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2.1. OBJETIVOS
✓ Rentabilidade.
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DIREÇÃO FINANCEIRA
Pensemos, por exemplo, em uma empresa que quer vender colchões de látex no Japão.
Em princípio, parece um bom negócio, mas, evidentemente, em um estudo do mercado
japonês seria visto como um fracasso, porque no Japão geralmente dorme-se em um
futon no chão.
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A análise e interpretação das contas anuais através de certas técnicas pode facilitar a
detecção de pontos fracos e pontos fortes na estrutura econômica-financeira da
empresa. É importante ter em mente que este estudo das demonstrações financeiras
da empresa, por si só, não tem sentido se não for realizado com o apoio do
conhecimento do negócio e da realidade qualitativa da empresa e do ambiente
circundante, já que é necessário analisar a informação obtida a partir da perspectiva de
cada empresa e em cada momento. Não pode ser igual a análise de uma empresa de
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criação recente que a análise de uma que tem uma antiguidade considerável. Outro
fator a ser considerado é o tipo de produto ou serviço que oferece.
A situação de uma empresa pode ser analisada a partir de um ponto de vista estático ou
de um ponto de vista dinâmico. O ponto de vista estático é aquele que não tem em
consideração o tempo, portanto, faz um estudo em um determinado momento. Por
outro lado, o ponto de vista dinâmico inclui uma variável temporal.
Ponto de vista estático: é aquele que não considera o tempo, portanto, faz um estudo
em um certo momento, fixo. Geralmente, compara-se a empresa com outra do setor
que serve como referência (habitualmente a empresa líder do mercado). Por exemplo,
este tipo de estudos se realizam muito frequentemente no setor dos derivados lácteos
(iogurtes), onde há claramente uma empresa dominante e umas empresas
“seguidoras”.
Podem realizar-se:
▪ Análise dinâmica:
▪ Análise estática:
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▪ Liquidez:
Entende-se como a capacidade da empresa para lidar com a sua dívida a curto
prazo. Mede, portanto, a distância à suspensão de pagamentos. Um dos
primeiros aspetos a considerar para analisar a liquidez da empresa é o cálculo do
capital de giro, que é obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo
circulante.
▪ Capital de giro:
Para calcular o capital de giro temos duas fórmulas que podemos aplicar:
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É evidente que, se o capital de giro é o que nos resta depois de tratarmos das nossas
dívidas e obrigações a curto prazo, deve ser sempre positivo.
Se o ativo circulante fosse menor do que o passivo circulante, isso significaria que nossas
dívidas a curto prazo são maiores do que os recursos que temos para satisfazê-las, e isso
seria perigoso.
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a) Existências: são os ativos que a empresa tem para serem vendidos no decurso
normal da exploração, no processo de produção ou na forma de materiais ou
fornecimentos para serem consumidos no processo de produção ou na prestação
de serviços. Estão incluídas as mercadorias, matérias-primas, aprovisionamentos
diversos, produtos em andamento, parcialmente terminados e completamente
terminados, etc.
A estrutura ideal do ativo circulante deve ser aquela em que o disponível e o realizável
sejam (mais ou menos) igual ao passivo circulante, porque se a maioria do ativo
circulante fossem as existências e não se vendem (por exemplo, por causa de uma crise
econômica), finalmente apenas poderíamos contar com o realizável e o disponível. E se
ambos sumados fossem uma quantidade muito menor do que as dívidas pendentes, não
haveria nada a fazer. Ou seja, a empresa seria incapaz de enfrentar os seus pagamentos
mais imediatos.
Assim, para que o capital de giro seja realmente óptimo, além de ser positivo, deveria
dispor de umas partes realizável e disponível suficientemente elevadas para poder lidar
com dívidas a curto prazo.
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Se o que queremos é ver em que situação está uma empresa da concorrência ou uma
empresa-cliente, além de fazer esta análise simples do seu ativo circulante, poderíamos
também comparar seu balanço como o de outras empresas semelhantes ou com a
média do setor. Assim, podemos ter uma ideia mais completa de se o balanço que
estamos vendo ajusta-se ou não a aquilo que deveria ser habitual.
▪ Solvência:
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prazo da dívida e dos recursos com que conta para enfrentar tais obrigações, ou
seja, uma relação entre o que uma empresa tem e o que deve. Pode-se dizer que
a solvência mede a distância da empresa à falência.
A solvência não deve ser confundida com a liquidez, uma vez que esta se limita
à capacidade da entidade para obter recursos líquidos através da sua exploração
(dependendo fortemente da gestão da tesouraria), enquanto que a solvência
pode ser alcançada com recursos não líquidos, desde que tenham um apoio
adequado para liquidar as dívidas. Assim, qualquer empresa que apresente uma
boa liquidez, é solvente, enquanto que não acontece o mesmo na direção oposta,
ou seja, uma empresa pode ser solvente, mas não gerar liquidez.
TOTAL 75 TOTAL 75
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Resultado Operacional 20
Resultado Financeiro 3
Impostos 8
A solvência será medida pela relação entre o ativo total e as dívidas (tanto a longo prazo
como a curto prazo) da empresa, no que é conhecido como rácio de solvência.
SOLVÊNCIA DA EMPRESA = =
▪ Patrimônio Líquido:
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Constitui a parte residual dos ativos da empresa, uma vez que todos os seus
passivos são deduzidos. Estaria constituído pelo capital social da empresa, mais os
resultados dos anos anteriores, além do resultado periódico (para mais
informações consulte o anexo no.9 -Patrimônio Líquido).
▪ Análise gráfica:
▪ Cálculo percentual:
Exemplo:
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▪ Análise de desvios:
Ano n
O desvio de uma dotação contábil é a diferença que surge entre o valor orçado e o valor
que finalmente resulta (para mais informações consulte o anexo no.7 - Desvios).
