Sunteți pe pagina 1din 15

ATIVIDADE TAE (X)1ª ( )2ª ( )3ª METEDP:

Curso: Psicologia

Disciplina: Métodos e Técnicas de Exploração Diagnóstica em Psicologia: Comportamental

Aluno: Luara Fernanda de Macedo /RA: 83061

Beatriz Pedroso /RA: 84566

Professor: Rosana Righetto Dias Data: 28/03/2017

TEMPO DE EXECUÇÃO: 18 horas e 00 minutos

Introdução Teórica sobre a Teoria Comportamental.

O Behaviorismo Radical é considerado o ponto principal para a ciência de análise do


comportamento, tendo como objetivo principal compreender a interação do indivíduo com o
ambiente. Esta nova visão foi desenvolvida por Skinner, pois este acreditava que desta
maneira seria possível aprofundar ainda mais o conhecimento que se era possível até este
momento sobre esta interação entre homem e natureza, mesmo entendendo que este fenômeno
tratava-se de algo com complexidade alta. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p. 212).
Através de trabalhos realizados em seu laboratório Skinner foi conseguindo
compreender o que se passava com os comportamentos humanos e desconstruindo a visão de
outras psicologias que traziam este fenômeno de estudo do comportamento como algo que
não poderia ser estudado pela ciência. Porém de maneira eficaz Skinner conseguiu mostrar
sua visão e desenvolver estudos que são utilizado até os dias atuais por inúmeros psicólogos
como fonte de estudo e conhecimento. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007. p. 213)
Behaviorismo Radical e Análise do Comportamento possuem uma relação interligada,
porém não tem o mesmo significado. Utilizando os escritos do próprio Skinner encontramos a
seguinte definição e questionamento sobre o Behaviorismo Radical( SKINNER, 1974, p. 07):
O Behaviorismo não é uma ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia
dessa ciência. Algumas das questões que ele propõe são: É possível tal ciência?
Pode ela explicar cada aspecto do comportamento humano? Que método pode
empregar? São suas leis tão válidas quanto as da Física e da Biologia? Proporcionará
ela uma tecnologia e, em caso positivo, que papel desempenhará nos assuntos
humanos? São particularmente importantes suas relações com as formas anteriores
de tratamento do mesmo assunto. O comportamento humano é o traço mais familiar
do mundo em que as pessoas vivem e deve ter dito mais sobre ele do que sobre
qualquer outra coisa. E de tudo o que foi dito o que vale a pena ser conservado?
Com isto podemos entender portanto que, o Behaviorismo radical é o que da
fundamento para a Análise do Comportamento o que vem a ser utilizada por Skinner como
uma abordagem psicológica, assim com as já conhecidas, psicanálise, psicologia Gestat e
Psicologia Cognitiva. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p. 216).
O behaviorismo radical, todavia, adota uma linha diferente. Não nega a
possibilidade da auto-observação ou do autoconhecimento ou sua possível utilidade,
mas questiona a natureza daquilo que é sentido ou observado e, portanto, conhecido.
(MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p. 217).

Em seu Behaviorismo Radical Skinner não nega a existência dos sentimentos,


sensações ou ideias do indivíduo humano, mas questiona qual seria a real relevância destes
fenômenos na conduta humana. Pois para ele estes não podem corresponder a uma explicação
sobre os comportamentos humanos por também tratarem-se de comportamento e relação com
o ambiente que este interage. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p. 217).
Em seu livro “Sobre o Behaviorismo” Skinner cita uma lista de 20 ideias em que sua
visão seriam totalmente equivocadas ao se tratarem de visões exteriores sobre o
Behaviorismos, sendo alguns destes itens (SKINNER, 1974, p. 07 e 08) :
2.Negligencia os dons inatos e argumenta que todo comportamento é adquirido
durante a vida do indivíduo; 3. Apresenta o comportamento simplesmente como um
conjunto de respostas a estímulos, descrevendo a pessoa como um autômato, um robô,
um fantoche ou um a máquina; 4. Não tenta explicar os processos cognitivos; 5. Não
considera as intenções ou os propósitos.

MOREIRA e MEDEIROS (2007, p.218) Ao tratarmos o Behaviorismo de Skinner como


radical estamos evocando reações de oposição a forma como o mundo é visto, portanto
quando Skinner trata desta maneira pretende dizer principalmente duas coisas:
1. Como ponto principal nega o mentalismo; é fortemente influenciado por uma visão
pragmática de ciência, pois ao invés de buscar verdades sobre um determinado
comportamento, visa prever e controlar o comportamento. Portanto ao invés de buscar
causas hipotéticas como desejos ou impulsos, procurando apenas descrever as
condições do comportamento que ocorre.
2. Para Skinner quando se trata de respostas ligadas a eventos mentais tornam-se
superficiais por não conseguirem atingir a raiz do que se trata, pois para compreender
determinados comportamentos é necessário analisar fatos como a história de seus
comportamentos.

