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N-550 REV.

D NOV / 95

PROJETO DE ISOLAMENTO TÉRMICO


A ALTA TEMPERATURA

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

n Indicação de item, tabela ou figura de conteúdo alterado em relação à revisão


anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto
desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 09 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Isolamento Térmico
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
e Refratários
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 55 Páginas


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PÁGINA EM BRANCO

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SUMÁRIO

1 OBJETIVO................................................................................................................................................... 5

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES......................................................................................................... 5

3 DEFINIÇÕES ............................................................................................................................................... 5

3.1 ALTA TEMPERATURA ................................................................................................................ 5

3.2 ISOLANTE................................................................................................................................... 6

3.3 ISOLAMENTO TÉRMICO ............................................................................................................ 6

3.4 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA................................................................................................... 6

3.5 PROTEÇÃO OU CONFORTO PESSOAL .................................................................................... 6

3.6 ESTABILIZAÇÃO DE FASES DE PROCESSOS INDUSTRIAIS.................................................... 6

3.7 MANUTENÇÃO DA FLUIDEZ DO PRODUTO .............................................................................. 6

4 CONDIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................. 6

4.1 CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO ........................................................................................ 6

4.2 MATERIAIS ................................................................................................................................. 7

4.3 EQUIPAMENTOS E TUBULAÇÕES ............................................................................................ 8

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ....................................................................................................................... 11

5.1 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA................................................................................................... 11

5.2 PROTEÇÃO E/OU CONFORTO PESSOAL ................................................................................. 11

5.3 ESTABILIZAÇÃO DE FASES DE PROCESSOS INDUSTRIAIS.................................................... 11

5.4 MANUTENÇÃO DE FLUIDEZ DE PRODUTO EM TUBULAÇÕES ................................................ 11

ANEXO A - CONSERVAÇÃO DE ENERGIA - ROTEIRO DE CÁLCULO........................................................... 13

ANEXO B - PROTEÇÃO PESSOAL - ROTEIRO DE CÁLCULO ....................................................................... 21

ANEXO C - ESTABILIZAÇÃO DE FASES DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

ROTEIRO DE CÁLCULO ................................................................................................................................. 27

ANEXO D - MANUTENÇÃO DE FLUIDEZ DE PRODUTOS EM

TUBULAÇÕES - ROTEIRO DE CÁLCULO...................................................................................................... 33

ANEXO E - EQUAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR............................................................................ 41

ANEXO F - NOMENCLATURA......................................................................................................................... 47

ANEXO G - CONSERVAÇÃO DE ENERGIA - TABELA DE ESPESSURAS ...................................................... 49

ANEXO H - PROTEÇÃO PESSOAL - TABELAS DE ESPESSURAS................................................................. 53

/OBJETIVO

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1 OBJETIVO

n 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para o projeto de isolamento térmico de
tubulações, vasos de pressão, torres, permutadores de calor, caldeiras, tanques, bombas e
turbinas operando a alta temperatura.

1.2 Esta Norma se aplica na seleção de material e no dimensionamento de espessura de


isolante térmico, de acordo com os seguintes critérios:

a) conservação de energia calorífica;


b) proteção ou conforto pessoal;
c) estabilização de fases de processos industriais;
d) manutenção de fluidez de produto em tubulações.

n 1.3 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição e também a
instalações/equipamentos já existentes, quando da sua manutenção ou reforma.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

2.1 Referências Normativas

PETROBRAS N-250 - Montagem de Isolamento Térmico a Alta Temperatura;


PETROBRAS N-1618 - Materiais para Isolação Térmica.

2.2 Bibliografia

PEDROSA JÚNIOR, O.A. & PASQUALINI, Alberto - Isolamento Térmico


Econômico em Múltiplas Camadas - 3º Congresso de Utilidades (SP, novembro de
1981);
INCROPERA, F.P. & DE WITT, D.T. - Fundamentals of Heat Transfer.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições a seguir:

3.1 Alta Temperatura

Toda temperatura de operação acima da temperatura média das máximas temperaturas


ambiente(s) nos dois (2) meses mais quentes do ano.

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3.2 Isolante

Material empregado para reduzir a transferência de calor.

n 3.3 Isolamento Térmico

É o conjunto de materiais que, aplicados, reduz a transferência de calor.

3.4 Conservação de Energia

Critério para determinação da espessura econômica do(s) isolante(s), levando-se em


consideração os custos de energia perdida, do investimento no isolamento térmico e de
manutenção, objetivando a minimização do custo total.

3.5 Proteção ou Conforto Pessoal

Critério para determinação da espessura do(s) isolante(s) que tem por objetivo evitar danos ou
desconforto pessoal.

3.6 Estabilização de Fases de Processos Industriais

Critério para determinação da espessura do(s) isolante(s) levando-se em consideração o valor


máximo admissível para a perda térmica (fluxo de calor), em função das necessidades e
limitações de um determinado processo industrial.

3.7 Manutenção da Fluidez do Produto

Critério para a determinação da espessura do(s) isolante(s), com o objetivo de manter a


temperatura do fluido acima de seu ponto de fluidez.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Critérios de Dimensionamento

4.1.1 O critério básico para determinação da espessura do(s) isolante(s) deve ser o de
conservação de energia.

4.1.2 Quando houver mais de um motivo de dimensionamento, devem ser calculadas as


espessuras de acordo com os critérios correspondentes e usada aquela que apresentar o maior
valor.

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4.2 Materiais

4.2.1 Os materiais a serem utilizados devem ser os padronizados pela norma PETROBRAS
N-1618, respeitando-se as limitações de uso nela descritas.

4.2.2 Os materiais devem ser aplicados em conformidade com a norma PETROBRAS N-250.

4.2.3 Para um mesmo tipo de material, recomenda-se que a distribuição das camadas de
isolante térmico rígido seja feita em conformidade com a TABELA 1.

TABELA 1 - DISTRIBUIÇÃO DAS ESPESSURAS DAS

CAMADAS DE ISOLANTE TÉRMICO RÍGIDO

ESPESSURA TOTAL CAMADAS


(mm) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
25 25
38 38
51 51
63 63
76 38 38
89 51 38
102 51 51
114 63 51
126 63 63
140 51 51 38
153 51 51 51
165 63 51 51
177 63 63 51
189 63 63 63
204 51 51 51 51
216 63 51 51 51
228 63 63 51 51
240 63 63 63 51
252 63 63 63 63
267 63 51 51 51 51
279 63 63 51 51 51
291 63 63 63 51 51
303 63 63 63 63 51
315 63 63 63 63 63
330 63 63 51 51 51 51
342 63 63 63 51 51 51
354 63 63 63 63 51 51
366 63 63 63 63 63 51
378 63 63 63 63 63 63

Nota: A TABELA acima foi desenvolvida para espessura


máxima de 63 mm e sempre que possível, utilizar o
menor número de camadas usando isolante de maior
espessura.

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4.2.4 Devem ser previstas juntas de expansão-contração para o isolante térmico rígido, em
conformidade com a norma PETROBRAS N-250.

4.2.5 Para tubulações ou equipamentos de aço liga ASTM A 240, tipos 300 e 400, o teor
máximo de cloretos e fluoretos no isolante deve atender os critérios da ASTM C 795, a fim de
minimizar a possibilidade de corrosão sob tensão.

4.2.6 Deve ser feito um estudo econômico, objetivando analisar a conveniência de ser usado
mais de um tipo de material isolante para o isolamento de um mesmo equipamento ou
tubulação.

4.2.7 Nos casos dos equipamentos e tubulações que sejam submetidos as condições de alta e
baixa temperatura, consultar a norma PETROBRAS N-894.

4.3 Equipamentos e Tubulações

4.3.1 A menos que seja recomendado pelo projetista do sistema, não se deve isolar partes de
tubulação ou de equipamento nas seguintes situações:

a) se a perda de calor for necessária, atendendo à necessidade de processo;


b) bombas operando em temperaturas abaixo de 60°C, exceto se o fluido bombeado
tiver um ponto de fluidez acima da temperatura ambiente;
c) compressores alternativos, centrífugos e rotativos;
d) válvulas, flanges de linha e conexões flangeadas em sistemas de efluentes de
produtos de processo;
e) tubulações e equipamentos aquecidos intermitentemente, tais como:
- válvulas de alívio e sistemas de alívio (a menos que operando com produto de
elevado ponto de fluidez);
- respiros e drenos;
- sistema de tocha;
- sistema de drenagem;
f) conexões do tipo união, em tubulação;
g) purgadores de vapor;
h) misturadores;
i) juntas de expansão;
j) indicadores visuais de fluxo;
l) mangueiras;
m) resfriadores e condensadores, juntamente com as tubulações associadas aos
mesmos;
n) placa de identificação ou outras;
o) bocais flangeados com comprimento igual ou menor que 300 mm;
p) suportes de tubulações ou equipamentos.

