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Recorrente:  VOLKSWAGEN   DO   BRASIL   INDÚSTRIA   DE


VEÍCULOS AUTOMOTORES LTDA.
Advogado  : Dr. Luiz Carlos Amorim Robortella
Recorrente: JOSÉ LEONARDO DA SILVA FILHO
Advogado  : Dr. Agamenon Martins Oliveira
Recorrido   :  VOLKSWAGEN   DO   BRASIL   INDÚSTRIA   DE
VEÍCULOS AUTOMOTORES LTDA.
Advogado  : Dr. Luiz Carlos Amorim Robortella
Recorrido : JOSÉ LEONARDO DA SILVA FILHO
Advogado  : Dr. Agamenon Martins Oliveira

EMP/mnm
D E S P A C H O

Trata­se de recursos extraordinários interpostos simultaneamente com
os recursos de embargos à SBDI­1 contra acórdão deste Tribunal que 
negou provimento ao agravo em todos os seus temas e desdobramentos.
Os   recorrentes   suscitam   preliminar   de   repercussão
geral,   apontando   violação   aos   dispositivos   constitucionais   que
especifica nas razões de recurso.
É o relatório.
Decido.

I – RECURSO EXTRAORDINÁRIO DA RECLAMADA

Consta do acórdão recorrido:

“AGRAVO EM EMBARGOS EM EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. REGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. HORAS EXTRAS. DESLOCAMENTO ENTRE A
PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO. TEMPO À DISPOSIÇÃO. A
parte agravante não apresenta argumentos capazes de desconstituir a
juridicidade da decisão agravada, uma vez que o recurso de embargos não
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satisfez o requisito de admissibilidade previsto no art. 894, II, da CLT,


quanto ao pagamento de horas extraordinárias referentes ao tempo à
disposição do empregador durante o trajeto interno, entre a portaria e o local
de trabalho.
Agravo a que se nega provimento.”

O   Supremo   Tribunal   Federal   tem   entendimento


pacífico   no   sentido   de   que  não   cabe   recurso   extraordinário,   por
ausência   de   repercussão   geral,  em   matéria   de  pressupostos   de
admissibilidade de recursos de competência de outro Tribunal.
Tal entendimento foi consagrado no  RE 598.365, da
relatoria   do  Min.  Ayres   Britto,   no   qual   a   Corte   Suprema   firmou   a
tese   de   que   não   há  repercussão   geral  em   relação   ao  “Tema   181”   do
ementário temático de Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.
Logo, não tendo havido na decisão recorrida exame
do mérito da controvérsia deduzida no recurso extraordinário, dada a
imposição   de   óbice   de   natureza   exclusivamente   processual   ao
processamento da revista,  a única questão passível de discussão em
sede de recurso extraordinário seria a relativa aos pressupostos de
admissibilidade daquele recurso, sendo certo que o Supremo Tribunal
Federal   rejeita   a   possibilidade   desse   reexame,   por   ausência   de
repercussão geral da matéria.
O Supremo Tribunal Federal também tem entendimento
pacífico   no   sentido   de   que  não   cabe   recurso   extraordinário,   por
ausência de repercussão geral, em matéria de “Cômputo como horas in
itinere do tempo gasto pelo trabalhador para deslocar­se da portaria
até o local do registro de sua entrada na empresa”.
Tal entendimento foi consagrado no  RE 944.245, da
relatoria   do   Min.   Edson   Fachin,   no   qual   a   Corte   Suprema   firmou   a
tese   de   que   não   há  repercussão   geral  em   relação   ao  “Tema   931”   do
ementário temático de Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.
Além   do   mais,   o   Supremo   Tribunal   Federal   tem
entendimento   pacífico   no   sentido   de   que   não   cabe   recurso
extraordinário,   por   ausência   de   repercussão   geral,   em   matéria   de
“Violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa quando o
julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação
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das   normas   infraconstitucionais.   Extensão   do   entendimento   ao


princípio do devido processo legal e aos limites da coisa julgada”.
Tal entendimento foi consagrado no ARE 748.371, da
relatoria  do Min.  Gilmar Mendes,  no qual  a Corte  Suprema firmou  a
tese   de   que   não   há  repercussão   geral  em   relação   ao  “Tema   660”   do
ementário temático de Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.
Sendo   assim,   versando   o   acórdão   recorrido   sobre
questão   atinente   a   tema   cuja   repercussão   geral   foi   negada   pelo
Supremo   Tribunal   Federal,   a   interposição   de   recurso   extraordinário
para   reexame   deste   ponto   da   decisão   é   manifestamente   inviável,   a
teor do que dispõe o art. 543­A, § 5º, do CPC/1973.
Ante   o   exposto,  nego   seguimento  ao   recurso
extraordinário.

