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VAUX. Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento.

São Paulo:
Teológica, 2003.

RESUMO

CAPÍTULO I: QUESTÕES DEMOGRÁFICAS

Vaux evidencia que a demografia é um elemento necessário em toda


investigação sociológica, no entanto lembra que, em relação aos povos da
antiguidade existe o problema da falta de documentos estatísticos. Segundo ele, a
Bíblia algumas indicações numéricas, mas não ajudam muito, pois concordam mais
ou menos entre si, todavia pressupões números que seriam absolutamente
impossíveis. Destaca que, conforme revelado por escavações, as “cidades” bíblicas
tinham pouca extensão, uma estimativa razoável é que a cidade tivesse entre 25 e
30 mil habitantes na época de Jesus concluindo que o número de habitantes na
época do Antigo Testamento não poderia ter sido muito maior que isso. Expõe que
durante o reinado de Davi e Salomão o reino experimentos um período de
crescimento populacional que durou por dois séculos e, na primeira metade do
século VIII a.C., que o autor considera a mais favorável, a população total não
ultrapassaria um milhão de pessoas.

CAPÍTULO II: OS ELEMENTOS DA POPULAÇÃO LIVRE

1. A evolução social
Israel, inicialmente, seminômade, não havia divisão entre classes sociais
embora uma tribo pudesse ser considerada mais “nobre” que outras. Mesmo os
escravos faziam parte da família. Com a sedentarização houve profunda
transformação social. A unidade deixa de ser a tribo e passa a ser o clã. A
monarquia também produziu mudanças importantes, pois oficiais e funcionários do
reino se transformaram em uma espécie de casta social, aliado a isso, as transações
comerciais fomentaram a desigualdade econômica entre as famílias, umas
enriqueceram e outras empobreceram, no entanto o autor deixa claro que em Israel
nunca houve, no sentido moderno, classes sociais com interesses particulares e
opostos entre si.
2. Os notáveis
De alguns textos bíblicos e, apoiado por algumas definições dos termos em
hebraico, o autor depreende que estes notáveis seriam os chefes de família que
formavam uma espécie de conselho em cada cidade. Os “Anciãos” que se reuniam
em assembleia popular. Citando outros textos bíblicos, apresenta outro sentido;
seriam os oficiais ou funcionários do rei, oficiais civis e militares com funções
políticas, administrativas e/ou bélicas. Diante do rei são apenas servos, mas entre o
povo gozam de uma posição privilegiada, em muitos casos, não sendo possível
distingui-los dos chefes das grandes famílias. Ainda, de alguns termos hebraicos
que permeia o texto bíblico, pode se inferir que os notáveis seriam uma espécie de
“nobreza”, não como classe fechada, detentora de propriedade as quais lhe pertence
por nascimento, mas em acepção ampla. Inclusive também pode ser referi a homens
valentes, guerreiros corajosos, mesmo que não possuíssem propriedades.
3. O “povo da terra”
Roland de Vaux relata que muitos consideram o “povo da terra” como uma
classe social inferior em contraposição à aristocracia ou os camponeses em
oposição aos habitantes da cidade. Outros os consideram os representantes do
povo no governo e outros ainda, os classificam como conjunto dos homens livres,
que usufruem de direitos cívicos em um determinado território. No entanto, essa
última opção é considerada pelo autor como a única explicação aceitável para a
época antiga, embora o sentido tendo evoluído posteriormente. Considerando Israel
ele distingue três períodos no uso desta expressão: Antes da volta do Exilio, o "povo
da terra” é posto em distinção ou em oposição ao rei, príncipe, chefes, sacerdotes e
profetas, mas nunca contraposta a nenhuma outra classe do povo. Desta forma o
“povo da terra” representa o conjunto dos cidadãos. Na volta do Exílio o sentido é o
mesmo, mas se aplica aos habitantes da Palestina que não são judeus. Os “povos
da terra” se contrapõem ao “povo de Judá” e ao “povo de Israel”, pois estes últimos
não são considerados cidadãos na mesma forma política dos que lá estavam. Daí se
define um terceiro significado na época rabínica; o “povo da terra” passa a designar
todos que ignoram a Lei ou que não a praticam.
4. Ricos e pobres
Inicialmente, mesmo no inicio da sedentarização pode se considerar que os
israelitas desfrutavam da mesma condição social. A riqueza estava relacionada à
terra repartida entre as famílias que defendiam seu patrimônio. Com algumas
exceções, o comércio tinha pouca importância. Vaux evidencia que os dois primeiros
reis de Israel pertenciam a famílias moderadamente abastadas. Isso se confirma
pelas escavações das cidades israelitas que também demonstram essa igualdade
de condição, pois as casas do século X a.C. tem as mesmas dimensões e o mesmo
formato. Mas isso muda drasticamente no século VIII a.C., quando se encontra, em
um mesmo sítio, o quarteirão das casas ricas, maiores e melhor construídas, e
separado do quarteirão, as casas dos pobres aglomeradas. É neste contexto que os
profetas saem em defesa do pobre condenando luxo das residências e as injustiças
cometidas pelos ricos, ou mesmo os notáveis que, por vezes, estão sob mesma
condenação dos profetas. No entanto, os pobres não eram considerados outra
classe social, mas apenas indivíduos que se encontravam indefesos, precisamente
por estarem isolados. Assim enfatiza o autor, nem antes nem depois do Exilio os
indigentes formam um partido religioso nem uma classe social.

