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MANUAL

PARA ELABORAÇÃO E REVISÃO


DE QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO
Versão atualizada e revisada 2017
VP ACADÊMICA - KROTON
CURADORIA DE CONTEÚDOS
DIRETORIA DE AVALIAÇÃO ACADÊMICA
DIRETORIA DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
APRESENTAÇÃO
Estruturamos este Manual como um guia de elaboração de questões objetivas e discursivas
(abertas, dissertativas).
Os parâmetros são oriundos dos padrões de elaboração de questões do ENADE, de
princípios e diretrizes constantes no Book da VP Acadêmica – KROTON, das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Superior e de discussões internas das equipes da
Diretoria de Avaliação Acadêmica e Curadoria de Conteúdos, órgãos da VP Acadêmica –
KROTON.
Preocupamo-nos com a criação de um documento de referência objetivo, simples, sintético,
claro e organizado, para que se adeque às demandas de processos eficientes, a que todos
estamos condicionados nos tempos atuais.
Esperamos que você faça uso constante deste Manual para Elaboração de Questões para
Avaliação, percebendo-o como simples e funcional, e agradecemos desde já pelo seu
empenho em segui-lo.
Bom trabalho!
SUMÁRIO

Capítulo 1: PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE QUESTÕES


Roteiro para Elaboração das Questões das Avaliações Interativas
1. Conteúdo
1.1 Linguagem
1.2 Ética
1.3 Processos cognitivos
1.4 Imagens
1.4.1 Ilustrações retiradas de materiais impressos
1.4.2 Ilustrações retiradas de páginas da internet
1.4.3 Ilustrações do clip-art
1.4.4 Ilustrações de autoria própria
Capítulo 2: PARÂMETROS PARA TIPOS DE QUESTÕES OBJETIVAS
2. Estrutura da questão
2.1 Formatação das questões
2.2 Tipos de questões objetivas
2.2.1 Afirmação Incompleta
2.2.2 Asserção-Razão
2.2.3 Associação de Colunas
2.2.4 Lacuna ou Substituição de Termos
2.2.5 Múltipla Escolha Complexa
2.2.6 Múltipla Escolha Simples
2.2.7 Seriação
2.2.8 Verdadeiro (V) ou Falso (F)
Capítulo 3: PARÂMETROS PARA TIPOS DE QUESTÕES DISCURSIVAS
3 Tipos de questões discursivas
3.1 Problema Matemático
3.2 Conceitual
3.3 Processual Sistêmica
3.4 Redação Livre
3.5 Julgamento de Veracidade
3.6 Análise de Valor de Procedimentos
3.7 Posicionamento Crítico à Conduta
Capítulo 4: TAXONOMIA DE BLOOM
4. Taxonomia de Bloom
4.1 Taxonomia dos Objetivos Educacionais de Bloom
4.2 Objetivo da Taxonomia
4.3 Uma visão da Taxonomia de Bloom
4.4 Estrutura do processo cognitivo na Taxonomia de Bloom
4.5 Níveis Cognitivos
4.5.1 Conhecimento
4.5.2 Compreensão
4.5.3 Aplicação
4.5.4 Análise
4.5.5 Síntese
4.5.6 Avaliação
4.6 Check list: Taxonomia de Bloom
Capítulo 1
PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE QUESTÕES
Roteiro para Elaboração das Questões das Avaliações Interativas

Professor,

Você ficou responsável por elaborar questões para as Disciplinas Interativas.


Agradecemos sua parceria e dedicação ao projeto. Trabalharemos juntos ao longo de todo o
processo. Conte sempre conosco!
Serão aceitas somente questões inéditas, de autoria própria, conforme metodologia do
manual de elaboração de questões.
As questões devem ser elaboradas de acordo com o material didático da disciplina que
será enviado para análise, posteriormente. Você terá todo apoio e acompanhamento necessário
da nossa equipe nesse processo.
Esse material foi desenvolvido para orientá-lo a respeito do processo de elaboração de
questões para as disciplinas interativas. Por isso, antes de iniciar a elaboração de questões, leia
atentamente as orientações e os critérios descritos nesse manual.
O professor autor deverá criar e inserir a questão na plataforma. Após inserção, a questão
será liberada para o revisor que, em espaço próprio, redigirá um texto com seu parecer,
afirmando se a questão está aprovada ou se necessita de ajustes de acordo com os parâmetros.
Neste último caso, a questão volta para o elaborador corrigir mediante justificativa do revisor. A
seguir, apresentamos os grupos de parâmetros gerais que servem para criação e revisão de todas
as questões:

 Objetivas.
 Discursivas.

1. Conteúdo

Entende-se como conteúdo um assunto, tópico ou tema tratado nas aulas e nos materiais
didáticos.
 Abrangência - uma questão pode abranger um ou mais conteúdos de um bimestre, de
uma disciplina, de um conjunto semestral de disciplinas ou de um curso.
 Pertinência – os conteúdos contemplados nas questões são determinados por setores
pedagógicos competentes, uma vez que cada questão pode atender a conteúdos
trabalhados apenas em determinado bimestre da disciplina, semestre da disciplina, mais
de uma disciplina ou curso como um todo. Isto depende do objetivo da avaliação.
 Nível de Dificuldade – cada questão é classificada como Fácil, Média ou Difícil pelo
elaborador, com base em sua experiência como avaliador. Ao pensar numa questão
Difícil, o elaborador deve imaginar seus alunos típicos e prever que no máximo 20%
desses alunos a acertariam. Uma questão Fácil seria acertada por cerca de 80% ou mais
dos alunos e uma questão Média seria acertada por cerca de 60% dos alunos. Assim, ao
tratar o(s) conteúdo(s) na questão, desde o início do trabalho, o elaborador deve ter a
intenção de, ao final, poder classificá-la de acordo com um destes níveis.
 Estudo de Caso ou Situação-Problema – toda questão deve apresentar um Estudo de Caso
ou uma Situação-Problema. Entendemos Estudo de Caso como uma representação de
uma investigação de natureza empírica ou a escolha de um ou múltiplos objetos (casos),
geralmente contemporâneos e dentro de um contexto real de vida, que permitam o seu
amplo e detalhado conhecimento. Ele pode incluir abordagens tanto qualitativas quanto
quantitativas. Seu objetivo é proporcionar uma busca circunstanciada de conhecimentos
a respeito de um problema não suficientemente definido, estimulando o
questionamento, o levantamento de hipóteses e o desenvolvimento de teorias (LÜDKE e
ANDRÉ, 1986; GOODE, 1979; STAKE e DEZIN, 2000; YIN, 2001). Situação-Problema é “uma
situação-didática na qual se propõe ao sujeito uma tarefa que ele não pode realizar sem
efetuar uma aprendizagem precisa. E essa aprendizagem, que constitui o verdadeiro
objetivo da situação-problema, se dá ao vencer obstáculos na realização da tarefa”
(MEIRIEU, 1998, p. 192).
 Empregabilidade – a questão possibilita avaliar se o aluno demonstra competências e
habilidades importantes para sua atuação profissional e inserção no mercado de trabalho.
 Taxonomia de Bloom - A Taxonomia de Bloom é um instrumento de classificação que permite
a organização dos processos cognitivos, facilitando o processo de definição e construção das
avaliações. A Taxonomia de Bloom é estruturada em seis níveis de complexidade, sendo eles:
Conhecimento, Compreensão, Aplicação, Análise, Síntese e Avaliação. Os níveis são apresentados
hierarquicamente do mais simples ao mais complexo, isso significa que, para adquirir uma nova
habilidade, o aluno deve ter dominado e adquirido a habilidade do nível anterior. Só após
conhecer um determinado assunto poderá compreendê-lo e aplicá-lo. Aprofunde seus
conhecimentos, analisando o material disponibilizado no arquivo – Taxonomia de Bloom.
(Conferir capítulo 04)

1.1 Linguagem

 Objetividade – tema com apresentação pontual e breve, com vocabulário claro e sem
erudição.
 Concisão – a questão contém as informações imprescindíveis para compreensão e
solução do problema de forma breve.
 Ordem Direta – as frases são escritas seguindo a ordem: sujeito, verbo, complemento.
 Adequação – a questão é adequada ao perfil profissional desejado pelo curso sem
apresentar recurso linguístico que não contribui para a compreensão do tema.
 Simplicidade – as palavras utilizadas são de vocabulário comum e os termos técnicos
usados são os realmente necessários.
 Correção da Linguagem – a questão é escrita com base na norma culta.
 Clareza – todas as informações devem possibilitar compreensão clara e rápida ao que se
pretende comunicar.
 Precisão – a questão não deve ser ambígua e deve remeter para uma resposta apenas.
 Impessoalidade – na formulação da questão não se reproduz a subjetividade do autor, ou
seja, o elaborador não apresenta opiniões e expressões pessoais, fala informal, chavões
nem gírias.
 Adjetivos e Advérbios – a questão não apresenta termos que expressam qualificação
inapropriada (ex.: “essa maravilhosa teoria nos diz que ...” ou advérbios inapropriados
(ex.: “muitíssimas relações se estabelecem entre ...”).
 Regionalismo – não se deve usar terminologias regionais muito específicas,
incompreensíveis em outras regiões, pois as questões devem ter alcance nacional.

