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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO EAD

CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

POLIANA DA SILVA SANTOS

A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E


INTERVENÇÃO PROFISSIONAL

BRUMADO - BA
2015
POLIANA DA SILVA SANTOS

A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E


INTERVENÇÃO PROFISSIONAL.

Eeeeee

Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as
disciplinas Fundamentos Históricos, Teóricos e
Metodológicos do Serviço Social III, Fundamentos das
Políticas Sociais e Políticas Sociais, Administração e
Planejamento em Serviço Social e Ética Profissional em
Serviço Social.

Profs. Danillo Brito, Maria Lucimar Pereira, Rosane


Malvezzi e Clarice Kernkamp.
Tutora Eletrônica: Viviane de Jesus Galvan
Tutora de Sala: Joselita Silva Leite

BRUMADO
2015
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
2.1 Questão Social, a partir do contexto capitalismo monopolista..........................4
2.2 Histórico da Construção das Políticas Sociais e os fatores Políticos,
Econômicos e Sociais que influenciaram neste processo até 1988.............................6
2.3 Relação entre Questão Social e Políticas Sociais, instituída numa perspectiva
histórica como instrumento técnico, científico e administrativo, pensada e articulada
por grupo de técnicos burocratas especialistas, até os dias atuais se configurando
em Direitos Sociais a partir da CF1988........................................................................8
3 CONCLUSÃO......................................................................................................10
REFERÊNCIAS...........................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho, tem o objetivo de explicar como as políticas


sociais se estruturam mediante a questão social e intervenção profissional.
Portanto, este trabalho consiste em abordar uma relação entre a
questão social, as políticas sociais e o serviço social na fase do capitalismo
monopolista.
Irá tratar dos principais aspectos que desencadearam no surgimento
da questão social no capitalismo monopolista, o surgimento das políticas sociais
com o intuito de intervir nas refrações da questão social por meio do serviço social.
Está organizado em seis laudas. A primeira e segunda lauda vai
conceituar a questão social, a partir do contexto do capitalismo monopolista;
A terceira e quarta lauda traz o histórico das políticas sociais e os
fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram o período até o ano de
1988;
A quinta e sexta lauda faz uma relação entre a questão social, as
políticas sociais, instituída numa perspectiva histórica como instrumento técnico,
científico e administrativo pensada e articulada por grupo de técnicos burocratas
especialistas, até os dias atuais se configurando direitos sociais a partir da
Constituição Federal de 1988.
A metodologia utilizada para elaboração do trabalho foi pesquisa
bibliográfica.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A QUESTÃO SOCIAL A PARTIR DO CONTEXTO DO CAPITALISMO


MONOPOLISTA.

Questão social é o conjunto das expressões que definem


as desigualdades da sociedade. Surgiu no século XIX, na Europa, com o objetivo de
exigir a formulação de políticas sociais em benefício da classe operária, que
estavam em pobreza crescente. O pauperismo constitui uma das primeiras
expressões da denominada questão social, intimamente vinculado ao antagonismo
de classes no capitalismo manifesto na desigualdade social.
As condições econômico-sociais e políticas para o surgimento da
questão social estão diretamente relacionadas ao grande desenvolvimento das
forças produtivas, que com o processo de urbanização e industrialização no século
XIX, as máquinas foram incorporadas ao processo produtivo, desencadeando uma
nova dinâmica industrial, objetivando a substituição do trabalhador por máquinas,
equipamentos e instalações, dando origem ao empobrecimento da classe operária.
Sendo assim, os trabalhadores tomam a iniciativa de reagir as condições de vida
geradas a partir do pauperismo, organizando-se como classe em torno de interesses
comuns.
Em relação ao papel do Estado na produção capitalista em sua fase
monopolista, vale ressaltar que é no processo de desenvolvimento do capitalismo
que são criadas as reais condições para o surgimento do capitalismo monopolista.
Nesse estágio, o Estado é forçado a intervir na economia com o objetivo de
abrandar a estagnação e sua intervenção na questão social, cuja função engloba os
julgamentos diante dos conflitos gerados nas relações de trabalho.
O Estado Social, que tem como marco o Welfare State, terá
múltiplas funções, tornando-se também permeável as demandas das classes
trabalhadoras, no que se refere ao atendimento de determinados interesses. Resulta
daí a concessão de direitos sociais, configurados enquanto políticas sociais
tratando-se de mecanismos que ocultam o conflito de ideias entre as classes e
favorecem a reprodução das massas trabalhadoras.
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Como pode-se perceber, o Estado tem papel fundamental na


