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Doutora em Educação pela UFRGS. Coordena a pesquisa “Programas Educacionais desenvolvidos em mu-
nicípios do RS e suas implicações para a democratização e qualidade da educação básica”.Integra também
o grupo de pesquisa da professora Dra. Vera Peroni da UFRGS. Docente e coordenadora da Pós-graduação
no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Sul-riograndense, Campus Charqueadas-RS, Brasil.
caetanoraquel2013@gmail.com
Rev. Fac. Educ. (Univ. do Estado de Mato Grosso), Vol. 24, Ano 13, n.2, p. 113-133, jul./dez. 2015
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CAETANO, M. R.
Introdução
[...] o ensino básico e técnico vai estar na mira do capital pela sua
importância na preparação do novo trabalhador [...];
[...] a ‘nova escola’ que necessitará de uma ‘nova didática’ será
cobrada por um ‘novo professor’ – todos alinhados com as
necessidades do ‘novo trabalhador’[...];
[...] tanto na didática como na formação do professor haverá
uma ênfase muito grande no ‘operacional’ nos resultados- a
didática pode restringir-se cada vez mais ao estudo dos métodos
específicos para ensinar determinados conteúdos considerados
prioritários [...];e
[...] os determinantes sociais da educação e o debate ideológico
poderão ser considerados secundários – uma perda de tempo
motivada por um excesso de politização da área educacional.
(FREITAS, 1995, p.127, grifo do autor).
Freitas (1995, p. 128) ainda preconiza que “é muito provável que es-
tejamos diante de uma retomada do tecnicismo sob novas bases: uma espécie
de neotecnicismo” e as possíveis consequências, advindas dos novos interesses
do capital pela educação. Relacionam-se a isso os tipos de capacidades exigidas
pela nova base produtivo-capitalista que é criar novos tipos de relacionamento
interpessoal com o objetivo de ampliar as iniciativas individuais e as motivações
para o trabalho. E, para isso, é importante o trabalhador ser capaz de trabalhar
em equipe, saber relacionar-se com os outros, participar, expressar-se, propor
soluções e oferecer sugestões.
Esse novo perfil do trabalhador, exigência da nova forma de organi-
zação do processo produtivo-capitalista, demanda formação que não pode
ser oferecida apenas em treinamento de curto prazo e dentro da empresa
(FREITAS,1995). Esse novo perfil de trabalhador exige o desenvolvimento de
“habilidades que necessitam ser desenvolvidas dentro do sistema educacio-
nal regular, ainda que não necessariamente dentro da escola pública”(FREI-
TAS,1995,p.127).
Nesse sentido é que, no neotecnicismo pedagógico, abordado por
Freitas (2012), a organização do trabalho pedagógico escolar deve ser pen-
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Considerações finais
Referências
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LAVAL, Christian. A escola está no centro das novas lutas de classe. L’Humanité,
28/Set./2011. Entrevista a Sergio Granja. Disponível em http://laurocampos.
org.br/2011/09/christian-laval-qa-escola-esta-no-centro-das-novas-lutas-de-clas-
seq/.Acessoem: 15 jul. 2015.
________. Pedagogia e pedagogos, para quê? 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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