1.2 Ética

 Originalidade – questão inédita em todos os sentidos (quando se tratar de pedido por


criação de questão).
 Relevância – tema pertinente à questão e alinhado ao público-alvo.
 Instrumentalização – todas as informaç.es importantes para a resolução da questão
devem ser contempladas no enunciado.
 Transparência – o texto do enunciado deve deixar claro exatamente o que se espera da
resposta.
 Referências – as fontes que fundamentam os textos-base de apoio na formulação das
questões devem ser confiáveis, de autores reconhecidos pela academia. Confira a seguir
algumas orientações:

Modelos de referência
DISSERTAÇÕES E TESES LIVROS
AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Categoria
(Grau e área de concentração) - Instituição, local, ano de apresentação.
Exemplo:
RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 f. Dissertação (Mestrado em
Administração) - Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 1989.
AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição. Local de publicação: Editor,
ano de publicação.
Exemplo:
DINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho. 2. ed. Petrópolis: Vozes,
1987.

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Artigo de revista ou periódico científico
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista (abreviado ou não), local de publicação,
número do volume, número do fascículo, páginas inicial-final, mês e ano.
Exemplo:
ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista
Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979.
ARTIGO DE JORNAL
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, local de publicação, dia, mês e ano. Número ou
título do caderno, seção ou suplemento e páginas inicial e final do artigo.
Exemplo:
OLIVEIRA, W. P. de. Judô: educação física e moral. O Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mar. 1981.
Caderno de esporte, p. 7.

 Regionalismo – a questão não apresenta fatos e usos regionais muito específicos,


desconhecidos em outras regiões, pois as questões devem ter alcance nacional.
 Neutralidade Cultural – o texto-base e a questão não remetem à identificação de grupos
e segmentos ideológicos, tais como: etnia, crenças, político ou qualquer grupo
minoritário.
 Neutralidade Teórica – a questão não privilegia, ou seja, não traz declarações de
preferência por abordagens, autores e teorias específicas em detrimento de outros.
 Referência à Internet – caso haja, textos da Internet são usados após verificação quanto
à originalidade e autoria de fontes reconhecidas, científica ou jornalisticamente, por sua
seriedade e fidelidade aos fatos.

Modelos de referência
Caso os materiais apresentados anteriormente sejam retirados de páginas da internet, deve-
se inserir após a referência o link específico e a data de acesso, conforme exemplo:
VIDAL, Eloísa Maia; MAIA, José E. Bessa. Introdução à educação a distância. São Paulo: RDS Editora,
2010. Disponível em: <http://www.fe.unb.br/ catedraunescoead/ areas/menu/ publicacoes/ livro s-
deinteresse- na-area-de-tics-na-educacao/introducao-aeducacao- a-distancia>. Acesso em: 6 ago.
2014.

BLOGS E SITES EM GERAL


Com autoria
NOME DO AUTOR. Título da publicação. Nome do site/blog. Data (caso não haja data de publicação,
desconsiderar a informação desse e realizar a citação com a data de acesso). Disponível em: <inserir
link para acesso>. Acesso em: inserir a data de acesso (dia, mês e ano).
Exemplo:
CHRISPIM, Luana. Blog educação na conexão futura: ensino e novas tecnologias. Blog educação. 04
ago. 2014. Disponível em: <http://www. blogeducacao.org.br/2014/08/blog-educacao-no-conexao-
futura-ensino-enovas-tecnologias/>. Acesso em: 4 ago. 2014.
PARA ENTIDADES: IBGE, BIREME, CEBRAE, EMBRAPA, FENAME, IBICT...

SIGLA - NOME DA ENTIDADE. Título da publicação. Cidade, Data.


Exemplo:
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico: resultados preliminares - São
Paulo. Rio de Janeiro, 1982.

(Caso não haja data de publicação, desconsiderar a informação do campo data e realizar a citação
com a data de acesso). Disponível em: <inserir link para acesso>. Acesso em: inserir a data de acesso
(dia, mês e ano).
Exemplo:
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010: Resultados
Preliminares da Amostra. Disponível em: <http://www.ibge.gov.
br/home/estatistica/populacao/censo2010/ resultados_
preliminares_amostra/notas_resultados_preliminares_amostra.pdf>. Acesso em: 12 maio 2014.

LEIS
PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto, número, data (dia, mês e ano). Ementa. Dados
da publicação. Disponível em: <inserir link específico para acesso>. Acesso em: inserir a data
de acesso (dia, mês e ano).

Exemplo:
BRASIL. Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regula o processo administrativo no âmbito
da Administração Pública Federal. Brasília, DF, 1999. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm>. Acesso em: 4 ago. 2014.

SEM AUTORIA
TÍTULO da publicação (somente a primeira palavra em caixa alta). Nome do site/blog. Data
(caso não haja data de publicação, desconsiderar a informação desse campo e realizar a
citação com a data de acesso). Disponível em: <inserir link para acesso>. Acesso em: inserir
a data de acesso (dia, mês e ano).

Exemplo:
8 DICAS para escolher seu curso em educação a distância. Educação-adistância.com.
Disponível em: <http://www.educacao-a-distancia.com/8-dicas-para-escolher-seu-curso-
em-educacao-a-distancia/#.U9_U4PldWvE>. Acesso em: 4 ago. 2014.
 Tratamento Social – a questão não qualifica pejorativamente, mesmo de forma fictícia,
pessoas públicas.
 Propaganda – a questão não pode remeter a uma ideia comercial fazendo alusão a algum
produto ou fazer apologia a um programa de governo municipal, estadual ou federal.

1.3 Processos cognitivos

 Memorização – a mera testagem de memorização não pode ser o foco da questão, mas
sim o aprendizado consciente, a demonstração clara de compreensão e de capacidade de
interpretação.
 Pistas – a questão não pode ser permeada, ainda que de forma sutil, por expressões que
conduzam à resposta.
 Negativa – não apresenta nas afirmações expressões negativas como simplesmente
“não” ou “in” para se remeter ao argumento falso.
Exemplo, como no caso de afirmativas em questão de múltipla escolha:
a) A teoria de Sartre tem relação com a fenomenologia.
b) A teoria de Sartre não tem relação com a fenomenologia.

1.4 Imagens

 Precisão – a linguagem usada em imagens para descrição de conceitos, elementos e


fenômenos deve ser correta e precisa.
 Interpretação – qualquer imagem – obra de arte, charge, tiras, anúncios ou desenhos –
utilizada não deve remeter o aluno a uma interpretação ambígua.
 Coesão – toda imagem deve ter articulação explícita com o texto-base ou texto do
enunciado.
 Relevância – toda imagem deve contribuir para a resolução do problema e não confundir
o aluno.
 Objetividade – não há Imagens que sirvam apenas para “embelezar”. Toda imagem é
funcional para a solução da questão.
DICAS IMPORTANTES!!!!

AVALIE A PRECISÃO CONCEITUAL DA IMAGEM


Imagens também carregam conceitos, verbais ou não. O elaborador deve avaliar criticamente
textos e significados transmitidos pela imagem, se assegurando de que não passem
significados ou informações distorcidas.

AVALIE SE NÃO HÁ RISCO DE POSSÍVEIS MÚLTIPLAS INTERPRETAÇÕES


Outro cuidado que se deve ter é com a ambiguidade interpretativa nas imagens. A
mensagem que passa deve ser única, sem chances de múltiplas interpretações.

AVALIE SE A IMAGEM É PERTINENTE À QUESTÃO


Imagens devem ter significado intimamente articulado ao enunciado e às alternativas. A
mensagem que passa deve ser única, sem chances de múltiplas interpretações.

AVALIE SE TODAS AS IMAGENS SÃO FUNCIONAIS


Na elaboração da questão devem ser inseridas imagens que contribuam para a resolução do
desafio proposto. Imagens “ornamentais” serão descartadas. Devem ainda ser claras e, caso
tenham conteúdo escrito, que sejam bem legíveis.

ESCOLHA IMAGENS COMPATÍVEIS COM O SISTEMA


As imagens anexadas no sistema devem atender limites de tamanho, resolução e extensão
de arquivo, determinados pela plataforma onde se insere questões.