expansão monopolista, na medida em que além de proporcionar as condições
estruturais para viabilizar esse processo, seja do ponto de vista da infraestrutura
(prioridade na construção de portos, estradas, incentivos fiscais e auxílios
econômicos), seja via superestrutura, a partir de uma cultura que promulga os
valores capitalistas associados ao consumo e a mercantilização que capilarizam-se
em todas as esferas da vida social ou ainda via legislação que protege os
proprietários dos meios de produção. Contudo, é atravessado por lutas de classes,
em que as reivindicações coletivas têm poder de pressão e pautam a
implementação de direitos e políticas públicas que as materializem fazendo com que
o Estado atenda as demandas populares. O desenvolvimento do capitalismo é
impensável sem a ajuda do Estado como mediador, o que não significa dizer que ele
não é atravessado por contradições, como resultado da luta de classes e interesses
antagônicos em disputa, embora seja preciso reconhecer que hegemonicamente
atende aos interesses da classe dominante. Conforme Iamamoto(2004,p.132), a
expansão monopolista “aprofunda as disparidades econômicas, sociais e regionais,
na medida em que favorece a concentração social, regional e racial de renda,
prestígio e poder”. Para tanto, o Estado assume papel decisivo, unificando os
interesses das frações da classe burguesa e como elemento que irradia sua
ideologia, valores e interesses para toda a sociedade (cultura burguesa passada
como cultura geral). Há diferentes formas de interpretar o papel do Estado. Numa
primeira perspectiva é simplesmente considerado um aparelho de dominação de
uma classe sobre a outra, contudo, em razão do reconhecimento da contradição, se
pode afirmar que ele é permeado pelos diferentes interesses da sociedade, mesmo
que em níveis diferenciados e deve, portanto, condensar os interesses coletivos.
A partir da concretização das possibilidades econômicas, sociais e
políticas que surgiram na ordem monopólica, o Estado burguês procura administrar
as sequelas da questão social por meio das políticas sociais, atendendo assim as
demandas da ordem monopólica.
Desta forma, o surgimento das políticas sociais se dá para intervir
nas refrações da questão social e sua concretização é decorrente da luta de classes
e da capacidade de mobilização da classe trabalhadora.
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2.2 HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS E OS FATORES


POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS QUE INFLUENCIARAM NESSE
PERÍODO ATÉ 1988;

O surgimento das primeiras ideias acerca do que se configurou


como sendo políticas sociais esteve ligado ao crescimento do capitalismo, a luta de
classes e ao desenvolvimento da intervenção estatal. Está relacionado com
movimentos de massa socialmente democrata e á formação do Estado-Nação na
Europa Ocidental no final do século XIX, porém sua generalização situa-se na
transição do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista.
É possível destacar dois aspectos importantes em relação as
políticas sociais dentro do viés capitalista – o econômico e o político. No sentido
econômico direciona-se à função do lucro, e está diretamente ligada a redução dos
custos e elevação da produtividade. Já a questão política diz respeito à legitimação
das forças capitalistas, visando a adequação dos trabalhadores ao sistema.
O estudo das políticas sociais vem ampliando sua relevância na
medida que estas têm-se constituído como estratégias fundamentais de
enfrentamento da questão social na sociedade capitalista atual.
No entanto, apesar de sua origem de defesa dos direitos dos
trabalhadores, a política social passou a atender os interesses dos capitalistas, a
transformar os direitos dos trabalhadores em capital privado lucrativo. Funcionais ao
capitalismo, as políticas sociais se transformam em ajuda, em benefícios sociais, em
solidariedade entre as pessoas, em ações governamentais para acabar com as
desigualdades sociais – desigualdades que significam acessos diferenciados aos
serviços e direitos sociais, por exemplo: direito à alimentação, à saúde, ao
saneamento básico, à educação. O Estado coloca como se ele estivesse
preocupado com estas questões, mas, ao mesmo tempo, não as resolve, e só
demonstra preocupação nos discursos.
Faz-se necessário pontuar a importância decisiva do Estado na
reprodução das relações sociais, na sua condição de legislador e de controlador das
forças repressivas. Estes dois “braços” do estado são mutuamente complementares
na tarefa de assegurar o poder e a ordem estabelecida conforme os interesses
dominantes. O Estado, como centro de exercício do poder político, é a via
privilegiada através da qual as diversas frações das classes dominantes, em
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conjunturas históricas específicas, impõem seus interesses de classe ao conjunto da