4.3.2 As espessuras dos isolantes devem ser calculadas conforme um dos critérios
estabelecidos no item 5.

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4.3.3 Materiais flexíveis são recomendados para isolamento de tanques de armazenamento e


para caixas bipartidas no isolamento de bombas, turbinas, acessórios de tubulações, tampos e
flanges de permutadores de calor. Não são recomendados para tubulações e equipamentos
sujeitos a vibrações e ou locais onde for exigida resistência mecânica.

4.3.4 Tubulações e equipamentos que necessitem ser protegidos contra fogo, principalmente
dentro dos limites das Unidades de Processo, devem ser isolados termicamente utilizando-se
como camada de base um dos seguintes isolantes:

a) sílica diatomácea;
b) silicato de cálcio;
c) lã cerâmica.

Nota: Este item não se aplica para o isolamento térmico de bombas, turbinas, acessórios de
tubulação, tampos e flanges de permutadores de calor, cujo isolante é contido em caixas
bipartidas.

4.3.5 A seleção dos isolantes deve seguir a TABELA 2.

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5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Conservação de Energia

Para a determinação da espessura econômica, recomenda-se que seja efetuado um estudo


específico com base em dados atualizados de acordo com o roteiro de cálculos do ANEXO A.
A TABELA G-1 do ANEXO G apresenta valores de espessura para o silicato de cálcio.

5.2 Proteção e/ou Conforto Pessoal

5.2.1 O isolamento deve garantir na superfície externa uma temperatura abaixo de 60°C.

5.2.2 O isolamento deve ser feito em equipamentos ou tubulações localizados a uma altura
inferior a 2 metros de qualquer piso, ou a uma distância lateral inferior a 1 metro de escadas ou
plataformas destinadas ao trânsito de pessoal.

5.2.3 Se não for permitido o isolamento, por problemas operacionais, devem ser
providenciados protetores metálicos (telas) e até sinalização adequada, que limitem o acesso
de pessoas à superfície externa não isolada.

5.2.4 Para a determinação da espessura para proteção pessoal, recomenda-se o uso do roteiro
de cálculo do ANEXO B. As TABELAS H-1 e H-2, do ANEXO H, apresentam valores de
espessura para o silicato de cálcio e lã de vidro, respectivamente.

5.3 Estabilização de Fases de Processos Industriais

Para a determinação da espessura para estabilização de fases de processos industriais


recomenda-se o uso do roteiro de cálculo do ANEXO C.

5.4 Manutenção de Fluidez de Produto em Tubulações

5.4.1 O isolamento deve ser projetado de tal forma que a temperatura do produto no final da
linha seja, no mínimo, 10°C acima do seu ponto de fluidez.

5.4.2 Para a determinação da espessura para manutenção da fluidez do produto na tubulação


recomenda-se o uso do roteiro de cálculo do ANEXO D.

Nota: Para situações em que o processo exija temperatura mínima para o fluido, pode ser
utilizado o mesmo roteiro do ANEXO D.

_______________
/ANEXO A

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ANEXO A - CONSERVAÇÃO DE ENERGIA - ROTEIRO DE CÁLCULO

A-1 INTRODUÇÃO

A-1.1 O cálculo de espessura do isolamento pelo critério de conservação de energia visa


obter um sistema de isolação térmica que, respeitadas as restrições de segurança e de processo,
promova um benefício econômico com a redução da perda de calor através das paredes de
uma tubulação ou equipamento. Por ser um cálculo que envolve custos de material,
manutenção e energia, o conceito de "solução mais econômica" pode variar ao longo do
tempo.

A-1.2 A partir de espessuras definidas pelos critérios de proteção pessoal, estabilização de


fases e manutenção da fluidez, deve ser feito um balanço entre o custo adicional de material e a
redução do custo de energia térmica decorrentes de um aumento da espessura do isolamento.
Para tanto, é necessário calcular-se a perda de calor para cada nova espessura analisada, o que
requer um cálculo iterativo. O roteiro aqui apresentado é apenas uma das formas de
determinação das espessuras.

A-1.3 O cálculo de custos foi baseado no artigo "Isolamento Térmico Econômico em


Múltiplas Camadas". (Ver Capítulo 2).

A-2 DETERMINAÇÃO DO FLUXO DE CALOR

A-2.1 Definir uma configuração de espessuras e materiais.

A-2.2 Estimar um valor para a temperatura da superfície externa do isolamento, por exemplo,
o mesmo valor usado no cálculo para proteção pessoal.

A-2.3 Calcular os coeficientes de transferência de calor adequados ao problema, segundo


ANEXO E.

A-2.4 Calcular o fluxo de calor:

q = ( h c + h r )( Te − Ta )

A-2.5 Para cada material, partindo da superfície externa do equipamento:

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a) com a temperatura em uma das faces (T1), estimar a temperatura na outra face
(T2); no caso da última camada ou de camada única, usar a temperatura da
superfície externa do isolamento estimada em A-2.2;
b) com a temperatura média (T1+T2)/2, calcular a condutividade térmica do material;
c) calcular a nova temperatura T2 através da equação (E-4) ou (E-6);
d) se o novo valor de T2 diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a b com esse novo T2;

A-2.6 Se o valor de T2 do último material diferir em mais de 2°C do valor de Te estabelecido


anteriormente, retornar ao item A-2.3 com um valor intermediário. Essa nova iteração não
precisa ser feita se os valores dos fluxos de calor das duas últimas iterações diferirem em
menos de 5%.

Nota: O procedimento de cálculo apresentado aqui não tem convergência muito fácil,
exigindo cuidado nas estimativas de Te para reduzir o número de iterações, em
especial quando o cálculo é feito manualmente.

A-3 DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS

O cálculo do custo total de um sistema de isolamento térmico é composto por três parcelas:

a) custo de energia perdida;


b) custo de investimento no isolamento;
c) custo de manutenção do isolamento.

Os custos podem ser feitos por unidade de área ou comprimento ou pelo total da instalação.

A-3.1 Custo de Energia Perdida

O custo anual de energia perdida pode ser avaliado pela seguinte expressão:

3600 ⋅ Q ⋅ N ⋅ F
CE = (A.1)
η

Onde: CE = custo anual de energia perdida, $/ano.m2, $/ano.m ou $/ano;


Q = quantidade de calor perdido, W/m2, W/m ou W;
N = número de horas de operação num ano, h/ano;
F = custo do combustível, $/J;
η = eficiência do sistema de conversão de combustível em calor.

Este custo, que se repete ao longo da vida do sistema de isolamento, deve ser trazido para seu
valor atual:

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CE VA = f ( j , n ) ⋅ CE (A.2)
(1 + j)n − 1
f( j , n) = (A.3)
j ⋅ (1 + j)n
1+ i
j= −1 (A.4)
1+ ∆
Onde: CEVA = custo atualizado de energia perdida, $/m2, $/m ou $;
f(j,n) = fator de atualização;
n = vida do sistema de isolamento, em anos;
i = taxa de atratividade anual; geralmente, adota-se 15%;
∆ = taxa de crescimento diferenciado do custo de energia, ou seja, taxa de
crescimento anual do preço do combustível em relação a moeda considerada.

A-3.2 Custo de Investimento no Isolamento

O custo de investimento no isolamento, CI ($/m2, $/m ou $), deve considerar os gastos com
material isolante, materiais de fixação e de proteção e custo de instalação (pessoal,
equipamentos, etc.), no início da vida útil do sistema.

A-3.3 Custo de Manutenção do Isolamento

O custo de manutenção do isolamento é usualmente considerado como um percentual do


investimento no isolamento.

CM = tm ⋅ CI (A.5)
Onde: CM = custo anual de manutenção, $/ano.m2, $/ano.m ou $/ano;
tm = percentual de custo de manutenção; geralmente, adota-se 2%.

Este custo, que se repete ao longo da vida do sistema de isolamento, deve ser trazido para seu
valor atual:

CM VA = f ( i , n ) ⋅ CM = f ( i , n ) ⋅ tm ⋅ CI (A.6)
(1 + 1) n − 1
f (i ,n) = (A.7)
i (1 + i) n
Onde: CMVA = custo atualizado de manutenção, $/m2, $/m ou $.