INSIRA A IMAGEM NO ESPAÇO APROPRIADO, ASSIM COMO A REFERÊNCIA BIBLIGRÁFICA

1.4.1 Ilustrações retiradas de materiais impressos

Inserir a referência completa do material e o número da página de onde a ilustração foi retirada.
Lembre-se que a fonte da imagem é o endereço eletrônico ou lugar de origem da imagem e a
identificação garante direitos de referência ao autor. Exemplo de figura retirada de um livro:

Fonte: SANTOS, Ricardo. Didática. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 20.
1.4.2 Ilustrações retiradas de páginas da internet

Inserir o link que remeta especificamente à imagem e a data de acesso.


Exemplo:

Fonte: Disponível em <http://senalbalondrina.com.br/site/uploads/img/logo-unopar.jpg>.


Acesso em: 20/07/2016.

1.4.3 Ilustrações do clip-art

Inserir “Clip-art” como fonte.


Exemplo:

Fonte: Clip-art

Muita atenção!!! A imagem deve ser legível. Confira a questão como


colunada para garantir a qualidade da questão.
A referência precisa ser inserida logo abaixo da figura.
1.4.4 Ilustrações de autoria própria

Para ilustrações criadas pelo elaborador exclusivamente para serem utilizadas na avaliação,
inserir autor e data. A imagem pode ser criada ou produzida pelo autor da elaboração da questão
e sendo de autoria própria, precisa ser identificada conforme modelo a seguir:

Fonte: Silva, Carlos (2014)

Para ilustrações criadas pelo elaborador e publicadas anteriormente em outros materiais, inserir
a referência completa do material e o número da página de onde a ilustração foi retirada.

Fonte: SILVA, Carlos. Mobilidade urbana para cadeirantes no Brasil. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2012. p. 72.
Capítulo 2
PARÂMETROS PARA TIPOS DE QUESTÕES OBJETIVAS
A seguir, abordamos a estrutura necessária para elaboração da questão e os parâmetros que
servem para criação e revisão de cada tipo de questão objetiva.

2. Estrutura da questão

Texto Base

Enunciado

Alternativas

Resolução Comentada

Texto base – tema função de introduzir o tema e auxiliar o aluno na resolução da questão.
 O texto-base deve apresentar a Situação-Problema ou Estudo de Caso que será objeto de
avaliação na questão. O conteúdo do texto-base pode ser verbal ou não verbal, ou seja,
é possível inserir imagens, tabelas, gráficos, esquemas ou experimentos. O texto-base
deverá fornecer informações consistentes para a resolução da questão;
 Sugerimos que sempre que possível sejam inseridas imagens, tabelas ou gráficos, a fim
de incentivarmos nossos estudantes a interpretá-los. É importante lembrar que textos e
figuras devem ser sempre referenciados, de acordo com as Normas da ABNT.
 No texto-base o conteúdo não verbal (imagens, figuras, tabelas, gráficos ou infográficos,
esquemas, quadros, experimentos, entre outros), devem ter a referência inserida logo
abaixo, seja site, livros, revistas ou qualquer outra fonte.
Enunciado – deve conter somente o comando. Seguir o padrão, quando houver.
 É a instrução clara e objetiva da tarefa a ser realizada pelo estudante, ou seja, é o
comando da questão. A questão deve apresentar um enunciado completo, de modo que
não seja uma continuação do texto-base;
 O enunciado deve apresentar uma definição clara da tarefa a ser realizada pelo aluno,
deve ser totalmente coerente com o texto-base e cobrar do aluno uma demonstração do
conhecimento dos conteúdos determinados para aquela questão;
 Os enunciados não devem empregar termos considerados negativos, como: “exceto”,
“falso”, “incorreto”, “não” e “errado”, pois esses termos induzem o aluno ao erro.

Exemplos de ENUNCIADO:

“Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta CORRETA:”

“Nesse contexto e considerando os dados apresentados, assinale a alternativa que apresenta a


afirmativas CORRETAS:”

“Agora, assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA da associação.”

DICA IMPORTANTE!!!
Originalidade – considere a fonte selecionada pelo autor, visto
que muitos autores sinalizam como “autoria própria” ou “domínio
público” textos extraídos da internet ou do material didático. Para
esses textos, colocar fonte de terceiro e citar de acordo com as
normas da ABNT.

Alternativas/Distratores – devem guardar relação com a questão e fazer o aluno refletir sobre o
conteúdo da questão.
 A estrutura e extensão de todas as alternativas deve ser semelhante;
 O texto das alternativas deve ser claro e conciso;
 Todas as alternativas devem expressar hipóteses de raciocínio empregadas na resposta
do Estudo de Caso ou da Situação Problema que foi proposta;
 Não pode haver alternativas similares e/ou idênticas;
 Nas alternativas não pode haver termos, tais como: “pouco”, “nenhum”, “todo”, “às
vezes”, “nunca”, “qualquer”, “apenas”, “somente”, “pode ser”, “pode haver”, “pode
acontecer”, entre outros.

ALTERNATIVAS INCORRETAS!!!
 Aparência – devem ser escritas de modo a ter um aspecto de alternativa correta, porém
incontestavelmente inexatas.
 Plausibilidade – as alternativas erradas devem expressar hipóteses de raciocínio empregadas na
resposta do Estudo de Caso ou da Situação-Problema que foi proposta, estar associadas ao
contexto da questão e poderem ser respostas de um avaliado que não conhece ou não possui as
competências desenvolvidas suficientemente para resolvê-la.
 Erro Cognitivo – estão associadas individualmente a um certo nível de desenvolvimento da
aprendizagem e prevê um educando cujo desenvolvimento insuficiente levaria a um raciocínio
que o faria escolher uma destas alternativas como resposta.
 Qualidade do Erro – alternativas malfeitas, erros absurdos ou evidentes, que levem à alternativa
correta ou conduzam ao erro, não devem ser incluídas.

Resolução comentada – deve justificar a alternativa correta e explicar os distratores. Sugerimos


também que contenha um breve resumo sobre o conteúdo abordado na questão e, se possível,
indique referências bibliográficas para aprofundar o estudo do tema. Na resolução comentada o
autor poderá optar por duas formas de elaboração:
a) Desenvolver a resposta de forma completa, abordando de forma geral e fundamentada a
resolução e tecer um comentário acerca das alternativas no mesmo espaço. Dessa forma,
não é necessário completar a resposta de cada alternativa. Como as questões saem nas
provas de forma alternada, sugerimos que não seja identificada a alternativa na questão.
Evitando conflitos quando houver essa alternância. A outra opção é tecer um comentário
geral e explicitar o porquê da a alternativa estar incorreta, fundamentando com
justificativa cada uma das respostas solicitadas nos campos individuais. Sugerimos
também que contenha um breve resumo sobre o conteúdo abordado na questão e, se
possível, indique referências bibliográficas para aprofundar o estudo do tema. Cada
alternativa deve ser justificada, de maneira que auxilie o aluno a compreender o acerto
ou o engano;
 A redação da Resolução Comentada deve ser coerente e redigida segundo a norma culta
da Língua Portuguesa;
 Não insira, na Resolução Comentada, as letras (a, b, c, d, e) das alternativas, elas podem
ser alternadas conforme edição das provas e isso pode gerar conflito durante as
correções. Nesse sentido, acrescente apenas o comentário ou justificativa no campo
correspondente.
 Para auxiliar no processo de elaboração das questões, inicialmente prepare as questões
em Word. Antes de realizar o cadastro na plataforma Studiare, você deverá revisar as
questões para que problemas como erros de digitação, alternativas idênticas e omissão
de palavras sejam sanados.

2.1 Formatação das questões

Para auxiliar o processo de formação e elaboração das questões sugerimos a utilização do


programa Word com a seguinte formatação:
 Fonte: Calibri
 Tamanho: 10
 Alinhamento: JUSTIFICADO
 Parágrafo: Espaçamento zero e Espaçamento entre linhas: Simples

Com esta formatação, fica mais fácil copiar e colar na plataforma Studiare.
2.2 Tipos de questões objetivas:
2.2.1 Afirmação Incompleta

O professor compõe um enunciado comum a frase incompleta e essa será finalizada pela
alternativa assinalada.