Com uma melhor compreensão sobre como surge o Behaviorismo Radical, falaremos
a partir de agora sobre conceitos elaborados ou adquiridos na construção teórica do
Behaviorismo e subsequente de que forma estes aspectos metodológicos podem embasar a
análise do comportamento e contribuir para este campo de conhecimento. Podemos começar
este levantamento considerando dois tipos comportamentos, o responde e o operante.
Leonardi e Nico (2012 APUD CATANIA, 1999; SKINNER, 1938/1991, 1953/1965)
descreverão o comportamento respondente como uma relação onde um estímulo específico
produz uma determinada resposta no organismo físico, desde que este enteja sadio. A autora
dirá que o comportamento responde não se trata nem do estímulo, nem somente da resposta,
mas da interação que se dá entre estes dois fenômenos, que serão representados pelo esquema
S-R. Dizemos que o comportamento respondente elicia a resposta, e pode ser caracterizado
quando na relação entre S-R a resposta tem possibilidade próxima a 100% de acontecer
quando o estímulo específico se encontra presente, e próximo a 0% quando está ausente.
(CATANIA, 1999 APUD LEONARDO E NICO, 2012)
Skinner (1998) dará alguns exemplos destes comportamentos, como a contração das
pupilas em contato com os raios de sol, ou mesmo a salivação no momento em que ingerimos
suco de limão. Para Skinner (1998) apesar dos comportamentos reflexos representarem uma
pequena parte dos inúmeros comportamentos possíveis, já que a maior parte dos
comportamentos emitidos não se trata deste controle primário, eles são de extrema
importância para se compreender o comportamento humano, e seria um erro descarta-los.
Os comportamentos respondentes, serão na maioria das vezes de uma ordem
fisiológicas, orgânica. Porém a maioria das questões complexas que envolvem a vida humana
em sua prática tem origem em outro comportamento. Para entende-lo é importante considerar
que quando emitimos comportamentos geramos consequências que retornam ao organismo,
tornando maior a possibilidades de que o comportamento volte a ocorrer. (SKINNER, 1998)
Pensemos agora sobre este outro modelo de comportamento, o operante. O
Comportamento operante é responsável por gerar consequências no ambiente.
Essas consequências são mudanças de qualquer ordem, que modificam o contexto no
qual estamos. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007)
De acordo com estes autores, este comportamento é extremamente importante para
entendermos como aprendemos coisas, e como construímos até mesmo, nossa própria
personalidade. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007)
Todo o comportamento que emitimos gera consequências no ambiente e essas
consequências influenciam futuramente nossos comportamentos, fazendo com que eles se
repitam frequentemente ou não, ou simplesmente deixem de serem emitidos. (MOREIRA e
MEDEIROS, 2007) Sendo assim, compreendemos que, o comportamento pode ser de certa
forma, controlado pelas suas consequências.
Ao buscar a relação entre os comportamentos respondentes e o ambiente, devemos
levar em consideração suas características, sendo estas: limiar, magnitude da resposta,
intensidade do estímulo, duração da resposta e a latência entre a apresentação do estimulo e a
ocorrência da resposta. LEONARDI e NICO (2012) referem-se ao limiar como a intensidade
mínima de um estímulo para que a resposta seja gerada. Magnitude corresponde a
abrangência da resposta. Duração corresponde ao tempo em que a resposta se estende e
Latência corresponde ao intervalo de tempo entre a apresentação do estímulo e a resposta.
Ainda falando de comportamento operante podemos abranger as chamadas classes de
respostas. As Classes de respostas representa um grupo de respostas apresentadas de
diferentes formas, mas que produzem sempre uma mesma consequência quando se trata da
relação de interação com o ambiente.
Borges e Cassas (2012) descrevem classes de respostas como “população de
respostas” que são provocadas por uma mesma classe de estímulos antecedentes e que geram
uma mesma classe de respostas de objetivos identicos.
Pessôa e Velasco (2012) darão o exemplo da resposta de piscar devido a um cisco que
caiu no olho. O importante não é saber que simplesmente que o cisco eliciou o
comportamento de piscar o olho, mas sim de entender que o contato de objetos com os olhos
eliciam a resposta de piscar. Os objetos que no contato com o olho produzem o piscar poderão
ser considerados uma classe des estímulos eliciadores, desta forma poderemos prever que
sempre que um estímulo desta classe ocorrer, a classe de resposta de piscar também ocorrerá.
Apesar do exemplo se tratar de um comportamento respondente, a classe de resposta será
usada sempre para explicar uma classe de respostas opertantes.
Meyer (2001) propõe que:
Para identificar a classe de respostas mais abrangente e significativa, às vezes é
necessário prestar atenção prestar atenção às características físicas (topográficas) do
comportamento, às vezes é necessário identificar funções comuns que
comportamentos aparentemente diferentes possuem, outras vezes a indicação mais
forte aparece pela regularidade das condições antecedentes, e na maioria das vezes
percorre-se as varias formas de tentar definir o comportamento com o qual já se está
lidando. (MAYER, 2001, p. 31)