5. Os estrangeiros residentes
Havia entre israelitas livres, os estrangeiros de passagem, que contavam
com a hospitalidade dos cidadãos, mas não proteção da lei e, além destes, um
grupo de estrangeiros residentes, os gerîm, (ger) que viviam em meio à comunidade
e que eram aceitos e usufruíram de certos direitos. Por serem homens livres, se
opõem aos escravos, mas não tem todos os direitos cívicos, de modo que se
contrapõem também aos cidadãos israelitas. Como a propriedade imobiliária era
posse dos israelitas, os gerîm precisavam arrendar seus serviços. Embora fossem
menos favorecidos economicamente, não havia barreiras na vida cotidiana e alguns
chegavam a fazer fortuna. Do ponto de vista religioso também eram incluídos,
podendo até celebrar a Páscoa, se fossem circuncidados, o que futuramente seria
chamado de proselitismo. Por vezes, junto ao ger, se menciona também o tôshâb,
um termo mais recente que aparece, principalmente em texto pós-exílicos mas, ao
que parece, eram menos assimilados, social e religiosamente, menos independentes
e sem moradia.
6. Os assalariados
Tratava-se de homens livres que eram contratados para um trabalho
determinado, por certo tempo e com uma retribuição combinada. Geralmente era
assim que os estrangeiros residentes ou de passagem ofereciam seus serviços, mas
o empobrecimento de algumas famílias e a perda de suas propriedades, forçava
cada vez mais israelitas a ser tornarem trabalhadores assalariados. Era uma
situação pouco invejável e suscetível a injustiças de patrões que não pagavam o que
era devido. Por isso encontramos nas escrituras instruções em defesa destes.
7. Os artesãos
Com o desenvolvimento da vida urbana e a evolução econômica, cresceu
também o numero dos artesãos independentes. Trabalhava-se em regime de oficina
familiar onde o ofício era transmitido dos pais aos filhos e, às vezes, havia alguns
ajudantes, escravos ou assalariados que colaboravam na produção. Agrupavam-se
em quarteirões específicos ou mesmo uma aldeia poderia ser especializar em
determinada atividade, situação que se acentuou nas épocas greco-romana e
rabínica. Posteriormente formaram-se as corporações, onde o chefe era chamado
“pai”, como Joabe, “pai” do vale dos artesãos, I Cr 4.14; os oficiais se chamam
“filhos”. A origem é antiga, pode-se remontar até época monárquica, admitindo-se
que certos sinais gravados com frequência na cerâmica, podem ser de uma
corporação e não de uma família, embora se tenha certeza apenas que, na época
pré-exílica, as empresas importantes estavam nas mãos do rei.
8. Os comerciantes
Como já dito pelo autor, os israelitas começaram tardiamente a dedicar-se
ao comércio. O comércio exterior e/ou em grandes proporções era monopólio real. O
povo se dedicava a operações locais entre consumidor e produtor, não havia uma
classe de comerciantes. Os verdadeiros comerciantes eram, especialmente, os
fenícios, conforme Isaías 23.2,8 e Ezequiel 27, e também assírios, segundo Naum
3.16. Em Neemias 3.32 mencionam-se mercadores entre os israelitas da Palestina,
no entanto, à luz de Neemias 13.16, pode tratar-se de tírios que viviam na cidade.
Essa situação se reflete no vocabulário: “cananeus” significa “comerciantes”
Provérbios 31.24 e Zacarias 14.21. Outros termos designam o comerciante como “o
que circula” ou com uma raiz que tem afinidade com “caminhar”. São estrangeiros,
caravaneiros como os midianitas de Gênesis 37.28, ou mercadores ambulantes que
percorriam o país oferecendo sua pacotilha importada e comprando, para exportá-
los, produtos locais. É na diáspora, e por necessidade, que os judeus se tornam
comerciantes e os judeus da Palestina, pouco a pouco seguiram neste caminho que,
embora tenha seus benefícios considerados legítimos em Eclesiástico 42.5, não foi
visto com bons olhos pelos sábios nem, posteriormente, pelos rabinos, sendo
considerada atividade que leva ao pecado em Eclesiástico 26.28 e 27.2.

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