Exemplo de questão 01:

DICAS IMPORTANTES!!!
 Verificar se todas as alternativas completam de maneira correta e coerente a afirmação
proposta no Enunciado;
 Iniciar todas as alternativas com letra minúscula;
 Só deve haver uma única alternativa correta.
Exemplo de questão 02:

2.2.2 Asserção-Razão

Neste tipo de questão há duas proposições (asserções) ligadas pela palavra PORQUE, sendo que
a segunda proposição é causa (razão) da primeira. Cada alternativa de resposta também traz
afirmações sobre a veracidade ou a falsidade das proposições. Na alternativa se encontra ainda
uma afirmação sobre a relação de causalidade entre as proposições, se existe ou não. Assim, este
tipo de questão exige do aluno a habilidade de relacionar causas e consequências e avaliar a
veracidade dos fatos anunciados nas proposições.
Exemplo de questão 01:

DICAS IMPORTANTES!!!
 As asserções devem estar numeradas, usando numeral romano, deve haver o conector entre as
asserções I e II usando a palavra PORQUE e o enunciado: “A respeito dessas asserções, assinale a
alternativa correta”. Confira a seguir o padrão de respostas:

a) as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.


b) as asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c) a asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) a asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) as asserções I e II são proposições falsas.
Exemplo de questão 02:
2.2.3 Associação de Colunas

São questões que pedem por correspondência entre elementos de duas colunas, ou seja, que
possibilitam estabelecimento de relações entre elementos, determinando-se pares.
Exemplo de questão 01:

DICAS IMPORTANTES!!!
 As colunas não substituem o texto-base e devem estar no espaço do texto base;
 O enunciado deve ser: “Assinale a alternativa que contém a sequência correta da associação entre
as colunas”.
2.2.4 Lacuna ou Substituição de Termos

Questões que implicam o preenchimento de lacunas com uma ou mais palavras chaves que
completam corretamente o sentido de afirmações em um texto ou que peçam pela substituição
de palavras de acordo com uma sequência proposta nas alternativas.

Exemplo de questão 01:

DICAS IMPORTANTES!!!

 O enunciado deve ser: “Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas”;


 O ideal é que haja entre 03 e 05 espaços para serem completados;
 Padronizar o tamanho da lacuna em: 12 caracteres (under line);
 Observar que todas as alternativas se encaixam gramaticalmente nas lacunas;
 Verificar se há apenas uma opção que completa corretamente as lacunas;
 Verificar se os termos que foram omitidos são os mais relevantes para aquela afirmação e
conteúdo;
 As afirmações usadas devem ser compreensíveis, ainda que extraídas do material.
Exemplo de questão 02:
2.2.5 Múltipla Escolha Complexa

Questões de Múltipla Escolha Complexa são aquelas que contêm afirmações que remetem ao
tema que está sendo tratado na questão. Cada alternativa traz uma ou mais afirmações que
devem ser avaliadas em sua totalidade, sendo que o aluno deve marcar aquela que apresenta a
afirmação verdadeira ou todas as afirmações verdadeiras. O elaborador deve redigir de três a
cinco afirmações a serem avaliadas pelo aluno.

DICAS IMPORTANTES!!!

 É necessário de 03 a 05 afirmativas;
 As afirmativas não substituem o texto-base e todos os itens devem estar numerados, usando
numeral romano e inseridos no texto base;
 O enunciado deve ser padronizado: “Agora, assinale a alternativa que apresenta a correta: ”

a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.


b) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
e) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
Exemplo de questão 01:
Exemplo de questão 02:
2.2.6 Múltipla Escolha Simples

Nas Questões de Múltipla Escolha Simples o elaborador pode compor o enunciado como uma
frase incompleta a ser finalizada pela alternativa, elaborar uma pergunta cuja resposta completa
está em uma alternativa ou emitir um comando, como por exemplo, “marque a alternativa que
reflete (...)”. Cabe ao aluno demonstrar habilidade para completar um raciocínio ou habilidade
de encontrar uma solução que resolva um problema.
Exemplo de questão 01:
Exemplo de questão 02:
2.2.7 Seriação

A habilidade de organizar em série exige do aluno habilidade de criar relações sequenciais entre
os elementos, de estabelecer organização lógica de eventos e objetos que obedeça a uma
graduação baseada em determinados critérios.
Exemplo de questão 01:

DICAS IMPORTANTES!!!

 Conferir se a sequência da alternativa correta corresponde à série descrita no texto-base;


 Verificar se a questão apresenta um raciocínio sequencial;
 O ideal é que haja entre 04 e 06 itens sequenciais;
 As alternativas devem ter a seguinte formatação: “1–5–3–4–2”.
2.2.8 Verdadeiro (V) ou Falso (F)

Questões que pedem pelo julgamento de três a cinco afirmações como Verdadeiras ou Falsas.
Cada uma das quatro ou cinco alternativas traz uma sequência, da esquerda para a direita, de
três a cinco Vs e/ou Fs (total correspondente ao número de afirmações julgadas). A sequência
correta se refere à ordem de cima para baixo das afirmações.
Exemplo de questão 01:

DICAS IMPORTANTES!!!
 O ideal é que haja entre 03 e 05 afirmativas;
 Verificar se não esqueceu de colocar parênteses antes de cada afirmação com 03 espaços ( );
 O enunciado deve ser padronizado: “Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta”;
 As afirmativas não substituem o texto-base;
 As afirmativas devem estar junto com o texto-base;
 As alternativas devem ter a seguinte formatação: “V – F – V – F – V”.
Capítulo 3
PARÂMETROS PARA TIPOS DE QUESTÕES DISCURSIVAS
A seguir, discorremos sobre os grupos de parâmetros que servem para criação e revisão de todos
os tipos de questões discursivas. Parâmetros para tipos específicos de questões discursivas serão
apresentados mais adiante.

Texto-Base:
 O texto-base deve apresentar a Situação-Problema ou Estudo de Caso que será objeto de
avaliação na questão. O conteúdo do texto-base pode ser verbal ou não verbal, ou seja, é
possível inserir imagens, tabelas, gráficos, esquemas ou experimentos. O texto-base deverá
fornecer informações consistentes para a resolução da questão.
 Toda questão deve estar bem embasada teoricamente. Para construí-la, o elaborador deverá
consultar obras de reconhecida relevância e seriedade acadêmica, podendo extrair ideias ou
ainda fazer citações no texto-base ou no enunciado, desde que as referencie.
 Sugerimos que sempre que possível sejam inseridas imagens, tabelas ou gráficos, a fim de
incentivarmos nossos estudantes a interpretá-los. É importante lembrar que textos e figuras
devem ser sempre referenciados, de acordo com as Normas da ABNT.

Enunciado:
 O enunciado deve apresentar uma definição clara da tarefa a ser realizada pelo aluno, deve
ser totalmente coerente com o texto-base e cobrar do aluno uma demonstração do
conhecimento dos conteúdos determinados para aquela questão;
 Os enunciados não devem empregar termos considerados negativos, como: “exceto”,
“falso”, “incorreto”, “não” e “errado”, pois esses termos induzem o aluno ao erro.

Resolução Comentada
 A resolução comentada deve ser um texto corrido contendo o gabarito (Matriz de
Correção) que será divulgado para os alunos e tutores após a aplicação das avaliações.
 O texto deve ser explicativo e deve ser construído pelo elaborador pensando-se nos
Conteúdos e Desempenho Esperado.
 A redação da resolução comentada deve ser coerente e redigida segundo a norma
culta da língua portuguesa.
3 Tipos de questões discursivas:
3.1 Problema Matemático

A Situação-Problema ou Estudo de Caso apresenta um problema matemático que pede pela


demonstração escrita de capacidade de solução mediante desenvolvimento e conclusão de uma
expressão ou equação.
Problemas matemáticos podem estar presentes em questões relacionadas a todas as áreas do
conhecimento.

Exemplo:
Fonte: Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/
provas/2011/MATEMATICA.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2014.
Em um prédio de 8 andares, 5 pessoas aguardam o elevador no andar
térreo. Considere que elas entrarão no elevador e sairão, de maneira
aleatória, nos andares de 1 a 8. Os procedimentos de assistência a seguir.
Com base nessa situação, faça o que se pede nos itens a seguir,
apresentando o procedimento de cálculo utilizado na sua resolução.
a) calcule a probabilidade de essas pessoas descerem em andares
diferentes.
b) calcule a probabilidade de duas ou mais pessoas descerem em um
mesmo andar.