A-3.4 Custo Total do Isolamento

O custo total do isolamento será dado por:


CT = CE VA + CI + CM VA

ou CT = CE VA + CI ⋅ 1 + tm ⋅ f ( i , n ) (A.8)

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A-4 DETERMINAÇÃO DA "ESPESSURA ECONÔMICA"

A-4.1 A determinação da "espessura econômica" consiste em se verificar para que espessura


o custo total é menor. Assim, é necessário determinar, para várias espessuras e materiais, a
perda de calor para o ambiente, segundo o item A-2, e o custo total associado, segundo o item
A-3, para então fazer uma comparação entre as várias soluções analisadas.

A-4.2 Os parâmetros utilizados para a determinação dos custos, tais como custos do
combustível e do isolamento, devem se basear em valores históricos, para se procurar obter
uma seleção válida para toda a vida do isolamento. Devem ser analisados, ainda, fatores que
não podem ser quantificados no custo (por exemplo, disponibilidade no estoque).

A-5 EXEMPLO DE CÁLCULO

Determinar a espessura econômica do isolamento de um tanque, considerando-o como uma


superfície plana de 10m de comprimento. A temperatura interna é 300°C e a ambiente é 24°C.
Assume-se emissividade 0,2 para o alumínio e ventos de 2 m/s (convecção forçada).
Considerar os parâmetros para os custos conforme ANEXO G. De cálculo prévio para
proteção pessoal, foi determinado que a espessura mínima deverá ser 89mm de silicato de
cálcio, com um fluxo de calor de 204,8 W/m2. Considerar as seguintes condutividades
térmicas:

0,072 W/m⋅°C @ 150°C


0,092 W/m⋅°C @ 300°C

Dados:

To = 300°C Ta = 24°C Lc = 10 m v = 2 m/s ε = 0,2

A-5.1 Determinação do Fluxo de Calor


Passo 1: A próxima espessura comercial é 102mm;
Passo 2: Te, est = 60°C;
Passo 3: Ta.= 24°C ∴ T = (Te + Ta ) / 2 = 42°C
propriedades do ar:
da TABELA E-3 k = 0,0274 W/m⋅°C
υ = 17,4⋅10-6 m2/s
Pr = 0,705
coeficiente de transferência de calor por convecção:
do item E-4.1: Lc = 10 m
v Lc
Re = = 1,15⋅106
υ

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k
∴ hc = (0,037 Re 0,8 − 871) Pr 0,33 = 4,24 W/m2⋅°C
Lc
coeficiente de transferência de calor por radiação:
do item E-1:
h r = 5,669 ⋅ 10−8 ε (Te + 273) + (Ta + 273)  ( Te + Ta + 546)
2 2
 
∴ hr = 1,42 W/m2⋅°C.
Passo 4: q = ( hc + hr )⋅∆t = 203,8 W/m2
Passo 5: T1 = 300°C T2 = Te = 60°C
T = (T1 + T2 ) / 2 = 180°C k = 0,076 W/m⋅°C
da equação (E-4):
L
Te = To − q = 26°C
k
Passo 6: Retorna ao passo 3 com um valor intermediário: Te, est = 50°C
Passo 3: T = (Te + Ta ) / 2 = 37°C

∴ k = 0,0270 W/m⋅°C υ = 16,9⋅10-6 m2/s Pr = 0,706


v Lc
Re = = 1,18⋅106 ∴ hc = 4,32 W/m2⋅°C
υ
hr = 1,35 W/m2⋅°C

Passo 4: q = ( hc + hr )⋅∆t = 147,5 W/m2

Passo 5: T1 = 300°C T2 = Te = 50°C


T = (T1 + T2 ) / 2 = 175°C k = 0,075 W/m⋅°C
L
Te = To − q = 100°C
k
Passo 6: O novo resultado não atende ao critério de temperatura nem ao de fluxo
de calor. Vamos buscar um novo valor para Te, baseado nas iterações
anteriores, conforme figura abaixo. Retorna-se ao passo 3 com
Te,est = 54°C. (Ver FIGURA A-1).
T e,calc

100

54

26

50 54 60 T e,est

FIGURA A-1

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Passo 3: T = (Te + Ta ) / 2 = 39°C

∴ k = 0,0271 W/m⋅°C
υ = 17,1⋅10-6 m2/s Pr = 0,705
v Lc
Re = = 1,17⋅106 ∴ hc = 4,29 W/m2⋅°C
υ
hr = 1,38 W/m2⋅°C

Passo 4: q = ( hc + hr )⋅∆t = 170,2 W/m2

Passo 5: T1 = 300°C T2 = Te = 54°C


T = (T1 + T2 ) / 2 = 177°C k = 0,0756 W/m⋅°C
L
Te = To − q = 70°C
k

Passo 6: O novo resultado não atende ao critério de temperatura nem ao de fluxo


de calor. Outra vez, retorna-se ao passo 3, agora com Te,est = 56°C.
(Ver FIGURA A-2).

T e,calc

70

56

26

54 56 60 T e,est

FIGURA A-2

Passo 3: T = (Te + Ta ) / 2 = 40°C

∴ k = 0,0272 W/m⋅°C
υ = 17,2⋅10-6 m2/s Pr = 0,705
v Lc
Re = = 1,16⋅106 ∴ hc = 4,27 W/m2⋅°C
υ
hr = 1,39 W/m2⋅°C

Passo 4: q = ( hc + hr )⋅∆t = 181,2 W/m2

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Passo 5: T1 = 300°C T2 = Te = 56°C


T = (T1 + T2 ) / 2 = 178°C k = 0,0757 W/m⋅°C
L
Te = To − q = 55,7°C
k
Passo 6: Portanto, Te = 56°C e q = 181,2 W/m2

A-5.2 Determinação dos Custos


Repetindo-se o procedimento acima para outras espessuras e utilizando-se as equações do item
A-3 para o cálculo dos custos, com os dados de custos do ANEXO G, obtém-se os dados da
TABELA A-1:

TABELA A-1 - CUSTOS

Espessura Fluxo de Custo Custo de Custo de Custo total


(mm) Calor atualizado de investimento manutenção (US$/m2)
(W/m2) energia (US$/m2) (US$/m2)
(US$/m2)

89 204,8 98,80 70,86 7,11 176,77

102 181,2 87,42 79,05 7,93 174,40

114 163,7 78,97 87,77 8,81 175,55

126 149,3 72,03 98,67 9,90 180,60

Logo, a espessura econômica é 102 mm. No entanto, note-se que as diferenças no custo total
são relativamente pequenas e que a sensibilidade do cálculo é grande com relação aos
parâmetros de custos empregados.

____________

/ANEXO B

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ANEXO B - PROTEÇÃO PESSOAL - ROTEIRO DE CÁLCULO

B-1 INTRODUÇÃO

O cálculo de espessura do isolamento pelo critério de proteção pessoal pressupõe a existência


de uma temperatura máxima admissível na superfície externa do isolamento. Esse
dimensionamento requer um cálculo iterativo e o roteiro aqui apresentado é apenas uma das
formas de determinação das espessuras.

B-2 SUPERFÍCIES PLANAS

B-2.1 Com a temperatura máxima especificada, calcular os coeficientes de transferência de


calor adequados ao problema, segundo ANEXO E.

B-2.2 Calcular o Fluxo de Calor:


q = ( h c + h r )( Te − Ta )

B-2.3 Determinação das Espessuras


B-2.3.1 Se for usado um só material:
a) com a temperatura média (To+Te)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
b) calcular a espessura de isolamento através da equação (E-4);
c) adotar espessura comercial imediatamente superior à calculada.

B-2.3.2 Se for usado mais de um material:


a) fixar a espessura do primeiro material, adotando valor comercial;
b) conhecida a temperatura em uma das faces (T1), estimar a temperatura na
outra face (T2);
c) com a temperatura média (T1+T2)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
d) calcular a nova temperatura T2 através da equação (E-4);
e) se o novo valor de T2 diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a c) com esse novo T2;
f) para cada um dos demais materiais, exceto o último, fixar sua espessura,
adotando valor comercial, e repetir as etapas b) a e);
g) para o último material, calcula-se a espessura como no item B-2.3.1, porém
com a temperatura média desse material.

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B-3 SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS

O cálculo para superfícies cilíndricas requer uma iteração a mais, pois o diâmetro externo, que
depende das espessuras, influencia o cálculo do fluxo de calor.