▪ Análise de rácios:
Uma rácio é uma proporção por quociente entre duas magnitudes, cujo valor
fornece mais informação ou é mais significativo do que a de cada uma das
magnitudes analisadas de forma separada. As rácios permitem, além de
aprofundar na análise, comparar e homogeneizar as informações. Por exemplo, as
vendas de um mês e por número de vendedores.
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Como acabamos de ver, um rácio é uma relação entre duas magnitudes. Esta relação
proporciona uma visão aproximada do aspeto da empresa examinada por meio de um
coeficiente que indica a relação numérica entre dois "valores" de magnitudes
econômico-financeiras da conta de perdas e ganhos ou do balanço. Pode expressar-se
em forma quociente ou de percentagem.
Mostram a capacidade da empresa de pagar as obrigações que tem durante o seu ciclo
de funcionamento (salários, compras de existências, etc.) Estes índices comunicam, de
forma mais ou menos "estrita", a capacidade da empresa de lidar com a sua dívida a
curto prazo. Em suma, estes indicadores mostram a distância da empresa à suspensão
dos pagamentos. Podemos distinguir os seguintes rácios de liquidez:
Liquidez geral =
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Neste caso, somente estão incluídos os ativos circulantes que a empresa pode converter
rapidamente em líquido.
Este rácio de liquidez estrita ou imediata, também conhecida como acid test, indica a
capacidade da empresa para lidar com suas dívidas a curto prazo, excluindo a
valorização das suas existências. É um rácio mais rigoroso do que o da liquidez geral,
uma vez que exclui-se do numerador o valor contábil dos armazéns.
O rácio de liquidez geral, por definição, é sempre maior do que o acid test.
▪ Rácio de tesouraria
Este índice mostra a capacidade que tem a empresa de lidar com o seu endividamento
a curto prazo com os ativos mais líquidos, ou seja, com sua tesouraria e os seus ativos
conversíveis em dinheiro de forma rápida e fácil. No exemplo seria:
Rácio de tesouraria == = 3
Estes dois últimos rácios são muito semelhantes, ainda que o acid test é mais preciso.
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A solvência ou garantia pode ser definida como a capacidade da empresa para lidar com
o endividamento, tanto a longo como a curto prazo. Neste sentido, podemos falar do
rácio de solvência como um indicador do equilíbrio financeiro da empresa.
▪ Rácio de solvência
Este rácio indica o número de vezes que os ativos da empresa “suportariam” as dívidas.
Normalmente, o valor deste quociente deve ser, logicamente, maior do que 1, porque
senão poderíamos falar de falência da sociedade. No nosso exemplo:
Rácio de solvência = = = 3
▪ Rácio de autonomia
Rácio de autonomia =
Estes dois rácios indicam o peso relativo do capital próprio e do capital alheio fundos
dentro da estrutura de financiamento da empresa e dão uma primeira ideia do risco
financeiro que a empresa tem. Se temos mais dívidas, teremos mais riscos. Logicamente,
se a relação de autonomia representa um 45% da responsabilidade, a taxa de utilização
da dívida deverá ser de um 55%.
No nosso exemplo:
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▪ Rácio de endividamento
Rácio financeiro que mede a relação entre o montante do capital próprio da empresa
em relação às dívidas que mantém, tanto a longo como a curto prazo.
Rácio de endividamento =
Entendendo por capital próprio o chamado patrimônio líquido e como dívida total, a
soma dos chamados passivos circulantes e não circulantes.
Por outro lado, o ideal é que o passivo circulante esteja abaixo de 50% do patrimônio
líquido, de modo que o rácio de endividamento a curto prazo seja pelo menos inferior a
0,5.
2.4. A RENTABILIDADE
Do ponto de vista econômico, o objetivo de uma empresa é obter uma utilização ótima
dos recursos com os quais conta, ou o que é o mesmo, a rentabilidade máxima dos
capitais investidos.
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▪ Rentabilidade:
Rentabilidade =
▪ Rentabilidade financeira
ROA (%) =
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Relaciona os lucros obtidos pela empresa com seus próprios recursos. Este
indicador mede a eficiência com que a empresa remunera o investimento de
seus sócios e acionistas.
ROE (%) =
x 100 = 33,33%
ROI (%) =
= x
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Mede os recursos gerados pela empresa, sendo um conceito diferente do lucro líquido.
A diferença entre os pagamentos e as cobranças de um período faz com que a tesouraria
final seja maior ou menor que a inicial. Esta variação constitui o fluxo ou movimento
líquido, cuja análise realiza a demonstração dos fluxos de caixa.
Entrada de Tesouraria
75 5 110 75
100
Saídas de Tesouraria
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Em pura lógica, os projetos de investimento que gerem liquidez negativa, ou seja, que
as saídas de caixa sejam maiores do que as entradas, não serão selecionados, e perante
projetos de investimento com uma tesouraria líquida positiva serão selecionados, em
princípio, aqueles que gerem maior liquidez no menor prazo.
A gerência da empresa deve avaliar a sua capacidade de gerar meios líquidos, bem como
a data em que se realizam e o grau de certeza que produzem. Estas variáveis são
fundamentais para determinar a liquidez e a solvência da empresa.
Em muitas ocasiões, as informações históricas sobre os fluxos passados são usadas como
um indicador da quantidade, momento da aparição e certeza dos fluxos no futuro.
Também é importante fazer uma análise para verificar a exatidão das estimativas
anteriores sobre os fluxos futuros, assim como para determinar a relação entre
rentabilidade, fluxos líquidos e influência de variáveis externas. Por exemplo, o preço da
habitação e extensões nos prazos de devolução, etc.
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