3.2 Conceitual

A partir da exposição de uma Situação-Problema ou Estudo de Caso, a questão pede pela


definição, esclarecimento e/ou interpretação de termos e/ou conceitos. Normalmente, exige dos
alunos capacidade de abstração e generalização de significados.
Como nosso objetivo maior é verificar a aplicabilidade de soluções à Situação-Problema ou ao
Estudo de Caso (objetivamos desenvolver a empregabilidade do aluno), a questão deve exigir
exemplos demonstrativos de aplicação dos conceitos na compreensão do caso ou na solução do
problema. Não se deve pedir apenas por simples conceituação (“o que é?”; “defina” etc.), uma
vez que isso pode implicar apenas mera recordação de significados estudados, mas sim ir além,
avaliando a aplicabilidade do conceito exigido.
Exemplo:
Fonte: do autor. Fonte: Disponível em: <http://enade.unifra.br/wp-
content/uploads/2012/12/PROVA-CIENCIAS-CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 12 ago. 14.
As vendas de automóveis de passeio e de veículos comerciais leves alcançaram
340 706 unidades em junho de 2012, alta de 18,75%, em relação a junho de
2011, e de 24,18%, em relação a maio de 2012, segundo informou, nesta
terça-feira, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave). Segundo a entidade, este é o melhor mês de junho da história do
setor automobilístico.
Disponível em: <http://br.financas.yahoo.com>. Acesso em: 3 jul. 2012 (adaptado).
Na capital paulista, o trânsito lento se estendeu por 295 km às 19 h e superou
a marca de 293 km, registrada no dia 10 de junho de 2009. Na cidade de São
Paulo, registrou se, na tarde desta sexta-feira, o maior congestionamento da
história, segundo a
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). As 19 h, eram 295 km de trânsito
lento nas vias monitoradas pela empresa. O índice superou o registrado no dia
10 de junho de 2009, quando a CET anotou, às 19 h, 293 km de
congestionamento.
Disponível em: <http://notícias.terra.com.br>. Acesso em: 03 jul. 2012 (adaptado).
O governo brasileiro, diante da crise econômica mundial, decidiu estimular a
venda de automóveis e, para tal, reduziu o imposto sobre produtos
industrializados (IPI). Há, no entanto, paralelamente a essa decisão, a
preocupação constante com o desenvolvimento sustentável, por meio do qual
se busca a promoção de crescimento econômico capaz de incorporar as
dimensões socioambientais.
Considerando que os textos acima têm caráter unicamente motivador, redija
um texto dissertativo sobre sistema de transporte urbano sustentável,
contemplando os seguintes aspectos:
a) Conceito de desenvolvimento sustentável;
b) Conflito entre o estímulo à compra de veículos automotores e a promoção
da sustentabilidade;
c) Ações de fomento ao transporte urbano sustentável no Brasil.

3.3 Processual Sistêmica

Nesse tipo de questão, o elaborador apresenta uma Situação-Problema ou Estudo de Caso onde
há sequência de passos, etapas, procedimentos, eventos etc. (elementos do sistema), e pede
para que o aluno analise e justifique por escrito se a sequência está correta, e/ou se as relações
entre os elementos do sistema fazem sentido, e/ou se o sistema está completo ou incompleto,
e/ou se os elementos propostos são válidos ou não, entre outras possibilidades.
Outra possibilidade é o elaborador requisitar ao aluno uma proposta de solução para uma
Situação-Problema, pela qual o aluno determine uma sequência de passos, etapas,
procedimentos, eventos etc. (elementos do sistema).

Exemplo
Fonte: Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2013/0
4_ ENFERMAGEM.pdf>. Acesso em: 12 ago. 14.
Em um hospital oncológico de um município, na admissão na unidade de
internação, uma paciente com 80 anos de idade foi internada com
ansiedade, por estar há 5 meses com dor limitante da mobilidade no
quadril esquerdo e na perna esquerda, classificada por ela como 10 (em
uma escala de 1 a 10), apesar do uso constante de analgésicos. A paciente
relatou à enfermeira ser mastectomizada e, recentemente, ter realizado
ressonância magnética com resultado positivo para les.es metastáticas do
ísquio esquerdo. Relatou ainda que está suportando a dor por “ter muita
tolerância ao estresse”. No seu relato, a paciente demonstrou sua
preocupação com a dor na perna, pois afeta sua deambulação e ela não
consegue sair da cama com independência para ir ao banheiro durante a
sua internação. Ela prefere andar sozinha, pois não gosta de incomodar
as enfermeiras. Após medicada na unidade, referiu-se à dor (em uma
escala de 1 a 10) como 7 em repouso e 9 ao movimentar-se e disse estar
mais confiante em andar sozinha.
LUNNEY, M. Pensamento Crítico para o alcance de resultados positivos
em saúde. Porto Alegre: Artmed, 2011 (adaptado).
Com base no relato apresentado e na Resolução COFEN Nº 358/2009,
redija um texto dissertativo, definindo um diagnóstico, um resultado e as
intervenções de enfermagem para a paciente mencionada no texto
acima.

3.4 Redação Livre

Questões que pedem por redação livre normalmente apresentam um tema gerador (Situação-
Problema ou Estudo de Caso) capaz de instigar reflexão crítica, argumentação, proposta de
solução e/ou juízo de valor do aluno quanto a determinados fatores ou eventos. Deve deixar claro
o que se espera do aluno em termos de estrutura, ou seja, explicitamente determina que deve
haver minimamente Título, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. O elaborador deve ainda
determinar aspectos específicos a serem tratados pelo aluno devido ao parâmetro da
Transparência, mas sem dar pistas óbvias para a resposta.
Exemplo
Fonte: Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2011/CIENCI
AS% 20SOCIAIS.pdf>. Acesso em: 12 ago. 14.
Não temos nenhuma mística incorporada ao povo; portanto, não tem o nosso
povo — considerado na sua expressão de povo-massa — a consciência clara de
nenhum objetivo nacional a realizar ou a defender, de nenhuma grande tradição
a manter, de nenhum ideal coletivo, de que o Estado seja o órgão necessário à
sua realização. (...). Esse autossentimento e essa clara e perfeita consciência só
serão realizados pela ação lenta e contínua do Estado — um Estado soberano,
incontrastável, centralizado, unitário, capaz de impor-se a todo país pelo
prestígio fascinante de uma grande missão nacional.
VIANNA, O. Problemas de organização e problemas de direção: o povo e o
governo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1952, p. 395 (com adaptações). Oliveira
Vianna foi um dos grandes críticos da incorporação da proposta liberal na
realidade brasileira. Em contraposição, advogou que o autoritarismo seria uma
proposta válida para o país, na qual o povo-massa poderia ser politicamente
integrado pela ação de um Estado corporativo.
Considerando que os textos acima têm caráter motivador, redija um texto
dissertativo sobre a incorporação da proposta liberal na realidade brasileira,
identificando os pontos sobre os quais Oliveira Vianna constrói sua crítica ao
liberalismo e sua proposta de autoritarismo e Estado corporativo.

3.5 Julgamento de Veracidade

Este tipo de questão testa a capacidade do aluno de comparar determinadas afirmações


presentes em Situações-Problema ou Estudos de Caso (expressos por diversos tipos de texto) com
dados obtidos por meio do estudo dos conteúdos concernentes à questão, avaliando a
plausibilidade das afirmações. O aluno deve emitir um juízo de valor das afirmações como falsas
ou verdadeiras, justificando tal juízo na sequência.
3.6 Análise de Valor de Procedimentos

Questões que pedem por análise de valor de procedimentos se aplicam àqueles conteúdos
fundamentais para práticas profissionais explicitadas por Situações-Problema ou Estudos de
Caso, pois entende-se por procedimento uma sequência de ações técnicas operacionais. Neste
caso, o elaborador expõe um texto pelo qual o aluno analise um determinado procedimento
seguido para a solução de um problema hipotético. A partir desta análise, cabe a ele julgar se o
procedimento adotado foi adequado ou não, como um todo, apenas em parte ou em sua
sequência.

3.7 Posicionamento Crítico à Conduta

As Situações-Problema ou Estudos de Caso podem apresentar condutas (comportamentos) de


um determinado profissional em uma situação de trabalho hipotética. Neste tipo de questão,
cabe ao aluno avaliar a conduta do profissional na situação nas dimensões técnicas e éticas,
apresentando por escrito seu julgamento crítico, ou seja, seu julgamento realizado com
argumentação lógica, embasado naturalmente pelos conteúdos estudados.
Capítulo 4
TAXONOMIA DE BLOOM
4. Taxonomia de Bloom

Benjamim Bloom é um autor altamente referenciado no


campo da formulação de objetivos educacionais. Ele era
professor da Universidade de Chicago. Em 1956, Benjamin
Bloom liderou um time de psicólogos educacionais que
desenvolveu uma ferramenta, intitulada Taxonomia, cujo
intuito era classificar os níveis de cognição, considerados
importantes para a aprendizagem. O termo Taxonomia ou
Taxinomia, ou Taxionomia, vêm do grego TAXIS (ordenação)
e NOMOS (sistema). Em relação aos estudos da Taxonomia,
podemos considerar os seguintes itens:
Disponível em:
<http://oaks.nvg.org/taxonomy-
bloom.html>. Acesso em 25 maio 2016.