B-3.1 Estimar o valor do diâmetro externo do isolamento, por experiência prévia ou pelas
aproximações:

De = 3 Do para Do < 150 mm


De = 2 Do para 150 < Do <300 mm
De = 1,5 Do para Do > 300 mm

B-3.2 Com a temperatura máxima especificada, calcular os coeficientes de transferência de


calor adequados ao problema, segundo ANEXO E.

B-3.3 Calcular o fluxo de calor referente à superfície externa do isolamento:

q e = ( h c + h r )( Te − Ta )

B-3.4 Determinação das Espessuras


B-3.4.1 Se for usado um só material:
a) Com a temperatura média (To+Te)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
b) Calcular o diâmetro externo do isolamento através da equação (E-6),
considerando, no lado esquerdo da equação, o produto qeDe/2;
c) Adotar espessura comercial imediatamente superior à calculada.

B-3.4.2 Se for usado mais de um material:


a) Fixar a espessura do primeiro material, adotando valor comercial, e o
diâmetro externo referente a esse material;
b) Conhecida a temperatura em uma das faces (T1), estimar a temperatura na
outra face (T2);
c) Com a temperatura média (T1+T2)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
d) Calcular a nova temperatura T2 através da equação (E-6), considerando, no
lado esquerdo da equação, o produto qeDe/2;
e) Se o novo valor de T2 diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a c) com esse novo T2;

22
N-550 REV. D NOV / 95

f) Para cada um dos demais materiais, exceto o último, fixar sua espessura,
adotando valor comercial, e repetir as etapas b) a e);
g) Para o último material, calcula-se o diâmetro externo e a espessura como no
item B-3.4.1, porém com a temperatura média desse material.

B-3.5 Se o novo valor de De diferir em mais de 5% do estabelecido anteriormente, retornar


ao item B-3.2 com o novo valor de De.

B-4 EXEMPLO DE CÁLCULO

Dimensionar o isolamento de uma tubulação de 6" (Do=0,168m) para uma temperatura


máxima na superfície externa de 60°C. A temperatura interna é 500°C e a ambiente é 24°C.
Assume-se emissividade 0,2 para o alumínio e ausência de vento (convecção natural). Serão
usados dois materiais, com as seguintes condutividades térmicas:

Silicato de Cálcio 0,092 W/m⋅°C @ 300°C


0,112 W/m⋅°C @ 450°C

Fibra de Vidro 0,062 W/m⋅°C @ 150°C


0,074 W/m⋅°C @ 200°C

Dados:

To = 500°C Te = 60°C Ta = 24°C Do = 0,168 m ε = 0,2

Passo 1: De = 0,336 m (estimado);

Passo 2: Tf =
Te + Ta
= 42o C
To
2 Te
∆t = Te - Ta = 36°C
propriedades do ar:
da Tabela E-3 ψ = 73,8⋅106 1/m3⋅°C
re
k = 0,0274 W/m⋅°C
ro
coeficiente de transferência de calor por convecção:
do item E-3 : Lc = De = 0,336 m
Ra = Lc3⋅ψ⋅∆t = 100,8⋅106 > 107
∴ hc = 0,125⋅k⋅( ψ⋅∆t )1/3 = 4,74 W/m2⋅°C

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coeficiente de transferência de calor por radiação:

do item E-1: h r = 5,669 ⋅ 10−8 ε (Te + 273) + (Ta + 273)  (Te + Ta + 546)
2 2
 
∴ hr = 1,42 W/m2⋅°C

Passo 3: qe = ( hc + hr )⋅∆t = 222 W/m2


De k(T1 − T2 )
Passo 4: da equação (E-6): qe =
2 r 
ln 2 
 r1 
1ª camada: 51 mm de silicato de cálcio (adotado)
T1 = 500°C
r1 = Do/2 = 0,084 m
r2 = r1 + espessura do isolamento = 0,135 m
o cálculo de T2 é iterativo, pois k depende de T2:

T2 T = (T1 + T2 ) / 2 k T2
estimado da eq. (E-6)

340 420 0,108 336


336 418 0,108 336

2ª camada: fibra de vidro


T1 = 336°C T2 = Te = 60°C
T = (T1 + T2 ) / 2 = 198°C k = 0,074 W/m⋅°C
D1 = 0,270 m D2 = De, a calcular
0,074 ⋅ (336 − 60)
111⋅ De =
 D 
ln e 
 0,270 
resolvendo, obtemos: De = 0,419 m
∴ L = ( D2 − D1) / 2 = 0,0745 m
Passo 5: como a espessura comercial imediatamente superior é 76 mm, retorna-se
ao passo 2 com De = 0,422 m.

Passo 2: as propriedades do ar não mudam, então:


Lc = De = 0,422 m
Ra = Lc3⋅ψ⋅∆t = 199,7⋅106 > 107
∴ hc = 0,125⋅k⋅( ψ⋅∆t )1/3 = 4,74 W/m2⋅°C

hr não muda.

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N-550 REV. D NOV / 95

Passo 3: qe = ( hc + hr )⋅∆t = 222 W/m2

Passo 4: 1ª camada: 51 mm de silicato de cálcio (adotado)


T2 T = (T1 + T2 ) / 2 k T2
estimado da eq. (E-6)

300 400 0,105 288


288 394 0,105 288

2ª camada: fibra de vidro


T1 = 288°C T = 174 °C k = 0,068 W/m⋅°C
D1 = 0,270 m D2 = De, a calcular
0,068 ⋅ (288 − 60)
111⋅ De =
 D 
ln e 
 0,270 
resolvendo, obtemos: De = 0,387 m
∴ L = ( D2 − D1) / 2 = 0,0585 m

Passo 5: como a espessura comercial imediatamente superior é 63,5 mm,


retorna-se ao passo 2 com De = 0,397 m.
Passos 2 e 3: como hc e hr não mudam, qe = 222 W/m2

Passo 4: 1ª camada: 51 mm de silicato de cálcio (adotado).

T2 T = (T1 + T2 ) / 2 k T2
estimado da eq. (E-6)

310 405 0,106 303


303 401,5 0,106 303

2ª camada: fibra de vidro


T1 = 303°C T = 182 °C k = 0,070 W/m⋅°C
D1 = 0,270 m D2 = De, a calcular
0,070 ⋅ (303 − 60)
111⋅ De =
 D 
ln e 
 0,270 
resolvendo, obtemos: De = 0,397 m
Este resultado nos dá uma espessura de 63,5 mm, que é uma espessura
comercial.
____________
/ANEXO C

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ANEXO C - ESTABILIZAÇÃO DE FASES DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

ROTEIRO DE CÁLCULO

C-1 INTRODUÇÃO

O cálculo de espessura do isolamento pelo critério de estabilização de fases pressupõe a


existência de um fluxo de calor máximo admissível através da parede da tubulação ou do
equipamento. Esse dimensionamento requer um cálculo iterativo e o roteiro aqui apresentado é
apenas uma das formas de determinação das espessuras.

C-2 SUPERFÍCIES PLANAS

C-2.1 Estabelecer um valor inicial para a temperatura da superfície, por exemplo:

Te − Ta = 0,10 ( To − Ta )

C-2.2 Calcular os coeficientes de transferência de calor adequados ao problema, segundo


ANEXO E.

C-2.3 Calcular a nova temperatura da superfície externa através da fórmula:

q
Te = Ta + max,e
hc + h r

C-2.4 Se o novo valor de Te diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente, retornar


ao item C-2.2 com o novo valor de Te.

C-2.5 Determinação das Espessuras

C-2.5.1 Se for usado um só material:


a) com a temperatura média (To+Te)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
b) calcular a espessura de isolamento através da equação (E-4);
c) adotar espessura comercial imediatamente superior à calculada.

C-2.5.2 Se for usado mais de um material:

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N-550 REV. D NOV / 95

a) fixar a espessura do primeiro material, adotando valor comercial;


b) conhecida a temperatura em uma das faces (T1), estimar a temperatura na
outra face (T2);
c) com a temperatura média (T1+T2)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
d) calcular a nova temperatura T2 através da equação (E-4);
e) se o novo valor de T2 diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a c) com esse novo valor de T2;
f) para cada um dos demais materiais, exceto o último, fixar sua espessura,
adotando valor comercial, e repetir as etapas b) a e);
g) para o último material, calcula-se a espessura como no item C-2.5.1, porém
com a temperatura média desse material.

C-3 SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS

O cálculo para superfícies cilíndricas requer uma iteração a mais, pois o diâmetro externo, que
depende das espessuras, influencia o cálculo da temperatura da superfície externa. Assume-se,
aqui, que o fluxo de calor máximo admissível se refere à superfície externa da tubulação ou do
equipamento, ou seja, ao diâmetro Do.