sociedade, como ilusório interesse geral. Porém, se o poder de Estado exclui as
classes dominadas, não pode desconsiderar totalmente suas necessidades e
interesses como condição mesma de sua legitimação. Assim, o Estado vê-se
obrigado, pelo poder de pressão das classes subalternas, a incorporar alguns de
seus interesses desde que não afetem aqueles da classe capitalista como um todo,
dentro de um pacto de “dominação”. A intervenção do Estado conhecida como
medida de políticas sociais consistia na implantação de assistência social, de
prestação de serviços sociais que contemplava uma diversidade de informações e
ações, como adoção, internamento, reabilitação, consultas médicas, atendimentos
psicossocial, reinserção social. As medidas jurídicas também eram compreendidas
como política social; por exemplo, a proteção do consumidor e a normatividade dos
procedimentos educativos. Além dessas, também eram consideradas medidas de
políticas sociais a construção de equipamentos sociais e de subsídios.
As políticas sociais surgiram como forma de amenização e até
mesmo de enfrentamento, da situação de precariedade de direitos humanos,
existentes em governos autoritários. Portanto, houve a preocupação de inseri-las na
Constituição Federal de 1988, como preconizado em seu art. 3º:

Constituem objetivos fundamentais da república Federativa do Brasil:


I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer formas de discriminação (BRASIL, 1988).

A Constituição Federal, promulgada em 1988, pauta-se em


parâmetros de equidade e direitos sociais universais. Consolidou conquistas, apliou
direitos no campo da Educação, da Saúde, da Assistência Social, da Assistência, da
Previdência Social, do Trabalho, do Lazer, da Maternidade, da Infância, da
Segurança. Definindo direitos dos trabalhadores em geral, da associação
profissional e sindicatos.
Algumas Leis complementares foram regulamentadas a partir da
Constituição de 1988, como a Lei n. 8.069 de 1990 – O estatuto da Criança e do
Adolescente – a Lei n. 8742 de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social.
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2.3 RELAÇÃO ENTRE QUESTÃO SOCIAL E POLÍTICAS SOCIAIS , INSTITUÍDA


NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA COMO INSTRUMENTO TÉCNICO,
CIENTÍFICO E ADMINISTRATIVO PENSADA E ARTICULADA POR GRUPOS
DE TÉCNICOS BUROCRATAS ESPECIALISTAS, ATÉ OS DIAS ATUAIS SE
CONFIGURANDO DIREITOS SOCIAIS A PARTIR DA CF 1988.

A questão social não é um fenômeno recente, ela surge para


explicar o pauperismo ocorrido na Europa Ocidental, especificamente na Inglatera,
no final do século XVIII em meio á Revolução Industrial, na fase do capitalismo. As
manifestações da questão social, expressas pela forte desigualdade, fome,
desemprego, desamparo, miséria, doenças, levaram os trabalhadores a irem para as
ruas lutarem por melhores condições de vida. Mediante a este cenário de lutas, o
Estado passa a intervir por meio das políticas sociais.
A política social, controlada e subordinada pelo Estado, surgiu
prioritariamente para atender á classe trabalhadora, na luta por seus direitos. A
intervenção do Estado por meio das políticas sociais, consistia na implementação de
assistência social, de prestação de serviços sociais, que contemplava uma
diversidade de ações, como adoção, internamento, reabilitação, consultas médicas,
atendimento psicossocial. As medidas jurídicas também eram consideradas políticas
social; por exemplo, a proteção do consumidor e a normatividade de procedimentos
educativos.
Vale ressaltar que a concretização das políticas sociais é decorrente
da luta de classes e da capacidade de mobilização da classe trabalhadora. Dessa
forma, as políticas sociais não se configuram naturalmente do Estado burguês no
período do capitalismo monopolista.