O comportamento é um processo que ocorre em determinado tempo e espaço, com


interações que derivam em modificações de comportamento devido as consequências,
podendo, portanto gerar diferentes tipos de interação com diferentes tipos de classes de
comportamento, dependendo desta relação entre indivíduo e ambiente. Caracterizando,
portanto o comportamento como uma variável dependente e em função de variáveis externas,
portanto o comportamento torna-se parte da interação não podendo ser a própria interação.
(TODOROV, 2012)
Desta forma, o conceito operante aproxima-se da probabilidade que isto ocorra, pois
quando dizemos que determinado operante participa do repertório de alguém, estamos
afirmando simplesmente que essa pessoa tem alta probabilidade de se comportar desta
maneira, ou seja, quando realizados determinado comportamento em relação a uma pessoa já
temos consciência de uma seria de classe de respostas de que esta pessoa pode apresentar
como comportamento. (TODOROV, 2012)
Vimos então que, os comportamentos podem ser respondentes ou operantes, isto é,
inatos ou aprendidos. Veremos agora que eles poderão ser observados em dois contextos
diferentes, o público e o privado, o que os diferenciam é somente o número de pessoas que
poderão observá-los.
O comportamento para Skinner pode ser dividido entre dois tipos: públicos e privados,
compreendendo os estímulos antecedentes, as respostas e as consequências. Portanto quando
podem ser observado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo são caracterizadas como um
evento público, ao ponto de que quando podem ser observados apenas por aqueles que
realizam o comportamento trata-se de um evento privado. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007.
P. 218).
Quando falamos estímulos encobertos devemos relaciona-los com os comportamentos
de nível interno com mudanças em sensações ou percepções ou externo com alterações no
ambiente, esta relação torna-se muito presente principalmente em terapias, segundo DELITTI:
Os comportamentos encobertos são atividades de um organismo. Sonhar, pensar,
sentir, intuir são comportamentos e como tais não precisam nem devem ser
considerados como eventos mentais ou cognitivos. Considerá-los como mentais ou
mesmo de uma natureza diferente dos comportamentos observáveis pressuporia a
crença em uma mente ou psique, o que não faz parte da proposta do behaviorismo
radical. (DELITTI, 1993, p. 41)

Em um processo de terapêutico, por exemplo, o terapeuta deve desenvolver condições


ao cliente de descriminar estas contingências, tornando se um observador a seus próprios
comportamentos, podendo então tomar consciência de que em alguns momentos será possível
alterar seu comportamento ou mesmo ampliar seu repertório. (DELITTI,1993)
Os comportamentos encobertos dos clientes não podem ser observados ou acessados
diretamente. É a partir de inúmeras formas de comportamento aberto que o terapeuta
vai "interpretar" os possíveis encobertos e fazer a análise das contingências.
Naturalmente, a interpretação por parte do terapeuta corre sempre o risco de ser
incorreta ou sofrer viéses. Por isso, é sempre necessário discutir com o cliente se
aquilo que o terapeuta compreendeu ou concluiu corresponde ao que ele pretendeu
expressar. (DELITTI, 1993, p. 43).