 Derivou-se de um dos ramos da Biologia que trata da classificação lógica e científica


dos seres vivos;
 A taxonomia inclui não somente um sistema de classificação como também a teoria
e os métodos utilizados para construir um sistema de classificação;
 Não existe uma taxonomia certa ou errada, o que existe é uma taxonomia
organizada a partir de um determinado ponto de vista;
 As taxonomias não são neutras, são construídas a partir das características que
melhor possam servir a um determinado propósito.
 O que importante é que elas sejam: Consistentes, Relevantes e Pertinentes.

O termo Cognição pode ser classificado como o ato ou processo da aquisição do conhecimento,
que se dá através da percepção, da atenção, da associação, da memória, do raciocínio, do juízo
e da imaginação.
4.1 Taxonomia dos Objetivos Educacionais de Bloom

O time de psicólogos, auxiliado por Bloom, desenvolveu um sistema de classificação para três
domínios, sendo eles: o cognitivo, o afetivo e o psicomotor. No domínio cognitivo podem ser
relacionados os objetivos referentes à memória e ao desenvolvimento de capacidades e
habilidades intelectuais. De acordo com os autores, neste domínio, as condutas compreendidas
são realizadas com um maior nível de consciência por parte do aluno e, por isso, são mais fáceis
de serem classificadas (BLOOM et al, 1977 apud NETO; SANTOS; ASSIS, 2012). Dessa forma, com
a finalidade de atender aos parâmetros educacionais, nesse projeto será aplicado apenas os
estudos referentes ao domínio cognitivo.

4.2 Objetivo da Taxonomia

A utilização de uma classificação por meio da Taxonomia, de acordo com Bloom et al (1977 apud
NETO; SANTOS; ASSIS, 2012), permite que seja possível realizar uma análise dos objetivos e das
situações nas quais o conhecimento é aplicado. Dessa maneira, pode-se considerar que o uso
dessa ferramenta serve para classificar os objetivos educacionais e também a avaliação dentro
do processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Bloom et al (1977, p.2 apud NETO;
SANTOS; ASSIS, 2012), “[...] a taxonomia pode auxiliar na especificação de objetivos, a fim de
facilitar o planejamento de experiências de aprendizagem e o preparo de programas de
avaliação”.

O time de psicólogos pontuou que para que fosse possível criar esta ferramenta, seria necessário
a invenção de um quadro de classificação de objetivos, visto que, eles são responsáveis pelo
embasamento da avaliação.
A ideia de se utilizar a Taxonomia de Bloom serviria para facilitar a comunicação, favorecendo a
troca de ideias e materiais entre especialistas em avaliação e todas as pessoas dedicadas à
pesquisa educacional. A Taxonomia contribui para auxiliar os professores na definição daquilo
que eles esperam que os alunos saibam, por meio de uma distribuição hierárquica de
complexidade (BLOOM, 1983 apud PELISSONI, 2009), trazendo a possibilidade de padronização
da linguagem no meio acadêmico e, com isso, também novas discussões ao redor dos assuntos
relacionados à definição de objetivos instrucionais.
BLOOM, B. S.; HASTINGS, J; MANDAUS, G. F Manual de Avaliação formativa e somativa do
aprendizado escolar. São Paulo: Livraria Editora Pioneira, 1983.

4.3 Uma visão da Taxonomia de Bloom

Em meio aos estudos relacionados ao domínio cognitivo, a Taxonomia de Bloom, traz em seu
contexto uma divisão hierárquica de seis níveis, sendo trabalhados em ordem crescente de
complexidade cognitiva, sendo eles: Conhecimento, Compreensão, Aplicação, Análise, Síntese e
Avaliação. Dessa forma, de acordo com Bloom et al (1977 apud NETO; SANTOS; ASSIS, 2012), os
objetivos que forem categorizados dentro de um determinado nível da Taxonomia, se relacionam
a comportamentos pertencentes aos níveis anteriores, ou seja, caso um objetivo tenha sido
classificado como Compreensão, subtende-se que ele já tenha adquirido comportamentos do
nível Conhecimento, dessa forma, os níveis são arranjados sempre em uma hierarquia do menos
para o mais complexo (NETO; SANTOS; ASSIS, 2012). A seguir, os seis níveis cognitivos estão
representados por meio da Pirâmide representativa da Taxonomia de Bloom:
Avaliação
Produção de novos saberes
Síntese

Análise
Julgamento de
saberes já abordados
Aplicação

Compreensão
Apreensão dos
Conhecimento saberes
abordados

4.4 Estrutura do processo cognitivo na Taxonomia de Bloom


AVALIAÇÃO

Validar critérios e padrões qualitativos e quantitativos ou de eficiência e eficácia.


Julgar ideias, procedimentos e promover soluções para certos propósitos.

Combinar elementos e partes, de modo a sintetizar o todo.


SÍNTESE

Identificar ou criar uma nova visão, estrutura ou modelo utilizando conhecimentos e


habilidades previamente adquiridos.
ANÁLISE

Dividir a informação em partes e entender a inter-relação existente entre elas.


Desdobramento de uma comunicação em seus elementos ou partes constituintes.
APLICAÇÃO

Aplicar um conhecimento numa situação inédita para o aluno, que deverá gerar algo novo.
Utilizar informações, métodos, conteúdos aprendidos em novas situações concretas.
COMPREENSÃO

Estabelecer uma conexão entre o novo e o conhecimento previamente adquirido.


Utilizar a informação original e ampliá-la, reduzi-la ou representá-la de outra forma.
CONHECIMENTO

Reconhecer e reproduzir ideias e conteúdos.


Memorizar dados e conteúdos previamente estudados como datas, relatos e teorias.
4.5 Níveis àCognitivos:
Relacionado busca por uma informação relevante.
4.5.1 Conhecimento

O nível Conhecimento classifica os objetivos que exigem do aluno um baixo nível de habilidades
e desenvolvimento cognitivo (NETO; SANTOS; ASSIS, 2012), ou seja, essa dimensão “inclui
comportamentos e situações de verificação, nos quais se salienta a evocação, por recognição ou
memória, de ideias, materiais ou fenômenos” (NICOLINI, 2015). Para Bloom et al (1977, p.27
apud NETO; SANTOS; ASSIS, 2012) o Conhecimento é “[...] fundamental para o alcance de outros
fins ou objetivos educacionais”. Dessa forma, as habilidades envolvidas nesse nível são
fundamentais para o desenvolvimento das habilidades mais complexas. Diante disso, vale
ressaltar que os objetivos que exigem habilidades na dimensão do Conhecimento são muito
relevantes no processo de ensino-aprendizagem.

 O que requer: Processo que requer comportamentos do estudante de evocação,


recognição e memória. Habilidade de lembrar com exatidão informações e conteúdos
previamente abordados como datas, relatos, procedimentos, fórmulas, teorias, regras.
 Verbos de ação do Conhecimento: listar, rotular, nomear, dizer, definir, denominar,
ordenar, reconhecer.

Exemplo de Questão do Nível Conhecimento


Para controlar os gastos de forma eficiente e administrar melhor uma obra na construção
civil, podemos utilizar uma tabela com o percentual de custo de cada etapa conforme exemplo
abaixo. Este tipo de disponibilização de informação oferece uma visão mais clara de quanto
está sendo investido e em quê.
ETAPA VARIAÇÃO DO CUSTO

Projetos e aprovações 5% a 12%

Serviços preliminares 2% a 4%

Fundações 3% a 7%

Estrutura 14% a 22%

Alvenaria 2% a 5%

Cobertura 4% a 8%
Fonte: http://www.ademilar.com.br/blog/construcao-civil/tabela-percentual-gastos-obra/
Para encontrar um valor em porcentagem de um determinado item sobre um montante total
de custo, como por exemplo, o valor da porcentagem da variação de custo mínimo para a etapa
Projetos e Aprovações, que encontrada é igual a 5 % conforme tabela de Variação de custo do
projeto, devemos:

a) multiplicar o valor da quantidade total pelo custo total.


b) dividir o custo do item pelo custo total da obra e multiplicar pela centena.
c) dividir uma centena pelo custo total.
d) multiplicação uma centena pelo custo do item e dividir por um milhão.
e) é o resultante da divisão entre o tempo de projeto pelo custo total da obra.
Alternativa Correta: B

Resolução Comentada (No mínimo 200 caracteres sem espaço):


A porcentagem é a proporção de uma quantidade ou grandeza em relação a uma outra
avaliada sobre a centena. Desta forma podemos resolver esta questão a partir da equação.
Custo total = 100 X = (Custo do item x 100 )/ Custo total
Custo do item = X

4.5.2 Compreensão

Na dimensão da Compreensão (BLOOM et al, 1977 apud NETO; SANTOS; ASSIS, 2012) afirma que
“[...] refere-se àqueles objetivos, comportamentos ou respostas que representam um
entendimento da mensagem literal contida em uma comunicação”. Para alcançar tal
compreensão, o estudante pode modificar mentalmente a comunicação, expressando-a em uma
forma análoga que lhe é mais significativa. Dessa forma, de acordo com Pelissoni (2009), “o aluno
traduz, compreende ou interpreta a informação com base em conhecimento prévio”.

