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Curso: Psicologia
Com uma melhor compreensão sobre como surge o Behaviorismo Radical, falaremos
a partir de agora sobre conceitos elaborados ou adquiridos na construção teórica do
Behaviorismo e subsequente de que forma estes aspectos metodológicos podem embasar a
análise do comportamento e contribuir para este campo de conhecimento. Podemos começar
este levantamento considerando dois tipos comportamentos, o responde e o operante.
Leonardi e Nico (2012 APUD CATANIA, 1999; SKINNER, 1938/1991, 1953/1965)
descreverão o comportamento respondente como uma relação onde um estímulo específico
produz uma determinada resposta no organismo físico, desde que este enteja sadio. A autora
dirá que o comportamento responde não se trata nem do estímulo, nem somente da resposta,
mas da interação que se dá entre estes dois fenômenos, que serão representados pelo esquema
S-R. Dizemos que o comportamento respondente elicia a resposta, e pode ser caracterizado
quando na relação entre S-R a resposta tem possibilidade próxima a 100% de acontecer
quando o estímulo específico se encontra presente, e próximo a 0% quando está ausente.
(CATANIA, 1999 APUD LEONARDO E NICO, 2012)
Skinner (1998) dará alguns exemplos destes comportamentos, como a contração das
pupilas em contato com os raios de sol, ou mesmo a salivação no momento em que ingerimos
suco de limão. Para Skinner (1998) apesar dos comportamentos reflexos representarem uma
pequena parte dos inúmeros comportamentos possíveis, já que a maior parte dos
comportamentos emitidos não se trata deste controle primário, eles são de extrema
importância para se compreender o comportamento humano, e seria um erro descarta-los.
Os comportamentos respondentes, serão na maioria das vezes de uma ordem
fisiológicas, orgânica. Porém a maioria das questões complexas que envolvem a vida humana
em sua prática tem origem em outro comportamento. Para entende-lo é importante considerar
que quando emitimos comportamentos geramos consequências que retornam ao organismo,
tornando maior a possibilidades de que o comportamento volte a ocorrer. (SKINNER, 1998)
Pensemos agora sobre este outro modelo de comportamento, o operante. O
Comportamento operante é responsável por gerar consequências no ambiente.
Essas consequências são mudanças de qualquer ordem, que modificam o contexto no
qual estamos. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007)
De acordo com estes autores, este comportamento é extremamente importante para
entendermos como aprendemos coisas, e como construímos até mesmo, nossa própria
personalidade. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007)
Todo o comportamento que emitimos gera consequências no ambiente e essas
consequências influenciam futuramente nossos comportamentos, fazendo com que eles se
repitam frequentemente ou não, ou simplesmente deixem de serem emitidos. (MOREIRA e
MEDEIROS, 2007) Sendo assim, compreendemos que, o comportamento pode ser de certa
forma, controlado pelas suas consequências.
Ao buscar a relação entre os comportamentos respondentes e o ambiente, devemos
levar em consideração suas características, sendo estas: limiar, magnitude da resposta,
intensidade do estímulo, duração da resposta e a latência entre a apresentação do estimulo e a
ocorrência da resposta. LEONARDI e NICO (2012) referem-se ao limiar como a intensidade
mínima de um estímulo para que a resposta seja gerada. Magnitude corresponde a
abrangência da resposta. Duração corresponde ao tempo em que a resposta se estende e
Latência corresponde ao intervalo de tempo entre a apresentação do estímulo e a resposta.
Ainda falando de comportamento operante podemos abranger as chamadas classes de
respostas. As Classes de respostas representa um grupo de respostas apresentadas de
diferentes formas, mas que produzem sempre uma mesma consequência quando se trata da
relação de interação com o ambiente.
Borges e Cassas (2012) descrevem classes de respostas como “população de
respostas” que são provocadas por uma mesma classe de estímulos antecedentes e que geram
uma mesma classe de respostas de objetivos identicos.
Pessôa e Velasco (2012) darão o exemplo da resposta de piscar devido a um cisco que
caiu no olho. O importante não é saber que simplesmente que o cisco eliciou o
comportamento de piscar o olho, mas sim de entender que o contato de objetos com os olhos
eliciam a resposta de piscar. Os objetos que no contato com o olho produzem o piscar poderão
ser considerados uma classe des estímulos eliciadores, desta forma poderemos prever que
sempre que um estímulo desta classe ocorrer, a classe de resposta de piscar também ocorrerá.
Apesar do exemplo se tratar de um comportamento respondente, a classe de resposta será
usada sempre para explicar uma classe de respostas opertantes.
Meyer (2001) propõe que:
Para identificar a classe de respostas mais abrangente e significativa, às vezes é
necessário prestar atenção prestar atenção às características físicas (topográficas) do
comportamento, às vezes é necessário identificar funções comuns que
comportamentos aparentemente diferentes possuem, outras vezes a indicação mais
forte aparece pela regularidade das condições antecedentes, e na maioria das vezes
percorre-se as varias formas de tentar definir o comportamento com o qual já se está
lidando. (MAYER, 2001, p. 31)
DOS REIS, Adriana Alcântara; TEIXEIRA, Eveny da Rocha; PARACAMPO, Carla Cristina
Paiva. Auto-regras como variáveis facilitadoras na emissão de comportamentos
autocontrolados: o exemplo do comportamento alimentar.Interação em Psicologia,
Curitiba, out. 2005. ISSN 1981-8076. Disponível em:
<http://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/3286/2630>. Acesso em: 26 mar. 2017.
doi:http://dx.doi.org/10.5380/psi.v9i1.3286.
LEONARDI, Jan Luiz; NICO, Yara. Comportamento respondente. In: BORGES, Nicodemos
Batista; CASSAS, Fernando Albregard. Clínica Analítico Comportamental: aspectos
teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap. 1. p. 18-23. Disponível em:
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LUNDIN, Robert W.. Personalidade: Uma análise do Comportamento. 2. ed. São Paulo:
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