Portanto a tarefa da utilização dos encobertos dentro do processo terapêutico de


análise do comportamento está em criar condições ao cliente de entrar em contato com as
contingências que permeiam sua vida, para que consiga de uma maneira mais eficaz manter o
controle sobre si mesmo e não gerar contingências que frequentemente não são identificadas.
Podemos compreender, portanto que encobertos como sonhos, fantasias ou sentimentos
mostram-se cada vez mais eficaz para a realização deste processo de conhecimento no
processo terapêutico, além de se mostrar muito eficiente para quem o utiliza, por ser uma
fonte de conhecimento que utiliza apenas do próprio paciente e que deve ser trabalhada pelo
terapeuta (DELITTI, 1993)
Vimos anteriormente, na discussão sobre comportamento operante que as
consequências aumentam ou diminuem a probabilidade de um comportamento voltar a
ocorrer. Esta diferença é dada a partir do reforço e extinção.
Quando o comportamento é fortalecido a partir das suas consequências ele é chamado
de reforço. Deste modo se um indivíduo que sente fome emitir um comportamento, e perceber
que este lhe possibilitou comida, haverá mais chances de que ele volte a emiti-lo em outro
momento que sentir com fome. (SKINNER, 1974, p. 38).
Skinner (1998, p. 81) considerará dois tipos de eventos reforçadores, os que
acrescentam algo ao ambiente, chamados reforçadores positivos, e os que retiram algo do
ambiente, chamados reforços negativos. Nos dois tipos há uma consequência em comum,
tanto retirando quanto acrescentando algo ao ambiente as chances do comportamento voltar a
ocorrer aumentam.
O esquema de reforçamento ocorre a partir de duas diferentes formas, sendo eles
esquema de reforço contínuo e esquemas de reforçamento intermitente.
No esquema de reforçamento contínuo todas as respostas são reforçadas assim que
emitidas. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p. 117).
Para ilustramos melhor, pensemos em um exemplo, sempre que um garoto chama uma garota
em chat on-line ela responde rapidamente. O reforço para que ele continue a chama-la é
contínuo.
Já o reforço intermitente não acontecerá posterior a todas as respostas, mas apenas em
algumas delas. (MOREIRA e MEDEIROS, p. 118), partindo do mesmo exemplo,
consideramos que esta garota responderá apenas algumas vezes em que o garoto a chama-la
no chat.
De acordo com Moreira e Medeiros, (2007, p. 123) o reforço contínuo é o mais
indicado para a apreensão de novos comportamentos, o motivo é simples, quando estamos
aprendendo algo novo, temos maior necessidade de que sermos reforçados neste momento.
Por este motivo, reforçamos continuamente o rato com liberação de água, todas as vezes que
ele emite o comportamento de pressão à barra.
Ludin (1980, p. 106), porém, dirá que o esquema de reforçamento contínuo é
facilmente aplicado no laboratório, entretanto no cotidiano é quase impossível reforçar
incessantemente a mesma resposta de um determinado indivíduo.
Em contra partida a isso, o esquema que torna o reforço mais resistente é o reforço
intermitente, isto porque neste caso, as respostas são reforçadas em apena algumas das vezes
em que ocorre, tornando mais difícil a relação de diferenciação entre reforçamento
intermitente e o não reforçamento com objetivo de extinção. (MOREIRA e MEDEIROS,
2007, p. 123) Os indivíduos tornam-se mais perseverante na espera do reforço, demorando
mais tempo para extinguir de vez suas emissões de respostas.
Falaremos mais detalhadamente sobre aspectos específicos e importantes de serem
considerados no reforço negativo. Há dois comportamentos que são sustentados pelo reforço
negativo, os comportamentos de fuga e esquiva. (MOREIRA E MEDEIROS, 2007) A classe
que opera para controlar estes comportamentos é chamada aversiva. (LUNDIN. 1977). Para
Ludin (1977) falamos de comportamento de fuga quando a resposta é intensificada a partir da
retirada de algum estímulo do ambiente. E Em outras palavras, quando existe um estímulo
aversivo no ambiente e emitimos como resposta um comportamento que retire este estímulo
aversivo, estamos falando de um comportamento de fuga. (MOREIRA E MEDEIROS, 2007).
Um exemplo é quando estamos em determinado lugar e vemos uma pessoa que não
gostamos, ou que achamos desagradável, a pessoa se aproxima para iniciar um diálogo, mas
damos uma desculpa qualquer para finalizar logo o assunto, logo a desculpa “esfarrapada”
retira o estímulo aversivo (ter de ficar conversando), o que exemplifica um comportamento de
fuga.
Já a classe de comportamento chamada Esquiva pode ser pensada quando o estímulo
aversivo ainda não está no ambiente, sendo assim, a esquiva se caracteriza uma resposta
antecipada, preventiva, que faça com que o estímulo aversivo seja anulado ou ao menos
adiado. (MOREIRA E MEDEIROS, 2007).
Para ilustrar essa classe de comportamento podemos pensar em uma garota que se
sente envergonhada ao passar “desarrumada” na frente da casa do garoto pelo qual está
apaixonada, pois teme que ele a veja assim. O comportamento de mudar de caminho sempre
que estiver desarrumada para que ele não a veja, trata-se de um comportamento de esquiva,
pois evita previamente o estímulo aversivo (garoto vê-la desarrumada) e reforça o
comportamento de mudar o caminho sempre que não estiver se sentindo bem arrumada.
Portanto, uma estratégia interessante de diferenciar os dois tipos de comportamento
consiste em considerar a esquiva como uma prevenção, e a fuga como uma
remediação, considerando-se que “prevenir e melhor do que remediar”, emitimos
mais comportamentos de esquiva do que de fuga (MOREIRA E MEDEIROS, p. 67,
2007)