C-3.1 Estimar o valor do diâmetro externo do isolamento, por experiência prévia ou pelas
aproximações:

De = 3 Do para Do < 150 mm


De = 2 Do para 150 < Do <300 mm
De = 1,5 Do para Do > 300 mm

C-3.2 Estabelecer um valor inicial para a temperatura da superfície, por exemplo:


Te − Ta = 0,10 ( To − Ta )

C-3.3 Calcular os coeficientes de transferência de calor adequados ao problema, segundo


ANEXO E.

C-3.4 Calcular a nova temperatura da superfície externa através da fórmula:


q Do
Te = Ta + max,e , q max,e = q max,o
hc + h r De
C-3.5 Se o novo valor de Te diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente, retornar
ao item C-3.3 com o novo valor de Te;

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N-550 REV. D NOV / 95

C-3.6 Determinação das Espessuras

C-3.6.1 Se for usado um só material:


a) com a temperatura média (To+Te)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
b) calcular o diâmetro externo do isolamento através da equação (E-6),
considerando, no lado esquerdo da equação, o produto qmáx,oDo/2;
c) adotar espessura comercial imediatamente superior à calculada.
C-3.6.2 Se for usado mais de um material:
a) fixar a espessura do primeiro material, adotando valor comercial;
b) conhecida a temperatura em uma das faces (T1), estimar a temperatura na
outra face (T2);
c) com a temperatura média (T1+T2)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
d) calcular a nova temperatura T2 através da equação (E-6);
e) se o novo valor de T2 diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a c) com esse novo valor de T2;
f) para cada um dos demais materiais, exceto o último, fixar sua espessura,
adotando valor comercial, e repetir as etapas b) a e);
g) para o último material, calcula-se o diâmetro externo e a espessura como no
item C-3.6.1, porém com a temperatura média desse material.

C-3.7 Se o novo valor de De diferir em mais de 5% do estabelecido anteriormente, retornar


ao item C-3.2 com o novo valor de De.

C-4 EXEMPLO DE CÁLCULO

Dimensionar o isolamento de uma tubulação de 6" (Do=0,168m) para um fluxo de calor


máximo na superfície externa do tubo de 400 W/m2. A temperatura interna é 300°C e a
ambiente é 24°C. Assume-se emissividade 0,2 para o alumínio e ventos de 2 m/s (convecção
forçada). Será usado silicato de cálcio, com as seguintes condutividades térmicas:

0,072 W/m⋅°C @ 150°C


0,092 W/m⋅°C @ 300°C

Dados:

To = 300°C Ta = 24°C qmáx,o = 400 W/m2 Do = 0,168 m


v = 2 m/s ε = 0,2

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N-550 REV. D NOV / 95

Passo 1: De = 0,336 m (estimado)

Passo 2: Te ≅ Ta + 0,10( To − Ta ) = 52°C ∴ Te, est = 50°C


To
Te
Passo 3: Ta = 24°C
propriedades do ar:
da TABELA E-3 k = 0,0260 W/m⋅°C
ro
υ = 15,7⋅10-6 m2/s re
Pr = 0,708
coeficiente de transferência de calor por convecção
(independe de Te):
do item E-4.2: Lc = De = 0,336 m
v Lc
Re = = 42803
υ
k
∴ hc = 0,26 Re0,6 Pr 0,37 = 10,64 W/m2⋅°C
Lc
coeficiente de transferência de calor por radiação (depende de Te):
do item E-1:

h r = 5,669 ⋅ 10−8 ε (Te + 273) + (Ta + 273)  (Te + Ta + 546)


2 2
 

Passos 4 e 5: cálculo da temperatura da superfície externa:


q max ,o ⋅ ( Do / De )
Te = Ta +
hc + h r
o cálculo de Te é iterativo, pois hr depende de Te:

Te hr hr + hc Te
estimado calculado
50 1,35 11,99 40,7
40,7 1,29 11,93 40,8

∴ Te = 40°C

Do k (T1 − T2 )
Passo 6: da equação E-6: q max,o =
2 r 
ln 2 
 r1 

T1 = To = 300°C T2 = Te = 40°C

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N-550 REV. D NOV / 95

T = (T1 + T2 ) / 2 = 170°C k = 0,0747 W/m⋅°C


D1 = Do = 0,168 m D2 = De, a calcular
0,168 0,0747 ⋅ (300 − 40)
400 ⋅ =
2  D 
ln e 
 0,168 

∴ De = 0,299 m
∴ L = ( D2 − D1) / 2 = 0,0655 m

Passo 7: Como a espessura comercial imediatamente superior é 76 mm, o novo De é


0,320 m. A diferença em relação ao valor anterior de De é inferior a 5%, portanto
não é necessário voltar ao passo 2.

____________

/ANEXO D

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ANEXO D - MANUTENÇÃO DE FLUIDEZ DE

PRODUTOS EM TUBULAÇÕES - ROTEIRO DE CÁLCULO

D-1 INTRODUÇÃO

O cálculo de espessura do isolamento pelo critério de manutenção de fluidez de produtos em


tubulações pressupõe que um fluido, ao escoar em uma tubulação perdendo calor pelo
isolamento, não deve atingir temperaturas abaixo de seu ponto de fluidez. Esse
dimensionamento requer um cálculo iterativo e o roteiro aqui apresentado é apenas uma das
formas de determinação das espessuras.

D-2 LINHAS AÉREAS

D-2.1 Estabelecida a temperatura mínima que o fluido deve atingir ao final da tubulação,
calcular a máxima quantidade de calor que pode ser perdida através do isolamento:
Q = mc (
& p To,i − To, f )
e o fluxo de calor máximo na superfície externa do tubo:
Q
q max,o =
π Do L t
D-2.2 Calcular a temperatura média de operação da tubulação, através da equação:
To,i − To,f
To = Ta +
 To i − Ta 
ln  , 
 To,f − Ta 
Nota: Uma forma mais simples e conservativa é considerar:
To,i + To,f
To =
2

D-2.3 Estimar o valor do diâmetro externo do isolamento, por experiência prévia ou pelas
aproximações:

De = 3 Do para Do < 150 mm


De = 2 Do para 150 < Do <300 mm
De = 1,5 Do para Do > 300 mm

D-2.4 Estabelecer um valor inicial para a temperatura da superfície, por exemplo:


Te − Ta = 0,10 ( To − Ta )

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N-550 REV. D NOV / 95

D-2.5 Calcular os coeficientes de transferência de calor adequados ao problema, segundo


ANEXO E.

D-2.6 Calcular a nova temperatura da superfície externa através da fórmula:


q max,e Do
Te = Ta + , q max,e = q max,o
hc + h r De

D-2.7 Se o novo valor de Te diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente, retornar


ao item D-2.5 com o novo valor de Te.

D-2.8 Determinação das Espessuras

D-2.8.1 Se for usado um só material:


a) com a temperatura média (To+Te)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
b) calcular a espessura de isolamento através da equação (E-6), considerando,
no lado esquerdo da equação, o produto qmáx,oDo/2;
c) adotar espessura comercial imediatamente superior à calculada.

D-2.8.2 Se for usado mais de um material:


a) fixar a espessura do primeiro material, adotando valor comercial;
b) conhecida a temperatura em uma das faces (T1), estimar a temperatura na
outra face (T2);
c) com a temperatura média (T1+T2)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
d) calcular a nova temperatura T2 através da equação (E-6);
e) se o novo valor de T2 diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a c) com esse novo valor de T2;
f) para cada um dos demais materiais, exceto o último, fixar sua espessura,
adotando valor comercial, e repetir as etapas b) a e);
g) para o último material, calcula-se o diâmetro externo e a espessura como no
item D-2.8.1, porém com a temperatura média desse material.

D-2.8.3 Se o novo valor de De diferir em mais de 5% do estabelecido anteriormente, retornar


ao item D-2.4 com o novo valor de De.