II – RECURSO EXTRAORDINÁRIO DO RECLAMANTE

Consta do acórdão de Recurso de Revista:

“RECURSO DE REVISTA
1.TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. PERÍODO DE
DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO.
SÚMULA Nº 429.
A jurisprudencial desta Corte Superior é no sentido de que o tempo
despendido pelo empregado entre a portaria da empresa e o seu local de
trabalho é computável na jornada de trabalho, devendo ser pago como hora
in itinere, desde que superior a 10 minutos diários, como no presente caso.
Inteligência da Súmula nº 429.
Recurso de revista conhecido e provido.
2. SEGURO-DESEMPREGO. ADESÃO AO PDV. LIBERAÇÃO
DAS GUIAS PELO EMPREGADOR. OBRIGATORIEDADE
AFASTADA.
A Lei nº 7.998/1990, em seu artigo 3º, assegura a percepção do
seguro-desemprego ao empregado que foi dispensado imotivadamente. Por
sua vez, o artigo 6º da Resolução nº 252/2000 do CODEFAT, revogada pela
Resolução nº 467/2005, que manteve a mesma redação ao mencionado
dispositivo, estatui que a adesão a Planos de Demissão Voluntária ou
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similares, não dará direito ao benefício em comento, por não caracterizar


demissão involuntária.
Ora, restando incontroverso que o reclamante foi dispensado em
virtude de adesão ao Programa de Desligamento Voluntário, não tem direito
à percepção do seguro-desemprego nem de indenização equivalente pela
não-liberação das guias pelo empregador. Precedentes.
Recurso de revista conhecido, porém desprovido.
3. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS.
VOLKSWAGEN. PREVISÃO. NORMA COLETIVA. NATUREZA
JURÍDICA. REFLEXOS.
Decisão regional em sintonia com a jurisprudência desta Corte no
sentido de que a despeito da vedação de pagamento em periodicidade
inferior a um semestre civil ou mais de duas vezes no ano cível, prevista na
Lei 10.101/2000 (artigo 3º, § 2º), o parcelamento mensal da verba
participação nos lucros e resultados, fixado mediante acordo coletivo
celebrado entre o Sindicato profissional e a Volkswagen do Brasil Ltda., não
retira a natureza indenizatória da referida verba, devendo prevalecer a
diretriz constitucional que prestigia a autonomia privada coletiva.
Indevidos, pois, os reflexos dessa parcela nas demais verbas salariais.
Inteligência da Orientação Jurisprudencial Transitória nº 73 da SBDI-
1. Incidência do artigo 896, § 4º, da CLT e da Súmula nº 333.
Recurso de revista não conhecido.”

Consta ainda dos embargos:
 
“O reclamante sustenta equivocada a decisão da Eg. 5ª Turma que
manteve a validade de acordo coletivo, o qual convencionou o pagamento
parcelado pela empregadora da verba “participação nos lucros e resultados”.
Indica violação aos artigos 5º, II, 7º, VI, X, XI, 44, 48, 49, XI, 96, 103,150,
II, 157, I e 158, I, da Constituição Federal; 3º, caput e §2º, da Lei nº
10.101/00; 9º da CLT e 2035 do CC. Colaciona arestos ao dissenso de teses.
O recurso de embargos não merece seguimento.
Inicialmente, imperioso ressaltar que, nos termos do art. 894, II, da
CLT, com a redação da Lei nº 13.015/2014, não se presta ao conhecimento
do recurso de embargos a indicação de violação a dispositivos legais e/ou
constitucionais.
Com efeito, o acórdão embargado concluiu que a decisão do Regional
estaria em consonância com o entendimento desta Corte, consubstanciado
na OJ Transitória nº 73 da SBDI-1.
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Nesta senda, a incidência da referida Orientação Jurisprudencial obsta


o processamento do recurso de embargos, nos termos do art. 894, II, in fine,
da CLT.
Nego seguimento.”

Compulsando aos autos verifico que os dois recursos interpostos 
simultaneamente (recurso de embargos à SBDI e recurso 
extraordinário) têm pretensão idêntica.
Considerando que não houve interposição de novo apelo extraordinário
nem reiteração do antigo após a publicação do acórdão da SDI­1, fica
prejudicada a análise do recurso extraordinário. 
Ante o exposto, declaro prejudicado o recurso extraordinário.

III – CONCLUSÃO

Ante   o   exposto,  nego   seguimento  ao   recurso


extraordinário   da   reclamada   e  declaro   prejudicado  o   recurso
extraordinário do reclamante.
Publique­se.
Brasília, 29 de agosto de 2017.

Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
EMMANOEL PEREIRA
Ministro Vice­Presidente do TST

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