Finalizando a discussão sobre reforço é importante acentuar que, os reforçadores


mudam de sujeito para sujeito, o que pode ser reforçador para uma pessoa pode não
reproduzir reforço algum para outra. (SKINNER, 1998, p. 83). Isto nos leva a pensar que a
depender da história de vida, dos traços singulares que cada sujeito vai adquirindo em suas
vivências, vão se constituindo eventos mais ou menos reforçadores para o mesmo.
Recapitularemos agora o processo de punição. Ao inverso do reforço, a punição
diminui a probabilidade de que determinado comportamento volte a ser emitido, neste caso a
partir de consequências desagradáveis. Assim como ocorre no reforçamento, haverá também
dois tipos de punição, positiva e negativa.
A distinção entre punição positiva e punição negativa incide na mesma distinção
feita com relação ao reforço (positivo ou negativo): se um estímulo é acrescentado
ou subtraído. Tanto a punição positiva como a punição negativa diminuem a
probabilidade de o comportamento ocorrer.” (MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p.
70)

A Punição será positiva quando o comportamento acrescentar um estímulo que reduz a


possibilidade do comportamento voltar a ocorrer. (MOREIRA E MEDEIROS 2007). Os
principais exemplos que conhecemos deste caso são as surras, advertências no transito, entre
outras. Quando dirigimos em alta velocidade e recebemos uma multa por isso, entendemos
que, a multa foi um estímulo aversivo colocado na situação, que tem o objetivo de punir o ato
de dirigir em alta velocidade.
Já na punição negativa, é retirado um estímulo que reforce determinada resposta, o que
também torna a resposta menos possível posteriormente. (MOREIRA E MEDEIROS, 2007).
Se a punição negativa se trata de uma punição por remoção podemos citar como exemplo uma
mãe que retira do filho o videogame, como forma punitiva de um comportamento mal criado.
Moreira e Medeiros (2007) ainda pontuarão que não existe um estímulo naturalmente
punidor, torna-se punitivo quando se percebe que ele reduz a probabilidade de um
comportamento acontecer.
A punição quando aplicada intensamente tende a funcionar mais do que punições mais
brandas, a punição aplicada logo depois do ato terá resposta mais eficaz e a resposta punida
frequentemente também refletirá em resultados mais eficazes do que quando aplicada
ocasionalmente. (LUNDIN, 1977)
Porém Lundin (1977) pontuará que o mais importante de consideramos quando
falamos de punição é o fato de que, a punição terá efeito sempre temporário, isto é, assim que
retiramos a punição do contexto o comportamento extinguido anteriormente volta a ser
emitido. Ele não é integralmente eficaz. No exemplo da multa de trânsito, por exemplo, o
motorista só deixará de dirigir em alta velocidade na presença de estímulo punitivo, se não há
guardas ou radares por perto, ele voltará a emitir o comportamento perigoso. Skinner (1998)
entenderá que em longo prazo, a punição será prejudicial tanto para elemento punido quanto
para elemento punidor, pois será gerador de emoções negativas como fugir, retrucar, gerar
ansiedade, etc.
Demos alguns exemplos acima, sobre o que é e como podem ser realizados esquemas
que reforcem determinado comportamento no ambiente. Iremos agora descorrer sobre sua
possibilidade de extinção. Para Whaley e Malott (1980, p. 42) a extinção do comportamento
trata-se da diminuição gradativa de frequência de uma determinada resposta, até o momento
em que ela volte a ocorrer na mesma frequência em que ocorria quando o comportamento não
era condicionado. O tempo necessário até que ocorra a extinção de um determinado
comportamento varia e é nomeado como resistência à extinção.
Afirmamos que, quanto mais tempo (ou maior número de vezes) o comportamento
continua a ser emitido sem ser reforçado, maior será a resistência à sua extinção.
Quanto menos tempo (ou menor número de vezes) o comportamento continua sendo
emitido sem ser reforçado, menor será a resistência à sua extinção. (MOREIRA e
MEDEIROS, 2007, p. 67).