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N-550 REV. D NOV / 95

D-3 LINHAS ENTERRADAS

Devem ser conhecidas a profundidade em que o tubo está enterrado e a condutividade térmica
do solo. Supõe-se que a temperatura na superfície do solo seja igual à temperatura ambiente,
de forma que a equação de condução (E-7) pode ser reescrita:

q o ro =
(To − Ta )
r  r   H
ln 1  ln 2  ln 
 ro   r1   r2 
+ +
k1 k2 kS

D-3.1 Estabelecida a temperatura mínima que o fluido deve atingir ao final da tubulação,
calcular a máxima quantidade de calor que pode ser perdida pelo isolamento:
Q = mc (
& p To,i − To, f )
e o fluxo de calor máximo na superfície externa do tubo:
Q
q max,o =
π Do L t

D-3.2 Calcular a temperatura média de operação da tubulação, através da equação:


To,i − To,f
To = Ta +
 To i − Ta 
ln  , 
 To,f − Ta 
Nota: Uma forma mais simples e conservativa é considerar:
To,i + To,f
To =
2

D-3.3 Determinação das Espessuras

D-3.3.1 Se for usado um só material:


a) estabelecer um valor inicial para a temperatura da superfície do isolamento,
por exemplo:
Te − Ta = 0, 50 ( To − Ta )

b) com a temperatura média (To+Te)/2, calcular a condutividade térmica do


material;
c) calcular o raio externo do isolamento através da equação de condução
rearranjada:

35
N-550 REV. D NOV / 95

 1 1 ln ro ln H To − Ta
 −  ln re = − +
 k1 k s  k1 ks q o ro

d) calcular a espessura e adotar valor comercial imediatamente superior;


e) calcular a nova temperatura Te através da equação (E-6);
f) se o novo valor de Te diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a b) com esse novo valor de Te.

D-3.3.2 Se forem usados dois materiais:


a) fixar a espessura do primeiro material, adotando valor comercial;
b) estimar a temperatura na outra face (T1);
c) com a temperatura média (To+T1)/2, calcular a condutividade térmica do
material;
d) calcular a nova temperatura T1 através da equação (E-6);
e) se o novo valor de T1 diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a c) com esse novo valor;
f) estimar a temperatura da superfície do isolamento, por exemplo:

Te − Ta = 0, 50 ( To − Ta )

g) com a temperatura média (T1+Te)/2, calcular a condutividade térmica do


material;
h) calcular o raio externo do isolamento através da equação de condução
rearranjada:

 1 1 ln r1 ln H T1 − Ta
 −  ln re = − +
 k 2 ks  k2 ks q o ro

i) calcular a espessura do segundo material e adotar valor comercial


imediatamente superior;
j) calcular a nova temperatura Te através da equação (E-6);
k) se o novo valor de Te diferir em mais de 2°C do estabelecido anteriormente,
retornar a g) com esse novo valor.

36
N-550 REV. D NOV / 95

D-4 EXEMPLOS DE CÁLCULO

D.4.1 Linhas Aéreas

Dimensionar o isolamento de uma tubulação aérea de 6" (Do=0,168m) e 2500 m de extensão.


A vazão de fluido é 40000 kg/h e seu calor específico médio é 1200 J/kg⋅°C. A temperatura
interna é 320°C na entrada da linha e não pode ser inferior a 280°C na saída. A temperatura
ambiente é 24°C. Assume-se emissividade 0,2 para o alumínio e ventos de 2 m/s (convecção
forçada). Será usado silicato de cálcio, com as seguintes condutividades térmicas:

0,072 W/m⋅°C @ 150°C


0,092 W/m⋅°C @ 300°C

Dados:

To,i = 320 °C To,f = 280 °C Ta = 24 °C


& = 40000 kg/h
m cp = 1200 J/kg⋅ °C
Do = 0,168 m Lt = 2500 m v = 2 m/s ε = 0,2

Passo 1: fluxo de calor máximo:

q max , o =
(
& p To,i − To,f
mc ) = 404 W/m2
π Do L t

Passo 2: temperatura média de operação da tubulação:


To,i − To,f
To = Ta + = 299,5°C
 T −T 
ln  o,i a 
 To, f − Ta 
Nota: pela fórmula simplificada, teríamos:

To,i + To,f
To = = 300°C
2
Passo 3: o resto do exemplo é igual ao encontrado no ANEXO C para estabilização de
fases.

37
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D.4.2 Linhas Enterradas

Dimensionar o isolamento de uma tubulação enterrada de 6" (Do=0,168m), a uma


profundidade de 1 m e com 2500 m de extensão. A vazão de fluido é 40000 kg/h e seu calor
específico médio é 1200 J/kg⋅°C. A temperatura interna é 320°C na entrada da linha e não
pode ser inferior a 280°C na saída. A temperatura ambiente é 24°C. Assume-se condutividade
térmica constante para o solo, igual a 0,52 W/m⋅°C. Será usado silicato de cálcio, com as
seguintes condutividades térmicas:

0,072 W/m⋅°C@ 150°C


0,092 W/m⋅°C@ 300°C

Dados:

To,i = 320 °C To,f = 280 °C Ta = 24 °C


& = 40000 kg/h
m cp = 1200 J/kg⋅°C ks = 0,52 W/m⋅ °C
Do = 0,168 m Lt = 2500 m H = 1,0 m
Ta

Passo 1: fluxo de calor máximo:

q max , o =
mc (
& p To,i − To,f ) = 404 W/m2 Te
To H
π Do L t

Passo 2: temperatura média de operação da tubulação:


To,i + To,f
pela fórmula simplificada: To = = 300°C
2
Passo 3: estimativa de temperatura:

Te ≅ Ta + 0,50( To − Ta ) = 162°C ∴ Te, est = 160°C

T = (Te + To ) / 2 = 230°C k = 0,083 W/m⋅°C


determinação do raio externo do isolamento:
ro = Do/2 = 0,084 m
1 1 ln ro ln H To − Ta
 −  ln re = − +
 k ks  k ks q o ro

 1 1  ln 0,084 ln 1,0 300 − 24


 −  ln re = − + ∴ re = 0,117 m
 0,083 0,52  0,083 0,52 404 ⋅ 0,084

∴ L = re − ro =0,033 m

38
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A espessura comercial imediatamente superior é 38 mm.

∴ re = 0,084 + 0,038 = 0,122 m


Da equação E-6:
k( To − Te )
q o ro = ∴ Te = 147°C
r 
ln e 
 ro 

Retornar ao Passo 3 com Te = 147 °C tem-se:

Te, est = 147 °C

T = (Te + To ) / 2 = 223,5 oC k = 0,082 W / m oC

 1 1  ln 0,084 ln 1,0 300 − 24


 −  ln re = − +
 0,082 0,52  0,082 0,52 404.0,084

re = 0,117 m

Logo, a espessura requerida para o isolamento é 38 mm.

___________

/ANEXO E

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO E - EQUAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

E-1 RADIAÇÃO

O fluxo de calor resultante da transferência de calor por radiação entre uma superfície e o
ambiente é calculado pela equação:
q r = 5,669 ⋅ 10−8 ε (Te + 273) − (Ta + 273) 
4 4
(E-1)
 

É conveniente escrever a equação (E-1) da seguinte forma:

q r = h r (Te − Ta ) (E-2)

onde se define o coeficiente de transferência de calor por radiação:

h r = 5,669 ⋅ 10−8 ε (Te + 273) + (Ta + 273)  (Te + Ta + 546)


2 2
(E-3)
 

Valores típicos de emissividade de superfícies são apresentados no item E-6.

E-2 CONDUÇÃO

A condutividade térmica de cada material deve ser obtida em normas específicas ou, na
ausência delas, da literatura. Assumindo-se uma dependência linear da condutividade com a
temperatura, deve ser utilizada a média aritmética das temperaturas às quais o material está
submetido.

E-2.1 Superfícies Planas

Para uma parede de um único material, como representado a seguir, o fluxo de calor por
condução é dado por:

k
q= (T − T )
L 1 2
(E-4)

Para um caso mais geral, de uma parede de três camadas, pode-se escrever:

To − Te
q= (E-5)
L1 L2 L3
+ +
k1 k 2 k 3

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To
T1

T2
Te

L L1 L2 L3

E-2.2 Superfícies Cilíndricas

Para uma parede de um único material, como a representada abaixo, o fluxo de calor por
condução é dado por:
k (T1 − T2 )
q 1 r1 = q 2 r2 = (E-6)
 r2 
ln 
 r1 

para um caso mais geral, de uma parede de três camadas, pode-se escrever:

q i ri =
(To − Te ) (E-7)
r  r  r 
ln 1  ln 2  ln e 
 ro   r1   r2 
+ +
k1 k2 k3

onde qi é o fluxo de calor no raio ri.

