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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-UFPE

Disciplina: Hist. Da África


Docente: Prof. Dr. José Bento Rosa da Silva
Discente: Rafael Miguel Luna Pontes Cavalcanti
Turno:vespertino
Período: 2º

Resumo
Atlântico negro na rota dos orixás

RECIFE, PE.
8 DE OUTUBRO DE 2019
Uma distância geográfica mas não de sentimento entre África e Brasil é colocada
pelo Atlântico que apesar de ser aparentemente um uma barreira tornou-se um caminho
para o encontro de culturas que se entrelaçaram ao longo do tempo. Uma migração
africana forçada pelo tráfico de escravos que desembarcavam da senegambia, por
exemplo, até a Bahia resultou num processo de migração reverso causado por revoltas no
recôncavo e Salvador pelos escravos malês. Essas regiões eram importante, porque
estavam localizados os engenhos de açúcar e os portos.
Assim, as rotas se inverteram passando a ser do Brasil para a África,
especificamente, na região da Nigéria e benim onde vivem pessoas que se consideram
brasileira mas estão na África.
Os abudás são os descendentes dos traficantes de escravos e de ex-escravos da
Bahia, mas sofrem com o sentimento de pertencimento e reconhecimento dos outros
grupos, visto que alguns clans e linhagens os excluem das comunidades. Dessa forma,
criaram um próprio grupo na África com tradições católicas, islâmicas e com o culto aos
orixás. A missa do Senhor do Bonfim é o exemplo de uma tradição com fortes traço da
cultura brasileira, “as mulheres de Souza” é outro exemplo da influência brasileira na
comunidade do Benim.
Esse grupo foi aos poucos se estruturando na região, devido o domínio de diversos
ofícios os primeiros a desembarcarem trouxeram matérias de construção para as casas e
conseguiram construir até mesmo igrejas com aspectos islâmicos e cristãos em sua
arquitetura. Além disso, dinamizaram a economia local e o português tornou-se a
principal língua da região. Interessante como o sentimento de pertencimento a algum
lugar é forte nos povos africanos e como isso é valorizado ao longo das gerações e não só
um sentimento de ser da África mas também de ser afro-brasileiro, que vai além da forte
religiosidade e passa a ser evidente nas danças, roupas e no dia a dia de cada indivíduo
como no exemplo mencionado das “mulheres de Souza” que usam roupas comuns do
século XIX no Brasil.
A importância de reconhecer suas raizes permite responder “qual a nossa origem?”
A falta de conhecimento sobre seus antepassados equivale a morte para um africano, por
essa razão os abudas preservam seus costumes brasileiros, essa apropriação de parte de
uma cultura e de sua cosmovisão, não há motivos lógicos que possam impedir esse grupo
de se reconhecer como brasileiros dentro da África. Ou seja, para eles ser africano
também significa ser brasileiro e ao longo do tempo lutaram para preservarem sua
identidade. No entanto, os outros grupos consideram os abudas como apenas um
intermediário de um negro e um branco e ainda tiverem que lutar contra colonização
Francesa em Daome, as quais colocaram em risco esses afro-brasileiros.
Ou seja, não existe apenas indivíduos no Brasil que sente um pertencimento na
África como o caso do Pai Euclides, um dos sacerdotes “meu corpo está aqui mas meu
esprito está lá”. Há africanos que se reconhece no Brasil e mesmo que seus ancestrais
tenham passado pela conhecida “árvore do esquecimento” consideram os traços da
cultura africana sendo importantes para a formação de sua identidade enquanto
comunidade e indivíduos.

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