Outro aspecto que pode interferir na extinção de um comportamento é os critérios que


foram utilizados para estabelecer o reforço, chamado de esquema de reforçamento, já citado
anteriormente. O esquema de reforçamento seria basicamente um modo preciso programado a
partir de determinado número de respostas, ou determinado intervalo de tempo entre emissão
de respostas que determinarão o momento de reforçá-las. (WHALEY e MALOTT, 1980, p.
106)
Falamos sobre várias formas de estabelecer ou extinguir um comportamento,
falaremos agora sobre a importância dos antecedentes que viabilizam ou não estes
comportamentos. Os indivíduos conseguem no decorrer de suas vidas além de apreensão de
novos comportamentos, aprender também em que situações seus comportamentos serão
reforçados, dando a entender que o contexto a partir de seus estímulos possui grande
influência na produção de comportamentos (MOREIRA e MEDEIROS, p.137).
Os estímulos discriminativos (SDs) tem correlação com contextos antecedentes a
resposta que fará com que ela seja reforçada enquanto estímulos delta (S∆) trata-se de uma
condição que não reforçará uma determinada resposta depois que ocorrida. (RODRIGUES e
RIBEIRO, 2005, p.33)
É partir destes dois conceitos que conseguiremos fazer a discrimação de estímulos.
“A discriminação de estímulos, ou seja, responder de forma diferente a estímulos
diferentes é estabelecido por meio do treino discriminativo, que consiste em reforçar
um determinado comportamento na presença do SD e extingui-lo na presença do
SA. Após o estabelecimento do controle do comportamento por um determinado
estímulo, aqueles semelhantes ao estímulo discriminativo podem passar a controlar
o comportamento do organismo sem que novos treinos discriminativos sejam
realizados. Esse fenômeno é conhecido como generalização de estímulos operante.”
(MOREIRA e MEDEIROS, p.137)

Segundo os autores, a partir destas colocações, a análise do comportamento passará a


ser a contingência tríplice (O - R -► C) = estímulos antecedentes, resposta e estímulo
consequente. (MOREIRA e MEDEIROS, p.138)
Se por um lado, a partir de condições pré-estabelecidas fazemos discriminações de
estímulos, respondendo de forma diferente em cada um deles, por outro o que pode ocorrer é
a generalização estímulos. Isto ocorre quando o sujeito responde de forma igual a estímulos
diferentes. (WHALEY e MALOTT 1980, p. 188)
Este é o caso do famoso pequeno Albert, que teve seu medo condicionado por Watson
e Reynor. Albert foi condicionado a eliciar a resposta de medo na presença de um rato,
entretanto, logo depois, sem que houvesse nenhum tipo de treino, Albert passou a sentir medo
de qualquer objeto que lembrasse o rato assustador, entre estes coelhos, cassacos de peles,
entre outros (LUNDIN, 1977, p.127)
Para Keller e Schoenfeld (1950/1968, p. 133-134) apud Abreu-Rodrigues e Ribeiro
(2005, p.140) existe uma relação entre o processo de discriminação e generalização.
Na discriminação a probabilidade de uma resposta aumenta na presença de
determinado estímulo e diminuí na presença de estímulos diferentes. Já a generalização surge
de um fraco controle de estímulos, onde a probabilidade de respost será similar na presença
de qualquer estímulo. (SKINNER, 1953/1998 apud ABREU-RODRIGUES e RIBEIRO,
2005, p.140).
As operações estabelecedoras também se tratam de um tipo de antecedente. Abreu-
Rodrigues e Ribeiro (2005) dirão que para um estímulo funcionar como reforçador é preciso
considerar outros eventos presentes no ambiente que colabore com sua eficácia, que motive-
os. Keller e Schoenfeld (1950/1974 apud ABREU-RODRIGUES e RIBEIRO, 2005)
introduzirão o conceito de Operação estabelecedora, considerando que está seja uma variável
independente que pode ser controlada em analises experimental.
Para a operação estabelecedora funcionar como motivação terá de ser possível
executar algumas operações no sujeito, como por exemplo a privação de alimento, de forma
que o efeito seja uma mudança momentânea do valor de um evento como reforçador e uma
mudança da frequência de qualquer evento que venha depois do evento reforçador. ( ABREU-
RODRIGUES e RIBEIRO, 2005).
Para estas autoras esta operação estabelecedora estará ligada com a eficácia do reforço
ou da punição que ela conseguirá produzir no comportamento em questão. (ABREU-
RODRIGUES e RIBEIRO, 2005).
Outro fator que influencia na emissão do comportamento são as regras.
“O comportamento governado por regras é antecedido por um estímulo verbal
que descreve as contingências de reforço; este estímulo tem função
discriminativa quando está presente no ambiente imediato e torna-se um estímulo
alterador de função quando há uma separação temporal entre o enunciado da
regra e o surgimento do estímulo descrito pela regra e a subsequente emissão
do comportamento. Uma regra com a função de operação estabelecedora é um
evento que altera a efetividade de uma consequência e evoca o comportamento
que produz esta consequência” (ALBUQUERQUE, 2001 apud REIS, TEIXEIRA e
PARACAMPO, 2005).