T1
To
T2 Te

r1 r2 r1
r2 r0
re

E-3 CONVECÇÃO NATURAL

O fluxo de calor por convecção natural (ar parado) pode ser expresso por:

q c = hc (Te − Ta ) (E-8)

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onde o coeficiente de transferência de calor é obtido de expressões apropriadas, que levam em


conta a forma e a orientação da superfície, bem como as propriedades do ar. As correlações
aqui adotadas para o coeficiente de transferência de calor foram extraídas do livro
"Fundamentals of Heat Transfer", de F.P. Incropera e D.P. DeWitt.
Essas correlações têm faixas de validade, determinadas pelo número adimensional Rayleigh,
expresso por:

ρ2β c p g
Ra = ψ L3c ∆t , ψ= , ∆t = Te − Ta (E-9)
µ⋅k

O uso da equações fora das faixas, embora muitas vezes necessário, pode levar a resultados
imprecisos. O parâmetro ψ está tabelado junto com outras propriedades do ar no item E-5 e
deve ser calculado a uma temperatura média definida por:

Te + Ta
Tf = (E-10)
2

A dimensão Lc é uma característica de cada superfície, dependendo de sua forma e orientação.

TABELA E-1 - CORRELAÇÕES

Tipo e orientação Dimensão Correlação para coeficiente de transferência


da superfície Característica Lc de calor por convecção natural
0,25
Plana Vertical altura da  ψ ∆t 
superfície hc = 0,59 k   , para 104<Ra<109
 Lc 

hc = 0,10 k ( ψ ∆t )
0,33
, para 109<Ra<1013
as mesmas de superfície plana vertical, se
Cilíndrica Vertical altura da
35 ⋅ Lc
superfície De ≥ 0,25
 Ra 
 
 Pr 
0,25
Plana Horizontal, área  ψ ∆t 
Face quente voltada hc = 0,54 k   , para 105<Ra<107
perímetro  Lc 
para cima
hc = 0,15 k ( ψ ∆t )
0,33
, para 107<Ra<1010
0,25
Plana Horizontal, área  ψ ∆t 
Face quente voltada hc = 0,27 k   , para 105<Ra<1010
perímetro  Lc 
para baixo
0,25
Cilíndrica Horizontal diâmetro externo  ψ ∆t 
hc = 0,48 k   , para 104<Ra<107
 Lc 
hc = 0,125 k ( ψ ∆t )
0,33
, para 107<Ra<1012

43
N-550 REV. D NOV / 95

E-4 CONVECÇÃO FORÇADA

O fluxo de calor por convecção forçada (ar em movimento) pode ser expresso por:

q c = hc (Te − Ta ) (E-11)

onde o coeficiente de transferência de calor é obtido de expressões apropriadas, que levam em


conta a forma da superfície, a velocidade do vento e as propriedades do ar. As correlações
aqui adotadas para o coeficiente de transferência de calor foram extraídas do livro
"Fundamentals of Heat Transfer", de F.P. Incropera e D.P. DEWITT. Essas correlações têm
faixas de validade, determinadas pelo número adimensional Reynolds, expresso por:

ρ v Lc v Lc
Re = = (E-12)
µ υ

O uso das equações fora das faixas, embora muitas vezes necessário, pode levar a resultados
imprecisos.
A viscosidade cinemática υ está tabelada junto com outras propriedades do ar no item E-5.
A dimensão Lc é o comprimento da superfície plana na direção do vento ou o diâmetro da
superfície cilíndrica.

E-4.1 Superfície Plana

k
hc = 0,664 Re0,5 Pr 0,33 , para Re<5⋅105
Lc

(0,037 Re0,8 − 871) Pr 0,33 , para 5⋅105<Re<108


k
hc =
Lc

onde Re e Pr devem ser calculados a uma temperatura média (Te+Ta)/2.

E-4.2 Superfície Cilíndrica

k
hc = C Re m Pr 0,37 , para 40<Re<106
Lc

onde: Re e Pr devem ser calculados à temperatura ambiente e os valores de C e m são obtidos


da TABELA E-2 a seguir, em função do valor de Re:

44
N-550 REV. D NOV / 95

TABELA E-2 - PARÂMETROS C e m

Re C m
40 a 1000 0,51 0,5

1000 a 2⋅105 0,26 0,6

2⋅105 a 106 0,076 0,7

E-5 PROPRIEDADES DO AR

TABELA E-3 - PROPRIEDADES DO AR

Temperatura Condutividade ψ Viscosidade Número de


(°C) Térmica k (1/m3.°C) Cinemática υ Prandtl Pr
(W/m.°C) (m2/s)
10 0,0250 120,3⋅106 14,4⋅10-6 0,711
20 0,0257 102,9⋅106 15,3⋅10-6 0,709
30 0,0264 87,4⋅106 16,2⋅10-6 0,707
40 0,0272 75,8⋅106 17,2⋅10-6 0,705
50 0,0280 65,7⋅106 18,2⋅10-6 0,704
60 0,0287 57,0⋅106 19,2⋅10-6 0,702
70 0,0295 49,4⋅106 20,2⋅10-6 0,701
80 0,0303 43,1⋅106 21,3⋅10-6 0,699
90 0,0310 38,1⋅106 22,4⋅10-6 0,697
100 0,0318 33,7⋅106 23,5⋅10-6 0,695

E-6 EMISSIVIDADES TÍPICAS DE SUPERFÍCIES

TABELA E-4 - EMISSIVIDADES

Material ε
chapa de alumínio 0,1 a 0,2
tinta preta fosca 0,96 a 0,98
tinta a base de alumínio 0,3 a 0,7
chapa de aço 0,94 a 0,97
tinta branca 0,84 a 0,92
massa asfáltica 0,93
____________

/ANEXO F

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO F (CONTINUA) - NOMENCLATURA

Variável Descrição Unidade


$/ano.m2,
CE custo anual de energia perdida $/ano.m ou
$/ano
$/ano.m2,
CI custo de investimento $/ano.m ou
$/ano
$/ano.m2,
CM custo de manutenção $/ano.m ou
$/ano
$/ano.m2,
CT custo total $/ano.m ou
$/ano
cp calor específico J/kg.°C
De diâmetro da superfície externa do isolamento m
Do diâmetro da superfície externa do equipamento ou tubulação m
(interna do isolamento)
f(i,n), f(j,n) fatores de atualização -
F custo do combustível $/J
H profundidade m
hc coeficiente de transferência de calor por convecção W/m2.°C
hr coeficiente de transferência de calor por radiação W/m2.°C
i taxa de atratividade anual %
k1 , k2 , ... condutividade térmica dos materiais 1, 2, ... W/m.°C
ks condutividade térmica do solo W/m.°C
L1 , L2 , ... espessura dos materiais 1, 2, ... m
Lc dimensão característica m
Lt comprimento da tubulação m
&
m vazão mássica kg/s
n vida do isolamento ano
N número de horas de operação por ano h/ano
Pr número de Prandtl -
Q quantidade de calor por unidade de tempo W
qc fluxo de calor por convecção W/m2
fluxo de calor máximo admissível na superfície externa do
qmáx,e W/m2
isolamento
qmáx,o fluxo de calor máximo admissível na superfície externa do tubo W/m2
qr fluxo de calor por radiação W/m2
r1, r2 raio das faces de uma parede de material isolante m
Ra número de Rayleigh -
Re número de Reynolds -
re raio da superfície externa do isolamento m
raio da superfície externa do equipamento ou tubulação (interna
ro m
do isolamento)
T1, T2 temperatura das faces de uma parede de material isolante °C

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ANEXO F (CONCLUSÃO) - NOMENCLATURA

Variável Descrição Unidade


Ta temperatura ambiente °C
Te temperatura da superfície externa do isolamento °C
temperatura da superfície externa do equipamento ou tubulação
To °C
(interna do isolamento)
tm percentual do custo de manutenção em relação ao investimento -
v velocidade m/s
∆ taxa de crescimento diferenciado do custo da energia -
ε emissividade da superfície -
η eficiência do sistema de conversão de combustível -
µ viscosidade dinâmica kg/m.s
υ viscosidade cinemática m2/s
ρ massa específica kg/m3
ψ parâmetro de propriedades do ar m-3.K-1

____________

/ANEXO G

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ANEXO G - CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

TABELA DE ESPESSURAS

G-1 ESPESSURAS RECOMENDADAS

A TABELA G-1 apresenta as espessuras recomendadas para sistemas de isolamento utilizando


silicato de cálcio, segundo o critério de conservação de energia. Foram considerados os
seguintes parâmetros:

Temperatura ambiente: 25°C


Velocidade do vento: 10 km/h
Emissividade da superfície: 0,20
Custo do Isolamento: conforme TABELA G-2
Custo do Combustível: US$ 2,654⋅10-9/J (referência: JAN/94)
Eficiência do sistema de conversão: 82%
Taxa de atratividade: 15%
Taxa de crescimento diferenciado
do custo da energia: 0%
Vida do sistema de isolamento: 10 anos
Horas de operação: 8250 h/ano
Custo de Manutenção: 2% do Custo do Isolamento, por ano

Para condições diferentes das apresentadas acima, a TABELA G-1 pode ser empregada como
um indicativo da espessura econômica, em especial no dimensionamento rápido de linhas ou
equipamentos de pequeno porte. Para sistemas maiores, no entanto, é recomendável um
cálculo mais específico, conforme descrito no ANEXO A.