 O que requer: Elaboração (modificação) de um dado ou informação original. O estudante deve


ser capaz de usar uma informação original e ampliá-la, reduzi-la, representá-la de outra forma
(oral, escrita, diagramas etc.) ou prever consequências resultantes da informação original.
 Verbos de ação da COMPREENSÃO: explicar, resumir, descrever, ilustrar, construir, converter,
decodificar, resolver, redefinir, traduzir.
Exemplo de Questão do Nível Compreensão
Para calcularmos valores de decréscimos, descontos, aumentos, acréscimos, diminuição, redução ou
inflação podemos utilizar o fator de multiplicação. O fator de multiplicação é diferente para aumento e
desconto, sempre considerando que deve ser um número decimal.
Considerando-se os valores em porcentagem apresentados abaixo, indique qual das alternativas
corresponde aos mesmos valores na forma de fator de multiplicação utilizados para acréscimos:
A 5%
B 30%
C 0,2%;
D 0,09%
a) A – 5,00; B – 30,00; C – 0,2; D - 0,09
b) A – 0,05; B – 0,30; C – 0,002; D - 0,0009
c) A – 1,50; B – 1,30; C – 1,02; D - 1,009
d) A – 1,05; B – 1,30; C – 1,002; D - 1,0009
e) A – 1,05; B – 1,30; C – 1,02; D - 1,009
Alternativa Correta: D
Resolução Comentada (No mínimo 200 caracteres sem espaço):
A - 5% = 1,05; B - 30% = 1,30; C - 0,2% = 1,002; D - 0,09% = 1,0009
No caso se houver acréscimo no valor, é possível fazer isto diretamente através de uma operação
simples, multiplicando o valor do produto/serviço pelo fator de multiplicação.
Veja: Tenho um produto X, e este terá um acréscimo de 30% sobre o preço normal, devido ao prazo de
pagamento. Então basta multiplicar o valor do mesmo pelo número 1,30. Caso o mesmo produto ao
invés de 30% tenha 20% de acréscimo então o fator multiplicante é 1,20.

4.5.3 Aplicação

A dimensão Aplicação refere-se às situações em que o estudante “deve usar corretamente a


abstração em uma situação na qual ela não estiver de modo algum especificada” (NETO; SANTOS;
ASSIS, 2012), ou seja, a Aplicação só é considerada como tal quando o estudante se depara com
um problema novo. Em meio a um “problema novo para o estudante, ele deve aplicar as
abstrações apropriadas sem que lhe tenha sido sugerido quais são estas abstrações ou sem que
lhe seja ensinado como usá-las naquela situação" (NETO; SANTOS; ASSIS, 2012). De acordo com
Pelissoni (2009), o aluno “seleciona, transfere, e usa dados e princípios para completar um
problema ou tarefa com um mínimo de supervisão”.
 O que requer: Exige habilidade do aluno para usar informações, métodos e conteúdos
apreendidos em novas situações concretas.
 Verbos de ação da APLICAÇÃO: aplicar, alterar, programar, demonstrar, desenvolver,
empregar, resolver, usar, construir.

Exemplo de Questão do Nível Aplicação


Para controlar os gastos e administrar melhor uma obra foi utilizado uma tabela com o percentual de
custo de cada etapa, conforme apresentada abaixo. O auxilio deste tipo de ferramenta pode ajudar na
criação de um plano de controle de gastos conforme definido no cronograma do projeto, ajudando a
adequar o dinheiro disponível ao empreendimento.
ETAPA VARIAÇÃO DO CUSTO

Projetos e aprovações 5% a 12%

Serviços preliminares 2% a 4%

Fundações 3% a 7%

Estrutura 14% a 22%

Alvenaria 2% a 5%

Cobertura 4% a 8%

Instalação hidráulica 7% a 11%

Instalação elétrica 5% a 7%

Impermeabilização/isolamento térmico 2% a 4%

Esquadrias 4% a 10%

Revestimento e acabamentos 15% a 32%

Vidros 1% a 3%

Pintura 4% a 6%

Serviços completares Até 1%


Fonte: http://www.ademilar.com.br/blog/construcao-civil/tabela-percentual-gastos-obra/

Considerando os dados apresentados na tabela em anexo e ainda que o custo total da obra neste
momento está estimado em R$7.350.000,00, calcular o valor referente ao custo da etapa
Revestimentos e acabamentos, na condição de mínimo e máximo custo. Estes valores serão
respectivamente:

a) R$870.000,00 à R$1.670.000,00
b) R$900.000,00 à R$2.296.875,00
c) R$1.102500,00 à R$2.352.000,00
d) R$1.300.000,00 à R$2.400.000,00
e) R$ 2.100.000,00 à R$ 3.200.000,00
Alternativa Correta: C
Resolução Comentada (No mínimo 200 caracteres sem espaço):
(7350000X15)/100 = 1.102500 (7350000X32)/100 = 2.352000
Todo o cálculo de porcentagem, como informado, é baseado no número 100.
O cálculo de tantos por cento de uma expressão matemática ou de um problema a ser resolvido é
indicado pelo símbolo (%), e pode ser feito, na soma, por meio de uma proporção simples.
Para que se possam fazer cálculos com porcentagem (%), temos que fixar o seguinte:
1) A taxa está para porcentagem (acréscimo, desconto, etc), assim como o valor 100 está para a quantia
a ser encontrada.
Exemplificando:
Um título tem desconto 10%, sobre o valor total de R$ 100,00. Qual o valor do título?
30% : R$ 100,00
100% : X
X = R$ 30,00

4.5.4 Análise

A dimensão Análise “focaliza o desdobramento do material em suas partes constitutivas, a


percepção de suas inter-relações e os modos de organização. Orienta-se, também, em relação às
técnicas e instrumentos que se empenham para comunicar o significado ou estabelecer o
resultado final de uma comunicação” (NETO; SANTOS; ASSIS, 2012). De acordo com Pelissoni
(2009), “o aluno distingue, classifica e relaciona pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão”. Nesse ponto é necessário não apenas ter
compreendido o conteúdo, mas também a estrutura do objeto de estudo (FERRAZ; BELHOT,
2010).

 O que requer: Caracteriza-se pelo desdobramento de uma comunicação em seus elementos


ou partes constituintes, de modo que as hierarquias entre as ideias expressas sejam
explicitadas. Esse processo pressupõe identificar os aspectos centrais de uma proposição,
verificar a sua validade e constatar possíveis incongruências lógicas.
 Verbos de ação da ANÁLISE: analisar, categorizar, comparar, separar, classificar, identificar,
distinguir, esquematizar, relacionar.

Exemplo de Questão do Nível Análise


Para controlar os gastos e administrar melhor uma obra foi utilizado uma tabela com o percentual
de custo de cada etapa, conforme apresentada abaixo. O auxilio deste tipo de ferramenta pode
ajudar na criação de um plano de controle de gastos conforme definido no cronograma do projeto,
ajudando a adequar o dinheiro disponível ao empreendimento.
ETAPA VARIAÇÃO DO CUSTO

Projetos e aprovações 5% a 12%

Serviços preliminares 2% a 4%

Fundações 3% a 7%

Estrutura 14% a 22%

Alvenaria 2% a 5%

Cobertura 4% a 8%

Instalação hidráulica 7% a 11%

Instalação elétrica 5% a 7%

Impermeabilização/isolamento térmico 2% a 4%

Esquadrias 4% a 10%

Revestimento e acabamentos 15% a 32%

Vidros 1% a 3%

Pintura 4% a 6%

Serviços completares Até 1%


Fonte: http://www.ademilar.com.br/blog/construcao-civil/tabela-percentual-gastos-obra/

Se é definido que a primeira fase da obra é composta por: Projetos e aprovações; Serviços
preliminares; Fundações; Estrutura; Alvenaria e Cobertura.
Se a previsão do cronograma de custos de projeto prevê que ao finalizar a primeira fase da obra,
deve-se ter um gasto máximo de 45% do custo total previsto para a obra, analise os dados da tabela
e indique entre as alternativas apresentadas qual a melhor opção para que a condição de manter a
obra com status de custo e serviço realizado dentro do previsto.