Para entendermos melhores, podemos fazer um paralelo entre comportamento


controlado por contingências e comportamentos controlados por regras. O comportamento
controlado por regra nunca estará sobre controle de consequências instantâneas, enquanto que
os comportamentos controlados por contingências nunca estarão sobre influência de regras,
sejam elas comunicadas do falante para o ouvinte, seja elaborada pelo próprio ouvinte.
(ALBUQUERQUE e PARACAMPO, 2006 apud ALBUQUERQUE, REIS e PARACAMPO,
2010).
As auto-regras podem ser caracterizadas como descrições de contingências ditas pelo
próprio sujeito, elaboradas de acordo com as contingências de reforço das quais teve contato,
criando assim relação de controle com as respostas posteriores, ou também quando a regra é
enunciada por um falante que o indivíduo confia muito, esta regra pode vir a ter função de
auto-regra do próprio sujeito. É importante lembrar que nas duas formas, as auto-regras nem
sempre vão descrever verdadeiramente as contingências que estão em vigor. (REIS,
TEIXEIRA. PARACAMPO, 2005)
Vimos até então, uma imensidão de conceitos construídos pelo Behaviorismo, ciência
do comportamento humano na tentativa de entender e explicar comportamentos. Esta vasta
teoria culmina em uma maneira específica de entender e trabalhar o comportamento, uma
determinada técnica que servirá de instrumento de análise no trabalho de psicólogos analistas
do comportamento e funcionará como conhecimento base para suas intervenções e práticas
profissionais. Neste sentido, falaremos um pouco sobre a Avaliação Comportamental.
Oliveira et al. (2005) falará sobre o objetivo da avaliação clínica na análise comportamental,
segundo a autora, o objetivo da avaliação é identificar as variáveis responsáveis por manter e
controlar comportamentos “problemáticos” ou indesejáveis, compreender a função destes
comportamentos e propor previamente comportamentos futuros.
Godoy (1996 apud OLIVEIRA et al., 2005) propõe uma discussão de avaliação
comportamental caracterizando em três fases, sendo elas, seleção e descrição detalhada do
comportamento-problema, a escolhas das técnicas e das intervenções escolhidas pelo analista
para serem aplicadas no comportamento em questão, e a terceira, as consequências, isto é, os
resultados que estas intervenções geraram no comportamento selecionado.
Como comportamento-problema podemos pensar em qualquer comportamento que
seja indesejável pelo indivíduo, isto é, que lhe cause algum tipo sofrimento. Em muitos
momentos da vida gostaríamos de mudar algumas “condutas ruins” de pessoas das quais
gostamos, porém nem sempre sabemos quais consequências são responsáveis pelo
reforçamento de determinadas condutas. Caso saibamos poderemos mudar a consequência e
observar se a conduta muda juntamente a ela. Chamaremos isto de análise de Contingências,
isto é, identificar um comportamento indesejado e as suas consequências, alterar as
consequências e observar se há mudança do comportamento. (MOREIRA E MEDEIROS,
2007).
Em outras palavras, uma contingência comportamental é definida como
uma regra que especifica uma relação condicional entre uma pessoa e suas
consequências. (Millenson, 1967) E é muitas vezes enunciada com afirmações do
tipo se..., então... Ou ainda, contingência se refere a relações de dependência entre
eventos: entre a resposta e o reforço no operante; entre antecedente, resposta e
consequente, no operante discriminado; entre uma condição (ou estímulo modelo) e
um antecedente e a resposta e a consequência, em uma discriminação condicional;
entre uma resposta, um intervalo de tempo e a consequência, em uma contingência
de atraso de reforço. Operantes complexos envolvem múltiplas contingências
operando em diferentes combinações, simultânea e/ou sucessivamente. (SOUZA,
1995 apud MEYER, 2001)
Como citado acima, assim que identificado e descrito o comportamento problema,
partiremos para a segunda a fase da avaliação comportamental, a escolha das técnicas que
serão aplicadas ao comportamento.
Uma das principais técnicas (porém não única) a serem utilizadas neste processo é a
análise funcional. Análise Funcional trata-se de um instrumento usado por qualquer analista
do comportamento. Ele possui objetivo de identificar contingências que operam ou que já
operaram no passado, em determinado comportamento. Além de observar contingências já
estabelecidas, o analista poderá criar ou modificar as relações de contingências no intuito de
desenvolver novos comportamentos, assim como modificar sua frequência, reduzir ou
eliminar completamente um dado comportamento. (SOUZA, 1995 apud MEYER, 2001)
Segundo Meyer (2001, p. 30) “Mudanças de comportamento só se dão quando
ocorrem mudanças de contingências. Por isso a análise funcional é fundamental sempre que o
objetivo seja o de predição ou controle do comportamento”.
Neste processo faz-se extremamente importante a história do indivíduo para que seja
possível entender o comportamento que ele está apresentando no momento atual, já que o
estímulo torna-se discriminativo porque houve uma história importante para seu
condicionamento. Do mesmo modo que a maioria dos estímulos reforçadores não são
universais e sim constituídos a partir da aprendizagem. (MEYER, 2001).
Meyer (2001) chama atenção ainda para as condições econômicas e sociais em que o
indivíduo se encontra. Estas questões não são consideradas no modelo de tríplice
contingência, mas tem grande relevância para a análise do comportamento.
Procuramos decorrer nestas linhas sobre diversos conceitos da Teoria
Comportamental, desde seus princípios com Skinner no Behaviorismo Radical até
posicionamentos incorporados posteriormente na praxe da atuação de profissionais de
Psicologia frente a análise do comportamento.
Referências