Não dúvidas de que as políticas sociais decorrem fundamentalmente da


capacidade de mobilização da classe operária e do conjunto dos
trabalhadores, a que o Estado, por vezes, responde por antecipações
estratégicas. Entretanto, a dinâmica das políticas sociais está longe de
esgotar-se numa tensão bipolar – segmentos da sociedade demandantes/
Estado burguês no capitalismo monopolista. De fato, elas são resultantes
extremamente complexas de um complicado jogo em que protagonistas e
demandas estão atravessados por contradições, confrontos e conflitos.
(NETTO, 1992, p.29, grifos do autor)

Diante disso, podemos destacar que os desdobramentos


econômicos e sociais da divisão do trabalho colocam às necessidades sociais que
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implicam nas demandas de intervenção social a partir das políticas sociais,


configurando na base sócio-ocupacional do Serviço Social.
Netto (1992) ao analisar a emergência do Serviço Social como
profissão coloca que é na intercorrência do conjunto dos processos econômicos,
sociais e políticos e teórico-social que permite o surgimento do serviço social
enquanto profissão inserida na divisão social (e técnica) do trabalho.
A ordem monopólica cria e funda o Serviço Social enquanto
profissão. O processo de sua instauração, baseia-se nas modalidades de
intervenção do Estado burguês na questão social, tipificada nas políticas sociais.
Estas, por sua vez, além de suas dimensões políticas, também se constituem como
conjuntos de procedimentos técnico-operativos, o que implica na necessidade de
agentes técnicos que não só formulem, mas também implementem políticas sociais.
Desta forma, o serviço social participa da formulação e implementação de políticas
sociais.
É tarefa inerente do serviço Social, compreender a lógica de
formação e desenvolvimento da sociedade capitalista e os impasses colocados
pelos conflitos sociais, tendo como campo de atuação as expressões da questão
social. E nessa perspectiva, o assistente social em seu espaço sócio-ocupacional,
defende a luta pela democracia econômica, política e social, busca a defesa valores
éticos para o coletivo em favor da equidade, defende o direito ao trabalho para
todos, luta pela universalização da seguridade social, com garantia de saúde pública
e previdência para todos os trabalhadores, enfim, luta pela garantia de todos os
direitos assegurados na Constituição Federal de 1988 e na legislação complementar.
Para isso, o assistente social utiliza vários instrumentos de trabalho, como
entrevistas, análises sociais, relatórios, levantamento de recursos,
encaminhamentos, visitas domiciliares, dinâmicas de grupo, pareceres sociais,
contatos institucionais, entre outros.
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3 CONCLUSÃO

Sabe-se que a questão social foi constituída em torno das


transformações provenientes do processo de urbanização e industrialização,
designando o empobrecimento da classe operária, porém ao mesmo tempo
conscientizou a classe da sua condição de exploração, levando os trabalhadores a
contestar e lutar por seus direitos, dessa forma foi necessário a implementação de
políticas sociais que assegurasse os direitos do proletariado, surgindo assim o
serviço social como profissão com o intuito de defender e assegurar os direitos da
classe.
O serviço social defende a luta pela democracia econômica, política
e social, busca a defesa valores éticos para o coletivo em favor da equidade,
defende o direito ao trabalho para todos, luta pela universalização da seguridade
social, com garantia de saúde pública e previdência para todos os trabalhadores,
enfim, luta pela garantia de todos os direitos assegurados na Constituição Federal
de 1988 e na legislação complementar.
É importante ressaltar que a Constituição Federal de 1988 foi um
marco de maior amplitude, tanto em possibilidades de ampliação de acesso quanto
em tipos de benefícios sociais. Ela foi o resultado das lutas sociais pela cidadania e
pela democracia. Um desses exemplos pode ser observado através da Política de
Assistência Social, que só então passou a compor o tripé da seguridade social, o
que lhe conferiu caráter de política de proteção social articulada a outras políticas,
destinada a garantir mínimos sociais, sob a responsabilidade do Estado.
Conclui-se que foram significativas as conquistas alcançadas no
campo dos direitos sociais e grandes os avanços que a Constituição trouxe no
campo da defesa dos direitos e da cidadania, mas muito há de se fazer para
garantir a efetividade dos direitos inscritos nessa constituição.
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REFERÊNCIAS

ROSSI, Cristina; JESUS, Sirlei Fortes de. Políticas Sociais I: Serviço Social. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2009.

FREITAS, Maria Raquel Lino de Freitas. Desenvolvimento e Políticas Sociais no Brasil


Considerações Sobre as Tendências de Universalização e de Focalização. Disponível em:
http://cac-
php.unioeste.br/projetos/gpps/midia/seminario2/trabalhos/economia/meco10.pdf

NETTO, J.P. A construção do projeto ético-político do Serviço Social frente a crise


contemporânea. Disponível em: http://www.cpihts.com/PDF03/jose%20paulo%20netto.pdf

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