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N-550 REV. D NOV / 95

TABELA G-1 - ESPESSURAS ECONÔMICAS, EM mm,


PARA ISOLAMENTO COM SILICATO DE CÁLCIO

Diâmetro Temperatura (o C)
(pol) 50 75 100 125 150 175 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650

1/2
51
3/4
1
1 1/4
1 1/2
2
2 1/2
3
4
5
6
8
10
12 25 38 51 76 89 102 140
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
114 153
36
Plano 63 89 102 114 140 153 165 177
Notas: 1) Para diâmetros acima de 36 pol, considerar superfície plana.
2) Exemplo de utilização: para uma linha de 6 pol operando a 175°C, a espessura
econômica é 51 mm.
3) A tabela contempla somente o critério de conservação de energia.

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TABELA G-2 - CUSTO DO SILICATO DE CÁLCIO

Diâmetro Espessuras (mm)


(pol) 25 36 51 63 76 89 102 114 126 140 153 165 177 189 204
1/2 8,38 10,89 14,76 20,73 20,35 23,45 27,32 32,09 38,06 36,01 39,88 44,65 49,42 55,40 52,43

3/4 8,75 11,48 15,76 22,47 21,45 24,88 29,16 34,53 41,24 38,28 42,56 47,93 53,30 60,00 55,95

1 9,51 12,45 17,01 24,07 23,24 26,89 31,45 37,10 44,16 41,32 45,88 51,53 57,18 64,24 60,32

1 1/4 9,98 13,23 18,38 26,53 24,69 28,81 33,96 40,48 48,63 44,39 49,54 56,06 62,58 70,73 65,13

1 1/2 10,73 14,00 19,02 26,73 26,13 30,14 35,16 41,33 49,05 46,29 51,31 57,48 63,65 71,35 67,45

2 11,79 15,08 19,95 27,16 28,13 32,03 36,90 42,66 49,87 48,97 53,84 59,61 65,37 72,59 70,79

2 1/2 13,58 17,37 22,92 31,04 32,34 36,78 42,33 48,83 56,95 56,19 61,74 68,24 74,73 82,86 81,16

3 14,43 18,17 23,54 31,24 33,87 38,17 43,54 49,70 57,40 58,16 63,53 69,70 75,86 83,65 83,53

4 16,96 21,17 27,09 35,42 39,43 44,16 50,08 56,75 65,07 67,16 73,08 79,74 86,40 94,74 96,07

5 19,33 24,22 31,13 40,89 45,09 50,61 57,52 65,33 75,09 77,01 83,92 91,72 99,53 109,29 110,31

6 21,15 26,50 34,08 44,82 49,36 55,42 63,00 71,59 82,33 84,34 91,92 100,51 109,10 119,85 120,85

8 25,78 32,25 41,36 54,18 60,02 67,31 76,42 86,68 99,49 102,37 111,48 121,74 131,99 144,82 146,55

10 34,84 47,21 66,15 95,15 87,29 102,44 121,38 144,58 173,57 157,67 176,61 199,80 223,00 252,01 225,15

12 40,12 52,95 71,88 99,81 97,93 113,08 132,01 154,35 182,28 173,21 192,14 214,48 236,82 264,75 245,94

14 39,93 56,60 84,03 129,17 104,70 126,65 154,08 190,19 235,32 196,69 224,12 260,23 296,34 341,49 290,21

16 50,79 66,52 89,30 122,29 122,87 141,10 163,88 190,27 223,26 215,68 238,46 264,85 291,24 324,23 313,03

18 56,69 73,30 96,90 130,44 135,39 154,27 177,87 204,71 238,25 235,25 258,85 285,68 312,51 346,05 339,82

20 58,79 77,63 105,36 146,17 143,50 165,69 193,42 226,06 266,87 253,74 281,47 314,12 346,77 387,58 369,53

22 65,88 86,96 117,80 162,93 160,61 185,28 216,12 252,22 297,35 283,60 314,44 350,54 386,64 431,77 412,75

24 69,99 91,91 123,83 170,31 169,83 195,36 227,28 264,47 310,95 298,82 330,74 367,93 405,11 451,59 434,19

26 78,95 103,85 139,95 192,28 191,64 220,52 256,62 298,48 350,81 337,19 373,29 415,15 457,01 509,34 489,95

28 89,84 113,27 145,18 188,64 208,91 234,44 266,35 301,12 344,59 355,61 387,52 422,30 457,07 500,52 508,70

30 99,47 123,12 154,46 195,99 226,96 252,04 283,38 316,60 358,13 380,95 412,29 445,52 478,74 520,27 541,21

32 105,12 131,91 168,05 216,80 243,10 272,01 308,15 347,15 395,90 412,12 448,26 487,26 526,26 575,01 588,36

34 113,03 140,07 175,91 223,41 258,10 286,77 322,61 360,61 408,11 433,48 469,32 507,32 545,31 592,82 616,02

36 121,11 147,76 182,34 227,20 272,26 299,93 334,51 370,40 415,26 452,09 486,67 522,56 558,45 603,31 638,84

Plano 28,48 34,63 42,82 53,72 64,31 70,86 79,05 87,77 98,67 107,09 115,28 124,00 132,72 143,62 151,51

Notas: 1) Custos expressos em US$/m para o isolamento de tubulações em US$/m2 para o


isolamento de superfícies planas (referência: Julho/94).
____________
/ANEXO H

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO H - PROTEÇÃO PESSOAL

TABELAS DE ESPESSURAS

H-1 ESPESSURAS RECOMENDADAS

H-1.1 As TABELAS H-1 e H-2 apresentam as espessuras recomendadas para sistemas de


isolamento utilizando silicato de cálcio e lã de vidro em feltro de lamelas, respectivamente,
segundo o critério de proteção pessoal. Foram considerados os seguintes parâmetros:

a) temperatura ambiente: 25°C


b) velocidade do vento: 5 km/h
c) emissividade da superfície: 0,20

Para condições diferentes das apresentadas acima, as TABELAS H-1 e H-2 podem ser
empregadas como um indicativo da espessura mais adequada para proteção pessoal, em
especial no dimensionamento rápido de linhas ou equipamentos de pequeno porte. Para
sistemas maiores, no entanto, é recomendável um cálculo mais específico, conforme descrito
no ANEXO B.

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TABELA H-1 - ESPESSURAS PARA PROTEÇÃO PESSOAL, EM mm, PARA


ISOLAMENTO COM SILICATO DE CÁLCIO

Diâmetro Temperatura ( oC)


(pol) 50 75 100 125 150 175 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650

1/2
3/4
1
1 1/4 63
1 1/2 76
2
51
2 1/2 89
3
63
4 102
89
5 76 114
63
6 114 126
89 102
8 140
126
10 63 102 114
89 153
12 0 25 38
126 140
14 114
165
16 102
89 153
18 76 140 177
20 63 126
165
22 51 189
114
24 153
26 102 177
140
28 204
30 89 165
126
32 76 189
34 63 114 153 216
177
36 140 204
Plano 38 51 63 76 102 126 153 189 216 252 291 315
Notas: 1) Para diâmetros acima de 36 pol, considerar superfície plana.
2) Exemplo de utilização: para uma linha de 6 pol operando a 250°C, a espessura
para proteção pessoal é 38 mm.
3) A TABELA acima contempla somente o critério de proteção pessoal.

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TABELA H-2 - ESPESSURAS PARA PROTEÇÃO PESSOAL, EM mm, PARA


ISOLAMENTO COM LÃ DE VIDRO EM FELTRO DE LAMELAS

Diâmetro Temperatura ( o C)
(pol) 50 75 100 125 150 175 200 250 300 350

1/2

3/4

1 1/4

1 1/2 38

2 1/2

3 51

6 51 63

10 38

12 0 25 76

14 63

16

18 51

20 89

22

24

26 76

28 38

30 102
63
32

34
89
36 51 114

Plano 38 51 63 89 114 153

Notas: 1) Para diâmetros acima de 36 pol, considerar superfície plana.


2) A TABELA acima contempla somente o critério de Proteção Pessoal.

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