New York, 117 AD 2d 44, 501 NYS 2d 837 (1986); Taft v
Taft, 383 Mass 331, 446 NE 2d 395 (1983).
15. Mill JS: On liberty, in Adler MJ (ed): Great Books of the Western World.
Chicago, Encyclopaedia Britannica, Inc, 1952, vol 43, p 273.