a) Posso trabalhar com o custo máximo para todos os itens da primeira fase que estarei dentro dos
custos estabelecidos para a primeira fase.
b) Só poderei trabalhar com o custo mínimo, pois se ultrapassar o mínimo de qualquer um dos itens
da primeira fase o custo é ultrapassado.
c) Se conseguirmos trabalhar com os itens Projetos e aprovações e Serviços preliminares no mínimo
custo e os demais itens da primeira fase no máximo custo eu consigo atingir os objetivos de custo.
d) Se conseguirmos trabalhar com o custo médio para todos os itens da fase, poderemos manter o
custo previsto para a primeira fase.
e) Se conseguirmos trabalhar com os itens Alvenaria e Cobertura no mínimo custo e os demais itens
da primeira fase no máximo custo eu consigo atingir o custo previsto para primeira fase.
Alternativa Correta: D
Resolução Comentada:
Se conseguirmos trabalhar com o custo médio para todos os itens da fase, poderemos manter o
custo previsto para a primeira fase. Entre as alternativas apresentadas é a única que mantém a
previsão de custo, pois não ultrapassa os 45% do custo previsto para a primeira fase da obra.
4.5.5 Síntese

A dimensão Síntese busca a "a combinação dos elementos e partes, de modo a formar um todo.
É um processo de trabalhar com elementos, partes (...) e combiná-los para que constituam uma
configuração ou estrutura não claramente percebidas antes” (NETO; SANTOS; ASSIS, 2012). Para
Pelissoni (2009), “o aluno cria, integra e combina ideias num produto, plano ou proposta, novos
para ele” (NETO; SANTOS; ASSIS, 2012). Essa habilidade envolve a produção de uma comunicação
única (tema ou discurso), um plano de operações (propostas de pesquisas) ou um conjunto de
relações abstratas (esquema para classificar informações).

 O que requer: Esse processo pressupõe identificar os aspectos centrais de uma proposição,
verificar a sua validade e constatar possíveis incongruências lógicas.
 Verbos de ação da SÍNTESE: criar, planejar, elaborar, hipóteses, inventar, desenvolver,
explicar, categorizar, conceber, construir.

Exemplo de Questão do Nível Síntese


A elaboração de projetos de investimentos comumente envolve um conjunto de técnicas
que buscam determinar sua viabilidade econômica e financeira, considerando uma
determinada Taxa Mínima de Atratividade. Para tal são utilizados alguns parâmetros que
necessitam ser medidos, como o Payback (prazo de retorno do investimento inicial), a TIR
(Taxa Interna de Retorno) e/ou VPL
(Valor Presente Líquido) entre outros parâmetros.
Com base nos parâmetros disponíveis na planilha-1 estabeleça uma comparação entre o
projeto “A” e o projeto “B” propondo a melhor escolha para se investir.

Assinale a alternativa correta.


a) Investir no projeto que apresenta o maior Payback e o menor Custo do Projeto
b) Investir no projeto que apresenta a menor TIR e o menor Custo do Projeto
c) Investir no projeto que apresenta o menor VPL e o maior Custo do Projeto
d) Investir no projeto que apresenta o menor Payback e a maior TIR.
e) Investir no projeto que apresenta o maior Custo do Projeto e a menor TIR.
4.5.6 Avaliação

A dimensão Avaliação implica no uso de critérios e de padrões que permitem apreciar o grau de
precisão, efetividade, economia ou suficiência de pormenores” (NETO; SANTOS; ASSIS, 2012). De
acordo com Pelissoni (2009), “o aluno aprecia, avalia ou critica com base em padrões e critérios
específicos”. O julgamento é baseado em critérios bem definidos que podem ser externos
(relevância) ou internos (organização) e podem ser fornecidos ou conjuntamente identificados.
Julgar o valor do conhecimento (FERRAZ; BELHOT, 2010).

 O que requer: Julgamento a respeito do valor de ideias, materiais, trabalhos, métodos e


soluções para certos propósitos.
 Verbos de ação da AVALIAÇÃO: julgar, recomendar, criticar, justificar, avaliar, comparar.

Exemplo de Questão do Nível Avaliação


Para controlar os gastos e administrar melhor uma obra foi utilizado uma tabela com o percentual de
custo de cada etapa, conforme apresentada abaixo. O auxilio deste tipo de ferramenta pode ajudar na
criação de um plano de controle de gastos conforme definido no cronograma do projeto, ajudando a
adequar o dinheiro disponível ao empreendimento.
ETAPA VARIAÇÃO DO CUSTO

Projetos e aprovações 5% a 12%

Serviços preliminares 2% a 4%

Fundações 3% a 7%

Estrutura 14% a 22%

Alvenaria 2% a 5%

Cobertura 4% a 8%

Instalação hidráulica 7% a 11%

Instalação elétrica 5% a 7%

Impermeabilização/isolamento térmico 2% a 4%

Esquadrias 4% a 10%

Revestimento e acabamentos 15% a 32%

Vidros 1% a 3%
Pintura 4% a 6%

Serviços completares Até 1%


Fonte: http://www.ademilar.com.br/blog/construcao-civil/tabela-percentual-gastos-obra/

Foi realizada uma pesquisa referente ao preço do vidro em 5 fornecedores diferentes e o resultado é
apresentado na tabela anexa.

Vidro - m²
Estabelecimentos Vidro Temperado 8mm - m²
1 R$ 150,00
2 R$ 157,00
3 R$ 320,00
4 R$ 265,00
5 R$ 240,00
Fonte adaptada: http://www.mercadomineiro.com.br/pesquisa/vidracarias-pesquisa-precos

Avalie as informações apresentadas e responda:

I. Qual a variação dada em porcentagem para o custo do vidro apresentado entre os cinco
fornecedores?
II. Considerando que na obra do exemplo foram utilizados um total de 1100 m2 de vidro, que o
custo total da obra foi de R$7350000,00 e que o fornecedor escolhido para o trabalho devido
a junção de custo e qualidade foi o fornecedor 2, avalie se o custo total de vidro corresponde
ao previsto na Tabela de variação de custo da obra para o item vidro.

Indique qual a alternativas abaixo corresponde as respostas corretas para os itens I e II.
a) 133,3%; Dentro do previsto
b) 103,6%; Fora do previsto
c) 103, 6%; Dentro do previsto
d) 113,3%; Fora do previsto
e) 113,3%; Dentro do previsto
Alternativa Correta: E

Resolução Comentada:
320 – 150 = 170. X =( 170 x 100)/150 = 113,33
Custo Total Vidro = 1100 x 157 = 172700. Custo mínimo Vidro-Obra = 7350000/100 = 73500 = 1% x 3 =
220.500 = 3%. Então o valor está dentro da faixa estimada. (172700 x 100)/ 7350000 = 2,35% , portanto
dentro do especificado.

A porcentagem é um tema matemático recorrente na nossa vida. Está presente em desde promoções,
quando um estabelecimento oferece um percentual de desconto sobre um produto até aos
comunicados do governo informando quanto de um estádio da Copa está pronto. A verdade é que
valores porcentuais estão por todos os lados, por isso é fundamental intender como funciona a
porcentagem, a fim de que compreendamos melhor tudo aquilo que nos cerca.
4.6 Check list: Taxonomia de Bloom

Conhecimento
 Reconhecer e reproduzir ideias, conceitos e conteúdos;
 Lembrar informações e conteúdos previamente estudados como datas (se aplicáveis),
relatos, fórmulas, teorias;
 Verbos: Listar, rotular, nomear, dizer, definir, denominar, ordenar, reconhecer.

Compreensão
 Estabelecer uma conexão entre o conhecimento adquirido e sua reelaboração;
 O aluno deverá ser capaz de usar a informação original e ampliá-la, reduzi-la ou
representá-la de outra forma;
 Verbos: Explicar, resumir, descrever, ilustrar, construir, converter, decodificar, resolver,
redefinir, traduzir.

Aplicação
 Utilizar um procedimento em uma situação específica ou aplicar um conhecimento numa
nova situação;
 Utilizar informações, métodos, conteúdos aprendidos em novas situações concretas;
 Verbos: Explicar, resumir, descrever, ilustrar, construir, converter, decodificar, resolver,
redefinir, traduzir.

Análise
 Dividir a informação em partes e entender a inter-relação existente entre elas;
 Desdobramento de uma comunicação em seus elementos ou partes constituintes;
 Verbos: Analisar, categorizar, comparar, separar, classificar, identificar, distinguir,
esquematizar, relacionar.

Síntese
 Criar uma nova visão, estrutura ou modelo utilizando conhecimentos e habilidades
previamente adquiridos;
 Combinação de elementos e partes, de modo a formar um todo;
 Verbos: Criar, planejar, elaborar, hipóteses, inventar, desenvolver, explicar, categorizar,
conceber, construir.

Avaliação
 Realizar julgamentos baseados em critérios e padrões qualitativos e quantitativos;
 Julgamento a respeito de ideias, materiais e solução para certos propósitos;
 Verbos: Julgar, recomendar, criticar, justificar, avaliar, comparar.

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