ALBUQUERQUE, Luiz Carlos de; PARACAMPO, Carla Cristina Paiva. Análise do


controle por regras. Psicol. USP , São Paulo, v. 21, n. 2, p. 253-273, Junho de
2010. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
65642010000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 26 de março de 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65642010000200004.

CAMPOS, Carolina Rosa; TAKANO, Tatiana de Cassia. Avaliação Psicologica:


Diferenciada a populações específicas. São Paulo: Vetor Editora, 2014.

DELITTI, Maly. O uso de encobertos na terapia comportamental. 1993. vol.1 Disponível


em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X1993000200006>. Acesso em: 26 mar. 2017.

DOS REIS, Adriana Alcântara; TEIXEIRA, Eveny da Rocha; PARACAMPO, Carla Cristina
Paiva. Auto-regras como variáveis facilitadoras na emissão de comportamentos
autocontrolados: o exemplo do comportamento alimentar.Interação em Psicologia,
Curitiba, out. 2005. ISSN 1981-8076. Disponível em:
<http://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/3286/2630>. Acesso em: 26 mar. 2017.
doi:http://dx.doi.org/10.5380/psi.v9i1.3286.

LEONARDI, Jan Luiz; NICO, Yara. Comportamento respondente. In: BORGES, Nicodemos
Batista; CASSAS, Fernando Albregard. Clínica Analítico Comportamental: aspectos
teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap. 1. p. 18-23. Disponível em:
<file:///C:/Users/PC/Downloads/Clinica_analitico-comportamental_-_aspec.pdf>. Acesso em:
25 mar. 2017.

LUNDIN, Robert W.. Personalidade: Uma análise do Comportamento. 2. ed. São Paulo:
E.p.u, 1977. 557 p.

MEYER, Sonia Beatriz. O conceito de análise funcional. In: M.DELITTI. Sobre


comportamento e cognição: a prática da análise do comportamento e da terapia cognitivo-
comportamental. vol.2 Santo André: Esetec, 2001. p. 29-34.
MOREIRA, Marcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios Básicos de Análise
do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. .

OLIVEIRA, Katya Luciane de et al . O psicólogo comportamental e a utilização de


técnicas e instrumentos psicológicos. Psicol. estud., Maringá , v. 10, n. 1, p. 127-135,
Apr. 2005 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722005000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 27 Mar. 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722005000100015.

PESSÔA, Candido V. B. B.; VELASCO, Saulo. Comportamento Operante. In: BORGES,


Nicodemos Batista; CASSAS, Fernando Albregard. Clínica Analítico
Comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap. 2. p. 24-
31. Disponível em: <file:///C:/Users/PC/Downloads/Clinica_analitico-comportamental_-
_aspec.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2017.

RODRIGUES, Josele Abreu; RIBEIRO, Michela Rodrigues. Análise do


Comportamento: Pesquisa, Teoria e Aplicação. Porto Alegre: Artmed, 2005. 304 p.

SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano. 2ª ed. São Paulo: EDART, 1974

SKINNER, B.F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1974.

TODOROV, João Claudio. Perspectivas em Análise do Comportamento. 2012. Vol.3.


Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-
35482012000100004>. Acesso em: 26 mar. 2017.

WHALEY, Donal L.; MALOTT, Richard W.. Princípios Elementares do


Comportamento. 7. ed. São Paulo: E.p.u, 1980. 246

S-ar putea să vă placă și